AVES DE RAPINA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL – EXPERIÊNCIA DA HAYABUSA NO RIO GRANDE DO SUL Denise Giani¹, Ana Paula Morel, Guilherme Cavalcante da Silveira, Julian Stocker Luiz Laura Andréa Lindenmeyer-Sousa e Luiz Gustavo Trainini da Silva. 1 Hayabusa Consultoria Ambiental Ltda. E-mail: [email protected] Palavras chaves: rapinantes, cultura, sensibilização Devido aos hábitos alimentares e comportamento predatório, as aves de rapina são, historicamente, associadas à maus presságios. De acordo com trabalhos anteriores (MENQ, W. (2013) Aves de Rapina Brasil – Corujas: entre lendas, mitos, deuses e demônios. Disponível em: www.avesderapinabrasil.com/materias/corujas_crendices.htm), as corujas e as águias são os grupos mais associado a lendas, com um histórico cultural de associação ao azar. Por outro lado, muitos povos cultuam esses animais como símbolo da busca pelo saber, fonte de proteção e inspiração. O objetivo desse trabalho é descrever a experiência da Hayabusa Consultoria Ambiental LTDA. em atividades de educação ambiental no sul do Brasil. As principais espécies de aves de rapina utilizadas nos trabalhos de educação ambiental foram: gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus), falcão-de-coleira (Falco femoralis), coruja-de-igreja (Tyto furcata) e jacurutu (Bubo virginianus). Foram propiciadas situações de aprendizagem a fim de desmistificar lendas e disseminar a importância das aves de rapina e da fauna nativa. O contato direto entre público e aves, através de palestras, encontros e participações em eventos, foi a principal metodologia utilizada. As atividades foram realizadas sob forma expositiva-dialogada, valorizando e inserindo a cultura local e fatos cotidianos em debates, a fim de elucidar dúvidas. Em outubro de 2014, indivíduos das espécies de rapinantes supracitadas integraram atividades relacionadas ao “Dia da Ave”, uma parceria entre a Hayabusa e o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (FZB/RS). As aves ainda participaram de outro evento, realizado em uma escola municipal de São Leopoldo/RS, experiência realizada com alunos de quarto ano. Posteriormente, os alunos confeccionaram um mural com representações relativas ao aprendizado propiciado pela atividade. O mural contou com desenhos de árvores, gaiolas abertas e a seguinte frase (citada durante a palestra): “Querem ver pássaros nas suas casas? Plantem árvores, como pitangueira, que dá fruta e serve de alimento”. A educação ambiental, principalmente relacionada à ornitologia e à preservação da avifauna, é de extrema importância para o despertar do interesse e da sensibilização em crianças. Atividades que envolvam a presença física de aves de rapina são fundamentalmente importantes para forjar a imagem negativa associada a essas aves. A transmissão do conhecimento científico de forma adequada pode auxiliar mudanças de paradigmas culturais e, ainda, a mitigação de impactos antrópicos sobre a comunidade de rapinantes.