As exposições do programa Convivendo com Arte trazem
aos nossos espaços corporativos o que há de mais inovador
e pulsante na arte brasileira, além de apostas promissoras
do momento. Por trás dessa iniciativa está nossa convicção
de que a arte contemporânea nos sintoniza com o mundo de
hoje, é provocativa, interessante e acessível a todos.
A exposição nova pintura reúne a nova geração de artistas
brasileiros que está fazendo sucesso em exposições no Brasil
e no exterior e propõe um olhar renovado para a pintura, essa
linguagem que possui uma longa história no campo da arte,
atravessando os séculos.
Esses artistas têm trajetórias singulares e escolhem
estímulos visuais diversos para exercitar sua arte. Mas uma
característica comum dessa vigorosa produção é o trabalho
com a figura, com imagens reconhecíveis de pessoas, objetos,
elementos de arquitetura ou natureza. Podem ser situações
corriqueiras, familiares, ou cenas insólitas, que causam
estranheza. Ou até a figura pode estar lá como simples
pretexto, desafio para o artista lidar com as cores, formas,
texturas, volumes. É um retorno da figuração, de um jeito
contemporâneo!
Por meio desse projeto, procuramos também chamar a
atenção para o potencial da arte como investimento e
incentivar o colecionismo.
As obras aqui expostas
estão à venda
Que tal investir em
um desses novos
talentos da pintura?
ANA ELISA EGREJA
EDUARDO BERLINER
Foto: Rejane Cintrão
quem é
quem é
A paulistana Ana Elisa Egreja nasceu em 1983 e formou-se em artes
plásticas pela FAAP em 2005. Em 2009, recebeu o prêmio Energias na
Arte, de incentivo a jovens artistas. Sua pintura impressiona pela técnica
sofisticada. Ana Elisa representa ambientes extravagantes e desabitados
com tamanha precisão de detalhes que nos dá a ilusão de estarmos
dentro deles. Cada cômodo revela-se um mundo imaginário em que quase
sempre são os animais – tigres, ursos, macacos, araras... – que ocupam o
lugar das pessoas.
Nasceu em 1978, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Formado em
design na PUC-RJ em 2000, realizou mestrado em tipografia na Grã
-Bretanha. Vencedor do prêmio Marcantonio Vilaça em 2010, Berliner
é o primeiro artista brasileiro a integrar a coleção do mundialmente
conhecido executivo da propaganda Charles Saatchi, e participa da
Bienal de São Paulo deste ano. Seu trabalho nos mostra que arte não
tem necessariamente a ver com beleza. Em geral, escolhe pintar coisas
que o tenham incomodado, assustado ou que não saiba o que são.
o que vemos dela aqui
o que vemos dele aqui
Nesta obra a artista faz referência a Henri Matisse, mestre da
pintura que tanto se interessava pelas estampas e cores fortes, e
uma homenagem ao artista carioca Cildo Meireles (que realizou a
instalação Desvio para o vermelho na década de 1980). Repare como
a artista constrói cuidadosamente o ambiente e consegue, apesar do
excesso de estímulos, obter uma harmonia. Seria um espaço familiar,
onde ações corriqueiras acontecem, não fosse tão estranha atmosfera!
Citações à história da arte aparecem nas pinturas penduradas à
parede: o retrato da filha dos reis de Espanha, de Velázquez, à direita,
e a obra do norte-americano Ed Ruscha, à esquerda, acima de uma
gravura japonesa. No canto da sala, uma mesa com tampo de espelho
coloca o desafio de pintar a imagem refletida.
Este trabalho de Berliner é diferente da sua produção mais frequente,
que parte da colagem de imagens, em que a figura humana e os animais
predominam. O artista representa, praticamente na escala humana,
um auditório vazio. Aquilo que haveria de mais desinteressante é o
estímulo para este artista explorar a pintura em si, os procedimentos e
possibilidades desse suporte. São as cores, frias e opacas, que dão forma e
volume aos objetos, dispensando o desenho de um contorno. A superfície
é homogênea, e são poucos os elementos dispostos. O resultado é uma
composição desconcertante, que sugere o silêncio e o tempo congelado.
Vermelho (um
desvio), 2012
óleo sobre tela
200 x 260 cm
Coleção Santander
Teatro, 2011
óleo sobre tela
225 x 300 cm
Galeria Casa Triângulo
CAMILA MACEDO
Camila Macedo procura trabalhar nesta tela combinações de cores e
padrões decorativos. O fundo, que a artista pinta com formas gráficas e
chapadas, lembra uma vegetação, mas poderia também ser uma tapeçaria.
Não compreendemos ao certo o que se passa, e por isso a pintura é
intrigante. A menina com um cocar de índio brinca de jogar pedrinhas. Seu
olhar dirige-se para o observador, mas parece voltado ao interior de seus
próprios pensamentos.
quem é
Nascida em Londrina, em 1973, atualmente vive e trabalha em Curitiba.
Formou-se em artes plásticas pela FAAP em 1998 e possui pós-graduação
em sociologia e cultura pela PUC-RJ. As pinturas de Camila Macedo são
como páginas de livros. Não só porque sua linguagem se parece com a da
ilustração, mas principalmente porque cada tela conta uma história, de
momentos da vida cotidiana ou de acontecimentos fabulosos e incomuns.
o que vemos dela aqui
Quase sempre são crianças as personagens representadas pela pintora. Aqui,
vemos duas meninas no que seria uma situação de brincadeira, mas que
nos passa estranheza, pela postura estática e a fisionomia introspectiva das
garotas. Elas parecem isoladas num cenário indistinguível e vazio. A artista
reproduz cuidadosamente o estampado do vestido, que sobressai na pintura.
Minha máscara de coruja, 2011
acrílica sobre madeira
100 x 120 cm
Galeria Casa Triângulo
Foto: Edouard Fraipont
As cinco pedrinhas, 2011
acrílica sobre madeira
60 x 120 cm
Galeria Casa Triângulo
O pequeno formato desta pintura solicita que o observador se aproxime
para tentar decifrar o que ocorre nesta cena inusitada. Nosso olhar
se detém na minuciosa decoração dos painéis de laca com motivos
orientais. Um foco de luz incide teatralmente sobre o homem e
ressalta seu isolamento. A artista se vale de figuras bem evidentes e
reconhecíveis, mas deixa em aberto o seu significado, questionando
nossas certezas sobre o mundo.
FLÁVIA METZLER
quem é
A carioca Flávia Metzler nasceu em 1974. Iniciou sua formação em pintura
com passagem pela UFRJ e posteriormente frequentou a Escola de Artes
Visuais do Parque Laje, também no Rio, cidade onde vive e trabalha.
Sua obra explora as intenções narrativas da pintura para questioná-las,
quebrando a lógica e o modo convencional de contar histórias.
o que vemos dela aqui
Esta pintura é como um enigma. O lugar, a situação e o tempo escapam
à total compreensão do observador. O que será que conversam estes
dois homens, com as mãos voltadas para trás, vestidos com trajes iguais,
que parecem ter saído de uma tela do surrealista René Magritte? A
artista compõe um ambiente de arquitetura e decoração palacianas, e
propositalmente anula o que poderia ser visto fora da janela, acentuando
o estado de suspensão da realidade.
Lackkabinett, 2010
óleo sobre madeira
50 x 60 cm
Galeria Leme
É até curioso conversar com
um homem inteligente, 2010
óleo sobre linho
60 x 50 cm
Galeria Leme
MARIANA PALMA
RAFAEL CARNEIRO
quem é
quem é
Mariana Palma nasceu em 1979 em São Paulo, onde vive e trabalha,
e formou-se no curso de artes plásticas da FAAP em 2001. As cores
fortes e vibrantes e a mistura de texturas e estampas exuberantes são
características marcantes da pintura desta artista.
Rafael Carneiro nasceu em São Paulo em 1985, onde vive e trabalha.
Formou-se em artes plásticas pela ECA-USP em 2006. Em 2008 recebeu o
prêmio da Funarte com os trabalhos expostos na coletiva Projéteis de Arte
Contemporânea, no Rio de Janeiro. O artista transforma imagens digitais,
capturadas mecanicamente, em pinturas feitas com paciência, dotadas
de um aspecto impessoal e frio. Com isso, nos faz pensar como vemos o
mundo mediado por monitores de TV e computador, e nos incita a ter um
contato direto com a matéria da pintura.
o que vemos dela aqui
Frente e fundo se embaralham nesta grande tela, que parece ter sido
gerada pelo zoom de uma lente. A obra deslumbra pelo excesso de
estímulos visuais: tecidos, vitrais, ladrilhos e folhagens, representados
com precisão realista, mas em uma junção insólita e delirante. É com bom
humor que surgem referências à tradição da arte, aos mestres da pintura
holandesa (que representavam com perfeição o caimento dos tecidos), ou
às telas religiosas das quais este trabalho empresta o formato dividido em
três partes, como em muitos oratórios.
Foto: Rejane Cintrão
o que vemos dele aqui
Rafael retira pequenas paisagens impressas em páginas de antigas
enciclopédias e transpõe essas imagens para a pintura. O artista já
reproduziu em pintura vídeos do circuito interno de câmeras da NASA,
de galpões industriais e cenas de filmes de Alfred Hitchcock extraídas da
internet. Os “defeitos” de definição desse tipo de imagem são um estímulo
para o artista, que tem um domínio técnico admirável. Interessam-lhe os
amplos espaços e lugares vazios, ambientes desconhecidos da maioria
das pessoas. O modo de pintar deixa as paisagens pálidas e sem vida,
tornando-as ainda mais distantes e estranhas.
Foto: Everton Ballardin
Sem título (tríptico), 2010
óleo sobre tela
354 x 250 cm
Coleção Andréa e José Olympio Pereira
Sem título, 2012
óleo sobre tela
200 x 250 cm
Luciana Brito Galeria
PAULO ALMEIDA
Foto: Marina Coelho
quem é
O museu - da paisagem Pinacoteca do Estado, 2010
acrílica sobre tela
110 cm (diâmetro)
Galeria Leme
Paulistano, Paulo Almeida nasceu em 1977 e formou-se em artes plásticas
pela FAAP em 2005. Participou de diversos programas de exposições
para jovens artistas do país e de residências na Argentina, no México e
na Índia. Vive e trabalha em São Paulo. Sua produção aborda o mundo
da arte e seus espaços de visibilidade, como os museus e galerias. O
propósito do artista não é criar pinturas para serem contempladas em
si mesmas, mas conectar a obra, o observador e o espaço, como nas
instalações de arte contemporânea.
o que vemos dele aqui
Estas duas obras são pinturas de pinturas. Elas reproduzem com detalhes a
imagem que uma lente grande-angular captaria de um determinado ponto
das salas de exposição da Pinacoteca, um dos mais importantes museus
de São Paulo. Esse tipo de lente consegue capturar uma grande área do
ambiente, mas provoca distorções na imagem. A impressão é de vertigem.
Olhe para estas vistas e se deixe transportar para um outro espaço!
Série Palimpsestos, 2011
óleo sobre tela
dimensões variáveis
Galeria Leme
(encontre esta obra na exposição)
O museu - da individual Pinacoteca do Estado, 2010
acrílica sobre tela
110 cm (diâmetro)
Galeria Leme
As pinturas desta série funcionam como espelhos. A primeira pintura
que esta tela recebeu foi um registro do ateliê do artista. Toda vez
que foi exposta, ela foi recoberta com uma nova pintura, retratando
a imagem espelhada do exato local onde a tela estava pendurada.
Vemos aqui as obras dos outros artistas que participam desta
exposição, inclusive a dele próprio, que Paulo Almeida pintou aqui no
local. Mas repare que as pinturas anteriores não foram totalmente
apagadas. O nome que dá título à série se refere aos pergaminhos
manuscritos medievais que eram reutilizados por um processo de
raspagem que fazia desaparecer os escritos anteriores.
RENATA DE BONIS
Foto: André Peniche
quem é
Formada em artes plásticas pela FAAP em 2006, Renata de Bonis vive e
trabalha em São Paulo, cidade em que nasceu em 1984. Mas as imagens
que vemos em suas pinturas são de lugares despovoados, distantes
da agitação da metrópole. Em 2008, Renata foi selecionada para uma
residência artística e viveu durante um mês no deserto de Joshua Tree, na
Califórnia. Os amplos horizontes, a aridez, a vegetação e o isolamento no
deserto tiveram um forte impacto na obra da artista. Cinema, música e
literatura frequentemente lhe servem de referência.
o que vemos dela aqui
Wild horses, 2012
óleo e cera sobre tela
150 X 200 cm
Coleção Eduardo Boueiri
Paira sobre essas duas pinturas uma atmosfera de solidão e mistério.
Algo estranho está para acontecer, ou já aconteceu, com esta mesma
jovem, que está no meio de uma paisagem despovoada e cinzenta. Com
estas imagens desconcertantes, a artista provoca um questionamento
existencial no observador. As cores neutras e opacas, que Renata obtém
com uma mistura de tinta a óleo e cera, dão um caráter diluído à pintura e
reforçam a ideia de que estas cenas pertencem ao mundo da imaginação
ou da memória.
Howling for you, 2011
óleo e cera sobre tela
150 X 200 cm
Coleção Andréa e José
Olympio Pereira
RODRIGO BIVAR
Foto: Rejane Cintrão
quem é
Nasceu em Brasília em 1981. Vive e trabalha em São Paulo. Formado em
artes plásticas pela FAAP, realizou sua primeira exposição individual em
2008, quando recebeu o prêmio aquisição do Centro Cultural São Paulo.
Rodrigo geralmente pinta a partir de fotografias, muitas delas que ele
próprio tira de amigos ou familiares, ou de lugares por onde passou.
A princípio, esta imagem se parece com momentos que a gente traz
na lembrança de um dia de lazer no litoral. Mas repare no ângulo em
que as figuras são observadas, e na forma como o artista enquadra a
cena, mostrando apenas um pedaço de alguns objetos ou pessoas. O
emaranhado de gravetos espetados na areia, a camiseta branca que
se intromete na tela também são insólitos. A pintura de Bivar deflagra
uma sensação de estranheza e desestabiliza nossa forma habitual de
ver as coisas.
o que vemos dele aqui
Nada de extraordinário está acontecendo nesta pintura. Trata-se de
um instante sem maior importância. As cores, a pincelada leve, dão
ao trabalho um certo ar tranquilo. Embora retrate uma cena, Rodrigo
não tem a intenção de reproduzir a realidade exatamente. Ele usa as
figuras como ponto de partida para trabalhar questões plásticas que
lhe interessem no fazer da pintura: lidar com formas, planos e cores,
buscando um equilíbrio entre os elementos.
Foto: Edouard Fraipont
Gravetos, 2012
óleo sobre tela
200 X 250 cm
Coleção BGA – Brazil Golden Art
Mapa só, 2012
óleo sobre tela
200 X 250 cm
Coleção Alexandre
Martins Fontes
Foto: Edouard Fraipont
Linha do tempo
pintura moderna à contemporânea
anos 1890
Almeida Júnior procura traduzir a
realidade brasileira
O pintor deixa de lado as fórmulas acadêmicas que
pautavam a produção artística do período e se volta
à natureza, ao meio social e aos tipos humanos
característicos do interior paulista em telas como
Caipira picando fumo, de 1893.
anos 1840
a pintura se redefine após o impacto
da fotografia
Com o surgimento da fotografia, que oferece um
registro preciso da realidade, os artistas repensam
a finalidade e a essência da pintura e se liberam
para uma crescente experimentação de linguagem.
Décadas depois, artistas como Dégas pintam
influenciados pelo enquadramento e o instantâneo
da fotografia.
1907
anos 1860 a 1883
Édouard Manet é o pintor da
vida moderna em Paris
Suas obras, sobre temas ligados à experiência
subjetiva e à vida cotidiana na grande cidade,
rompem com as normas clássicas da pintura,
abrindo caminho para as próximas gerações de
artistas modernos.
anos 1860-1890
1909
Kandinsky pinta inspirado na música
Esse pioneiro da arte abstrata inicia séries de pinturas
intituladas Improvisações e Composições, e defende
que a arte deve se voltar à intuição e à expressão dos
sentimentos do artista.
anos 1910 e 1920
pintores criam ícones da identidade brasileira
Sob a influência do nacionalismo na política e do
romantismo literário, os artistas buscam temas
tipicamente brasileiros, idealizando a natureza
tropical e a figura do indígena.
1874
primeira Exposição Impressionista
Claude Monet expõe a tela Impressão, sol nascente,
que sintetiza os principais interesses desse grupo
de artistas franceses na próxima década: pintar ao
ar livre os efeitos da luz sobre a paisagem, usando
pinceladas visíveis e cores puras.
Picasso pinta Demoiselles d’Avignon
Nessa importante obra do início da arte moderna,
Picasso rompe com vários procedimentos tradicionais
da pintura: distorce as figuras e as funde com
o espaço ao redor, usando múltiplos planos
geométricos, o que se radicaliza nos anos seguintes
com o cubismo.
dadaísmo e surrealismo revolucionam a arte
Ironia corrosiva, irreverência, busca do espontâneo
e da livre associação de ideias e formas, criação de
imagens fantásticas do universo inconsciente, uso de
colagens e montagens abrem novas perspectivas para
a pintura.
1911
Matisse pinta O ateliê vermelho
Na produção desse artista francês, a pintura é
construída através da cor, usada sem fidelidade à
realidade, em planos chapados, o que elimina a
profundidade. Sua obra é referência para inúmeros
artistas das gerações seguintes em todo o mundo.
1915
abstração geométrica:
a arte busca a pureza da forma
O russo Kasimir Malevich pinta a tela abstrata de
um quadrado preto sobre fundo branco. Artistas
como ele e o holandês Piet Mondrian defendem
que a arte não deve reproduzir o mundo real, e sim
trabalhar com formas geométricas simples, como o
quadrado e o retângulo, e poucas cores.
1937
o nazismo considera a pintura moderna
uma arte degenerada
Segundo a ideologia nazista, as obras de arte que
não se enquadravam nos padrões clássicos de beleza
deviam ser banidas. A Exposição de Arte Degenerada
coloca a produção moderna ao lado de fotografias de
pessoas deformadas ou doentes mentais.
1922
Semana de Arte Moderna
Reúne escritores, músicos e artistas plásticos como
Anita Malfatti e Di Cavalcanti, que se posicionam
contra as convenções artísticas vigentes e a
importação de padrões culturais. Nos anos 1920
e 30, as ideias de Oswald e Mário de Andrade, de
buscar uma arte brasileira e atualizada, são estímulo
para a pintura modernista de artistas como Tarsila
do Amaral e Lasar Segall.
1946
Alfredo Volpi começa a pintar sua
série de “fachadas”
Portas, janelas, paredes e telhados são os elementos
com os quais esse grande pintor brasileiro constrói
suas composições, trabalhando linhas, planos e
cores. Duas décadas mais tarde, serão os mastros e
bandeirinhas as formas exploradas pelo artista.
1947
Jackson Pollock faz suas primeiras
pinturas de ação
O artista norte-americano produz pinturas de grandes
dimensões jogando a tinta diretamente sobre a
tela posta no chão, envolvendo-se corporalmente
na realização dos trabalhos. Sua pintura extravasa
emoções através de gestos impetuosos e da
improvisação.
1948
fundação dos Museus de Arte Moderna
no Rio e em São Paulo
As atividades dos museus têm uma forte preocupação
didática e contribuem para a divulgação da arte
moderna junto ao público brasileiro.
1925-1939
Diego Rivera pinta murais sobre a história
do México
Os murais do Palácio Nacional, na Cidade do
México, narram a história do país desde os tempos
dos astecas até o século 20. No contexto político
do período, sob a influência de ideais socialistas,
muralistas como Rivera defendem uma arte
acessível ao povo.
1935
Portinari é premiado no exterior pela
pintura Café
A obra, feita no ano anterior, retrata a colheita
de café numa fazenda. O artista pinta as figuras
humanas com corpos robustos, mãos e pés
agigantados, o que transmite a dignidade e o valor do
trabalhador brasileiro.
1951
1952
1959
criação da Bienal Internacional de São Paulo
O evento propicia o contato do público e dos artistas
com a produção internacional, abrindo as portas do
país a novas linguagens plásticas.
concretistas do Grupo Ruptura expõem
no MAM-SP
Liderado por Waldemar Cordeiro, o grupo propõe uma
arte abstrata e geométrica, baseada no raciocínio
matemático, sem interferência da intuição.
o neoconcretismo traz inovações
na linguagem plástica
Os trabalhos dos artistas neoconcretos utilizam
materiais e suportes não convencionais, passam das
duas dimensões do quadro para as três dimensões do
espaço, muitas vezes envolvendo a participação do
observador.
anos 1960
a arte pop ironiza o consumismo e os valores
da sociedade norte-americana
As pinturas combinadas de Rauschenberg incorporam
objetos; as serigrafias de Andy Warhol mostram
imagens de celebridades de Hollywood e embalagens
de produtos; e as telas de Lichtenstein são pintadas
como histórias em quadrinhos.
1965
uma nova pintura figurativa faz resistência à
ditadura no Brasil
A exposição Opinião 65, realizada no MAM-RJ, é a
primeira manifestação coletiva dos artistas após o
golpe de 1964. Nos anos seguintes, artistas como
Antonio Dias, Rubens Gerchman, Carlos Vergara e
Cláudio Tozzi criam trabalhos com temática urbana
e política.
anos 1970
o fim da pintura?
Com a expansão da arte conceitual, os trabalhos
exploram novas linguagens, como performances,
instalações, intervenções urbanas, arte postal,
vídeo. Muitos críticos e artistas decretam a morte
da pintura, considerando-a uma linguagem
conservadora.
anos 1980
a pintura é retomada no mundo e no Brasil
Num contexto de abertura democrática no Brasil, os
artistas reiteram a liberdade de expressão e pintam
telas com grandes formatos e cores fortes. Com
trabalhos bastante diferentes entre si, despontam no
cenário nomes como Daniel Senise, Leda Catunda,
Leonilson e Rodrigo Andrade.
anos 1990
a pintura brasileira ganha espaço no exterior
Tornam-se mais frequentes as exposições de artistas
brasileiros nos Estados Unidos e na Europa, e obras
de Adriana Varejão e Beatriz Milhazes integram
coleções particulares e de museus internacionais.
anos 2000-dias atuais
os múltiplos caminhos da pintura
Artistas compõem trabalhos que aliam a pintura
a outras formas de expressão, como instalação,
fotografia, vídeo, objeto. Nota-se um predomínio da
pintura figurativa, e grande parte dela retrabalha ou
utiliza imagens fotográficas, ampliando o diálogo da
pintura com a fotografia, que existe desde que esta
última nasceu.
Presidente
Marcial Portela
Vice-Presidente Executivo de Marca,
Marketing, Comunicação e Interatividade
Juan Hoyos
Superintendente Executiva de Comunicação Integrada
Paula Nader
Superintendente de Eventos, Patrocínios,
Promoções e Cultura
Marisa Monteiro
Coordenadora do Acervo Cultural
Elly de Vries
nova pintura
de 06 de agosto a 14 de dezembro de 2012
Centro de Exposições – Torre Santander
Av. Juscelino Kubitschek, 2235 – Térreo
Vila Olímpia – São Paulo
Horário de visitação
de segunda à sexta, das 8h às 19h
Curadoria Rejane Cintrão
Textos Joana Tuttoilmondo
Conheça também a Coleção Santander
visitando a reserva técnica à
Rua Álvares Penteado, 160 – Centro – São Paulo
Agende sua visita:
[email protected]
telefone: 11 2196.3727
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