ELI HEIL 85 ANOS
Ficha Catalográfica elaborada por Débora Judite Fernandes Alves
CRB 14/1098
C824e
Corrêa Neto, Ylmar
E li Heil, 85 anos / Ylmar Corrêa Neto – Florianópolis: FCC,
2014. 144p.; il. 19cm.
Curadoria: Ylmar Corrêa Neto e Adriano Pauli.
1. Arte – Exposições – Catálogo. 2. Arte contemporânea. I Pauli, Adriano.
II Titulo.
CDD: 709.8164
exposição no
Museu de Arte de Santa Catarina
de 10.12.14 a 22.03.15
curadoria
YLMAR CORRÊA NETO
e ADRIANO PAULI
Eli Heil, uma vida dedicada à arte
Eli Heil, uma vida dedicada à arte
É difícil encontrar adjetivos que estejam à altura de Eli Heil, de suas criações e o
que ambas significam para Santa Catarina. É certo que ela figura entre os artistas
catarinenses mais celebrados no Brasil e no exterior, dona de um estilo único, inconfundível, que revela toda sua sensibilidade e inovação sem limites.
Em cinco décadas de intensa atividade, desenvolveu mais de 200 técnicas que lhe
possibilitaram externar enorme gama de emoções, da alegria à tristeza, do entusiasmo às angústias. Agora, ao completar 85 anos de vida, Eli Heil nos presenteia
com essa mostra, na qual compartilha com os espectadores muito mais do que os
olhos podem ver.
Para a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, por meio do Funcultural e da Fundação Catarinense de Cultura, é um grande privilégio participar de
mais este momento de aproximação entre artista e público. Com toda certeza, conferir a exposição de Eli Heil, 85 Anos é um convite irrecusável!
FILIPE MELLO
Secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina
Diz Eli Heil:
“A arte para mim é a expulsão dos seres contidos,
em grandes quantidades num parto colorido.”
Diz Eli Heil:
“A arte para mim é a expulsão dos seres contidos, em grandes quantidades num
parto colorido.”
Os trabalhos desta artista catarinense de alma poética emitem inquietudes, sentimentos e prazeres. Eli Heil comemora 85 anos com o seu trabalho gerado pelo
exercício de criação estremecendo as camadas profundas do nosso âmago.
O Museu de Arte de Santa Catarina celebra os 85 anos de Eli com esta retrospectiva que inclui pinturas, desenhos de cada década da produção da artista, obras do
acervo da artista, do Masc e de quatro coleções particulares.
Nossa reverência à vida e obra de Eli Heil, que nos brinda com seus trabalhos,
renovando nossa maneira de perceber a arte, com o mérito de nos garantir que há
sempre algo inusitado gerado por centro de força a ser dito.
Maria Teresinha Debatin
Presidente da Fundação Catarinense de Cultura
ELI HEIL, 85 anos | Uma cronologia*
Ylmar Corrêa Neto
A exposição “Eli Heil, 85 anos” permite ampla
apreciação da obra da artista, possibilitando observar seu aperfeiçoamento e inquietação técnicos e a unidade e integridade de seu vocabulário
visual em mais de cinquenta anos de atividade
artística continua. Cada década está representada com mais de uma dezena de trabalhos.
Sugerimos a contemplação individual e cuidadosa de cada obra, se seus sentimentos permitirem.
Apesar da produção copiosa, nos detalhes se encontram pequenas epifanias.
EH pode ser classificada como “outsider” ou
marginal (ou incomum ou ínsita ou talvez barroca “brut”), termo criado na década de setenta
pelo crítico inglês Roger Cardinal para designar
artistas que desconhecem a evolução histórica da
arte e, com grande facilidade de expressão visual,
desenvolvem vocabulário e técnicas próprios,
muitas vezes próximos da arte primitiva, da arte
das crianças e da arte dos loucos.
Em EH a opção é pela expressão da dor, da feiura, com colorido intenso, composição vertiginosa, e “horror vacui”, sem desdenhar do improviso,
do aleatório e do acidental. O efeito é perturbador, puro, direto e, consequentemente, universal.
Inicialmente blindada de interferências externas pela crítica especializada, sua produção foi
amadurecendo pela autoconfiança, pelo auto-aperfeiçoamento técnico e pelo arrojo no uso de
diversos materiais.
O inevitável contato com instituições tradicionais da arte nestes mais de cinquenta anos de atividade ininterrupta não afetou sua originalidade
e autonomia. Pelo contrário, as margens da arte
moderna e contemporânea se alargaram e passaram a incluir sua produção. Às custas de sacrifícios pessoais, EH não sucumbiu às pressões do
mercado das artes pela serialização, usualmente
o suicídio artístico dos “outsiders”.
Neste catálogo optou-se por não só incluir a
quase totalidade das obras em exposição, como
também todas as 53 obras no acervo do Masc,
museu que nos últimos cinquenta anos tanto
promoveu EH, como foi promovido por 15 exposições individuais e cerca de 30 coletivas da artista. EH é a artista mais representada no acervo
do Masc e o Masc cura da maior coleção pública
de EH, preservando parte significativa da cultura catarinense.
A exposição conta com obras do Masc, de coleções particulares florianopolitanas, e também
do acervo da artista , especialmente uma série de
cinquenta desenhos coloridos e 3 grandes painéis, dois com 20 metros e um com 32 metros
de extensão, pela primeira vez expostos.
Nesta cronologia citou-se preferencialmente as
exposições no MAMF (Museu de Arte Moderna de Florianópolis) e no Masc (Museu de Arte
de Santa Catarina), entre as cerca de 200 mostras de obras da artista.
* versão modificada, ampliada e atualizada da publicada em Eli Heil, Volume 1 da Coleção Vida e Arte da Tempo Editorial em 2010.
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1929 - Eli Malvina Diniz nasce em 5 de junho,
na Barra do Aririú, município de Palhoça, próximo a Florianópolis, filha de Clemente Thiago
Diniz e Malvina Garcia Diniz.
1936 - A família transfere-se para Santo Amaro do Cubatão, distrito rural de Palhoça, onde o
pai é funcionário público e, após a emancipação
como Santo Amaro da Imperatriz, seria prefeito
municipal.
Nasce a filha Maria Goretti.
Trabalha como professora de Educação Física
na Escola Básica Olívio Amorim, no bairro da
Trindade.
Em Santo Amaro completa seus estudos de primeiro grau e cursa o segundo grau (Normal Regional).
1956 - Nasce o filho José Pedro. Dois dias após
o parto passa a apresentar intensas crises de falta
de ar, quadro diagnosticado como bronquite asmática, enfermidade que lhe restringiria ao leito
por longos oito anos.
Católica praticante, canta diariamente na missa
matinal da matriz.
1959 - Nasce a filha Teresa Cristina.
Sobre suas atividades criativas neste período,
EH relata:
1962 - Primeiras pinturas. Como a maioria dos
artistas outsiders, o início das atividades artísticas é abrupto e mitificado.
“Eu era uma menina extrovertida, exibida, que gostava de fazer e participar de
peças teatrais, junto com meus irmãos ...”
“Era leve como uma pluma. Dançava
como um cisne. Inventava os passos de
dança. Ensinava balé a grupos de crianças.
Fazia as roupas de papel, as sapatilhas;
dava tudo certo.”
Formada, trabalha como professora primária na
Escola de Educação Básica Nereu Ramos.
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1952 - Casa com o comerciário José Urbano
Heil e muda para os altos da rua Crispim Mira,
Morro do Antão, Florianópolis.
EH escreve:
“Em fevereiro de 1962, recuperando-me
da enfermidade, meu irmão Rubens Diniz trouxe para casa um quadro de Jair
Platt. Havia comprado por Cr$1.000,00.
Ao olhar o quadro, disse: - Isto eu também faço.
Jogaram no meu cérebro uma célula que
foi esticando, sugando, sofrendo. Nasceu
aquele monstrinho doce. Doce, porque
constrói e não destrói. O ovo já estava bicudo. Houve ali uma explosão: a do meu
cérebro com a explosão do meu ovário.
A Arte para mim é a expulsão dos seres
contidos, doloridos, em grandes quantidades, num parto colorido”
“Eu tive que passar pela serpente para encontrar o Mundo Maravilhoso”
A residência se transforma em atelier.
1963 - Em maio, primeira exposição individual,
no Instituto Brasil Estados Unidos de Florianópolis, com apresentação de Rubens Diniz.
São expostas doze telas a óleo e seis desenhos
a lápis cera, com temas e títulos autobiográficos
como “Morro”, “Curral”, “Animais no Pasto”, “Animais Brincando”, “Cristo”, “Casa de Meu Irmão” e
“Meu Beco”.
Em julho, primeira individual no MAMF (atual
Masc).
Na ocasião, João Evangelista de Andrade Filho
publica pela Universidade Federal de Santa Catarina a monografia “Eli Heil, uma pintora”.
Em dezembro, primeira exibição fora de Santa
Catarina, na Aliança Francesa de Brasília, patrocinada pelo Instituto Central de Artes e Centro
de Extensão Cultural da Universidade de Brasília.
1965 - Prêmio Referência Especial no I Salão
Pró-Arte Nova de Blumenau, organizado por
Lindolf Bell. Walter Zanini, presidente do júri,
se interessa pela obra de EH.
1966 - Individuais no MAMF, “Eli Heil - Desenhos e Pinturas”, e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
No catálogo da exposição no MAC-USP, o diretor Walter Zanini escreve:
“...a exposição de Eli Heil, organizada
por Carlos Humberto Corrêa, diretor do
Museu de Arte Moderna de Florianópolis, que o Museu de Arte Contemporânea
da USP apresenta, revelando a pintora e
desenhista catarinense ao público paulista, é uma golfada de oxigênio no ambiente
turvado das esquematizações popularísticas e folcloristicas. O crítico João Evangelista, hoje no Instituto das Artes da
Universidade de Brasília, foi o primeiro
a interessar-se por esta artista isolada e
desconhecida escrevendo judicioso texto
em 1963 e o MAM de Florianópolis expôs suas obras em 1963 e 1966 sem que o
nome de Eli Heil, admirada pelos artistas
e poetas de Florianópolis, ultrapassasse
os limites da Ilha.
Não temos dúvida em considerá-la como
a maior revelação de nossa arte de intui-
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ção primitiva destes últimos 20 anos. De
um relance nos apercebemos de suas qualidades imagísticas, plásticas e técnicas,
fortemente contrastantes com os aspectos
de outros primitivos sejam do norte, da
Guanabara ou de São Paulo. Ao contrário da mansuetude espiritual, da temática
descritiva, do realce das impressões regionalísticas daqueles, as obras de Eli Heil
definem-se como visão “expressionista-abstrata” ( João Evangelista), de natureza
cósmica, que dá magnitude ao seu pequeno mundo de morro e de currais.”
1968 - Individual no Museu de Arte do Rio
Grande do Sul, em Porto Alegre.
No catálogo, Danúbio Gonçalves salienta:
“Sensualidade comparecente em constantes curvas, e redondos, na inconsciente
afinidade de palpável “realismo mágico”.
Disparada de bichos cabras perseguindo
bichos-cabritos, ou vice-versa, namorados
chagallianos, galo à caça de suas fêmeas,
ânsias de cópula, placentas ultramarinas
ou amarelas cádmio, falos de Pompéia,
e quantas outras espontâneas figurações
simbólicas são localizadas na complexa
aglomeração. Fluxo latente e descomprometido. Nunca entrelaçado ao “sexy” ou
ao pornográfico ...”
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EH expõe com Francisco da Silva nas galerias
M. Bénézit, em Paris, e Ivan Spence, em Ibiza.
I Exposição Nacional de Artes Plásticas, promoção da Associação dos Museus de Arte do Brasil,
Museu de Arte Moderna de Florianópolis.
O artista holandês Corneille, do grupo CoBrA,
escreve no catálogo de ambas as mostras:
“En un apartamento de Rio, yo contemple durante algumas semanas un cuadro
de Eli Heil que encantó mi estância y
me dió unos grandes deseos de ver otros
cuadros y conocer al autor de los mismos.
En Río noticias fantásticas corrían sobre
ella: “Una vieja loca inabordable”, vivia en
alguna parte de una província lejana de
ese imenso Brasil. Sin embargo no era así
... grande fué mi alegria y satisfacción al
conocerla. Mujer joven llena de una gran
dulzura.”
“Eli Heil pinta todo lo que la rodea con
una prodigiosa paleta visionária. Sin saberlo ella es una pequeña hermana cercana de los grandes expressionistas alemanes Marc, Kirchner, Macke y pequeña
hermana tembién de la fuga, la passión
del color y de las formas torturadas de los
seres y de las cosas de Vincent van Gogh.”
1969 - Individual “Eli Heil”, no MAMF.
1971 - Panorama da Pintura Brasileira de 1922
a 1971, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1977 - Adalice Maria de Araújo publica “Mito e
magia na arte catarinense”, com capítulo dedicado a EH.
Individual “Eli Heil”, no Masc, Florianópolis.
1978 - Bienal Latino-Americana de São Paulo,
com Franklin Cascaes, Fundação Bienal de São
Paulo.
12 Artistas de Florianópolis, Masc, Florianópolis.
1972 - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência, Fundação Bienal de São Paulo.
III Triennale de L’Art Insitic, Bratislava, Tchecoslováquia, com dez pinturas e curadoria de
Ceres Franco.
1973 - Individual “Eli M. Heil - Pintura, Desenho, Tapeçaria, Objetos e Escultura”, Museu de
Arte de Santa Catarina, Florianópolis.
Coletiva “Naiv Kunst” no Louisiana Museum,
em Humlebaek, ao norte de Copenhague, Dinamarca.
1974 - Individual “Eli Heil”, no Masc, Florianópolis.
Pintura Primitiva de Santa Catarina, Masc, Florianópolis.
1975 - Instinto e Criatividade Popular, Museu
Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1976 - Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo
Olívio Tavares de Araújo (Revista Veja) coloca
EH entre os destaques da representação nacional: “uma criadora compulsiva, fascinante e quase desconhecida”. Todavia, Lindolf Bell testemunha um episódio singular:
“Franklin Cascaes ao perceber que sua
fotografia estava mesmo no catálogo da
Eli Heil, insultou a Professora Adalice
Araújo em altos brados e a organização
da Bienal durante a abertura da exposição, afirmando não haver justiça em constar ao lado de “uma analfabeta” e que sua
obra merecia catálogo individual.”
Carlos Humberto Corrêa publica “Quatro artistas da cerâmica”, sobre EH, Franklin Cascaes, e
os irmãos Nézia e Ademar Melo.
A LP russo das Bachianas Brasileiras e do Choro
No. 4 de Villa-Lobos, com Galina Vichnievskaia
e Mstislav Rostropovitch e a Orquestra Nacional da URSS e a Orquestra de Câmara de Leningrado (Le chant du monde, Melodia URSS)
tem como ilustração de capa uma obra de EH
com a Ponte Hercílio Luz.
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1979- Coletiva de Artistas Catarinenses: Acervo, Masc, Florianópolis.
Poteiro, além dos grupos de internados
do Engenho de Dentro e do Juqueri.”
1980 - Muda a casa-atelier para a rua Liberato
Bittencourt, no bairro do Estreito, Florianópolis.
No mesmo catálogo, Annateresa Fabris escreve:
Quatro Damas da Arte Catarinense, Masc, Florianópolis, e Museu de Arte de Joinville.
Mostra de Obras de Empresas Financeiras do
Sistema Codesc, Besc e Bescredi, Masc, Florianópolis.
Coletiva de Artistas Brasileiros: Acervo, Masc,
Florianópolis.
1981 - XVI Bienal de São Paulo, com curadoria geral de Walter Zanini. Expõe 17 obras na
mostra de Arte Incomum, com curadoria internacional de Victor Musgrave e nacional de Annateresa Fabris.
Artistas brasileiros foram expostos junto aos
expoentes da “art brut” de Dubuffet e de outros
“outsiders”. É o próprio Zanini quem escreve na
introdução ao catálogo:
“As dimensões atingidas pela exposição
podem ser aferidas por presenças célebres
como as de Adolf Wölfli, Aloïse, Műller, Scottie Wilson, Le Facteur Cheval e
outros artistas, e pela inclusão de alguns
poucos mas significativos outsiders brasileiros, como Eli Heil, G.T.O. e Antônio
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“...um caso diametralmente oposto é representado por Eli Heil, simbiose extrema de criador e criatura. Dona duma
sensibilidade agudíssima, duma inventividade sem limites, a artista catarinense
criou um verdadeiro universo indissolúvel, no qual a presença das obras de ontem
é condição indispensável para a criação de
hoje e de amanhã. Não quer dizer isso
que Eli Heil busque na produção precedente estímulos, estilemas, fórmulas. Ao
contrário, recusa-se a fazer o que já fez,
uma vez que para ela o trabalho artístico
é um contínuo “renascer”, é um “abrigo das
maravilhas” que não se podem repetir, sob
pena de perder seu encanto.”
Também Nise da Silveira salienta:
“Uma maravilhosa marginal é Eli Heil,
de Santa Catarina. Eli diz: “Vomito criações”. Vivencia a imaginação efervescente
como algo que pertence a outrem, a um
“monstrinho doce” habitante de seu cérebro: “A imaginação dele é tão grande que
faz sofrer, gritar, criar, tanto que cheguei à
conclusão que vomito criações”.
“Mas o notável é que esses conteúdos,
emergidos das profundezas da psique
com ímpeto tão violento, não arrebentem Eli, ego consciente. Eli continua a
cuidar da casa, dos filhos, a comunicar-se
com o mundo externo. Não submerge no
grande oceano da psique coletiva. Talvez
isso aconteça porque pintando incessantemente ela consiga captar imagens possuidoras de fortes cargas energéticas, retirando-se do grande turbilhão. E porque
repetidamente configura em imagens circulares as forças instintivas de defesa da
psique que se opõem ao caos (mandalas).
Aliás, Eli sabe que a atividade artística é
para ela “o remédio essencial”.
1982 - Individual “20 Anos de Pintura de Eli
M. Heil”, no Masc, Florianópolis.
Coletiva da Coleção Harry Laus, no Museu de
Arte de Joinville.
1983 - Aquisições e Doações ao Acervo, 1979 a
1983, Masc, Florianópolis.
A Ilha Revisitada, Masc, Florianópolis.
Exposição da Releitura da Primeira Missa no
Brasil, de Victor Meirelles, Masc, Florianópolis.
1984 - Retrospectiva no Masc, Florianópolis.
Harry Laus escreve:
“Desaparecem galerias, morrem jornais e
Eli Heil não cessa de galgar sua escalada
celeste. E eu, teimosamente, em apresentações sucessivas, artigos para jornais e
entrevistas sobre arte, não me canso de
falar sobre suas excelsas qualidades, perseguindo uma espécie de compromisso
assumido há 18 anos, quando no JB, disse
que Eli “é um caso que merece estudo detalhado”.
Muda-se para a casa-atelier definitiva, em Santo
Antônio de Lisboa, distrito de Florianópolis.
1984 - Panorama Catarinense de Arte - Pintura/84, Masc, Florianópolis.
1985 - Jandira Lorenz publica “A obra plástica de
Eli Heil”, sua dissertação de mestrado.
Panorama Catarinense de Arte - Desenho e
Gravura/85, Masc, Florianópolis.
Destaques do Acervo, Doações e Aquisições,
Masc, Florianópolis.
1986 - Individual “Eli Heil - 25 Pinturas do
Acervo do Masc e 10 Esculturas da Coleção da
Artista, no Masc, Florianópolis.
Panorama Catarinense de Arte - Pintura Pan´Arte/86, Masc, Florianópolis.
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Caminhos da Arte Contemporânea, Masc, Florianópolis.
1990 - Individual “Eli Heil: Obras Recentes e
Acervo do Masc”, no Masc, Florianópolis.
Retrospectiva com cerca de 300 obras no Museu de Arte de Brasília, então dirigido por João
Evangelista de Andrade Filho.
Panorama Catarinense do Volume/90, Masc,
Florianópolis.
Sobre a exposição Rui Moreira Leite (revista
Veja) escreve:
“Na obra de Eli Heil há quadros que lembram desde as vanguardas pictóricas do
século XX até esculturas semelhantes às
pré-colombianas. A todas a artista chegou através de um caminho extremamente pessoal. ... Uma obra que, sem qualquer
semelhança com o que se faz hoje no Brasil, tem um vigor e uma beleza rara.”
1987 - Inaugura o Mundo Ovo de Eli Heil, exposição permanente de sua obra.
1988 - Arte Catarinense e Brasileira: Acervo,
Masc, Florianópolis.
Aquisições e Doações/88: Acervo, Masc, Florianópolis.
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Comparação, Ontem e Hoje: Acervo, Masc, Florianópolis.
1992 - Olhar Retrospectivo: Acervo, Masc, Florianópolis.
1993 - Brasil: 100 Anos de Arte Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1994 - Cria a Fundação Mundo Ovo de Eli Heil,
doando seleção substancial de sua produção.
Individual “Criando com Eli”, no Masc, Florianópolis.
Inauguração da sala permanente de Eli Heil na
Coleção Ceres Franco, Lagrasse, França. Ceres
Franco, marchand brasileira ativa na França,
promoveu diversas exposições naquele país desde o final da década de sessenta.
Mulheres: Acervo, Masc, Florianópolis.
1989 - Doações realizadas pela Secretaria de
Estado da Cultura e do Esporte, Masc, Florianópolis.
1995 - Coleção Banco do Estado de Santa Catarina, Masc, Florianópolis.
Pintura Catarinense: Acervo, Masc, Florianópolis.
1996 - A duplicação da Rodovia SC 401 destrói
esculturas de Adão e Eva no Mundo Ovo de Eli
Heil. Campanha pública na tentativa de mudar o
projeto, poupando o museu, se encerra com a intolerante derrubada das esculturas por tratores.
1998 - Via Crucis: A Estética da Dor no Acervo
do Masc, Florianópolis.
Cem Anos Sem Cruz: Acervo, Masc, Florianópolis.
1999 - Individual “A Verdade Nua e Crua”, no
Masc, Florianópolis.
2004 - Coletiva Désirs Bruts, Espace Culturel
André Malraux, Paris. Mais significativa das exposições da Coleção Ceres Franco, com catálogo
publicado pela Connaissance des Arts. Diversas
outras mostras da coleção ocorreram desde então no interior da França, sempre com algumas
obras de EH.
A Pintura Segundo a Sequência do Alfabeto:
Acervo, Masc, Florianópolis.
A Cena Muda: Acervo, Masc, Florianópolis.
2005 - Mostra dos Fundadores - Comemoração
dos 30 Anos da Acap, Associação Catarinense
dos Artistas Plásticos, Masc, Florianópolis.
A Poética da Morte na Cultura Brasileira, Masc,
Florianópolis.
2007 - Falece o marido e companheiro José Urbano Heil.
2000 - EH publica “Vomitando sentimentos”,
em edição da autora, uma coletânea de crônicas
e poesias que fixa a mitologia pessoal da artista.
3 Faces do Acervo - Espinha Dorsal: Pintura,
Masc, Florianópolis.
Texto e Pretexto: Acervo, Masc, Florianópolis
Sala especial no VII Salão Nacional Victor Meirelles, no Masc, Florianópolis.
A edição americana de “O Cortiço” (“The slum”)
de Alvares de Azevedo, integrando a “Library
of Latin America” da “Oxford University Press”,
tem na capa a obra “Village in Morro” (“The
Bridgeman Art Library”) de EH.
2003 - Individual “Os Símbolos na Arte de
Eli Heil”, Promoção SESC Santa Catarina, no
Masc, Florianópolis.
2008 - Sala especial na Bienal Naifs do Brasil,
Piracicaba, com curadoria de Olívio Tavares de
Araújo.
No catálogo, texto de Lélia Coelho Frota comentando a evolução da artista a partir de um mundo de morro e currais:
“Esse mundo não tardará a expandir-se
cada vez mais, quer como inaudita liberdade formal ao explorar inovadoramente
técnicas por ela mesma inventadas, quer
como ocupação de um espaço real, que se
19
ampliará pelos desdobramentos da pintura erodida e desenhos “esfolados” de Eli
pela tridimensionalidade, da tapeçaria, da
escultura, da cerâmica e, finalmente, pelas
criações monumentais do Mundo Ovo,
no terreno da sua casa de Florianópolis.
É figura exponencial não apenas da arte
catarinense, como também da criação
brasileira do século XX.”
Individual no Museu de Arte de Joinville, com
curadoria de Adriano Pauli.
2009 - Kátia Klock e Vanessa Schultz organizam e publicam “Óvulos de Eli: a expulsão dos
seres de Eli Heil”, com contribuições de João
Evangelista de Andrade Filho, Fábio Magalhães,
João Frayze-Pereira, Jandira Lorenz e Adriano
Pauli. Nele, Fábio Magalhães salienta o papel da
doença na descoberta da pintura em EH, Joan
Miró e Antoni Tàpies:
“A enfermidade não pode servir de parâmetro para a criação, nem os longos
períodos de leito hospitalar servem de
fermento à criação; entretanto, é curioso
mencionar três casos em que o tempo de
reclusão provocado pela doença teve papel germinal no desenvolvimento de suas
poéticas visuais.”
2010 - Publicado pela Tempo Editorial o primeiro volume da Coleção Vida e Arte, intitulado
20
“Eli Heil”, com texto de Regis Mallmann, editado por Tarcísio Mattos e cronologia de Ylmar
Correa Neto.
Falece o irmão e incentivador Rubens Diniz. Escreve Eli Heil:
“Parece mentira, mas é verdade.
O estranho sonho, triste inesperado,
tornou-se realidade.
A passagem de meu irmão amado Rubens Diniz.
Tornou-se vivo dentro de um ovo num
quadro que eu fiz, cheio de flores por
todos os lados.
Fica gravado no meu coração como um
dos símbolos do Mundo Ovo de Eli
Heil.
Afirmo muito merecido, Eli Malvina
Heil.”
2011 - Segunda edição de “Óvulos de Eli: a expulsão dos seres de Eli Heil”, editado por Kátia
Klock e Vanessa Schultz. Anexo DVD com três
documentários: “Coração de Eli”, 48 min., HD,
2011, produção Contraponto, direção e roteiro
de Kátia Klock; “Eli Heil, criadora e criatura”, 14
min., digital, 2009, produção Contraponto para
a série Santa Catarina em Cena da RBS TV, direção e roteiro de Kátia Klock; e “O mundo Ovo
de Eli Heil”, 33 min., Super-8, 1986, direção e
roteiro de Marco Aurélio Ramos e Maria Emília
de Azevedo.
Exposição “Arte no cotidiano: acerca do colecionismo” da coleção de Ylmar Corrêa Neto, com
curadoria de Fernando Boppré, no Museu Victor Meirelles, Florianópolis.
2012 – “Barroco bruto: Eli Heil, 50 anos de arte”,
retrospectiva com cinquenta pinturas e desenhos
oriundas de coleções particulares, na Fundação
Cultural Badesc, em Florianópolis, com curadoria de Fernando Boppré e Ylmar Corrêa Neto.
Sobre a exposição, Corrêa Neto escreve:
“Suas linhas, orgânicas, frequentemente se repetem com sutis variações, em
fuga. Seu vocabulário visual ocupa além
de cada espaço disponível, em um fluxo abundante e complexo. Fuga, “horror
vacui”, prolixidade, hipérbole e rebuscamento são elementos do barroco musical,
visual e literário que Eli Heil reinventou,
alheia voluntariamente à arte do passado e do presente, isolada em seu “mundo
ovo”. É barroco em estado bruto.”
Sobre a exposição, escreve Boppré:
“Eli criou continentes, embora habite
ilha; tem gosto doce, ainda que surgida da
amargura. Olhá-la é como olhar rente a
um espelho d´água: as figuras e as coisas
se alongam, se fundem umas nas outras
e, invariavelmente, (re)formam-se diante
tamanha força criativa.
Eli: o anúncio definitivo de que sempre há
um outro modo de se ver o mundo. De
que não existe o normal, de que não é preciso se (con)formar. Ela, plasticamente,
reinventou a si e ao mundo. Paralela, dissonante, própria. A arte de Eli é assinalada pela dor profunda, um parir infindo
de criaturas que passam a habitar o seu
(e, felizmente, também nosso) mundo. É
esse o espaço ocupado por Eli: o da vida,
apesar da dor; o da cor, apesar da escuridão; o da fertilidade, apesar da esterilidade dos nossos dias.
* Eli não é Monet, que deixa os barcos
entrarem e saírem de suas telas pelas bordas. Eli não é cinema, que permite que os
personagens entram e saiam da tela num
mesmo plano. Para Eli, tudo precisa estar
dentro. A grande “Mater Dolorosa”.”
Kamilla Nunes, para a mesa redonda “Eu e Eli:
impressões sobre Eli”, com Péricles Prade, Maria
Emília de Azevedo, Boppré e Corrêa Neto, durante a exposição, escreve:
“Eli expressa seu “eu”, por um discurso
autocentrado em seu “mundo ovo” para
inseri-lo, de maneira viva, no discurso
universalizante da modernidade. Suas
criações são fruto de uma gestação que,
com o tempo, rompeu sua própria borda, ou seu próprio ovo, e foi vomitada de
sentimentos. Tal operação foi tão intensa
21
que a borda das suas pinturas nada mais é
que o próprio mundo. Somos todos nós,
espelhados no medo, na angústia, no dilaceramento do corpo, no coração que sai
pela boca, que não se contém, nos buracos que berram, na sexualidade que clama
pela permanência, no desejo convulso do
incompreensível.
Neste sentido, Eli é quem explica seus
monstros e não os monstros que explicam Eli. Somente através dela podemos
compreender o que há de mais extraordinário em sua obra, que é o sentimento impresso em cada gesto. E se dizem que Eli
é expressionista, se comparam Eli a Van
Gogh, se a chamam de outsider, se não
cessam de fazer referência à sua doença é
porque sua obra é vista e criada pelo estômago, porque suas obras desmembram,
despedaçam, arrasam a si própria e a nós,
meros espectadores que não conseguimos
sair desta exposição sem carregar no corpo um sentimento de paixão e no estômago a sensação devastadora de ser tão
animal quanto humano. Eli é uma protagonista da construção moderna da autofagia. Construção que descobre os contornos sensuais de uma natureza vegetal,
animal, humana e, por vezes, religiosa.”
22
João Evangelista de Andrade Filho publica o livro “Ciranda: a arte corrupiante de Eli Heil”, edição do Museu Mundo Ovo de Eli Heil. Assim
encerra o livro:
“Nenhum idealismo, nenhum positivismo, nenhum existencialismo, nenhum intuicionismo, nenhum marxismo, nenhum
estruturalismo, nenhuma psicanálise,
todos a sua maneira prescritivistas, terão
monopólio dos instrumentos para tomar
posse (“percipere”) do trabalho de Eli de
maneira a torná-lo acessível ao espectador. Alguma coisa ficará faltando. ...
A arte de Eli desafia classificação. Posto
que as prioridades neste pais nunca pendem para o cultural, resta-me expressar
um temor: o que será do Mundo Ovo
de Eli quando ela, como todos nós, vier
a faltar? Reproduzo mais uma vez, e agora pela derradeira, suas próprias palavras,
proferidas com o pensamento voltado
para o nosso Mundo Ovo:
“Quando chegar o meu fim
Espero que outros cuidem de mim”.”
2013 – Individual de desenhos “Eli em branco e
preto” no Museu Victor Meirelles, Florianópolis, com curadoria de Leticia Cardoso.
“... é a própria artista que explica estas fases sem cor, provocada pela surpresa de
um diagnóstico de anemia. “Quando o
médico me disse, uma vez, que eu estava
com anemia, perdi a cor, e as obras também. Qualquer coisa que acontece comigo eu perco a cor.”
2014 e 2015 – “Eli Heil, 85 anos”, uma retrospectiva com cerca de 200 pinturas e desenhos.
Décima quinta individual de EH no Masc, Florianópolis, com curadoria de Ylmar Corrêa Neto
e Adriano Pauli.
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DÉCADA DE 1960
CURRAL [1962, óleo sobre tela, 50x60cm] Coleção particular
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DONO DA CABRITA [1962, nanquim sobre papel, 23x32cm] Coleção particular
ANIMAIS NO PASTO [1963, óleo sobre tela, 50x60cm] Acervo do Masc, tombo n.º 301
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MORRO [1963, óleo sobre tela, 50x60cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1965, óleo sobre tela, 40x60cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1318
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CARTAZ DE EXPOSICÃO NO MAMF [1966, mista sobre papel, 34x25cm] Coleção particular
DANÇA DAS RODINHAS [1966, tinta de sapato sobre papel, 24x35cm] Coleção particular
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SEM TÍTULO [1967, óleo sobre tela, 50x60cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1967, óleo sobre tela, 60x80cm] Coleção particular
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ÁRVORE DA VIDA [1967, óleo sobre tela, 70x90cm] Coleção particular
NAMORADOS NA EVOLUÇÃO DO CARNAVAL [1968, mista sobre papel, 36x38cm] Coleção particular
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CACHORROS MORDENDO MINHA PERNA [1969, óleo sobre tela, 100x120cm] Coleção particular
MORRO [1969, mista sobre papel, 34x48cm] Coleção particular
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DÉCADA DE 1970
CÉREBRO LIBERTANDO A ESPERANÇA
[1971, acrílica sobre almofada de tela, 52x58cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0085
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MULHER [1972, mista sobre papel, 76x69cm] Coleção particular
VASO GENTE [1972, mista sobre Eucatex, 100x80cm] Coleção particular
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OS DANÇARINOS DAS MONTANHAS [1975, mista sobre Eucatex, 80x100cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1975, nanquim sobre papel desfiado, 33x24cm] Coleção particular
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SEM TÍTULO [1976, Mista sobre tela, 50x60cm] Coleção particular
FLORES [1977, mista sobre tela, 50x70cm] Coleção particular
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PESCOÇO COMPRIDO DE TANTO CRIAR [1977, mista sobre papel desfiado, 38x63cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1979, acrílica sobre tela, 157x290cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0525
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SEM TÍTULO [1979, acrílica sobre tela, 140x274cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0712
PROPRIEDADE DE FIAPOS [1979, mista sobre papel, 34x54cm] Coleção particular
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SEM TÍTULO [1979, mista sobre papel, 32x39cm] Coleção particular
DÉCADA DE 1980
MANCHAS VIVENTES
[1980, óleo sobre tela, 81x60cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0474
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MANCHAS VIVENTES
[1980, óleo sobre tela, 80,5x60cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0475
MULHERES GOTAS [1980, óleo sobre tela, 38x55cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0482
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PRESOS POR FALTA DE ESPAÇO [1980, óleo sobre tela, 130x270cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0743
SEM TÍTULO [1980, acrílica sobre tela, 127x286cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0526
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ESTOU VOANDO [1981, óleo sobre tela, 64,5x46cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0483
JORRA, CORAÇÃO [1981, óleo sobre tela, 49,5x99cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0484
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VIDA OBSCURA
[1981, ilustração para o livro “Poesia Completa” de Cruz e Sousa, nanquim sobre papel, 42x28cm]
Acervo do Masc, tombo n.º 0643
O ANIMAL ESPIÃO [1982, acrílica sobre eucatex, 26x34cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0570
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SEM TÍTULO [1982, acrílica sobre tela, 49x69cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0711
GENTE, BICHOS [1983, óleo sobre tela, 29,5x39,5cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0491
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MEUS ANIMAIS QUERIDOS [1983, acrílica sobre tela, 27x35cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0574
SEM TÍTULO [1983, acrílica sobre tela, 27x35cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0575
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SEM TÍTULO [1983, acrílica sobre tela, 46x55cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0710
SEM TÍTULO [1983, acrílica sobre tela, 24x33cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0576
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NÃO COME O PARDAL [1983, acrílica sobre tela, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0713
OS DONOS DA CASA [1983, acrílica sobre tela, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0577
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SEM TÍTULO [1984, acrílica sobre tela, 14x22cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0587
SEM TÍTULO [1984, acrílica sobre tela, 32x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0589
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SEM TÍTULO [1984, pastel oleoso sobre papel, 44,5x62,5cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0881
SEM TÍTULO [1984, acrílica sobre eucatex, 17x22,5cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0882
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SEM TÍTULO [1985, pastel oleoso sobre eucatex, 20x30cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0879
OS ANIMAIS [1986, óleo sobre tela, 100x80cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0749
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SEM TÍTULO [1986, acrílica sobre tela, 22x27,5cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0880
CORRUPIO [1987, óleo sobre tela, 24x35cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0816
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VASOS DE CÉREBROS [1987, mista sobre tela, 100x129cm] Coleção particular
EU, O PÁSSARO [1988, acrílica sobre papel, 48,8x63,3cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0986
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BICHOS [1989, acrílica sobre tela, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 0901
CORRUPIO [1989, óleo sobre tela sobre eucatex, 60x80cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1556
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82
SEM TÍTULO [1989, mista sobre Eucatex, 50x60cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1989, mista sobre Eucatex, 30x40cm] Coleção particular
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DÉCADA DE 1990
SEM TÍTULO [1991, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Coleção particular
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SOBREVOANDO [1991, óleo sobre tela, 60x90cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1601
TRANSPARÊNCIA [1992, mista sobre Eucatex, 60x90cm] Coleção particular
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CÉU, MAR E TERRA [1993, mista sobre Eucatex, 120x140cm] Coleção particular
SERES NA DANÇA DO CÉREBRO [1993, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Coleção particular
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90
SEXTA-FEIRA SANTA [1993, mista sobre tela, 40x50cm] Coleção particular
OS NUS [1994, acrílica sobre tela sobre eucatex, 40x50cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1420
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AVE PEIXE [1994, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [1995, mista sobre Eucatex, 30x20cm] Coleção particular
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CASAL NÚ [1996, acrílica sobre tela sobre eucatex, 40x50cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1421
PEIXES [1996, óleo sobre tela sobre eucatex, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1557
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NÚ [1997, mista sobre Eucatex, 103x55cm] Coleção particular
O NÚ E O PÁSSARO [1998, acrílica sobre tela sobre eucatex, 37x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1424
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NÚ [1998, mista sobre papel , 21x29cm] Coleção particular
NÚ [1998, mista sobre papel , 21x29cm] Coleção particular
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100
O PÁSSARO [1999, esferográfica sobre papel, 44x62cm] Coleção particular
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DÉCADAS DE 2000
PAINEL EM MINIATURA [2000, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1560
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PAINEL EM MINIATURA [2000, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1564
PAINEL EM MINIATURA [2000, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1565
105
106
SEM TÍTULO [2000, mista sobre tela sobre Eucatex, 12x9cm] Coleção particular
PAINEL EM MINIATURA [2000, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1417
107
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PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1415
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1416
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110
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 12x9cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1418
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 12x9cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1419
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O PÁSSARO JOGANDO OVOS
[2001, acrílica sobre tela sobre eucatex, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1422
A DANÇA [2001, acrílica sobre tela sobre eucatex, 30x40cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1423
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PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1558
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1559
115
116
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1561
PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1562
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PAINEL EM MINIATURA [2001, mista sobre tela sobre eucatex, 9x12cm] Acervo do Masc, tombo n.º 1563
A DAMA DO MORRO [2004, mista sobre papel, 30x39cm] Coleção particular
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120
FLUTUANDO [2004, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Acervo da artista
O MAR [2004, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Acervo da artista
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122
O PASSARO ESVOAÇANTE [2004, mista sobre Eucatex, 122x180cm] Acervo da artista
OS NÚS E O PÁSSARO [2004, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Acervo da artista
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124
SEM TÍTULO [2004, mista sobre Eucatex, 40x50cm] Coleção particular
SEM TÍTULO [2005, mista sobre tela, 60x60cm] Acervo da artista
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VIM COM TUDO [2005, mista sobre tela, 50x60cm] Acervo da artista
OS NÚS DANÇANDO [2006, mista sobre Eucatex, 122x127cm] Acervo da artista
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128
TRÊS MULHERES [2006, mista sobre Eucatex, 122x122cm] Acervo da artista
SEM TÍTULO [2006, mista sobre Eucatex, 30x20cm] Coleção particular
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MULHER [2008, mista sobre Eucatex, 90x70cm] Acervo da artista
PAISAGEM [2008, mista sobre tela, 50x70cm] Acervo da artista
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HOMENAGEM AO RUBENS [2010, mista sobre Eucatex, 28x18cm] Acervo da artista
SEM TÍTULO [2014, caneta hidrográfica sobre papel, 61x81cm] Acervo da Artista
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Museu de Arte de Santa Catarina
Missão
“Contribuir para o fortalecimento das artes visuais em Santa
Catarina, através da preservação, documentação, pesquisa,
educação e comunicação do seu patrimônio musealizado”
__
Horário de funcionamento:
Terça a Sábado: 10h às 20:30h
Domingos e Feriados: 10h às 19:30h
Endereço:
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600.
CEP 88025-202 - Florianópolis/SC
Contato:
Fones: (48) 3664-2630 / (48) 3664-2631
www.masc.sc.gov.br / www.fcc.sc.gov.br
[email protected]
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