A ARTE QUE SE EXPRESSA NA TERAPIA
Marilene Santiago
Estudante
de
Psicologia
(Fead/MG),
Pedagoga,
Psicopedagoga e Arteterapeuta. Counselor pelo
Instituto de Psicoterapia della Gestalt e
Analisi
Transazionali Integrate (Napoli/Itália). Possui sólida
experiência na área educacional há mais de 30 anos.
Nasci em Araújos, uma pequena cidade do centro oeste mineiro. Durante minha
infância, o hábito constante de criar “instalações” com os jarros da vovó, o tear e
as flores colhidas no mato, já sinalizava uma necessidade de expressão que mais
tarde seria a mola mestra do meu interesse pela arte. Depois de um período de
formação e alguns anos atuando no magistério, tornei-me sócia proprietária de
uma escola em que a arte sempre teve um papel de destaque no currículo. Foi
nesse período que frequentei o atelier de um artista e pude experimentar as
técnicas, aprimorar minhas reflexões sobre arte e reelaborar, como acontecimento
atual, todas aquelas experiências guardadas. O aprofundamento na área de
psicologia, atualmente, representa uma nova etapa da caminhada.
Acrílica e monotipia sobre tela 240 x 80 cm
Aqui, vemos um detalhe da porta
do forno da padaria de meus pais,
que funcionou durante 50 anos, em
Araújos.
pequena
Aprendi
a
desde
“colocar
a
mão
bem
na
massa”. A porta do forno, feita de
ferro, foi usada como matriz para
imprimir várias monotipias. Sobre
essas
grandes
telas
impressas
trabalhei com aguada em acrílica.
Acrílica sobre cartão - 50 x 65 cm
Caldeirão, jarros, taboas, mato, flores,
Araújos – lembranças a partir das quais
desenvolvi muitas variações do tema da
natureza morta.
Acrílica sobre cartão – 30 x 40 cm
Acrílica sobre cartão – 50 x 65 cm
Acrílica sobre tela – 30 x 40 cm
Bordados
Dar presença e continuidade a uma idéia ou sentimento, pela representação de
símbolos, com agulhas e fios, nos permite literalmente “pegar o fio da meada”. O
bordado por sua natureza, pode sempre ser feito, desfeito e refeito, proporcionando
vivenciar processos de permissão de desconstrução e correção da rota.
Mulheres em revista
A partir do ato de rasgar revistas – que muitas vezes funcionam como bula para
padrões de aparência e conduta – recriei, nessas colagens, minha própria
interpretação do universo feminino
21 x15 cm
21 x 15 cm
Papel rasgado e colado sobre cartão – 20 x 20 cm
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Nasci em Araújos, uma pequena cidade do centro oeste mineiro