AMIGO DO MEIO AMBIENTE 2014 “Parceiros na Campanha Guardiões da Água” Responsável: Camila de Paula Almeida Coordenadora da Comissão de Gerenciamento de Resíduos e Sustentabilidade Telefone: (11) 4185 77 37. E-mail: [email protected] Projeto Ambiental Introdução Crise da água em São Paulo: Quanto falta para o desastre? O que acontecerá com as torneiras de São Paulo – e o que ensina a pior crise de água da maior metrópole do país Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta d’água da história. O Brasil pede água A cena não é um pesadelo distante. Trata-se de um cenário pessimista, mas possível, para o que ocorrerá a partir de novembro. Moradores de São Paulo sentem, hoje, o que já sofreram em anos anteriores cidadãos castigados pela seca em Estados tão distantes quanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco. A mistura de eventos climáticos extremos e o consumo excessivo ameaçam o fornecimento de água em cidades pelo Brasil todo. Como a crise surgiu? A crise em São Paulo é, em parte, consequência da falta de água nas cabeceiras de rios que abastecem o Sistema Cantareira. Trata-se de um conjunto de represas responsável por abastecer 9 milhões de habitantes na Grande São Paulo. Todo esse sistema depende das chuvas do verão. Em anos normais, nos meses secos e frios, de junho a agosto, a precipitação é de menos de 150 milímetros. Isso é, normalmente, compensado no primeiro trimestre, que soma cerca de 600 milímetros. Desde o ano passado, as chuvas não vêm no volume esperado. “A maioria dos meses de 2013 já havia registrado níveis de pluviosidade abaixo da média dos últimos 30 anos”, diz o meteorologista Marcelo Shneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “A situação ficou pior a partir de outubro e novembro. Foi um clima anômalo em todo o Sudeste, não apenas na Cantareira.” Nos três primeiros meses de 2014, em vez dos esperados 600 milímetros, caíram menos de 300 milímetros. Com o a crise poderia ser evitada? São Paulo já passou por momentos climáticos extremos antes. Em 2004, o nível do reservatório do Sistema Cantareira ficou abaixo dos 30%. A Sabesp iniciou então um racionamento de água por rodízio de bairros. Fez obras para acessar o que era, até aquele momento, uma reserva de emergência. Trata-se da água que fica abaixo do ponto de captação nos reservatórios, conhecido pelo termo “volume morto”. Nos anos seguintes, por sorte, os reservatórios voltaram a encher. Em 2011, experimentamos o extremo oposto. Fortes chuvas atingiram a região. As comportas dos reservatórios precisaram ser abertas para liberar o excesso de água. “Havia um nível superior a 100% no sistema, algo nunca antes registrado”, diz Francisco Lahóz, secretário executivo do consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). Como enfrentamos a escassez? O consórcio de águas PCJ escreveu os “25 mandamentos da estiagem”, em fevereiro. O documento vem inspirando medidas de reação à seca. Duas cidades, Valinhos e Vinhedos, decretaram racionamento. As regiões de Campinas e Americana adotaram multas para os gastadores. Prefeituras têm cadastrado os caminhões-pipa. “São Paulo ainda tem outras opções de reservatórios, caso o volume morto do Cantareira seque. A região do PCJ não tem”, diz Lahóz. Em São Paulo, a Sabesp tomou quatro medidas emergenciais para evitar o racionamento: redução de tarifa para quem Projeto Ambiental reduzir em 20% o consumo; obras que trazem águas de outras represas (do Sistema Alto Tietê e de Guarapiranga); a instalação de 17 bombas flutuantes, que extraem água do volume morto; e uma campanha nas rádios e TVs, para convencer a população a economizar água. A quantidade de água retirada dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu de 31.000 litros de água por segundo, antes da crise, para 23.000 litros por segundo, em maio. De acordo com Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso da Água, as medidas emergenciais são boas, mas insuficientes para lidar com o problema no longo prazo. O QUE ACONTECERÁ? Os modelos de meteorologia não conseguem mostrar, com precisão, como será o próximo verão nas nascentes do Sistema Cantareira. O mais provável, pelos dados atuais, é que chova algo abaixo da média. Nesse cenário, o volume de água das represas se recupera um pouco, mas não passa dos 40%. Isso evitará a situação de emergência no próximo verão, mas não afastará o problema para os anos seguintes. A Sabesp precisará, portanto, manter os bônus para quem economizar água e talvez aplicar multas a quem desperdiçar. Há também cenários otimistas. A formação de um El Niño – um aquecimento cíclico das águas do Oceano Pacífico com efeitos no mundo todo – poderia trazer mais chuvas para a região. Isso já aconteceu no El Niño de 1982-1983. Mas é pequena a chance de isso se repetir. Segundo Zuffo, da Unicamp, o Sistema Cantareira tem condições de se recuperar da seca prolongada se o regime de chuvas normalizar nos próximos cinco a dez anos. “Se chover, e se o consumo não for maior do que o sistema aguenta, os reservatórios conseguem se recuperar a uma taxa de 10% a 20% ao ano”, diz. “Se não chover, o abastecimento será comprometido. Enfrentamos um risco grande.” E mais: no ritmo atual, em 30 anos São Paulo precisará de mais 25.000 litros de água por segundo – praticamente um novo Sistema Cantareira. Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/06/crise-da-agua-em-sao-paulo-quanto-faltapara-bo-desastreb.html em 16.07.14 De acordo com a reportagem acima, a problemática da escassez da água é um assunto preocupante e que deve ser discutido continuamente, tendo como resultado ações de educação ambiental e mudanças de hábitos. O Hospital Geral de Carapicuíba a fim de contribuir com esse processo e também tendo uma constante preocupação com os custos da instituição, decidiu desenvolver a Parceria com a Sabesp no Programa Guardiões da Água. Objetivo Promover a conscientização e colaboração dos públicos internos e externos (colaboradores, pacientes e acompanhantes) do Hospital Geral de Carapicuiba, em relação ao uso consciente da água dentro e fora dos muros da instituição, gerando uma mudança de visão da comunidade, através da percepção que a água é um recurso finito e essencial para o suporte à vida, necessitando ser utilizado com consciência. Reduzir o consumo de água dentro do HGC, contribuindo com a continuidade do abastecimento e fornecimento de água potável na grande São Paulo. Proporcionar ao colaborador uma discussão em casa com os filhos sobre o tema. Projeto Ambiental Desenvolvimento O projeto teve início em janeiro de 2014 e será estendido até o mês de março de 2015, no término do período de estiagem das chuvas. Nesta data o projeto será reavaliado e terá suas ações planejadas para os próximos meses. As ações iniciais ocorreram nos meses de janeiro a março de 2014 e estão previstas ações de manutenção até o término do ano de 2014, tendo como público-alvo: colaboradores, médicos, fornecedores e usuários (pacientes e acompanhantes), conforme descrição abaixo: 1) Concurso Uso Consciente da Água: Desenhe esta idéia. O público-alvo do concurso foi os filhos, sobrinhos, irmãos, primos e afilhados dos colaboradores do HGC com idade entre 01 e 12 anos. O objetivo inicial foi incentivar e gerar a reflexão familiar em relação à problemática do consumo consciente da água. As crianças deveriam fazer um desenho com o seguinte tema: “Usando bem, ninguém fica sem”. Roda de Conversas nos Setores – foco nos setores SND e de Higiene. As rodas de conversa serão realizadas pelo Gerente de Infra-Estrutura, tendo como alvo os colaboradores dos serviços de Nutrição e Higiene (153 colaboradores), por terem dentro de suas atividades um grande consumo de água. Entre os temas abordados estão: Ações de identificação e notificação de vazamentos, Procedimento para fechar registros em casos de rupturas de canos ou outras intercorrências hidráulicas, Utilização adequada das descargas, utilização de mangueiras como vassouras hidráulicas, mas sim pano, rodo, mop e vassouras para os processos de limpeza, Higienização econômica de panelas, recipientes e hortifrutigranjeiros, além de esclarecimentos de dúvidas que possam existir. Treinamento esta programado para ocorrer no mês de setembro. 2) Divulgação de Boletins Eletrônicos Semanais Os boletins foram divulgados através de e-mails durante a semana de lançamento da campanha posteriormente de acordo com a programação da área de comunicação. Os assuntos abordados serão: Dicas de como economizar água no seu dia-a-dia. As informações divulgadas seguem os padrões estabelecidos e orientados pela Sabesp. Projeto Ambiental Projeto Ambiental 3) Divulgação em painéis informativos localizados nas copas de colaboradores, elevadores, espaços médicos, recepção de Pronto Socorro, Internação, Hemodiálise, Ambulatório e Fisioterapia. Essa divulgação é a realizada com o mesmo material descrito nos boletins eletrônicos. 4) Estabelecimento de metas mensais de redução de consumo. A meta é permanecer abaixo da média de consumo de 2013, com tendência de redução mês a mês, chegando a 4.700 m3 até dezembro de 2014. 5) Participação ativa de agentes da Sabesp: palestras nas recepções da Internação, Pronto Socorro e Ambulatório, com entrega de folders com dicas de redução de consumo da água. 6) Vistoria da equipe de manutenção para identificar vazamentos. Projeto Ambiental 7) Conscientização das empresas prestadoras de serviços nas obras em andamento no hospital quanto ao uso consciente do recurso. Resultados Apresentamos abaixo os resultados obtidos até o mês de julho/14 de acordo com as ações propostas: • Concurso Uso Consciente da Água: Desenhe esta idéia. Recebemos as inscrições e dentro da análise dos desenhos percebemos que as crianças estão envolvidas nos assuntos relacionados ao consumo consciente da água e principalmente em relação às formas de redução que podem ser aplicada dentro das atividades da família. Os desenhos premiados por categoria foram: Vencedor da categoria de 01 a 04 anos Projeto Ambiental Vencedor da categoria de 05 a 08 anos Vencedor 01 da categoria de 09 a 12 anos Projeto Ambiental Vencedor 02 da categoria de 09 a 12 anos Os vencedores foram divulgados pela área de Comunicação do hospital e os pais e tios tiraram fotos do momento que as crianças receberam os prêmios e relataram a expectativa das crianças, conforme descrito abaixo por um colaborador que teve seus dois filhos premiados. Fotos de 03 dos vencedores Projeto Ambiental Relato dos pais das crianças da foto à esquerda: “Os dois sempre perguntavam se já havia saído os ganhadores, mas como não havia a confirmação eu falava que não. No dia que saiu a confirmação avisei antes a mãe que falou aos dois que ficaram muito felizes ao saber que os desenhos deles foram escolhidos. O Nicolas quando cheguei estava dormindo, mas pediu a mãe para que o acordasse e ficou muito feliz quase dormiu com as caixas e o caderno ele já está usando com a criatividade dele. A Ana Beatriz quando cheguei estava com o sorriso de orelha a orelha como a mãe já havia falado. Ela era a que mais perguntava do resultado no decorrer do tempo em que ficaram para avaliar os desenhos. Segue em anexo três fotos que registrei logo após ter entregue os prêmios.” Relato da tia da criança à direita: “Quando soube da notícia, logo liguei para avisar, a felicidade da Mayara foi tanta que não ficou preocupada com o prêmio e sim com o desenho entregue, logo providenciou mais desenhos de alerta e espalhou pela casa como Tomar Banho Rápido e Fechar a Torneira. Fez questão de receber o cartaz com o nome dela e levar para a escola para mostrar aos colegas. O prêmio foi super bem vindo, até contribuindo para a criatividade.” Além da educação ambiental aos colaboradores, o resultado destas ações poderá ser verificado com maior eficiência na redução de consumo de água na casa dos colaboradores da instituição. • Estabelecimento de metas mensais de redução de consumo. Projeto Ambiental Podemos observar os resultados alcançados ao longo de 2014, através da redução mês a mês, mesmos considerando o período de grande calor e as obras realizadas no hospital (ampliação do Centro de Parto Humanizado, reforma da área de suprimentos, do espaço de convivência, dos hospital-dia e hemodiálise) e consequentemente atingimos também um menor custo. • Participação ativa de agentes da Sabesp: palestras nas recepções da Internação, Pronto Socorro e Ambulatório, com entrega de folders com dicas de redução de consumo da água. Essa ação foi realizada no dia 26 de junho de 2014 das 10h00 às 17h00. Os agentes da Sabesp ficaram instalados na Recepção Central, onde passam diariamente cerca de 800 pessoas. Projeto Ambiental Projeto Ambiental Conclusão: Como nosso projeto está em processo de maturação e termos como foco principal atuarmos com a conscientização e mudança de cultura do maior número possível de pessoas, englobando a comunidade que trabalha e utiliza nossos serviços, acreditamos que nesse primeiro momento atingimos um número expressivo de pessoas no estágio de sensibilização inicial, mas também temos a consciência que estamos iniciando o processo de educação ambiental, que terá resultados passiveis de mensuração como a redução do consumo de água nos hospital, como também outros que não poderão ser mensurados, como as mudanças de hábito das pessoas em outros locais que desenvolvem atividades. Comissão de Gerenciamento de Resíduos e Sustentabilidade