& Relatório Contas’09 Índice | 2 | A verdadeira grandeza dos nossos compromissos mede-se pela nossa capacidade de ajudar as pessoas a viver vidas mais seguras R&C’09 | Liberty Seguros | 3 | Índice Índice 004 007 009 031 040 091 108 Mensagem do CEO Órgãos Sociais Relatório do Conselho de Administração Demonstrações Financeiras Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Anexos Relatórios Oficiais Liberty Seguros | R&C’09 Mensagem do CEO | 4 | Mensagem do CEO Ano positivo, apesar da crise O exercício de 2009 ficará, à semelhança de 2008, indelevelmente marcado na memória das gerações actuais e vindouras como um dos mais difíceis, complexos e dramáticos da história da Humanidade. Tal como se previa, a crise financeira acabou por ter um impacto de proporções monumentais e terríveis na “economia real”, a das empresas, dos particulares, e das famílias. As dificuldades em obter crédito acentuaram-se, tal como se esperava, pois os próprios bancos nacionais viram a captação de recursos no exterior severamente dificultada, e os parcos recursos obtidos a entrar a condições fortemente penalizadoras. As dificuldades de tesouraria no débil tecido empresarial português aumentaram, começou-se a assistir a um crescimento dos incobráveis a nível de empresas e famílias, atrasos severos nos pagamentos a fornecedores, e esta cadeia perversa de acontecimentos a gerar, como era de esperar, consequências dramáticas nos níveis de pagamentos de salários, e nas possibilidades de manutenção do nível de emprego em muitas empresas. Sendo certo que há sempre empresas a aproveitar-se da conjuntura actual para se fazer de vítimas, tratando de não cumprir as suas obrigações sociais e fiscais, não deixa de ser verdade que o impacto da crise financeira internacional afectou mesmo fortemente a “economia real” portuguesa, com o inevitável crescimento na taxa de desemprego, que subiu para valores muito próximos já dos 11%. Não deve haver hoje uma família portuguesa que não tenha o drama do desemprego a afectar um dos seus elementos. José António de Sousa President & Chief Executive Officer [email protected] R&C’09 | Liberty Seguros | 5 | Mensagem do CEO Portugal tem uma economia muito mais vulnerável, débil e dependente que a da maioria dos parceiros da União Europeia, continuando a sofrer os vícios de décadas de “subsidio - dependência” por um lado, da miragem criada pelo “dinheiro fácil e barato” com que durante décadas se criou a ilusão de que podíamos ter uma classe média com poder de compra a aproximar-se a passos largos da média europeia, sem elevar os níveis de produtividade do trabalho de forma a justificar esses rendimentos, e a falta de um “plano de negócios” (business plan) nacional, que defina claramente as áreas em que temos vantagens competitivas, e para as quais devemos portanto canalizar as nossas energias e investimentos no sentido de as desenvolver, expandir internacionalmente e fortalecer, gerando emprego. Esperam-nos pois anos muito difíceis pela frente, de grande sacrifício para as famílias. No sector segurador, que é sempre um reflexo do que acontece na economia do país, acentuou-se, aprofundou-se e agravou-se a luta concorrencial entre os operadores do mercado. O baixo crescimento da nossa economia, a sistemática deslocalização de empresas que ainda baseiam o seu sucesso num modelo de mão-de-obra barata e com maiores índices de produtividade, a falta de investimento produtivo e de poupança das famílias, o grau crescente de endividamento familiar na classe média, o consequente aumento da precariedade do emprego e o aumento do desemprego, tiveram outro ano mais consequências sérias para o sector segurador, que na parte dos chamados Ramos Reais ou Não Vida voltou a decrescer em 2009, desta feita em 4.6%, assumindo maior expressão a queda nos Ramos Automóvel (7.6%) e Acidentes de Trabalho (9.1%), segundo dados publicados pela APS de forma provisória ainda. O Ramo Vida aparentemente teve um crescimento marginal inferior a 1%. Num contexto difícil como este, a Liberty Seguros encerrou o exercício de 2009 com números que nos enchem naturalmente de orgulho e satisfação. Encerramos o exercício com um volume de negócios de 188.4 milhões de Euros, um ligeiro decréscimo de 1% em relação a 2008 por termos tratado de manter a nossa política de aceitação prudente de riscos, e não termos cedido à tentação de entrar na concorrência predatória em termos de “pricing” que se verificou no mercado. A taxa de sinistralidade Não Vida foi de 68.6%, ligeiramente superior à de 2008, para o que muito contribuíram os trágicos eventos que afectaram a Região Oeste na noite de 23 de Dezembro de 2009, e nos afectaram em quase 3 milhões de euros. A quota de mercado em Não Vida subiu de 3.9% em 2007 para 4.0 % em 2009, fruto do facto de o nosso decréscimo ser no entanto inferior ao do mercado. A margem de solvência subiu de 183.8 % em 2008 para 233.1 % em 2009, graças ao resultado líquido obtido no exercício de 2009, que foi de 9.111 milhões de Euros (53.2 % acima dos 5.948 milhões de Euros de resultado liquido obtidos em 2008). O retorno aos accionistas foi de 12.1% considerando o capital total existente em Portugal (superior ao requerido para operar), acima do retorno esperado, que é de 12%. Foi um exercício em que uma vez mais a Liberty Seguros se destacou por dezenas de iniciativas de negócios e de responsabilidade social que traduzem uma verdadeira e positiva diferenciação competitiva na nossa forma de estar e operar no mercado. Todas elas nos enchem de orgulho e satisfação, mas há algumas às quais eu gostaria de dar um destaque especial. Em associação com uma ONG espanhola que presta ajuda humanitária a crianças vitimas da terrível tragédia nuclear que afectou Chernobyl, a AFAN, a Liberty Seguros começou a trazer no verão de 2009 um grupo de crianças para passar o Verão em ambiente familiar saudável, com boa alimentação, permitindo-lhes recuperar e voltar ao seu país mais fortes e resistentes. Este programa terá continuidade nos anos vindouros. O apoio ao IV Concerto da Associação Portuguesa contra a Leucemia, organização absolutamente admirável presidida pelo Sr. Deputado Domingos Duarte Lima, um homem extraordinário e com uma força e determinação invulgares, teve também um destaque muito especial em 2009. De destacar também a assinatura da “Carta Anti-Corrupção”, assim como a nossa associação ao Portal VER (Valores, Ética, e Responsabilidade) como forma de reafirmar a nossa maneira de estar no mercado. As actividades de responsabilidade social continuaram com apoio a actividades desportivas, à Fundação Pauleta, à assinatura de protocolos como o da “Escola de Seguros Inatel / Liberty Seguros”, e um considerável número mais de actividades, apoios e iniciativas vocacionadas para partilhar com a sociedade em que estamos inseridos e exercemos profissional o êxito assinalável que temos alcançado. Para encerrar gostaria obviamente de apresentar o meu tributo de carinho, consideração, respeito e agradecimento aos nossos parceiros, os intermediários profissionais de seguros, aos nossos prestadores de serviços e fornecedores, bem como à extraordinária equipa de Colaboradores da Liberty Seguros. O alinhamento de todos à volta de uma estratégia simples, mas que procuramos executar com eficiência e baseados em princípios éticos fortes, dos quais todos nos orgulhamos, permitiu que possamos encerrar o exercício de 2009 com a satisfação do dever cumprido, por ser mais um exercício memorável, rico em vivências positivas e enaltecedoras, e com resultados globais muito positivos. Liberty Seguros | R&C’09 Órgãos Sociais | 6 | Os principais objectivos da LIBERTY SEGUROS passam por posicionar a Companhia nos 5 primeiros grupos a operar em Portugal R&C’09 | Liberty Seguros | 7 | Órgãos Sociais Órgãos Sociais QUadriénio 2009-2012 Mesa da Assembleia Geral Presidente Dr. Frederico José de Melo Pereira Coutinho Secretária Dra. Maria da Paz Vale e Azevedo Tierno Lopes Conselho de Administração Presidente e Administrador Delegado Dr. José António da Graça Duarte de Sousa Vogal Sr. David H. Long Vogal Sr. Christopher L. Peirce Vogal Sr. Luís Bonell Goytisolo Vogal Dra. Marta Sobreira Reis Alarcão Troni Conselho Fiscal Presidente Dr. Pedro Manuel Travassos de Carvalho, R.O.C. n.º 634 Vogal Dra. Maria Filomena Lindeiro Esteves Salgado Oliveira Vogal Dra. Ana Cristina Louro Ribeiro Doutor Simões, R.O.C. n.º 946 Suplente Dra. Ana Margarida Garrido Vaz Teixeira de Sousa Crespo de Carvalho Revisor Oficial de Contas Ernst & Young Audit & Associados - S.R.O.C., n.º 178 Representada por Dra Ana Rosa Ribeiro Salcedas Montes Pinto, R.O.C. n.º 1230. Secretário da Sociedade Efectivo Dra. Maria da Paz Vale e Azevedo Tierno Lopes Suplente Dr. Nuno Miguel da Silva Pimenta Madeira Rodrigues Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 8 | Senhores Accionistas, O Conselho de Administração da Liberty Seguros, S.A., nos termos legais e estatutários, submete à vossa apreciação o Relatório de Gestão e Contas relativos ao exercício de 2009. Em Portugal, como no resto do mundo, a LIBERTY SEGUROS assume e defende Valores como a Solidariedade, o Espírito de Equipa, a Dedicação, o Empenho no Trabalho e a Responsabilidade para com a Comunidade R&C’09 | Liberty Seguros | 9 | Relatório do Conselho de Administração Relatório do Conselho de Administração introdução A Liberty Seguros está presente, em Portugal, desde 23 de Maio de 2003, com a aquisição ao grupo Suíço Credit Suisse da antiga Companhia Europeia de Seguros, S.A. Esta alterou a sua designação social para Liberty Seguros, S.A. por deliberação da Assembleia Geral de 2 de Fevereiro de 2004. Com oito décadas de experiência, a Liberty Seguros conta com a dedicação de cada um dos seus 440 Colaboradores, na procura de melhores soluções de protecção para as famílias portuguesas, particulares e para as micro, pequenas e médias empresas. Em todo o território nacional a Companhia possui 26 espaços comerciais designados por Espaços Liberty Seguros e 7 Escritórios que apoiam os escritórios de Agentes de Seguros, aliados estratégicos da Companhia, através dos quais se oferece uma ampla gama de produtos e serviços que permitem aos Clientes usufruir de uma Vida mais segura e protegida. O GRUPO LIBERTY MUTUAL Fundado em 1912, o Grupo Liberty Mutual, com sede em Boston nos Estados Unidos da América, é constituído por um conjunto de companhias internacionais de serviços financeiros diversificados e é um dos maiores grupos seguradores dos Estados Unidos da América. Com mais de 45.000 Colaboradores distribuídos por mais de 900 escritórios em todo o mundo, o Grupo Liberty Mutual oferece uma ampla gama de produtos e serviços de elevada qualidade para particulares e empresas. missão Em Portugal, como no resto do mundo, a LIBERTY SEGUROS encontra Valores como a Solidariedade, o Espírito de Equipa, a Dedicação, o Empenho no Trabalho e a Responsabilidade para com a Comunidade, valores estes que estão em perfeita sintonia com a sua missão: Pela protecção dos valores da vida, procurando: > Compreender e satisfazer as expectativas dos Clientes, a quem serve através de soluções inovadoras de segurança que lhes permitam atingir os seus objectivos. > Ser líder nos mercados em que opera, criando valor para os accionistas. > Manter a motivação e bem-estar dos Colaboradores proporcionando-lhes justas oportunidades de crescimento. objectivos A Liberty Seguros orienta o seu negócio para os segmentos particulares, individuais e famílias, e pequenas e médias empresas, com incidência no ramo Não Vida, nomeadamente em Automóvel, Acidentes de Trabalho e Incêndio. Os principais objectivos da Liberty Seguros passam por posicionar a Companhia nos 5 primeiros grupos a operar em Portugal, para os principais negócios Não Vida, focalizando o negócio no canal de distribuição Agentes. Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 10 | Açores Portugal Continental R&C’09 | Liberty Seguros Madeira iniciativas estratégicas ética e compliance A Companhia defende a Protecção dos valores da vida através de um serviço de qualidade e constante adequação às necessidades do mercado, garantindo a satisfação dos seus Clientes e o crescimento económico sustentado do Grupo, nomeadamente através de: > Desenvolvimento de produtos mais adequados às necessidades de protecção de cada Cliente. > Aumento da presença geográfica nos principais mercados de forma a estar mais próximo dos Clientes. > Reforço do posicionamento da Liberty Seguros com base nos valores do Grupo e do mercado português. > Potenciar o uso das novas tecnologias que se encontram ao serviço dos canais de distribuição, para oferecer um serviço inovador e mais eficaz. > Reconhecimento do mercado como uma empresa socialmente responsável. > Alertar a sociedade para a temática da prevenção rodoviária. A Liberty Seguros dispõe de um Código de Ética e Conduta Profissional aplicável a todos os seus Colaboradores desde 1 de Maio de 2005, Código este que foi revisto e ampliado em Outubro de 2008. Este Código corresponde à adaptação para Portugal do Código de Ética e Conduta Profissional do Grupo Liberty Mutual. Atentas as especificidades da ordem jurídica portuguesa, e especialmente no que concerne ao direito laboral, entendeu-se imprescindível a adaptação de alguns aspectos e procedimentos, com vista a uma assimilação mais fácil por parte dos seus destinatários e também dos respectivos sindicatos, que foram ouvidos durante o processo de adaptação. Foi assim possível a adopção do código, que é hoje uma das mais importantes componentes não apenas da normativa interna da Liberty Seguros mas também da própria cultura organizacional. Também neste aspecto foi possível o destaque da Liberty Seguros, primeira seguradora a operar em Portugal a ter um código de conduta com esta abrangência e que passou a ser divulgado no site público, em cumprimento da legislação em vigor que estipula o dever de estabelecimento e monitorização do cumprimento de códigos de conduta por parte das empresas de seguros. No Código estabelecem-se importantes linhas de orientação da conduta profissional, esclarecendo os comportamentos permitidos e não permitidos, bem como os comportamentos recomendados e que a Liberty Seguros considera como padrão adequado de conduta: 1.Conflitos de Interesse: definição do que se entende por conflito de interesses, com exemplos de condutas proibidas; 2.Utilização da Informação: contendo as regras de utilização de informação | 11 | Relatório do Conselho de Administração profissional, de direitos de propriedade industrial, segredos profissionais, direitos de autor e dados pessoais; 3 Política de Recursos Humanos: na qual se refere a responsabilidade de tratamento com dignidade e respeito; 4.Utilização de Meios e Recursos da Liberty Seguros; 5.Cumprimento: é o capítulo do Compliance por excelência, versando sobre a importância do cumprimento de leis, normas e regulamentos, integridade de controlos financeiros e relatórios públicos, práticas comerciais proibidas, cumprimento das leis de defesa da concorrência, e prevenção de crimes, como o branqueamento de capitais; 6.Reporte de Violações ao Código de Ética e Conduta Profissional: que explica o procedimento a adoptar em face de uma possível violação das regras do Código; Em anexo ao Código, e de acordo com o procedimento nele previsto, existe um Termo de Declaração e Responsabilidade que é anualmente distribuído aos administradores, directores, quadros superiores e outros Colaboradores com determinadas funções e pelo qual se recordam as regras do Código e se dá aos Colaboradores abrangidos a oportunidade de identificação de potenciais conflitos de interesses. A função de Compliance na Liberty Seguros está a cargo do respectivo Gabinete Jurídico & Compliance, que integra nas suas funções os aspectos mais relevantes para que toda a organização esteja em posição de conformidade legal: > Garantir o apoio e resposta a todas as necessidades de conhecimentos, informação e apoio jurídicos decorrente da prossecução dos objectivos da Liberty Seguros, criando as condições necessárias à observação e ao A Companhia defende a protecção dos valores da vida através de um serviço de qualidade e constante adequação às necessidades do mercado Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 12 | cumprimento de todos os imperativos de natureza jurídico-legal (compliance) com impacto no desenvolvimento da actividade. > Garantir a assessoria jurídica da Administração e Direcções, assegurando a plena informação, esclarecimento e resolução de todas as questões de natureza técnico-jurídica. > Garantir a divulgação e conhecimento do quadro legislativo aplicável à actividade da Liberty Seguros. > Assegurar a correcção técnico-jurídica e conformidade com os interesses da Liberty Seguros de todos os contratos da qual esta seja outorgante, revendo e redigindo os respectivos clausulados e apoiando a respectiva negociação. > Executar a supervisão e controle da coerência técnico-jurídica dos clausulados de todos os contratos de seguro comercializados pela Liberty Seguros; redacção das Condições Gerais, Especiais e Particulares sobre textos propostos pelas áreas técnicas e revisão dos respectivos impressos e suportes. > Assegurar a correcção técnico-jurídica, a conformidade legal e a conformidade com as regras e directivas do Grupo Liberty Mutual de todas as normas e regulamentos internos da Liberty Seguros. > Exercer todas as tarefas adstritas à função de Business Ethics Administrator, de acordo com a definição do Grupo Liberty Mutual. > Integrar o Comité de Gestão de Riscos, com as funções constantes da respectiva definição. > Integrar a Comissão de Acompanhamento do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros. > Conceber e executar acções de formação sobre temas de Compliance e de Direito dos Seguros, dirigidas aos Colaboradores da Liberty Seguros e também à nossa rede de agentes. nutenção de um sistema de controlo interno sobre o reporte financeiro, eficácia e eficiência de operações e compliance, efectuou durante o exercício de 2009 actualizações da documentação de suporte de um conjunto de processos que tiveram alterações ao seu circuito de tratamento de informação de natureza operacional e/ou financeira e/ou de compliance, assim como realizou testes aos controlos significativos, elaborou recomendações de melhoria e acompanhou e testou a implementação das mesmas. A relação dos processos actualizados, controlos testados, ineficiências detectadas e melhorias implementadas encontra-se incluída no relatório anual de “Ponto de Situação do Sistema de Gestão de Risco”, documento integrante da Política de Gestão de Riscos. A importância dos meios e instrumentos de cumprimento normativo é assim reconhecida e assegurada pela Liberty Seguros, em cumprimento daquele que é mais um dos aspectos do controlo interno, nos termos da Norma Regulamentar do Instituto de Seguros de Portugal n.º 14/2005-R, de 29 de Novembro. POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS A política de Recursos Humanos da Liberty Seguros é definida e orientada em função da estratégia da Companhia e consiste na planificação, organização, coordenação e controlo de técnicas que dão suporte e promovem o desempenho dos seus Colaboradores, apostando no contínuo desenvolvimento e crescimento profissional do seu Capital Humano. Esta aposta assume uma importância significativa, face ao período conturbado que em termos económicos se tem vindo a verificar, destabilizando os mercados financeiros numa proporção mundial. É particularmente importante para a Liberty Seguros desenvolver e consolidar as competências contribuindo de uma forma estruturada e coesa para uma cultura que se pauta pelos valores de Honestidade, Excelência, Rigor, Compromisso e Espírito de Equipa e cujo especial enfoque é o Cliente, bem como a qualidade de serviços que lhe são prestados. Sistema de gestão de riscos e controlo interno A política de gestão de risco aplica-se transversalmente a todas as áreas da Companhia e define formalmente a estratégia e os objectivos da gestão de risco da Liberty Seguros, englobando as funções, responsabilidade e as autorizações que suportam os processos adoptados pela Companhia para alcançar os respectivos objectivos. Adicionalmente, permite precaver a Companhia para os diferentes tipos de risco em que a mesma incorre, assim como providenciar uma visão e conhecimento claro da gestão de risco exercida pela Companhia, pelos diversos intervenientes internos e externos e entidade de supervisão. O Comité de Gestão de Risco é o órgão onde são debatidos os temas transversais a toda a empresa, relacionados com a Gestão de Risco e Controlo Interno e a quem cabe a responsabilidade pela definição da política de gestão de risco e respectivas propostas de revisão. A política de gestão de risco é alvo de aprovação do Presidente do Conselho de Administração, sendo sujeita, no mínimo a uma revisão e actualização anuais. A decisão sobre a adequação da política de risco da Companhia é da responsabilidade final do Presidente do Conselho de Administração, com base em recomendação do Comité de Gestão de Risco. Os riscos Especificos de Seguros, de Mercado, Liquidez, Crédito e Operacional foram analisados pela Liberty Seguros, e encontram-se divulgados no Anexo às contas nas notas 4.2., 4.3 e 6.16. A área de Controlo Interno – SOX no âmbito das funções de maR&C’09 | Liberty Seguros recursos humanos | 13 | Relatório do Conselho de Administração � Estrutura Etária 100% 90% 80% 51.1% 70% 60% 50% 40% 30% 48.9% 20% 51.1% do Capital Humano da Liberty Seguros é do sexo feminino 10% 0% ≤ 20 21-30 31-40 41-50 51-60 Homens > 60 Total Mulheres Dotar os Colaboradores destas competências é o principal objectivo da política e estratégia da Direcção de Recursos Humanos: desenvolver e consolidar competências específicas orientadas para o Cliente, superando as suas expectativas e antecedendo as suas necessidades. A Liberty Seguros sabe que tem o potencial no Capital Humano. Reter e desenvolver este potencial é a sua principal tarefa, ajudando os Colaboradores a gerir as suas expectativas, carreiras profissionais, promovendo o seu bemestar/equilíbrio pessoal e profissional. É esta atitude e forma de estar, pró-activa e orientada para o Cliente, suportada por uma forte Liderança que a diferencia no mercado segurador. FORMAÇÃO A Liberty Seguros para alcançar resultados de excelência, aposta no desenvolvimento dos seus Colaboradores, através de acções de formação internas e externas ou outras actividades: > Parcerias com Instituições de Ensino Superior que visam o desenvolvimento de competências específicas através de cursos desenhados à medida para um grupo específico de Colaboradores; > Bolsas de estudo que a Liberty Seguros comparticipa; > Cursos importados do Grupo Liberty Mutual; > Academia Liberty: de entre as diversas iniciativas elencadas na Academia Liberty, merecem destaque os vários módulos de formação realizados por Colegas internos, que revelaram elevada pré-disponibilidade para a realização dos mesmos, partilhando os seus conhecimentos e experiência com os restantes; > Acções de fortalecimento do Espírito de Equipa (Team Building) através de iniciativas que alinham acções e comportamentos, fortalecem as equipas, colocando-as face a situações ou problemas com os quais têm de lidar e solucionar, exercitando as capacidades individuais num cenário que apela à participação de todos. No fundo, o que se vivencia no quotidiano em contexto empresarial. A Liberty Seguros considera que a formação é um investimento da Companhia nos seus Colaboradores, mas também um reconhecimento pelo seu trabalho, porque acredita no seu potencial de desenvolvimento. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A Liberty Seguros tem desde 2004 implementado um sistema de Avaliação de Desempenho para todos os seus Colaboradores que pressupõe 3 fases: Planeamento, Acompanhamento e Avaliação onde Colaboradores e responsáveis se orientam para 2 parâmetros – Objectivos (quantitativos) e Competências (qualitativos). Em 2008, a Liberty Seguros complementou esta avaliação com a introdução de um sistema retorno 360º ao nível das competências, passando a ter mais do que um avaliador (o próprio que se auto-avalia, a chefia hierárquica, os pares com funções idênticas, e a equipa). O objectivo do sistema de avaliação mantém-se enquanto ferramenta de suporte a uma gestão objectiva, focada no negócio, pelo que o 360º só vem reforçar a avaliação de competências críticas, assim como o desenvolvimento de todos quantos contribuem para este objectivo. EXPERIÊNCIA “GREAT PLACE TO WORK” Em 2008, a Liberty Seguros voltou a participar no estudo efectuado pelo Great Place To Work Institute tendo alcançado o 3º lugar no ranking e o 1º lugar das instituições financeiras. Este prémio constitui mais um motivo de orgulho e incentivo para a família Liberty Seguros, na dedicação que sempre tem demonstrado, tendo em consideração a análise de critérios de avaliação que estão na base deste estudo, e onde se destacam factores como a Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem, e a experiência de cerca de 20 anos da instituição a realizar este tipo de estudo. A participação no estudo promovido pelo GPTW tem proporcionado Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 14 | à Liberty Seguros uma experiência desafiante, porque permite aferir de um modo muito eficaz a opinião dos seus Colaboradores relativamente aos temas abordados no estudo e que confirmam o esforço que a Liberty Seguros tem desenvolvido, no sentido de proporcionar excelentes condições de trabalho aos seus Colaboradores. responsabilidade social Para a LIBERTY SEGUROS, as acções de responsabilidade social são de extrema importância, pois geram valor, tanto para os seus Colaboradores, como para toda a Sociedade R&C’09 | Liberty Seguros Para a Liberty Seguros, as acções de responsabilidade social são de extrema importância, pois geram valor, tanto para os seus Colaboradores, como para toda a Sociedade. A Companhia considera que ao incorporar a responsabilidade social na sua estratégia empresarial, beneficia pela ligação que constrói com a comunidade, enquanto Empresa cidadã. Durante o ano de 2009 destacaram-se as seguintes acções: > Projecto “Liberty Seguros - 1º Bebé do Ano 2009”. A Liberty ofereceu pelo 5º ano consecutivo um Seguro de Vida ao 1º bebé do ano, este ano o seguro foi atribuído a três bebés. O projecto, criado em 2005, visa ajudar as pessoas a viverem vidas mais seguras e estáveis dando um contributo positivo para a melhoria do seu dia-a-dia e está em pleno alinhamento com o lema da Companhia: “Pela protecção dos valores da vida”. > Projecto “Crianças de Chernobyl”. A Liberty Seguros através da sua Associação Cultural e Recreativa e de Solidariedade (ACLIS) promoveu em conjunto com a AFAN – uma ONG de ajuda humanitária espanhola que presta ajuda às crianças vítimas de Chernobyl - um programa que patrocinou a vinda de um grupo de crianças, e que consistiu na sua estadia durante 5 semanas em Portugal. Foi lançado o | 15 | Relatório do Conselho de Administração Liberty Seguros a esta iniciativa está inserida nas práticas de responsadesafio a todos os Colaborabilidade social da seguradora que visa promover a divulgação de um dores da Liberty Seguros no estilo de vida saudável. sentido de acolherem uma > Apoio do IV Concerto da Associação Portuguesa Contra a Leudessas crianças e todas elas cemia. A Liberty Seguros foi a seguradora oficial do IV Concerto de tiveram uma família que angariação de fundos da Associação Portuguesa Contra a Leucemia as acolheu para passarem (APCL), que se realizou no dia 2 de Julho no Pavilhão Atlântico, no umas inesquecíveis férias em Parque das Nações, com apresentação de Catarina Furtado e partiPortugal. cipação de vários artistas como, Rui Veloso, Luís Represas, Camané, > Projecto “Turmas sem Mariza, Pedro Caldeira Cabral, José Cura e Orquestra Sinfónica tabaco”. Esta iniciativa Portuguesa. Todas as receitas de bilheteira reverteram para o Registo apoiada pela União EuroPortuguês de Dadores de Medula Óssea e para o apoio à investigação peia no âmbito do Programa e tratamento da leucemia. A Liberty Seguros juntou-se a esta iniciativa de Saúde Pública é da rescom o objectivo de sensibilizar os portugueses para a realidade da ponsabilidade do Instituto doença, que afecta mil novos doentes, todos os anos, e para a necesPortuguês de Tabacologia sidade de dadores de medula. Portugal detém no Registo Europeu de e com a colaboração da LiDadores de Medula a segunda posição entre os 14 principais países da berty Seguros teve como obEuropa, e a 4ª posição no Registo Mundial, apresentando em Maio de jectivo promover a imagem 2007 163.000 inscritos para doação, segundo dados da APCL. do não-fumador e prevenir > Assinatura Carta Anticorrupção. A Liberty Seguros, conjuntamente a iniciação tabágica pelos com outras empresas e instituições portuguesas ligadas ao mundo emmais jovens. A turma 8ºC presarial, assinou no dia 22 de Outubro, a carta dirigida ao secretárioda Escola EB 2,3 Leonardo geral das Nações Unidas, aderindo assim à Iniciativa de Parceria Coimbra (Filho), no Porto, Contra a Corrupção (PACI), que apela a uma acção mais eficaz na luta vencedora da competição contra a corrupção e ao debate desta matéria na Conferência dos Estanacional, verá o cartaz que dos Partes que se realizou em Doha, em Novembro. Em Portugal, é a desenvolveu para promover Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), da qual a Liberty a imagem do adolescente Seguros é associada, que dinamiza esta iniciativa de apoio à Convennão-fumador ser utilizado ção da ONU Contra a Corrupção de 2003, defendendo o acompana campanha “Turmas sem nhamento da sua implementação através da criação de mecanismos Tabaco” que estará nas de fiscalização realmente eficazes. A Liberty Seguros associou-se de escolas no ano lectivo de imediato a esta iniciativa, em cumprimento de um dos seus princípios 2009/2010. A associação da Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 16 | fundamentais do Grupo Liberty Mutual: o compromisso sério de condução da nossa actividade com o máximo de honestidade e integridade, que é parte da nossa história e é de crucial importância para a reputação e continuidade do sucesso da Liberty Mutual na indústria seguradora. > Andebol Solidário. A Equipa Liberty Seguros/S. Bernardo Andebol Clube, doou a receita do jogo entre a Liberty e o Benfica ao Centro Social e Paroquial de Vera Cruz para a construção da creche. A Liberty Seguros, em parceria com o Centro Desportivo de São Bernardo, canaliza, duas vezes por ano, a receita dos jogos para instituições de solidariedade social do Concelho de Aveiro, no âmbito do projecto “Mão para mão – Andebol solidário”. > Associação ao portal VER – Valores, Ética e Responsabilidade. Criado com o objectivo de alertar Empresas e seus Colaboradores para as vantagens de uma gestão mais ética e responsável, o portal VER, com quase dois anos de existência, é hoje uma plataforma de informação e divulgação de boas práticas empresariais e sociais, assente no conceito de complementaridade de competências. Com um conjunto alargado de parceiros, institucionais e de conteúdos, do qual a Liberty Seguros faz parte, o portal pretende não só dar a conhecer o trabalho realizado nas diversas áreas que abrange, como envolver a sua comunidade num projecto que se quer comum e com benefícios para todas as partes envolvidas. Porque as empresas são organismos vivos e fazem parte de um mundo em mutação cada vez mais acelerado, porque a globalização aboliu fronR&C’09 | Liberty Seguros | 17 | Relatório do Conselho de Administração teiras, porque a sociedade é maior que a soma das partes e porque não devemos olhar apenas para o nosso umbigo, neste portal partilham-se igualmente histórias inspiradoras, sejam elas de coragem, persistência ou de determinação, nas quais os protagonistas são, felizmente, heterogéneos. Porque ao se tentar olhar o mundo com outros olhos, descobrimos que há muito mais para aprender, conhecer, partilhar e VER. > Protocolo Escola de Futebol Inatel/ Liberty Seguros. Foi celebrado no dia 4 de Agosto de 2009 no parque de Jogos 1º de Maio em Lisboa, o Protocolo para a criação da Escola de Futebol INATEL/LIBERTY SEGUROS. A nova escola de Futebol abriu as portas em Setembro com o objectivo de formar jovens e participar nos diversos torneios nas diferentes formações. Inserido na política de responsabilidade social, o apoio da Liberty Seguros vai permitir que crianças de meios carenciados e com dificuldades económicas possam fazer parte deste projecto. Uma Escola será um espaço lúdico onde as crianças e os jovens podem desfrutar do prazer de jogar futebol, ao mesmo tempo que usufruem de uma formação adequada enquanto desportistas como futuros cidadãos com hábitos de vida saudáveis, facilitando o seu harmonioso desenvolvimento. O principal objectivo da Escola é promover o desenvol- O cumprimento de um dos seus princípios fundamentais do Grupo Liberty Mutual: o compromisso sério de condução da nossa actividade com o máximo de honestidade e integridade vimento global dos indivíduos, servindo-se da sua prática para o alcançar, criando nos praticantes hábitos de uma ocupação salutar dos seus tempos livres através da prática do futebol, entendendo-a como uma actividade complementar em relação às suas actividades escolares, com uma finalidade eminentemente formativa e social, no respeito integral pelo crescimento harmonioso das crianças e jovens. A coordenação da Escola de Futebol Inatel/Liberty Seguros está a cargo dos ex-jogadores da selecção portuguesa Hélder Cristóvão e Dimas Teixeira e de Manuel e Justino Curto. > Apoio à Fundação Pauleta. A Liberty Seguros orgulha-se de ser parte integrante da vida e formação das crianças da Fundação Pauleta. O projecto de parceria consiste essencialmente no apoio das acções organizadas pela Fundação, em desenvolver a formação dos jovens praticantes, em organizar torneios internacionais que proporcionem o intercâmbio cultural com crianças de outros países e, ainda, na prática de acções de solidariedade social. > Recolha de sangue pelo INS. A Liberty Seguros promove 2 recolhas de sangue por ano e este ano pela primeira vez promoveu a recolha de sangue para dadores de medula contribuindo para encontrar “Um Dador para a Marta”. > Entrega de uma Cadeira de Rodas à APECI. A Liberty Seguros, através do ELS Torres Vedras procedeu à entrega de uma cadeira de rodas, durante a Festa de Natal da APECI (Associação Para Educação Crianças Inadaptadas). > Apoio de várias Corridas com vertente Solidária. No âmbito da sua estratégia institucional de apoio a provas desportivas e causas sociais que reflectem os valores da empresa, a Liberty Seguros é parceira da RunPorto.com e seguradora oficial de várias corridas: a Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 18 | Corrida da Mulher, que se destinou à angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Corrida do Dia do Pai, cuja receita reverteu a favor da Obra Diocesana de Promoção Social e da Associação Nuno Álvares. > Campanha de recolha de bens. A Liberty Seguros participou na Campanha de Recolha de Bens para a “Obra da Mesa de São Lázaro”, em Quelimane, Moçambique. Pelo quarto ano consecutivo procedemos também à recolha de diverso material (manuais escolares, material pedagógico) e envio para a escola “Eugénio de Lima” na Cidade da Praia em Cabo Verde. A Liberty Seguros doou também computadores a várias escolas e instituições de Portugal, numa acção que teve como principal objectivo colmatar diversas carências a nível informático. > Campanha Natal 2009 - Acção de Solidariedade “Adopte uma Estrela”. No Natal de 2009 a nossa Árvore de Natal teve uma decoração especial, esteve cheia de Estrelas! Cada estrela teve um rosto para mostrar e simbolizava uma criança, a criança a quem fomos oferecer uma prenda. Estas crianças estão em Organizações, Hospitais ou Instituições de Solidariedade que acolhem e apoiam crianças carenciadas ou em risco. A estrela foi o elo de ligação entre a criança e a pessoa que participou na Campanha “Adopte uma Estrela”. Com esta iniciativa a Liberty Seguros proporcionou um Natal diferente e especial a muitas crianças. > Projecto “Cartão Solidário”. A Liberty Seguros é parceira do Cartão Solidário, da Associação Sorriso Solidário contribuindo assim para a realização das obras sociais de quatro instituições de solidariedade social: Fundação do Gil, Associação Novo Futuro, Associação Raríssimas e Associação Sol. defesa do meio ambiente > Projecto “Dar vida à vida, plantemos uma árvore”. Pelo quarto ano consecutivo a Liberty Seguros promoveu o Projecto “Dar Vida à Vida Plantemos uma Árvore” inserida nas comemorações do Dia Mundial da Árvore, 21 de Março. Este Projecto consiste na oferta de árvores de diversas espécies arbóreas de acordo com as características climatéricas e do solo das localidades onde a Companhia marca presença através dos seus Espaços Liberty e conta com a ajuda de Escolas, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. prevenção rodoviária A Liberty Seguros tornou-se no dia 20 de Junho de 2008 a primeira companhia seguradora, em Portugal, a subscrever a European Road Safety Charter (Carta Europeia de Segurança Rodoviária), comprometendo-se a implementar diversas acções, com o objectivo de sensibilizar e alertar o público em geral sobre temas de prevenção rodoviária de forma a fomentar hábitos de condução mais segura. Neste âmbito a Liberty Seguros implementou: > Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada. À semelhança de anos anteriores, a ESTRADA VIVA – Liga contra o Trauma promoveu no dia 15 de Novembro, a celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, uma data recordada em todo o mundo e que contou em Portugal com a colaboração da Liberty Seguros. No nosso país, o palco central desta iniciativa foi a vila de Sintra, com outros eventos a decorrer em simultâneo por todo o território nacional, enquanto à escala mundial também se assinalou a data, um esforço conjunto que teve como objectivo sensibilizar a sociedade civil para a importância de uma conduR&C’09 | Liberty Seguros ção segura. Atendendo às directivas da ONU sobre esta celebração anual, que propõem uma colaboração entre organizações cívicas e entidades oficiais, o espírito desta celebração é de que a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida nas estradas e ruas portuguesas significa um reconhecimento, por parte do Estado e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de acidentes rodoviários. Em diversas associações que fazem parte da Estrada Viva – Liga Contra o Trauma, muitos dos seus associados são pessoas marcadas por acidentes de viação nos quais perderam familiares queridos ou sofreram lesões graves, motivo pelo qual a sua acção incide na luta pela melhoria das condições de segurança da circulação nas estradas portuguesas e o apoio a sinistrados em acidentes de viação. O Dia da Memória responde, assim, à intensa necessidade sentida pelas vítimas e seus entes queridos de verem a sua perda e a sua dor publicamente reconhecidas. > Parceria com o GAS (Grupo de Alerta para a Segurança). Para a Prevenção e Segurança Rodoviária Infantil e Juvenil. A Liberty Seguros em colaboração com a Visar, Parceiro de Negócio da Liberty Seguros, estabeleceu uma parceria com o GAS com o objectivo de desenvolver acções que promovem a segurança rodoviária infantil e juvenil junto da comunidade. Desta parceria resultou em 2009 a acção “Lágrimas no Alcatrão – Até Quando?”. Esta acção decorreu no Palácio do Gelo em Viseu, de 6 a 11 de Abril de 2009, e visou a sensibi- | 19 | Relatório do Conselho de Administração lização para a prevenção e segurança rodoviária. Este evento foi promovido pelo Grupo Motard da PSP de Viseu (Polimotarvis) e contou com o apoio, entre outras entidades, da Liberty Seguros. Estiveram também presentes o Grupo de Alerta para a Segurança (GAS) e alguns agentes da PSP. > Campanhas de rádio Liberty Seguros sobre prevenção rodoviária. Dando seguimento à sua política de responsabilidade social, a Liberty Seguros implementou novas Campanhas de Prevenção Rodoviária na rádio RFM, RR e Rádio SIM. A Campanha incidiu sobretudo em épocas de maior tráfego nas estradas, como o Verão, Natal, Carnaval, Páscoa e Feriados, visando alertar e relembrar os automobilistas sobre os perigos da condução sem cinto, a não utilização da cadeirinha para crianças, maior cuidado com chuva e nevoeiro, verificação das condições da viatura, entre outras. > Projecto Polícia Automático. A Liberty Seguros assinou um protocolo com o Ministério da Administração Interna (MAI), no âmbito do projecto piloto “Polícia Automático”, que tem por objectivo dotar GNR e PSP com 20 unidades de leitura automática de matrículas. A Companhia apoia a aquisição de um dos equipamentos, ficando acordada a compra de uma segunda unidade mediante os resultados do projecto. Por meio de equipamentos de detecção de matrículas, colocados em postos móveis ou fixos, o projecto piloto “Polícia Automático” tem por objectivo prevenir o carjacking e associar a detecção de matrículas a uma base de dados de infracções de trânsito, veículos furtados, sem inspecção ou sem seguro. Com a assinatura deste protocolo estamos a contribuir para a diminuição da sinistralidade rodoviária, a reforçar os meios de policiamento a todo o tipo de infracções de trânsito e a aumentar a segurança pública em geral. > “Estrada” de Mafalda Veiga. A Liberty Seguros patrocinou os espectáculos de apresentação do novo trabalho de Mafalda Veiga, “Chão”. O mote dos três concertos que decorreram no Porto (17 de Janeiro) e Lisboa (23 e 24 de Janeiro), foi o single “Estrada”, razão que levou a Liberty Seguros a apoiar a artista e a criar uma acção de sensibilização rodoviária. Instalámos material diverso no local e distribuímos merchandising associado à prevenção rodoviária, nomeadamente alcoolímetros, com o claim “Na Estrada, não coloque em risco a sua vida e a dos outros”. A prevenção rodoviária e segurança na estrada, são compromissos diários que assumimos na Liberty Seguros e a associação à Mafalda Veiga foi uma forma muito importante de transmitir estes compromissos aos Portugueses em geral, alertando para os cuidados a ter ao volante. Estamos a contribuir para a diminuição da sinistralidade rodoviária, a reforçar os meios de policiamento a todo o tipo de infracções de trânsito e a aumentar a segurança pública em geral Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 20 | patrocínios desportivos > Ciclismo - Manifesto antidoping e criação da “caderneta médica”. A “Onda Azul” é uma iniciativa que tem vindo a crescer de uma forma significativa ao longo dos últimos cinco anos. Trata-se de um movimento que nasceu de forma quase espontânea e que tem juntado os Parceiros de Negócio, Colaboradores e Amigos da Liberty Seguros numa onda de apoio à equipa profissional de ciclismo patrocinada até há pouco tempo pela Liberty Seguros. Durante a 71ª Volta a Portugal em Bicicleta, a “Onda Azul” totalizou mais de mil participantes, que foram para a estrada defender as nossas cores. Os acontecimentos do final de Setembro, quando tivemos conhecimento de casos de doping na Equipa, foram sentidos de forma muito pesada por todos os participantes da “Onda Azul”, pois este grupo de homens e mulheres sentiram-se traídos pelo facto da equipa que apoiavam há tanto tempo ter feito batota com o objectivo de falsear os resultados desportivos. Este acontecimento levou-nos a reflectir muito e a procurar uma forma de manter na rua estas centenas de pessoas, que para nós são extremamente importantes, motivadas pela luta por um desporto que todos apreciamos e que tem a capacidade de levar a nossa marca à porta das populações. Assim, iniciámos um conjunto de diligências, para transformar este movimento numa voz activa contra o doping e iniciar uma luta nunca antes vista em Portugal, pelo desporto limpo. Estivemos no primeiro grupo de entidades a assinar o Manifesto Jogo Limpo, uma brilhante R&C’09 | Liberty Seguros | 21 | Relatório do Conselho de Administração iniciativa da Associação de Ciclismo do Minho, que convidamos desde já a todos os participantes na “Onda Azul” a subscrever. Iniciámos contactos com a Federação Portuguesa de Ciclismo para encontrar formas de viabilizar medidas concretas contra o doping nesta modalidade. Celebrámos um protocolo que vai permitir a implementação da Caderneta Biológica em todos os atletas que defendem as cores nacionais, apoio às escolinhas de ciclismo para que se passe a mensagem de um verdadeiro espírito desportivo, e alertar para os perigos do doping, nestas camadas jovens, que serão os ciclistas profissionais de amanhã e um patrocínio às Selecções Nacionais de Ciclismo, nas várias categorias desta modalidade, que passam assim a ter a marca Liberty Seguros nos equipamentos com as cores nacionais. > Andebol. A Liberty Seguros continuou durante 2009 a apoiar a equipa de andebol Liberty Seguros/São Bernardo Andebol Clube que joga na Liga Profissional de Andebol. Este apoio reforça uma vez mais a aposta da Liberty Seguros no desporto e na defesa de um estilo de vida saudável baseado em valores como o espírito de equipa, a dedicação e o empenho. > Body board. Para consolidar a sua política de patrocínios desportivos, a Liberty Seguros associou-se há três épocas a João Pinheiro, o bodyboarder de 21 anos, que conquistou vários títulos em anos anteriores. Com este patrocínio, a Liberty Seguros transmite, uma vez mais, a sua imagem dinâmica, saudável e desportista. > Pólo aquático. A Liberty Seguros mantém o apoio à Equipa de Pólo Aquático CDUP/Liberty Seguros. > BTT. A Liberty Seguros patrocina o jovem Emanuel Pombo e a Team Liberty Seguros/ Run & Bike/ Specialized. > IV Torneio Liberty Seguros Golf Trophy. Decorreu no dia 13 de Junho, no Oceânico Faldo Golf Course, Algarve, a 4ª Edição do Liberty Seguros Golf Trophy. Esta edição, que contou com a maior adesão de sempre, foi um sucesso, tendo reunido 84 praticantes de todo o país que disputaram este torneio com destreza e fair play. Para a Liberty Seguros é uma oportunidade de juntar os seus Clientes e Parceiros e proporcionar-lhes uma tarde de Golfe num campo de referência do país. projectos institucionais > Apoio no Lançamento dos livros “Manual de Seguros” e “ABC dos Seguros”. O Livro “Manual Prático dos Seguros”, da autoria de Fernando Gilberto foi apresentado no dia 22 de Janeiro no Auditório da FNAC do Colombo com o apoio da Liberty Seguros. A apresentação da obra foi da responsabilidade de José António de Sousa, CEO da Liberty Seguros Portugal. A obra pretende, de uma forma clara e descomplexada, tratar um tema nem sempre de fácil compreensão e, por vezes, envolto numa série de equívocos e relacionamentos algo conflituosos. Dividido em cinco partes, neste livro abordam-se os Seguros Automóvel, de Acidentes de Trabalho, de Acidentes Pessoais, de Saúde, de Multirriscos, de Vida, de Caçador e entre outros tópicos. No final do livro o leitor poderá encontrar um Glossário, uma lista de Contactos Úteis das principais Instituições Seguradoras portuguesas e a nova Lei do Contrato de Seguro. O livro de Luís Daniel, “ABC dos “Seguros – Guia Prático para Jornalistas”, a segunda obra do autor sobre o sector segurador, que contou igualmente com o apoio da Liberty Seguros foi apresentado dia 26 de Junho no Fórum Fnac Colombo, Lisboa, Com uma vertente muito prática e linguagem simples e objectiva, o ABC dos Seguros visa ajudar a comunicação social na sua análise da actividade seguradora, numa maior percepção da sua linguagem e conceitos. A obra tem prefácio de José António de Sousa, CEO da Liberty Seguros, impulsionador do livro, e que desafiou Luís Daniel a compor este Guia. > Congresso Internacional sobre Deficiência. A Liberty Seguros foi patrocinadora exclusiva do 1º Congresso Internacional Sobre Deficiência, que decorreu no Parque de Exposições de Braga, a 30 e 31 de Janeiro, com o objectivo de promover a construção de uma melhor cidadania e inclusão social das pessoas com deficiência. > 2º Master em Gestão da Actividade Seguradora Liberty Seguros/ IPAM. No dia 29 de Junho de 2009, realizou-se mais um evento de encerramento do Curso Master em Gestão da Actividade Seguradora, realizado em Parceria com o IPAM. > Projecto “Talent Hunt Tour’09”. Organizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), o Talent Hunt Tour’09 reproduz a realidade empresarial, através de um simulador, permitindo aos participantes desenvolverem competências da tomada de decisões, nas áreas de inovação e desenvolvimento, produção, recursos humanos, finanças, comercial e marketing, através de um conjunto de informações e hipóteses. O projecto permitiu avaliar os melhores talentos para a gestão empresarial em Portugal. Uma equipa Liberty Seguros, composta por 3 elementos da Direcção Financeira da Empresa, arrecadou o segundo lugar do Talent Hunt Tour’09. O desafio da equipa, dentro do sector de actividade dos microcomputadores para a área Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 22 | empresarial, consistia em criar uma nova linha de computadores em 4 dos principais mercados mundiais. > Prémio “Fim-de-Semana Equipas - O Melhor de Portugal”: Remodelação das instalações de uma escola em Aveiro. Este prémio, integrado no Concurso Anual de Produção, o Grande Prémio Liberty Seguros pretende premiar os Colegas e Parceiros de Negócio dos cinco Espaços Liberty Seguros que mais se destacaram dentro do seu grupo, no último ano. Para este ano pretendeu-se marcar a diferença, e ao invés de organizar uma actividade de outdoor/teambuilding optámos por deixar uma marca para muitas crianças. Nesta edição, o fim-de-semana decorreu em Aveiro, nos dias 3 e 4 de Outubro, e durante o dia de Sábado o grupo (cerca de 120 pessoas) foi convidado pela Liberty Seguros a reconstruir o Centro Infantil Ílhavo, pertencente à Santa Casa da Misericórdia. Em equipas de trabalho (fiscais engenheiros, jardinagem, construções, pinturas, sala dos bebés e produção), as tarefas de limpeza, construção e pinturas quer nas de zonas de brincadeira no jardim, quer nas salas interiores, foram cumpridas. No final do dia o cansaço era visível, mas a recompensa (sorriso das crianças que usufruem do novo espaço) foi superior. � Crescimento PIB 15% Mundo Advanced economies Euro Area 10% China EUA China UK 5% Índia Japão Mundo Portugal Euro Area Portugal 0% Emerging and developing economies China Portugal Euro Area -5% Índia Rússia Brasil -10% 2006 2007 Fonte: FMI 2009 R&C’09 | Liberty Seguros 2008 2009 2010 enquadramento macroeconómico Economia Mundial A actividade económica mundial em 2008 depois de anos de crescimento entrou numa fase de desaceleração e para muitos países de recessão. Este ciclo iniciou-se com a turbulência nos mercados financeiros, despoletada com a crise do subprime em Agosto de 2007 nos EUA, e intensificou-se durante o ano de 2008. Contudo apesar desta crise mundial profunda, a evolução da economia mundial em 2009 foi positiva devido à intervenção pública que ajudou a suportar a procura, diminuindo a incerteza e o risco sistémico dos mercados financeiros. E também graças ao bom desempenho dos mercados asiáticos e à estabilização ou recuperação modesta dos restantes. Contudo, é esperada uma recuperação lenta pois os mercados financeiros permanecem em valores inferiores aos anteriores à crise, sendo que já existem sinais de gradual estabilização nas vendas a retalho, aumento da confiança dos consumidores e recuperação do mercado imobiliário. Esta recuperação tem também sido impulsionada pelos bancos centrais que reagiram rapidamente com excepcionais reduções nas taxas de juro, bem como medidas não convencionais de forma a injectar liquidez e sustentar o crédito. Por sua vez, as fortes políticas públicas em muitas economias avançadas e emergentes lançaram programas de maior estímulo fiscal enquanto suportaram as garantias bancárias e as injecções de capital. Em conjunto estas medidas serviram para reduzir a incerteza e aumentar a confiança promovendo a melhoria das condições financeiras. | 23 | Relatório do Conselho de Administração 6.0 Euribor (3 meses) 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 Nov.09 Set.09 Jul.09 Mai.09 Mar.09 Jan.09 Nov.08 Set.08 Jul.08 Mai.08 Mar.08 Jan.08 Nov.07 Set.07 Jul.07 Mai.07 Mar.07 Jan.07 0.0 Euribor a 3 meses Fonte: Banco de Portugal 1.8 1.7 1.6 1.5 Euro/Dólar 1.4 1.3 1.2 1.0 1.0 0.9 0.8 Set.09 Mai.09 Jan.09 Set.08 Mai.08 Jan.08 Set.07 Jan.07 Mai.07 Set.06 Jan.06 Mai.06 Set.05 Mai.05 Jan.05 Set.04 Mai.04 Jan.04 Set.03 Jan.03 Mai.03 Set.02 Jan.02 Mai.02 Set.01 Mai.01 Jan.01 Set.00 Mai.00 Jan.00 Set.99 Jan.99 Mai.99 0.7 Euro/Dólar Fonte: Banco de Portugal Economia Nacional Indicadores Macroeconómicos Produto Interno Bruto Consumo Privado Consumo Público Exportações Investimento Taxa de Desemprego Índice de Preços do Consumidor 2002 0.8% 1.3% 2.6% 1.5% -3.5% 5.0% 3.7% 2003 -0.8% -0.1% 0.2% 3.9% -7.4% 6.3% 3.3% 2004 1.5% 2.5% 2.6% 4.0% 0.2% 6.7% 2.5% 2005 0.9% 2.0% 3.2% 2.0% -0.9% 7.7% 2.1% 2006 1.4% 1.9% -1.4% 8.7% -0.7% 7.7% 3.0% 2007 1.9% 1.6% 0.0% 7.8% 3.1% 8.0% 2.4% 2008 2009 0.0% -2.8% 1.7% -1.0% 0.7% 1.4% -0.5% -14.7% -0.7% -13.6% 7.6% 9.2% 2.7% -0.9% Fonte: OCDE A economia portuguesa continua a sofrer os efeitos da crise económica e financeira mundial, mas também a falta de reformas estruturais, que permitam um crescimento e um desenvolvimento sustentados e nesse sentido um aumento da competitividade da economia. Desde 2003 que o produto interno bruto não apresentava taxas de crescimento negativas e 2009 ficou marcado por um decréscimo de 2.8%. Para esta evolução contribuíram sobretudo a queda acentuada das exportações e do investimento. Esta conjuntura teve durante o ano de 2009 um impacto negativo no volume de empregados, no rendimento disponível, nos níveis de consumo e de poupança e para 2010 as estimativas apontam para uma taxa de desemprego de 2 dígitos. Face à conjuntura actual é expectável que durante 2010 sejam tomadas medidas de estímulo e incentivo ao relançamento da economia, que permitam de uma forma continuada recuperar a confiança dos consumidores em geral, e dos agentes económicos produtivos em particular. Em 2008, assistiu-se a um aumento da volatilidade na generalidade dos mercados bolsistas mundiais tendo os principais índices mundiais registado quedas entre 40 a 50%. O PSI 20 registou uma queda de 51.3%. Em 2009 assistiu-se a uma recuperação da confiança e com ela dos índices bolsistas tendo os índices EuroStoxx, Nasdaq, Dow Jones, Dax Xetra, IBEX35, NIKKEI 225 e S&P 500 registado aumentos de 21.1%, 43.9%, 18.8%, 23.9%, 29.8%, 19% e 23.4% respectivamente. Quanto ao PSI 20 cresceu 33.5% face a 2008. Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 24 | Produto Interno Bruto (%) 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 -1.0 -2.0 -2.0 -2.0 Produto Interno Bruto Fonte: OCDE mercado segurador Taxa de Inflação (%) 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 -1.0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 -2.0 Índice de Preços do Consumidor Fonte: OCDE Taxa de Desemprego (%) 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Taxa de Desemprego Fonte: OCDE 16.000 PSI 20 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 PSI 20 Fonte: Banco de Portugal R&C’09 | Liberty Seguros Nov.09 Set.09 Jul.09 Mai.09 Mar.09 Jan.09 Nov.08 Set.08 Jul.08 Mai.08 Mar.08 Jan.08 Nov.07 Set.07 Jul.07 Mai.07 Mar.07 Jan.07 4.000 Dado que o sector segurador é um reflexo do que acontece na economia, também este sector tem evidenciado um abrandamento da actividade que se acentuou durante o ano de 2009. A actividade Não Vida decresceu (-4.6%) – um decréscimo do volume de produção, um aumento da concorrência ao nível do pricing (com impacto no valor do prémio médio cobrado) e ao nível das comissões. Em simultâneo a actividade Vida decresceu (-5.7%). O ano de 2009 foi o segundo ano em que vigoraram as Normas Internacionais de Contabilidade, com excepção da IFRS 4, relativamente à qual apenas foram adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. O Volume de prémios de seguro directo total, segundo dados da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), terá decrescido 5.4% ascendendo a 14.3 mil milhões de euros. Para a diminuição do ramo Vida (decréscimo de 5.7%) muito contribuiu o decréscimo dos Produtos e Operações de Capitalização. O ramo Não Vida depois de ter decrescido em 2008, voltou a decrescer 4.6% em 2009, tendo o Automóvel e os Acidentes de Trabalho decrescido 7.4% e 9.1% respectivamente. | 25 | Relatório do Conselho de Administração De destacar o aumento de 1.4% do ramo Incêndio e o aumento 3.2% do ramo Doença reflectindo este último a crescente preocupação dos portugueses face ao acesso aos cuidados de saúde. � Crescimento Prémios Seguro Directo Não Vida 15.0% 10.0% 5.0% 0.0% 2006 2007 2008 2009 a actividade da Liberty Seguros A Liberty Seguros apresentou em 2009, no seu sexto ano completo de actividade em Portugal, uma real consolidação dos resultados apresentados no ano anterior. A entrada da Liberty em Portugal tem-se saldado num êxito não só ao nível da melhoria dos diversos indicadores de gestão mas também, e consequentemente, dos resultados. O ano de 2009 apresentou-se bastante produtivo, tendo o resultado atingindo o valor de 9.1 milhões de euros, mais 3.2 milhões de euros que o valor alcançado em 2008. Para o crescimento do resultado foi importante a realização de cerca de 590 mil euros, aquando da reestruturação da divida do titulo Hypo Bank e a resolução fiscal a favor da Liberty Seguros no valor de cerca de 727 mil euros. -5.0% -10.0% Mercado Liberty Seguros De salientar o desempenho da Liberty Seguros face ao mercado, não só no ano de 2009, mas desde a sua entrada em Portugal, apresentando taxas de crescimento superiores às do mercado. Em termos globais, a Liberty Seguros alcançou um volume de prémios brutos emitidos de 188.4 milhões de euros Indicadores Liberty Seguros Prémios de Seguro Directo * Não Vida Vida Prémios de Resseguro Aceite * Prémios Brutos Emitidos * Prémios de Resseguro Cedido * Quota de Mercado (Não Vida) Taxa Crescimento de Prémios Brutos Emitidos (Total) Taxa Crescimento de Prémios Brutos Emitidos (Não Vida) Taxa de Sinistralidade (Não Vida) ** Resultado Liquido * Resultado Liquido * / Prémios Brutos Emitidos Nº de Trabalhadores Total Prémios por Trabalhador * Apólices Apólices por trabalhador Activo Líquido * Total de Investimentos Capitais Próprios * Provisões Técnicas Provisão Matemática Vida Provisão para Sinistros Custos com Sinistros Brutos Custos com Sinistros Liquidos Custos e Gastos de Exploração Liquidos ROE Margem de Solvência 2007 185 054 157 174 27 880 1 536 186 590 11 525 3.7% 2008 188 866 162 499 26 367 1 520 190 387 10 908 3.9% 2009 186 480 160 261 26 218 1 925 188 404 12 102 4.0% -1.4% 2.0% -1.0% 0.0% 3.3% -1.1% 67.5% 6 272 68.1% 5 948 68.6% 9 111 3.3% 3.2% 4.8% 427 454 579 851 1 423 664 538 631 183 58 444 553 085 274 168 222 750 129 377 123 837 58 439 10.2% 126.7% 439 436 626 540 1 447 660 132 613 161 58 471 543 412 256 181 227 168 156 279 155 279 64 252 10.2% 183.8% 441 424 657 329 1 494 682 425 648 005 91 596 535 346 245 640 227 541 140 824 140 239 60 439 12.1% 233.1% *Valores em milhares de euros e de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade ** Taxa calculada com base nos custos com sinistros líquidos de resseguro e prémios líquidos adquiridos PRODUÇÃO E APÓLICES Em termos globais, a Liberty Seguros alcançou um volume de prémios brutos emitidos de 188,4 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 1.0% face ao período homólogo do ano anterior. Em termos do negócio Não Vida, o volume de prémios brutos emitidos atingiu o montante de 162.2 milhões de euros, e em termos do negócio Vida, o volume de prémios brutos emitidos atingiu o montante de 26.2 milhões de euros, ou seja, sofrendo assim um decréscimo de 1.1% e 0.6% respectivamente face ao ano anterior. O mercado total de Não Vida e Vida decresceram neste mesmo período 4.6% e 5.7%, muito abaixo das variações registadas na Companhia. Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 26 | � Liberty Seguros (Vida + Não Vida) Mil Euros Mil Apólices 700 195 190 185 600 180 175 500 170 165 400 2005 Apólices 2006 2007 2008 2009 Prémios Seguro Directo � Liberty Seguros (peso na carteira) � Liberty Seguros Prémios Seguro Directo (Variação) 100% 22.5% 20.7% 4.9% 48.28 4.8% 51.6% 10.0% 14.4% 15.1% 14.0% 14.1% 5.0% 56.6% 5.2% 57.2% 5.2% 56.5% 9.0% 9.3% 9.6% 10.6% 13.9% 13.9% 14.0% 13.6% 20% 80% 15% 10% 60% 5% 0% 2006 2007 2008 2009 40% -5% 20% -10% -15% 0% -20% 2005 -25% Acidentes de trabalho Acidentes de Trabalho Incêndio Auto Vida Outros � Apólices por Trabalhador 1.494 1.500 1.447 1.450 1.423 1.400 1.379 1.350 1.300 2006 2007 Apólices por Trabalhador R&C’09 | Liberty Seguros 2008 2009 2006 2007 Incêndio 2008 Auto Outros 2009 Vida CUSTOS DE EXPLORAÇÃO Os custos de exploração totais da Liberty Seguros atingiram os 60.4 milhões de euros, isto é, um decréscimo de 5.9% comparativamente com os 64.3 milhões gastos no ano anterior. Os custos de aquisição diminuíram 2.6 milhões de euros. A nível de custos administrativos a Companhia obteve gastos de 15.7 milhões de euros, representando um decréscimo de 4.7% (menos 0,8 milhões de euros) quando comparado com o ano anterior. Os custos de exploração Não Vida atingiram os 51,3 milhões de euros, menos 2.5 milhões de euros que o valor atingido em 2008. Quanto ao negócio Vida, o rácio de exploração, atingiu os 35.0% dos prémios adquiridos líquidos de resseguro, 5.8 p.p. abaixo do rácio obtido em 2008. Custos 2006 2007 2008 2009 Custos de Exploração % sobre prémios 27.9% 31.6% 34.0% 32.4% Custos de Aquisição % sobre prémios 20.5% 23.8% 25.5% 24.4% Administrativos % sobre prémios 8.3% 8.7% 8.7% 8.4% | 27 | Relatório do Conselho de Administração RESSEGURO � Liberty Seguros Rácio de Cedência 6,5% 6,4% 6,3% 6,2% 6,1% 6,0% 5,9% 5,8% 5,7% 5,6% 2006 2007 2008 2009 Evolução do Rácio de Cedência de Resseguro cedido A renegociação dos tratados de resseguro e o aumento da subscrição de riscos catastróficos fez com que em 2009 o rácio de cedência passasse de 5.7% em 2008 para 6.4% para 2009. INVESTIMENTOS Obrigações Acções Fundos Depósitos Outros Total de Investimentos Carteira Não Vida Carteira Vida Livres 2006 602 644 187 22 500 5 159 768 3 267 076 252 601 611 346 132 249 983 880 311 073 458 46 769 116 2007 626 894 618 22 500 3 128 868 884 752 252 459 631 183 197 267 246 173 295 732 836 67 066 976 2008 604 575 297 22 500 1 555 683 6 755 283 252 459 613 161 222 288 957 793 311 539 721 5 655 966 2009 643 000 623 391 851 1 617 647 2 994 482 100 648 004 704 289 855 225 326 298 976 28 855 922 Acções Obrigações Governo Obrigações Empresas Fundos Total de Investimentos 22 500 119 366 796 483 277 391 5 159 768 607 826 455 22 500 147 725 010 479 169 608 3 128 868 630 045 986 22 500 153 160 456 451 414 841 1 555 683 606 153 480 391 851 165 894 606 477 106 017 1 617 647 645 010 122 2008 181 029 932 301 973 015 118 926 425 4 224 107 606 153 480 2009 191 745 480 283 236 230 168 018 913 2 009 499 645 010 122 Sector de Actividade Governo Financeiro Utilities Comunicações Bens de Consumo – Cíclico Energia Bens de Consumo – Não Cíclico Indústria Materias Básicos Diversos Tecnologia Total de Investimentos Rating AAA e AA AA- e ABBB+ a B Outros Total de Investimentos 2009 197 939 568 178 489 619 87 910 230 58 149 049 17 664 547 22 040 306 22 309 887 29 267 377 17 050 263 13 288 134 901 142 645 010 122 2006 100 452 960 326 541 955 169 785 322 11 046 218 607 826 455 % 30.7% 27.7% 13.6% 9.0% 2.7% 3.4% 3.5% 4.5% 2.6% 2.1% 0.1% 100.0% 2007 166 097 558 295 831 824 164 965 236 3 151 368 630 045 986 Liberty Seguros | R&C’09 Relatório do Conselho de Administração | 28 | Durante o ano de 2009 a Liberty Seguros não registou qualquer perca por imparidade dos seus activos, nem realizou perdas significativas para colmatar riscos de liquidez decorrentes do acréscimo no volume de resgates. Maturidades < 1 Ano 1 a 3 Anos 3 a 5 Anos 5 a 10 Anos > 10 Anos Sem maturidade Total de Investimentos A Liberty Seguros possui a maioria dos activos financeiros classificados como disponíveis para venda. No final do exercício de 2008, dadas as condições de liquidez dos mercados financeiros, a Liberty Seguros optou por aplicar o Modelo de Valorização da Carteira de Investimentos - Mark-to-Model. O Modelo foi aplicado aos títulos em carteira que se enquadravam nos requisitos descritos nas IAS 39. Ao longo do exercício de 2009, verificou-se uma melhoria gradual dos mercados financeiros sendo que os títulos foram sendo excluídos do modelo à medida que os critérios deixaram de ser verificados. Deste modo, e findo o exercício de 2009, a Companhia não apresenta quaisquer títulos valorizados ao Mark-toModel no entanto periodicamente continuamos a efectuar uma análise da liquidez dos títulos em carteira. 2006 39 847 970 70 600 286 105 821 497 213 345 835 173 028 598 5 182 268 607 826 454 2007 20 427 448 62 266 477 143 815 972 211 090 604 189 294 116 3 151 368 630 045 986 2008 21 739 260 44 265 119 166 792 461 191 818 772 179 959 686 1 578 183 606 153 480 2009 39 914 585 67 058 717 134 565 116 218 274 262 183 557 294 1 640 147 645 010 122 PROVISÕES TÉCNICAS � Rácio Provisões Técnicas sobre Prémios (%) 1109.7 1098.6 1066.1 857.6 178.8 169.5 2006 Não Vida 2007 171.3 168.7 2008 2009 Vida MARGEM DE SOLVÊNCIA � Margem de Solvência (%) 240% 233.08 220% 200% 183.78 182.23 180% 165.86 � Rentabilidade de Investimentos 160% 5.5% 140% 5.0% 120% 126.66 4.5% 4.0% 100% 2006 Vida R&C’09 | Liberty Seguros 2008 2007 Não Vida Total 2009 2005 2006 2007 2008 2009 Margem de Solvência Durante o ano de 2008, dado o impacto da crise nos mercados financeiros que se traduziu por menos-valias potenciais avultadas nos activos financeiros valorizados de acordo com o Mark-to-Market, a Liberty Seguros para fazer face ao decréscimo dos elementos constitutivos da | 29 | Relatório do Conselho de Administração Margem de Solvência, subscreveu um empréstimo subordinado junto do accionista no montante de 14.672.438 euros. Para a Margem de Solvência a 31 de Dezembro de 2008 foram computados também os impostos diferidos no montante de 4.261.630 euros e a valorização dos activos financeiros de acordo com o Mark-to-Model segundo os critérios referidos no Anexo às contas no ponto 6.11. Caso não tivesse utilizado o Mark-to-Model a Margem de Solvência da Liberty Seguros à data de 31 de Dezembro de 2008 seria de 150%. A 26 de Outubro de 2009, o Instituto de Seguros de Portugal, dado o nível de solvência estimada para Dezembro de 2009, autorizou a liquidação do empréstimo subordinado e a margem de solvência apesar da liquidação atingiu os 233.1%. A 31 de Dezembro de 2009 o montante de valias potenciais ascende a 9.149.545 euros positivos. RESULTADOS Resultado da Conta Técnica Não Vida e Vida Os resultados das contas técnicas não vida e vida da Liberty Seguros foram positivos em 6.575,9 milhares de euros e 3.359,3 milhares de euros, respectivamente. O que representa uma melhoria face a 2008 de 4.764,8 milhares de euros e 3.659,3 milhares de euros, respectivamente. Resultado Líquido O resultado líquido da Liberty Seguros foi positivo em 9.111,3 milhares de euros. O resultado obtido reflecte um acréscimo de 53,2% face a 5.947,9 milhares de euros do ano anterior. Para o crescimento do resultado foi importante a realização de cerca de 590 mil euros, aquando da reestruturação da divida do titulo Hypo Bank e a resolução fiscal a favor da Liberty Seguros no valor de cerca de 727 mil euros. � Evolução da Rentabilidade (%) 20 18 17.0 16 14 12.1 12 10.2 10 8 6 5.6 4.8 3.3 4 1.6 2 0 10.2 2006 3.2 1.0 2007 1.4 0.9 2008 2008 Resultado Líquido/Capitais Próprios Resultado Líquido/Prémio Brutos emitidos Resultado Líquido/Activo Líquido PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO Neste sexto ano completo de actividade da Liberty Seguros em Portugal, a consistência nos resultados acompanhou já a boa performance atingida em anos anteriores. No entanto e dado o contexto económico internacional, as expectativas para 2010, bem como para os anos seguintes, são bastante elevadas, devendo a Liberty Seguros continuar a atingir patamares de performance de resultados e de crescimento de carteira acima do mercado. Durante o ano de 2010 está prevista a incorporação e consolidação da carteira da sucursal Génesis Seguros Generales na Liberty Seguros, através de aumento de capital com contribuição em espécie. A sucursal Génesis desenvolve o seu negócio com base num acordo de distribuição dos seguros de multirriscos associados ao crédito à habitação. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS A Liberty Seguros, S.A. apresentou no exercício de 2009 um resultado positivo de 9.111.331,27 euros, que propomos que seja aplicado da seguinte forma: para Reserva Legal o valor de 911.133,13 euros e para resultados transitados 8.200.198,14 euros. Aplicação de Resultados Resultado Líquido do Exercício Reserva Legal Resultados Transitados 2006 2007 2008 2009 9 588 160 6 272 474 5 947 904 9 111 331 958 816 8 629 344 580 941 5 691 533 594 790 5 353 114 911 133 8 200 198 Considerações finais Gostaria o Conselho de Administração de manifestar o seu agradecimento a todas as entidades que apoiaram a nossa Empresa no desenvolvimento da sua actividade, designadamente o Instituto de Seguros de Portugal, a Associação Portuguesa de Seguradores, os Accionistas e os restantes Órgãos Sociais. Agradecemos também aos nossos Clientes pela sua preferência, prometendo desde já o máximo esforço para continuarmos a corresponder às suas necessidades e expectativas. Finalmente gostaríamos de agradecer a todos os nossos Colaboradores e Redes de Distribuição todo o esforço demonstrado. Lisboa, 26 de Janeiro de 2010. O Conselho de Administração, José António da Graça Duarte de Sousa, Presidente e Administrador Delegado David Henry Long, Vogal Christopher Locke Peirce, Vogal Luís Bonell Goytisolo, Vogal Marta Sobreira Reis Alarcão Troni, Vogal Liberty Seguros | R&C’09 Demonstrações Financeiras | 30 | R&C’09 | Liberty Seguros | 31 | Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras Liberty Seguros | R&C’09 Demonstrações Financeiras | 32 | Balanço Exercício Imparidade,depreciações, amortizações ou ajustamentos Valor Bruto Activo Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Derivados de cobertura Activos disponíveis para venda Empréstimos e contas a receber Depósitos junto de empresas cedentes Outros depósitos Empréstimos concedidos Contas a receber Outros Investimentos a deter até à maturidade Terrenos e edifícios Terrenos e edifícios de uso próprio Terrenos e edifícios de rendimento Outros activos tangíveis Inventários Goodwill Outros activos intangíveis Provisões técnicas de resseguro cedido Provisão para prémios não adquiridos Provisão matemática do ramo vida Provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados Provisão para compromissos de taxa Provisão para estabilização de carteira Outras provisões técnicas Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros devedores por operações de seguros e outras operações Contas a receber por operações de seguro directo Contas a receber por outras operações de resseguro Contas a receber por outras operações Activos por impostos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Acréscimos e diferimentos Outros elementos do activo Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas TOTAL ACTIVO R&C’09 | Liberty Seguros Valor Líquido Exercício Anterior 2 994 483 0 0 0 0 0 2 994 483 0 0 6 755 283 0 0 16 343 709 0 16 343 709 19 205 474 0 628 666 512 1 543 136 0 583 268 959 867 0 0 0 643 800 643 800 0 6 598 682 342 647 0 5 426 983 5 807 056 77 490 0 5 729 565 0 0 0 0 3 539 334 17 906 148 13 850 286 480 299 3 575 563 5 391 872 0 5 391 872 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 805 805 0 5 062 976 0 0 4 587 405 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 127 812 1 290 175 1 345 120 492 517 0 0 0 0 0 0 628 666 512 1 543 136 0 583 268 959 867 0 0 0 642 995 642 995 0 1 535 707 342 647 0 839 577 5 807 056 77 490 0 5 729 565 0 0 0 0 3 539 334 14 778 336 12 560 111 -864 821 3 083 046 5 391 872 0 5 391 872 0 0 0 587 200 465 15 973 005 0 14 918 058 1 054 947 0 0 0 0 0 0 1 973 060 0 0 1 287 795 5 855 707 31 785 0 5 823 923 0 0 0 0 97 780 12 671 409 11 935 497 -377 775 1 113 687 8 920 702 0 8 920 702 191 382 0 0 0 0 0 695 204 361 12 778 998 682 425 363 660 132 062 | 33 | Demonstrações Financeiras Balanço Exercício PASSIVO Provisões técnicas Provisão para prémios não adquiridos Provisão matemática do ramo vida Provisão para sinistros De vida De acidentes de trabalho De outros ramos Provisão para participação nos resultados Provisão para compromissos de taxa Provisão para estabilização de carteira Provisão para desvios de sinistralidade Provisão para riscos em curso Outras provisões técnicas Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento Outros passivos financeiros Derivados de cobertura Passivos subordinados Depósitos recebidos de resseguradores Outros Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros credores por operações de seguros e outras operações Contas a pagar por operações de seguro directo Contas a pagar por outras operações de resseguro Contas a pagar por outras operações Passivos por impostos Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Acréscimos e diferimentos Outras Provisões Outros Passivos Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda TOTAL PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital (Acções Próprias) Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio Por revalorização de activos intangíveis Por revalorização de outros activos tangíveis Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira De diferenças de câmbio Reserva por impostos diferidos Outras reservas Resultados transitados Resultado do exercício TOTAL CAPITAL PRÓPRIO TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 535 345 630 45 194 042 245 639 503 227 541 365 8 813 668 89 005 685 129 722 012 6 310 449 0 0 3 483 467 7 176 803 0 Exercício Anterior 543 412 271 45 935 014 256 181 291 227 167 548 7 937 891 88 887 092 130 342 564 5 223 838 0 0 3 072 111 5 832 469 0 18 753 196 20 317 766 635 857 0 0 635 857 0 3 212 822 10 100 699 7 826 992 2 096 166 177 541 13 037 012 10 581 078 2 455 934 8 566 502 1 177 474 0 0 590 829 193 14 772 438 0 14 672 438 100 000 0 0 9 518 824 7 614 384 1 791 509 112 932 3 086 738 3 086 738 0 8 889 559 1 663 129 0 0 601 660 726 24 348 751 0 0 6 951 626 6 951 626 0 0 0 0 0 0 -2 431 171 18 946 240 34 669 393 9 111 332 91 596 170 682 425 363 24 348 751 0 0 -26 071 498 -26 071 498 0 0 0 0 0 0 4 261 630 17 910 694 32 073 855 5 947 904 58 471 336 660 132 062 Liberty Seguros | R&C’09 Demonstrações Financeiras | 34 | Conta de Ganhos e Perdas Exercício Técnica Não-Vida 25 467 649 150 830 033 26 218 241 162 186 081 -750 592 -11 351 045 -50 708 Técnica Vida Prémios adquiridos líquidos de resseguro Prémios brutos emitidos Prémios de resseguro cedido Provisão para prémios não adquiridos (variação) Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de serviços Custos com sinistros, líquidos de resseguro Montantes pagos Montantes brutos Parte dos resseguradores Provisão para sinistros (variação) Montante bruto Parte dos resseguradores Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro Montante bruto Parte dos resseguradores Participação nos resultados, líquida de resseguro Custos e gastos de exploração líquidos Custos de aquisição Custos de aquisição diferidos (variação) Gastos administrativos Comissões e participação nos resultados de resseguro Rendimentos De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas Outros Gastos Financeiros De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas Outros Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas De activos disponíveis para venda De empréstimos e contas a receber De investimentos a deter até à maturidade De passivos financeiros valorizados a custo amortizado De outros Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Diferenças de câmbio Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Perdas de imparidade (líquidas reversão) De activos disponíveis para venda De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado De investimentos a deter até à maturidade De outros Outros rendimentos/gastos técnicos,líquidos de resseguro Outras provisões (variação) Outros rendimentos/gastos Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diGeridos RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R&C’09 | Liberty Seguros Exercício Anterior Total Não Técnica 45 705 28 853 176 297 682 188 404 322 -12 101 637 -50 708 179 177 525 190 386 939 -10 907 830 -174 126 45 705 -127 458 28 853 47 778 155 279 282 146 380 923 147 581 111 -1 200 188 8 898 359 8 697 709 200 650 4 611 815 -22 922 679 -22 922 679 0 787 664 64 252 195 48 156 957 -139 097 16 430 264 -195 929 31 959 994 29 254 011 36 709 936 36 321 091 36 650 222 -329 132 388 846 903 703 -514 857 0 -8 963 507 -8 963 507 0 607 037 9 171 501 5 387 236 6 540 3 777 725 0 17 891 744 103 528 842 105 123 095 105 473 129 -350 034 -1 594 252 -2 203 467 609 214 1 755 690 0 0 51 267 307 40 192 471 -791 681 11 878 809 -12 293 13 548 324 4 076 833 140 238 779 141 444 185 142 123 351 -679 166 -1 205 407 -1 299 764 94 357 1 755 690 -8 963 507 -8 963 507 0 607 037 60 438 808 45 579 707 -785 140 15 656 534 -12 293 35 516 901 15 089 102 12 874 363 508 006 28 471 471 147 845 0 0 147 845 138 724 2 654 797 1 647 008 673 961 1 635 284 3 568 827 171 064 6 897 585 3 453 356 2 567 260 3 022 090 787 898 665 182 76 556 1 529 635 1 717 038 22 661 0 0 22 661 9 698 836 449 970 103 94 508 1 901 060 1 295 354 -1 774 125 97 616 -1 831 939 -3 508 448 -1 136 061 -1 677 168 0 0 0 -96 957 97 616 0 0 -1 831 939 0 0 0 0 -3 411 491 0 0 0 -96 957 -1 136 061 0 0 0 0 874 222 0 0 874 222 -645 733 0 0 0 0 0 874 222 0 0 874 222 -645 733 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 42 937 0 0 287 013 0 0 -841 408 -355 804 0 0 329 949 -841 408 -355 804 0 0 344 402 -137 932 129 239 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 359 303 6 575 862 2 559 434 12 494 599 4 984 709 -2 346 430 -2 346 430 209 256 -1 036 837 -1 036 837 -1 172 451 -823 833 9 111 332 5 947 904 | 35 | Demonstrações Financeiras Demonstração de Rendimento Integral 2009 2008 Resultado Liquido do exercicio 9 111 331 5 947 904 Ganhos liquidos por ajustamentos ao justo valor de activos financeiros disponiveis para venda 33 023 124 -4 225 200 Impostos diferidos e impostos correntes -9 450 377 -1 458 630 Outros Ganhos e Perdas reconhecidos directamente no capital próprio 440 756 -236 482 Total do rendimento integral 33 124 834 27 592 2009 a - Corresponde ao montante de Reservas de Reavaliação resultantes do ajustamento líquido (valias potenciais) para o justo valor da carteira de activos financeiros classificados como disponiveis para venda b - Imposto corrente 2009: - 4.502.449 € Valias potenciais de títulos com participação vida Imposto diferido Fundo de Pensões 2009: - 116.800 € Imposto diferido 2009: - 4.831.127 € Valias potenciais de títulos excepto vida com participação nos resultados c - Reservas livres 2008 a - Corresponde ao montante de Reservas de Reavaliação resultantes do ajustamento líquido (valias potenciais) para o justo valor da carteira de activos financeiros classificados como disponiveis para venda b - Imposto diferido Fundo de Pensões 2008: -181.386 € Imposto diferido 2008: - 1.277.244 € Valias potenciais de títulos excepto vida com participação nos resultados c - Reservas livres Alteração politicas contabilistas: - 801.299 € reflectido no resultado liquido do exercício Reservas livres: - 169.007 € Alteração politicas contabilistas: 733.824 € reflectida em resultados transitados Liberty Seguros | R&C’09 Demonstrações Financeiras | 36 | Demontração de Variações do Capital Próprio – 2009 Outros Instrumentos de Capital Capital Social Balanço a 31 Dezembro 24 348 751 2008 (balanço de abertura) Correcções de Erros (IAS 8) Alterações Políticas contabilísticas (IAS8) Balanço de 24 348 751 Abertura Alterado Aumentos/reduções de Capital Transacção de acções próprias Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edificios de uso próprio Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de activos intangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira Ganhos líquidos por diferenças por taxa de Câmbio Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos Aumentos de reserva por aplicação de resultados Distribuição de reservas Distribuição de lucros/ prejuízos Alterações de estimativas contabilisticas Outros ganhos/perdas reconhecidos directamente no capital próprio Transferências entre rubricas de capital próprio não incluídas noutras linhas Total das variações 0 de capital próprio Resultado líquido do periodo Distribuição antecipada de lucros Balanço a 24 348 751 31 Dezembro 2009 R&C’09 | Liberty Seguros Por Ajustamentos Por Ajustamentos Por no justo valor de no justo valor revalorização Acções Instrumentos Prestações Investimentos em de activos Outros de terrenos e Principais Financeiros Suplementares filiais, Associadas e financeiros edificios de uso Compostos Empreendimentos disponíveis para próprio conjuntos venda 0 0 0 0 0 -26 071 498 0 0 0 0 0 0 -26 071 498 0 33 023 124 0 0 0 0 0 33 023 124 0 0 0 0 0 0 6 951 626 0 Reservas de Re Por revalorização de Activos Intangíveis | 37 | Demonstrações Financeiras eavaliação Outras Reservas Por De instrumentos revalorização de de cobertura em outros activos coberturas de tangíveis fluxos de caixa 0 0 0 De cobertura de Reserva por Resultado investimentos De Prémios Resultados Reserva Reserva Outras Impostos do líquidos diferenças de Transitados Legal Estatutária Reservas Diferidos Exercício em moeda de Câmbio Emissão estrangeira 0 0 4 261 630 4 982 416 0 0 12 928 278 32 073 856 Total 5 947 904 58 471 337 0 0 0 0 0 0 0 4 261 630 4 982 416 0 0 12 928 278 32 073 856 5 947 904 58 471 337 0 0 0 33 023 124 0 0 0 0 0 0 -9 450 377 -9 450 377 0 0 594 790 5 353 114 -5 947 904 0 0 440 756 2 757 576 0 0 0 0 0 -6 692 801 594 790 0 0 440 756 440 756 -2 757 576 0 2 595 538 -5 947 904 24 013 503 9 111 331 9 111 331 0 0 0 0 0 0 -2 431 171 5 577 206 0 0 13 369 034 34 669 394 9 111 331 91 596 171 Liberty Seguros | R&C’09 Demonstrações Financeiras | 38 | Demontração de Variações do Capital Próprio – 2008 Outros Instrumentos de Capital Capital Social Balanço a 31 Dezembro 24 348 751 2008 (balanço de abertura) Correcções de Erros (IAS 8) Alterações Políticas contabilísticas (IAS8) Balanço de 24 348 751 Abertura Alterado Aumentos/reduções de Capital Transacção de acções próprias Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edificios de uso próprio Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de activos intangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis Ganhos líquidos por ajustamentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira Ganhos líquidos por diferenças por taxa de Câmbio Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos Aumentos de reserva por aplicação de resultados Distribuição de reservas Distribuição de lucros/ prejuízos Alterações de estimativas contabilisticas Outros ganhos/perdas reconhecidos directamente no capital próprio Transferências entre rubricas de capital próprio não incluídas noutras linhas Total das variações 0 de capital próprio Resultado líquido do periodo Distribuição antecipada de lucros Balanço a 24 348 751 31 Dezembro 2009 R&C’09 | Liberty Seguros Por Ajustamentos Por Ajustamentos Por no justo valor de no justo valor revalorização Acções Instrumentos Prestações Investimentos em de activos de terrenos e Outros Principais Financeiros Suplementares filiais, Associadas e financeiros edificios de uso Compostos Empreendimentos disponíveis para próprio conjuntos venda -21 846 298 0 0 0 0 0 -21 846 298 0 -4 225 200 0 0 0 0 0 -4 225 200 0 0 0 0 0 0 -26 071 498 0 Reservas de Re Por revalorização de Activos Intangíveis | 39 | Demonstrações Financeiras eavaliação Outras Reservas Por De instrumentos revalorização de de cobertura em outros activos coberturas de tangíveis fluxos de caixa De cobertura de Reserva por Resultado investimentos De Prémios Resultados Reserva Reserva Outras Impostos do líquidos diferenças de Transitados Legal Estatutária Reservas Diferidos Exercício em moeda de Câmbio Emissão estrangeira 5 720 260 4 401 476 13 097 285 26 449 796 Total 6 272 474 58 443 744 0 0 0 0 0 0 0 5 720 260 4 401 476 0 0 13 097 285 26 449 796 6 272 474 58 443 744 0 0 0 -4 225 200 0 0 0 0 0 0 -1 458 630 -1 458 630 0 0 580 940 4 890 235 -169 007 -6 272 474 -801 299 -169 007 733 824 733 824 0 0 0 0 0 0 -1 458 630 580 940 0 0 -169 007 5 624 059 -6 272 474 -5 920 312 5 947 904 5 947 904 0 0 0 0 0 0 4 261 630 4 982 416 0 0 12 928 278 32 073 855 5 947 904 58 471 336 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 40 | A Companhia opera através de 29 Espaços Liberty Seguros e 5 Escritórios localizados em várias zonas do país R&C’09 | Liberty Seguros | 41 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 42 | Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas em 31 de Dezembro de 2009 Índice 1. INFORMAÇÕES GERAIS 2. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS 2.1. TIPOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS POR SEGMENTO GEOGRÁFICO E SEGMENTO DE NEGÓCIO 2.2. RELATO POR SEGMENTOS GEOGRÁFICOS E POR SEGMENTOS DE NEGÓCIO 3. BASE DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1. BASES DE MENSURAÇÃO E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS USADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.2. NATUREZA, IMPACTO E JUSTIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E JULGAMENTOS RELEVANTES UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 4. NATUREZA E EXTENSÃO DAS RUBRICAS E DOS RISCOS RESULTANTES DE CONTRATOS DE SEGURO E ACTIVOS DE RESSEGURO 4.1. INFORMAÇÃO REFERENTE A CONTRATOS DE SEGURO 4.2. INFORMAÇÃO REFERENTE À NATUREZA E A EXTENSÃO DOS RISCOS ESPECÍFICOS DE SEGUROS 4.3. RISCO DE MERCADO, RISCO DE CRÉDITO, RISCO DE LIQUIDEZ E RISCO OPERACIONAL 4.4. QUANTIA DE PERDAS POR IMPARIDADE RECONHECIDA E REVERTIDA DURANTE O PERÍODO RELATIVAMENTE A ACTIVOS DE RESSEGURO 4.5. ADEQUAÇÃO DOS PRÉMIOS E DAS PROVISÕES 4.6. INFORMAÇÃO REFERENTE AOS PRINCIPAIS RÁCIOS SEM DEDUÇÃO DO RESSEGURO CEDIDO 4.7. REEMBOLSOS E SALVADOS 5. PASSIVOS POR CONTRATOS DE INVESTIMENTO 6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 6.1. PARTICIPAÇÕES E INSTRUMENTOS FINANCEIROS 6.4. RECLASSIFICAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS DE CARTEIRA 6.11. JUSTO VALOR 6.16. NATUREZA E EXTENSÃO DOS RISCOS RESULTANTES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 6.17. NATUREZA E A EXTENSÃO DOS RISCOS RESULTANTES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CADA TIPO DE RISCO 8. CAIXA E EQUIVALENTES E DEPÓSITOS À ORDEM 9. TERRENO E EDIFÍCIOS 9.1. MODELO DE VALORIZAÇÃO 9.2. CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA DISTINGUIR TERRENOS E EDIFÍCIOS DE RENDIMENTO OU DE USO PRÓPRIO 9.6. CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO, MÉTODOS E TAXAS DE DEPRECIAÇÃO USADAS 9.7. E 9.8. QUANTIA ESCRITURADA BRUTA E DEPRECIAÇÃO ACUMULADA NO INÍCIO E NO FIM DO PERÍODO 9.20. INDICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE RESTRIÇÕES DE TITULARIDADE E ACTIVOS QUE SEJAM DADOS COMO GARANTIA DE PASSIVOS 10. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (EXCEPTO TERRENOS E EDIFÍCIOS) 10.1. CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO DOS ACTIVOS TANGÍVEIS 10.2. MOVIMENTO DE AQUISIÇÕES, TRANSFERÊNCIAS, ABATES, ALIENAÇÕES E AMORTIZAÇÕES 10.3. RECONCILIAÇÃO DOS ACTIVOS TANGÍVEIS NO INÍCIO E NO FIM DO PERÍODO 11. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E OUTROS ACTIVOS 12. ACTIVOS INTANGÍVEIS 13. OUTRAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS DE CONTAS DO ACTIVO R&C’09 | Liberty Seguros 44 44 44 47 47 47 57 57 59 59 61 66 70 70 71 72 72 72 72 73 73 74 76 77 77 77 77 77 78 78 78 78 78 79 79 80 81 | 43 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 13.1. DESDOBRAMENTO DAS CONTAS DE AJUSTAMENTOS E OUTRAS PROVISÕES PELAS RESPECTIVAS SUBCONTAS 13.2. DESCRIÇÃO DA NATUREZA DA OBRIGAÇÃO 14. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGURO 14.1. PRÉMIOS RECONHECIDOS RESULTANTES DE CONTRATOS DE SEGURO 14.2. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGUROS DO RAMO VIDA 14.3. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGURO DO RAMO NÃO VIDA 15. COMISSÕES RECEBIDAS DE CONTRATOS DE SEGURO 15.1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS PARA O RECONHECIMENTO DAS COMISSÕES 15.2. COMISSÕES RECEBIDAS POR TIPO DE CONTRATO 16. RENDIMENTOS / RÉDITOS DE INVESTIMENTOS 16.1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS PARA O RECONHECIMENTO DOS RÉDITOS 16.2. DISTRIBUIÇÃO DOS RÉDITOS POR CATEGORIA DE INVESTIMENTO 17. GANHOS E PERDAS REALIZADOS EM INVESTIMENTOS 18. GANHOS E PERDAS PROVENIENTES DE AJUSTAMENTOS DE JUSTO VALOR EM INVESTIMENTOS 19. GANHOS E PERDAS EM DIFERENÇAS DE CÂMBIO 21. GASTOS DIVERSOS POR FUNÇÃO E NATUREZA 21.1. GASTOS POR FUNÇÃO 21.2. GASTOS USANDO UMA CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA SUA NATUREZA 22. GASTOS COM PESSOAL 22.1. NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES AO SERVIÇO NO EXERCÍCIO 22.2. MONTANTE DAS DESPESAS COM O PESSOAL REFERENTES AO EXERCÍCIO 23. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS 23.1. PLANO DE RENDAS DE SOBREVIVÊNCIA E ORFANDADE (BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS A LONGO PRAZO) 23.2. FUNDO DE PENSÕES 23.3. PLANO DE PENSÕES DE REFORMA E PRÉ-REFORMA (CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO PARA A ACTIVIDADE SEGURADORA) – RENDAS EM PAGAMENTO ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO DO FUNDO DE PENSÕES DOS COLABORADORES DA LIBERTY SEGUROS 23.4. COMPLEMENTO DE REFORMA ADICIONAL 24. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 24.1 ESTIMATIVA DE IMPOSTO 24.2 COMPONENTES DE GASTO/RENDIMENTO DE IMPOSTOS 24.3 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO REPORTADO EM RESERVAS 24.4 DETALHE DOS IMPOSTOS DIFERIDOS (ACTIVOS E PASSIVOS) RECONHECIDOS EM BALANÇO 24.5 RECONCILIAÇÃO ENTRE A TAXA NOMINAL E A TAXA EFECTIVA 25. CAPITAL 26. RESERVAS 26.1 NATUREZA E FINALIDADE DAS RESERVAS DENTRO DO CAPITAL PRÓPRIO 26.2 MOVIMENTOS DAS RESERVAS DENTRO DO CAPITAL PRÓPRIO 27. RESULTADOS POR ACÇÃO 28. DIVIDENDOS POR ACÇÃO 29. TRANSACÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS 31. COMPROMISSOS 32. PASSIVOS CONTINGENTES 34. ELEMENTOS EXTRAPATRIMONIAIS 36. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO NÃO DESCRITOS EM PONTOS ANTERIORES 81 81 82 82 82 82 82 82 83 83 83 83 84 84 84 85 85 86 87 87 87 87 87 88 92 94 95 95 96 96 96 97 97 97 97 98 98 98 98 99 99 100 100 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 44 | 1. Informações gerais A Companhia alterou a denominação social para Liberty Seguros, S.A. por deliberação da Assembleia Geral de 2 de Fevereiro de 2004 e subsequente autorização pelo Instituto de Seguros de Portugal, tendo sido também efectuada a correspondente alteração do pacto social. No dia 28 de Dezembro de 2005 teve lugar a transmissão das 464.937 acções representativas de 100 % do capital social da Liberty Seguros, S.A., efectuada pela sociedade Liberty International Iberia, S.L., Sociedad Comanditaria Simple, a favor da sociedade Liberty Insurance Group, Compañia de Seguros y Reaseguros, S.A.. Esta operação foi previamente apreciada pelo Instituto de Seguros de Portugal. A morada de registo da Companhia é Av. Fontes Pereira de Melo nº 6-11º Dto, 1069-001 Lisboa, Portugal. A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros e resseguros para todos os ramos técnicos para os quais obteve as devidas autorizações por parte do Instituto de Seguros de Portugal. Em volume de prémios directos, os ramos técnicos de maior significado são o Ramo Automóvel, Acidentes e Doença. Presentemente, a Companhia opera através de 29 espaços e 5 escritórios localizados em várias zonas do país. A Liberty Seguros apresenta no seu Relatório de Gestão nos pontos 13 a 15 uma breve apresentação sobre o ambiente macroeconómico em que a Companhia opera, bem como uma tendência recente do mercado. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar nº 4/2007 e com as alterações introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007, ambas do Instituto de Seguros de Portugal. Por não serem aplicáveis ou por irrelevânR&C’09 | Liberty Seguros cia dos valores ou situações a reportar, algumas notas não são referidas neste Anexo. As demonstrações financeiras da Liberty Seguros em referência a 31 de Dezembro de 2009 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 26 de Janeiro de 2010. O relatório de Gestão e as demonstrações financeiras serão submetidas para aprovação da Assembleia Geral de Accionistas em 29 de Março de 2010. 2. Informação por segmentos 2.1. Tipos de produtos e serviços por Segmento Geográfico e Segmento de Negócio De acordo com a “IFRS 8-Segmentos Operacionais” uma entidade deve divulgar informações que permitam aos utentes das suas demonstrações financeiras avaliar a natureza e os efeitos financeiros das actividades de negócio em que está envolvida e os ambientes económicos onde opera. Um Segmento Operacional é uma componente de uma entidade sobre os quais informações financeiras segregadas estão disponíveis para avaliação regular por parte dos gestores ao decidir como afectar recursos e medir desempenho. Um Segmento Geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos, que são diferentes de outros segmentos, que operam em outros ambientes económicos. Todos os contratos são celebrados em Portugal pelo que existe apenas um Segmento Geográfico. Um Segmento de Negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos. A Companhia encontra-se estruturada de acordo com as seguintes áreas de negócio: • Seguros de Vida e Pensões > Produtos de Capitalização > Produtos de Poupança • Seguros Não Vida > Acidentes e Doença > Incêndio e Outros Danos > Automóvel > Diversos 2.2. Relato por Segmentos Geográficos e por Segmentos de Negócio Segmento Geográfico De acordo com a nota 2.1 existe apenas um segmento, logo não faz sentido efectuar análise por Segmento Geográfico. Segmento de Negócio Nos quadros abaixo são apresentados os resultados por segmento, para os exercícios de 2009 e 2008. A Empresa utiliza as Provisões Técnicas como critério de repartição das rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados que não estão afectas especificamente a uma área de negócio. | 45 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Resultado por segmento a 31 de Dezembro de 2009: Rubricas Prémios brutos emitidos Prémio de Resseguro Cedido Variação PPNA Resultado de Investimentos Outros Proveitos Total Ganhos Custos com sinistros liquidos de resseguro Custos de exploração liquidos de resseguro Outros Custos Total Custos Contractos de Investimento Resultado Operacional Resultado de Investimentos Resultado Antes de Imposto Imposto Resultado técnico Vida Não Vida 26 218 241,07 162 186 081 -750 592 -11 351 045 0 -5 003 0 0 71 769 299 305 25 539 418 151 129 338 36 709 936 103 528 842 Acidentes Incêndio e e Doença Outros Danos Automóvel Outros 30 405 783 21 276 840 95 900 652 14 602 806 -628 827 -3 630 814 -712 086 -6 379 318 -203 228 -752 261 1 074 156 -123 669 0 0 0 0 6 813 5 312 287 008 171 29 580 541 16 899 077 96 549 729 8 099 991 Não Afectos Total 0 188 404 322 0 -12 101 637 0 -5 003 0 0 600 044 971 118 600 044 177 268 800 19 614 833 12 462 195 68 418 484 3 033 330 0 140 238 779 51 279 599 8 995 579 7 381 158 31 357 823 3 545 039 0 -8 356 491 1 755 690 37 524 947 156 564 132 180 657 0 -11 804 873 -5 434 794 15 164 176 12 010 655 3 359 303 6 575 861 0 0 3 359 303 6 575 861 -1 212 586 27 397 827 0 2 182 715 4 622 315 6 805 030 0 6 805 030 2 804 798 22 648 151 0 -5 749 074 344 303 -5 404 771 0 -5 404 771 145 421 99 921 728 0 -3 371 999 6 515 050 3 143 051 0 3 143 051 18 057 6 596 426 0 1 503 565 528 987 2 032 551 0 2 032 551 114 440 -6 486 361 114 440 194 203 519 0 180 657 485 604 -16 754 062 2 073 830 29 248 661 2 559 434 12 494 598 -3 383 267 -3 383 267 -823 833 9 111 331 Acidentes Incêndio e e Doença Outros Danos Automóvel Outros 31 413 818 19 386 355 99 434 465 13 785 221 -703 504 -3 467 430 -704 403 -5 341 533 -93 068 220 784 137 837 -567 137 0 0 0 0 2 5 230 337 605 91 30 617 248 16 144 938 99 205 505 7 876 642 Não Afectos Total 0 190 386 939 0 -10 907 830 0 -301 584 0 0 1 036 884 1 619 537 1 036 884 180 797 063 9 171 501 60 451 101 Valores em Euros Resultado por segmento a 31 de Dezembro de 2008: Rubricas Prémios brutos emitidos Prémio de Resseguro Cedido Variação PPNA Resultado de Investimentos Outros Proveitos Total Ganhos Custos com sinistros liquidos de resseguro Custos de exploração liquidos de resseguro Outros Custos Total Custos Contractos de Investimento Resultado Operacional Resultado de Investimentos Resultado Antes de Imposto Imposto Resultado técnico Vida Não Vida 26 367 081,87 164 019 858 -690 961 -10 216 870 0 -301 584 0 0 239 725 342 928 25 915 846 153 844 332 47 215 571 104 461 679 20 647 571 10 661 587 53 786 537 11 925 070 -18 639 727 4 606 357 39 237 431 162 854 573 -101 290 0 -13 422 875 -9 010 240 13 122 891 10 821 349 -299 984 1 811 109 0 0 -299 984 1 811 109 1 171 521 33 744 161 0 -3 126 914 4 120 879 993 965 0 993 965 9 570 228 71 346 561 2 897 319 6 016 677 32 642 280 3 202 511 -1 068 427 4 585 185 14 518 478 108 574 026 0 0 1 626 461 -9 368 521 555 432 5 724 431 2 181 893 -3 644 091 0 0 2 181 893 -3 644 091 -81 922 6 017 908 0 1 858 734 420 608 2 279 342 0 2 279 342 0 151 677 250 0 64 448 124 769 714 -13 263 657 769 714 202 861 717 0 -101 290 267 171 -22 165 944 3 206 414 27 150 654 3 473 585 4 984 709 963 195 963 195 4 436 780 5 947 904 Valores em Euros Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 46 | Activos e Passivos por segmentos a 31 de Dezembro de 2009 Rubricas Instrumentos Financeiros Terrenos e edifícios Outros activos tangíveis Outros activos intangíveis Provisões técnicas de resseguro cedido Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros devedores por operações de seguros e outras operações Activos por impostos Outros elementos do activo Total Activos Provisões técnicas Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento Outros passivos financeiros Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros credores por operações de seguros e outras operações Passivos por impostos Outros Passivos Total Passivos Vida Não Vida 326 299 075 289 855 225 313 199 329 796 748 033 787 673 408 953 430 624 635 857 5 171 198 Acidentes Incêndio e Não e Doença Outros Danos Automóvel Outros Afectos Total 99 680 668 22 609 953 154 544 999 13 019 605 28 855 922 645 010 221 113 416 25 726 175 841 14 814 0 642 995 270 879 61 442 419 972 35 380 0 1 535 707 148 091 33 591 229 600 19 343 0 839 577 3 314 914 139 630 204 738 1 511 916 0 5 807 056 3 405 082 134 252 46 169 10 472 71 580 6 030 0 3 539 334 7 198 438 7 579 898 2 606 713 591 265 4 041 450 340 471 0 14 778 336 2 626 348 2 765 524 951 058 2 083 971 2 796 294 961 640 343 718 957 309 850 484 108 093 549 260 763 620 274 582 009 94 428 238 215 723 1 474 522 124 221 0 5 391 872 218 123 1 490 928 125 603 0 4 880 265 23 905 924 162 653 630 15 197 382 28 855 922 682 425 363 21 418 577 146 401 626 12 333 568 0 535 345 630 18 753 196 0 0 0 0 0 0 18 753 196 309 722 326 135 112 157 25 440 173 889 14 649 0 635 857 1 564 946 1 647 876 566 701 128 541 878 614 74 019 0 3 212 822 4 919 989 5 180 710 1 781 636 404 118 2 762 251 232 705 0 10 100 699 6 350 250 6 686 762 2 299 565 4 746 232 4 997 744 1 718 715 297 407 956 293 421 237 100 907 013 521 596 3 565 248 300 353 389 846 2 664 697 224 487 22 888 117 156 446 325 13 179 781 0 13 037 012 0 9 743 976 0 590 829 193 Acidentes Incêndio e e Doença Outros Danos Automóvel Outros 99 372 043 22 539 949 154 066 506 12 979 294 0 0 0 0 348 023 78 940 539 575 45 456 227 151 51 523 352 175 29 669 3 232 587 255 242 776 427 1 470 452 Não Afectos Total 5 655 966 606 405 939 0 0 0 1 973 060 0 1 287 795 0 5 855 707 Valores em Euros Activos e Passivos por segmentos a 31 de Dezembro de 2008 Rubricas Instrumentos Financeiros Terrenos e edifícios Outros activos tangíveis Outros activos intangíveis Provisões técnicas de resseguro cedido Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros devedores por operações de seguros e outras operações Activos por impostos Outros elementos do activo Total Activos Provisões técnicas Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento Outros passivos financeiros Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros credores por operações de seguros e outras operações Passivos por impostos Outros Passivos Total Passivos Valores em Euros R&C’09 | Liberty Seguros Vida Não Vida 311 792 180 288 957 793 0 0 961 066 1 011 994 627 277 660 518 121 000 5 734 707 47 628 50 152 17 247 3 912 26 740 2 253 0 97 780 6 172 167 6 499 242 2 235 077 506 969 3 465 266 291 930 0 12 671 409 4 345 220 4 575 482 1 573 500 11 164 033 11 755 637 4 042 742 335 230 570 319 245 526 111 048 369 269 343 020 274 069 251 94 885 497 356 907 2 439 555 205 520 916 990 6 267 870 528 035 24 710 433 167 934 115 15 552 610 14 804 196 152 444 665 11 934 893 0 8 920 702 0 22 919 670 5 655 966 660 132 062 0 543 412 271 20 317 766 0 0 0 0 0 0 20 317 766 7 195 565 7 576 873 2 605 672 591 029 4 039 837 340 335 0 14 772 438 0 0 0 0 0 0 0 0 4 636 562 4 882 263 1 679 001 380 837 2 603 125 219 300 0 9 518 824 1 503 532 1 583 207 544 462 5 140 151 5 412 538 1 861 362 308 136 596 293 524 131 101 575 994 123 497 844 134 71 114 422 201 2 885 857 243 118 16 321 760 162 817 617 12 808 760 0 3 086 738 0 10 552 688 0 601 660 726 | 47 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 3. Base de preparação das Demonstrações Financeiras e das Políticas Contabilísticas 3.1. Bases de Mensuração e Políticas Contabilísticas usadas na preparação das Demonstrações Financeiras Bases de Mensuração As demonstrações financeiras da Companhia agora apresentadas reportam-se aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 e foram preparadas de acordo com regime contabilístico aplicável às empresas de seguros sujeitas à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal (PCES), estabelecido na Norma Regulamentar nº. 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações da Norma Regulamentar nº20/2007-R, de 31 de Dezembro. Estas normas acolheram em geral as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005 com excepção da IFRS 4, da qual apenas foram adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros, continuando a aplicar-se ao reconhecimento e mensuração dos passivos associados a contratos de seguros os princípios estabelecidos na legislação e regulamentação prudencial específica em vigor. As demonstrações financeiras estão expressas em Euros. Estas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos financeiros registados ao seu justo valor, nomeadamente activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados e activos financeiros disponíveis para venda. Os restantes activos e passivos financeiros, bem como activos e passivos não financeiros, são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico. A preparação das demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos utilizados são baseados na informação disponível mais recente, servindo de suporte para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos valorizados unicamente através destas fontes de informação. Alterações nos pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvam um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na nota 3.3 deste anexo. As políticas contabilísticas abaixo descritas, foram aplicadas de forma consistente para todos os períodos apresentados nas demonstrações financeiras. Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes: a. Caixa e seus equivalentes e Depósitos à Ordem Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito. b. Instrumentos Financeiros b.1.Classificação A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com a seguinte categoria: • Activos Financeiros Disponíveis para Venda Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) A Liberty Seguros tem intenção de manter por tempo indeterminado; (ii) São designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; (iii)Não se enquadrem nas categorias abaixo referidas. • Activos Financeiros ao Justo Valor através dos Resultados: Esta categoria inclui: (i) Os activos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo; (ii) Os activos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. A Companhia designa, no seu reconhecimento inicial, certos activos financeiros ao justo valor através de resultados quando: (i) Tais activos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor; (ii) Tal designação elimina uma inconsistência de reconhecimento e mensuração (accounting mismatch); • Empréstimos Concedidos e Contas a Receber: São activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados num mercado activo e que não são classificados como negociação ou disponíveis para venda. Esta categoria inclui, Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 48 | nomeadamente, outros depósitos em instituições de crédito afectos a contratos de seguro e empréstimos hipotecários concedidos. b.2.Reconhecimento, Mensuração Inicial e Desreconhecimento Activos financeiros Aquisições e alienações de activos financeiros, são reconhecidas na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto quando classificados em activos financeiros ao justo valor através dos resultados, caso em que estes custos são reconhecidos em resultados do exercício. Os activos financeiros são desreconhecidos quando: (i) Expiram os direitos contratuais da Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) A Companhia tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou; (iii)Não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos. Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda e de instrumentos financeiros classificados ao justo valor através dos resultados são reconhecidos nos resultados do exercício utilizando o método da taxa de juro efectivo. Para o cálculo da taxa de juro efectivo são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui R&C’09 | Liberty Seguros as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectivo, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. No caso de activos financeiros ou Grupos de activos financeiros semelhantes para os quais forem reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. A taxa de juro efectivo é a taxa que actualiza os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), estes são reconhecidos quando recebidos. Empréstimos concedidos e contas a receber Os empréstimos concedidos e contas a receber foram reconhecidos inicialmente pelo seu justo valor. Há lugar a um desreconhecimento de um empréstimo concedido e contas a receber, quando os direitos contratuais dos fluxos de caixa resultantes do activo financeiro expiram ou quando o activo financeiro é transferido e a transferência enquadra-se dentro dos critérios de desreconhecimento aplicáveis a este tipo de activos, conforme os critérios definidos na IAS 39. b.3.Mensuração Subsequente Activos financeiros Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados. Os activos financeiros disponíveis para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao accionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para ganhos e perdas. No caso dos produtos com participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em reservas, e no caso de serem positivas, transferidas para a conta de participação nos resultados a atribuir, pela parte que é do tomador de seguro. Ainda relativamente aos activos financeiros disponíveis para venda, o ajustamento ao valor de balanço compreende a separação entre: (i) As amortizações segundo a taxa efectiva – por contrapartida de resultados do exercício; (ii) As variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira e no caso de se tratar de um item monetário) – por contrapartida de resultados; (iii)As variações no justo valor (excepto risco cambial) – conforme descrito no parágrafo anterior. O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado (price providers) e técnicas de fluxos de caixa descontados. Empréstimos concedidos e contas a receber Os empréstimos concedidos e contas a receber são mensurados ao custo ou ao custo amortizado consoante a sua natureza. | 49 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas b.4.Reclassificação De acordo com as exigências da IAS 39, a Liberty Seguros não procede à reclassificação de instrumentos financeiros de e para a categoria de activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas. b.5.Transferência entre Carteiras A Companhia procede à transferência de carteiras cumprindo todos os requisitos estabelecidos na circular nº 3/2008, de 15 de Maio, para garantir que os tomadores de seguros ou outros beneficiários dos contratos são tratados com equidade: (i) A transferência de activos entre carteiras é efectuada pelo valor contabilizado; (ii) As transferências de activos entre carteiras não implicaram a reclassificação dos instrumentos financeiros; (iii)Os reajustamentos no valor do activo transferido ocorrido até à data de transferência ficam na carteira que lhes deu origem; (iv)Os reajustamentos no valor do activo transferido após a data de transferência ficam afectos à carteira que recebeu o activo; (v) Aquando da alienação de activos financeiros disponíveis para venda, que tenham sido objecto de transferências em carteiras com participação nos resultados, o correspondente ganho ou perda deve ser repartido por essas carteiras de acordo com o montante dos ajustamentos no justo valor reconhecidos previamente à alienação. b.6.Provisão para Participação nos Resultados a Atribuir (Shadow accounting) De acordo com os critérios e regras definidos na Circular nº3/2008 do ISP, de 15 de Maio, a provisão para participação nos resultados a atribuir considera em cada exercício a parte estimada a atribuir ao tomador de seguros ou beneficiário do contracto apurada nos termos do plano de participação nos resultados definido pela empresa de seguros, sendo constituída por contrapartida de gastos ou, na parte aplicável, pelas apropriadas Reservas de Reavaliação por Ajustamentos no Justo Valor. A Provisão para Participação nos Resultados Atribuída é constituída por contrapartida das apropriadas Reservas de Reavaliação por Ajustamentos no Justo Valor. A estimativa dos montantes a atribuir sob a forma de participação nos resultados em cada modalidade ou conjunto de modalidades é calculada tendo por base um plano adequado, aplicado de forma consistente, que tem em consideração o plano de participação nos resultados e os activos afectos. Aquando da alienação de um investimento classificado como disponível para venda afecto a produtos com participação nos resultados são anuladas as correspondentes transferências directas para a Provisão para Participação nos Resultados a Atribuir. Ao longo do período de duração dos contratos de cada modalidade ou conjunto de modalidades, o saldo da Provisão para Participação nos Resultados a Atribuir que lhe corresponde é integralmente utilizado pela compensação dos ajustamentos negativos do justo valor dos investimentos e pela sua transferência, para a Provisão para Participação nos Resultados Atribuída, de forma a que a participação nos resultados seja atribuída aos contratos na medida em que estes tenham contribuído para esses resultados. b.7.Imparidade A Liberty Seguros avalia regularmente a existência de qualquer prova objectiva de um activo financeiro ou de um grupo de activos financeiros estar em imparidade. Perante tal evidência, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de ganhos e perdas. A Companhia considera, de acordo com a norma IAS 39, que um activo financeiro ou grupo de activos financeiros se encontra em imparidade sempre que, após o seu reconhecimento inicial, exista evidência objectiva de: (i) Para os títulos de rendimento fixo, um activo ou grupo de activos financeiros está com imparidade e são incorridas perdas por imparidade se, e apenas se existir prova objectiva de imparidade, isto é se existirem dados observáveis que chamam a atenção do detentor do activo acerca dos seguintes acontecimentos de perda: 1) Significativa dificuldade financeira do emitente ou do obrigado; 2) Uma quebra do contrato, tal como um incumprimento ou relaxe nos pagamentos de juro ou de capital; 3) O mutuante, por razões económicas ou legais relacionadas com as dificuldades financeiras do mutuário, oferece ao mutuário uma concessão que o mutuante de outra forma não consideraria; 4) Tornar-se provável que o mutuário vá entrar em processo de falência ou outra reorganização financeira; 5) O desaparecimento de um mercado activo para esse activo financeiro devido a dificuldades financeiras, ou 6) Dados observáveis indicando que existe um decréscimo mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados do grupo de activos financeiros desde o reconhecimento inicial desses activos, embora o decréscimo ainda não possa ser identificado com os activos financeiros individuais do grupo, incluindo: a. Alterações adversas no estado de pagamento dos mutuários do grupo; b. As condições económicas nacionais ou locais que se correlacionam com os incumprimentos relativos aos Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 50 | activos do grupo. (ii) Para os títulos de rendimento variável, além dos acontecimentos referidos para os títulos de rendimento fixo, consideramos as seguintes situações: a. Alterações significativas que provoquem um efeito adverso e que tenham tido lugar no ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal no qual o emissor opere; b. Um declínio significativo ou prolongado no justo valor abaixo do seu custo. Deste modo, a Companhia avalia os títulos de rendimento variável cotados pelos seguintes critérios quantitativos: é registada imparidade em caso de uma desvalorização continuada ao longo de, pelo menos, 6 meses, ou quebra de valor significativo na sua cotação pelo menos 20% em relação ao custo de aquisição. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para ganhos e perdas. No caso dos títulos de rendimento fixo, se num período subsequente ao reconhecimento da perda por imparidade, o justo valor desse activo aumentar, estando este aumento objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade então esta deve ser revertida por contrapartida dos resultados do exercício. As perdas por imparidade relativas aos títulos de rendimento variável, não devem ser revertidas através de lucros ou prejuízos. Quando se verifica uma perda por imparidade, de acordo com os acontecimentos referidos em (i) e aplicáveis á rubrica de empréstimos concedidos e contas R&C’09 | Liberty Seguros a receber, cuja mensuração é a do custo amortizado, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor registado do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro, sendo o valor do activo reduzido e a perda reconhecida em resultados. Se, num período subsequente, houver uma prova objectiva da diminuição do valor de imparidade determinado, a perda por imparidade anteriormente reconhecida será revertida, por aumento do valor do activo e o ganho registado em resultados. A reversão não pode conduzir a um valor de activo superior ao valor que esse activo deveria ter pelo custo amortizado caso não existisse a imparidade. O valor da imparidade é determinado para cada edifício, pela comparação da quantia escriturada com o valor de mercado atribuído por avaliadores independentes certificados. c. Terrenos e Edifícios e Outros Activos Tangíveis Terrenos e Edifícios Os edifícios que a empresa utiliza para as suas instalações são classificados como de uso próprio. O custo de um edifício próprio é reconhecido de acordo com os critérios definidos na IAS 16, sendo considerado um activo, na medida em que existem benefícios económicos para a Companhia associados a este bem e o custo pode ser adequadamente mensurado. Os edifícios de uso próprio encontram-se mensurados no momento inicial ao seu valor de aquisição, incluindo os impostos de compra não reembolsáveis e dos custos directamente atribuídos para colocar o activo nas condições de funcionamento. A quantia pela qual um edifício próprio está reconhecido após dedução de depreciações acumuladas e perdas por imparidade é desreconhecida no momento da sua alienação ou quando não se esperam beneficio económicos futuros do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento é apurada pela diferença entre os proventos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. Este ganho ou perda é reconhecido em resultados. Os edifícios próprios são valorizados pelo modelo do custo, pelo que o valor de activo corresponde ao valor de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e de eventuais perdas de imparidade. Os custos de manutenção, reparação ou outros custos incorridos após a aquisição são reconhecidos como gastos do exercício em que ocorrem, só se reconhecendo como acréscimo ao activo quando é provável que exista um benefício económico a eles associado. A depreciação dos edifícios inicia-se quando o activo está disponível para uso, tendo sido escolhido como método de depreciação a aplicar de uma forma sistemática à vida útil estimada de 50 anos, foi o de depreciação em linha recta. O valor do activo sujeito a depreciação corresponde a 75% do valor de aquisição do terreno e edifício, sendo que os 25% remanescentes correspondem ao valor estimado para o terreno. O custo da depreciação em cada período é reconhecido em resultados. Outros activos tangíveis No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da mensuração subsequente, a Liberty Seguros opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. A Companhia procede ao desreconhecimento de um activo fixo tangível no momento da alienação, ou quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda | 51 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas decorrente do desreconhecimento é apurada pela diferença entre os proventos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do bem. Este ganho ou perda é reconhecido em resultados. No que respeita ao método de depreciação, a Companhia utiliza o método linear, dado que é o que melhor reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado consistentemente, a toda a classe de activos. O número de anos estimados de vida útil para cada uma das categorias de activos tangíveis é o seguinte: Equipamento Administrativo Máquinas e Ferramentas Equipamento Informático Instalações Interiores Material de Transporte Equipamento Hospitalar Outro Equipamento Anos 4-8 5-8 3-4 5-8 4 7 4-8 Sempre que haja evidência objectiva que o valor escriturado dos activos fixos tangíveis excede o seu valor realizável, é reconhecida uma perda por imparidade pela diferença, de acordo com a metodologia proposta pela IAS 36 em articulação com a IAS 16. O valor realizável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. d. Outros Activos Intangíveis Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos (3 anos). Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos. A Companhia procede ao desreconhecimento de um activo fixo intangível no momento da alienação, ou quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento é apurada pela diferença entre os proventos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. Este ganho ou perda é reconhecido em resultados. A Companhia efectua análises de perda por imparidade aos seus activos intangíveis, de acordo com a metodologia proposta na IAS 36 em articulação com a IAS 38. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração de resultados para os activos registados ao custo. e. Provisões Técnicas de Resseguro Cedido A provisão para prémios não adquiridos e a provisão para sinistros, de resseguro cedido, correspondem à quota-parte da responsabilidade dos resseguradores nas responsabilidades totais da Companhia, e são calculadas de acordo com os contratos em vigor, no que se refere às percentagens de cedência e a outras cláusulas existentes, e de acordo com as percentagens de especialização do seguro directo. f. Benefícios aos Empregados Os benefícios a empregados concedidos pela Companhia revestem a forma de: (i) Benefícios pós-emprego - Responsabilidades com pensões de reforma; (ii) Benefícios de curto prazo; (iii)Benefícios a longo prazo. (i) Benefícios Pós-emprego – Responsabilidades com Pensões de Reforma: Em conformidade com o Contrato Colectivo de Trabalho para o Sector Segurador, a Companhia assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, com contrato de trabalho em vigor à data de 22 de Junho de 1995 que tenham sido admitidos na actividade seguradora até essa mesma data, prestações pecuniárias para o complemento de reforma, bem como àqueles a quem por força do disposto nos respectivos contratos individuais de trabalho, seja atribuído idêntico benefício. A Companhia adopta, assim, o Plano de Benefícios Definidos estabelecido no Contrato Colectivo de Trabalho em vigor para a Actividade Seguradora. A Companhia constituiu um Fundo de Pensões e adquiriu seguros de Rendas Vitalícias que se destinam a cobrir as responsabilidades inerentes ao plano mencionado no parágrafo anterior. As contribuições para o Fundo e as actualizações dos prémios são determinadas de acordo com o respectivo plano actuarial, que é revisto anualmente e ajustado em função da actualização das pensões, da evolução dos participantes e das responsabilidades a garantir. Conforme acima referido, as responsabilidades com pensões de reforma encontram-se distribuídas entre um fundo de pensões e apólices de seguro. No que respeita às rendas vitalícias adquiridas, estas destinam-se a financiar o disposto no Contrato Colectivo de Trabalho para a actividade seguradora, cujo texto actual consta no capítulo V “pensões de reforma e pré-reforma” cláusulas 51ª a 60ª. As pessoas abrangidas por este plano são os reformados e pré-reformados da Liberty Seguros com pensões em Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 52 | pagamento que se iniciaram em data anterior à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros (20 de Maio de 1998). Estas apólices por serem contratadas na própria Companhia não são elegíveis nos termos da IAS 19, pelo que o valor actual das responsabilidades é reflectido no passivo, sendo o justo valor dos activos reflectido no activo. Adicionalmente, a Companhia constituiu, no final do exercício, um seguro de capitalização para fazer face a um complemento de reforma previsto contratualmente. Este complemento constitui um plano de benefícios definidos, uma vez que existe uma obrigação legal e construtiva por parte da Companhia para liquidar a responsabilidade na altura da reforma do empregado, assim como efectuar contribuições adicionais para colmatar alterações de critérios subjacentes ao cálculo da avaliação da responsabilidade. Assim como no caso das apólices de rendas vitalícias, também esta apólice não é elegível nos termos da IAS 19, verificando-se idêntico tratamento dos activos e passivos. No que respeita ao fundo de pensões, o balanço apresenta o resultado líquido entre os activos e passivos que o compõem. Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores reais no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado das, apólices, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são anualmente reconhecidos numa rubrica específica do Capital Próprio, por aplicação do método SORIE. O custo do exercício com pensões de reforma, incluindo o custo dos serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, é reflectido na conta de ganhos e perdas do exercício. (ii) Benefícios de Curto Prazo: Os benefícios de curto prazo (vencíveis num período infeR&C’09 | Liberty Seguros rior a doze meses) são, de acordo com o princípio da especialização de exercícios reflectidos em rubricas apropriadas de ganhos e perdas no período a que respeitam. Dentro dos benefícios de curto prazo enquadram-se o benefício de assistência médica e a concessão de bónus: • Assistência Médica A Companhia concedeu um benefício de assistência médica aos colaboradores no activo. Os custos incorridos com o seguro são contabilizados em custos do exercício. • Concessão de Bónus As remunerações variáveis dos colaboradores são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam, decorrem de uma avaliação de desempenho e incidem sobre todos os trabalhadores. (iii)Benefícios a Longo Prazo São disponibilizados benefícios de sobrevivência no caso de morte do trabalhador. g. Reembolso de Sinistros Os reembolsos de sinistros são gerados sempre que existe uma posição formal da Companhia sobre o seu direito de regresso e quando já se encontram liquidados as despesas de sinistros que são reembolsáveis. Dentro deste âmbito encontram-se todos os processos de sinistros que são geridos ao abrigo das Convenções de Regularização de Sinistros, sendo o valor de reembolso estimado em função do número de processos em gestão multiplicados pelo custo médio reembolsável. h. Imposto sobre o Rendimento Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são reconhecidos em ganhos e perdas, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda e da reserva de SORIE são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as referidas diferenças. | 53 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas i. Acréscimos e Diferimentos Os prémios de seguro directo são reconhecidos como proveitos na data da emissão ou renovação da respectiva apólice e os sinistros são registados aquando da participação. O rendimento das acções em carteira só é contabilizado na altura do recebimento dos dividendos atribuídos. Os restantes custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Incluída na rubrica de acréscimos e diferimentos do passivo, encontra-se contabilizada a provisão para férias e subsídio de férias, correspondente a cerca de 2 meses de remunerações e respectivos encargos, baseada nos valores do respectivo exercício, e destina-se a reconhecer as responsabilidades legais existentes no final de cada exercício perante os empregados pelos serviços prestados até àquela data, a regularizar posteriormente. j. Provisões técnicas de seguro directo j.1.Provisão para Prémios Não Adquiridos A provisão para prémios não adquiridos de seguro directo é baseada na determinação dos prémios emitidos antes do final do exercício, mas com vigência após essa data. Esta provisão destina-se a garantir a cobertura dos riscos assumidos e dos encargos deles resultantes durante o período compreendido entre o final do exercício e a data de vencimento de cada um dos contratos de seguros. A Companhia, de acordo com as Normas nº 19/94-R, 3/96-R e 4/98-R do ISP, calculou o montante de prémios a diferir mediante a aplicação do método ”pró-rata temporis” contrato a contrato. A provisão constante do Balanço encontra-se deduzida dos custos de aquisição diferidos na mesma proporção da especialização dos prémios e até ao limite de 20% do montante dos prémios diferidos, por cada um dos ramos. j.2.Custos de Aquisição Os custos de aquisição que estão directa ou indirectamente relacionados com a venda de contratos de seguro, são capitalizados e diferidos pelo período de vida dos contratos. Os custos de aquisição diferidos estão sujeitos a testes de recuperabilidade no momento da emissão dos contratos. Até ao ano de 2008 a metodologia da Companhia no que respeita aos custos de aquisição a diferir consistia na consideração de apenas 50% da totalidade dos custos registados. A partir de 2009 a empresa passou a considerar a totalidade dos custos registados. A revisão das percentagens de custos de aquisição a diferir deveu-se a uma reavaliação dos princípios que estavam subjacentes à aplicação do critério utilizado até ao exercício de 2008, tendo-se considerado que os mesmos já não se encontravam adequados nem em sintonia com os procedimentos aplicados a nível de Grupo. Com esta alteração de metodologia a empresa teve um impacto de 205.952 Euros. j.3.Provisão para Sinistros Quando existem sinistros provocados ou contra os tomadores de seguro que se insiram nas cláusulas dos contratos, qualquer montante pago ou que se estima vir a ser pago pela Companhia, é reconhecido como perda nos resultados, através da constituição de provisões para pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro. A provisão para sinistros corresponde ao custo total estimado que a Companhia suportará para regularizar todos os sinistros que tenham ocorrido até 31 de Dezembro de 2009, quer tenham sido declarados ou não, após a dedução dos valores já pagos respeitantes a esses sinistros. As provisões para sinistros de todos os ramos da Liberty Seguros, S.A. são avaliadas actuarialmente por métodos estatísticos internacionalmente aceites na base do “best estimate” e separando devidamente os tipos de sinistros em grupos homogéneos. As provisões são revistas regularmente e através de um processo contínuo à medida que informação adicional é recebida e as responsabilidades vão sendo liquidadas. A Companhia constitui provisão para os sinistros ocorridos até 31 de Dezembro de 2009 mas ainda não declarados nesta data – IBNR, para todos os ramos, com base em projecções actuariais baseadas no método do “Chain Ladder”. É constituída adicionalmente uma provisão para despesas futuras com gestão de sinistros ocorridos até 31 de Dezembro de 2009, valor que foi estimado em função dos custos reais imputados à função sinistros. A Companhia inclui no montante registado como provisão para Sinistros de Acidentes de Trabalho, as seguintes estimativas: • Assistência Vitalícia No caso particular da provisão para indemnizações de Assistência Vitalícia no âmbito do Seguro de Acidentes de Trabalho, a Liberty calcula: (i) Para cada caso conhecido, o valor actual dos custos médicos futuros considerando a inflação médica de 4%; (ii) Uma provisão IBNR de Assistência Vitalícia considerando o número de casos esperados multiplicados pelo custo médio. Este estudo inclui também as incapacidades permanentes e mortes do ramo Acidentes de Trabalho. O valor dessa provisão é ajustado mensalmente em função do aumento ou diminuição da carteira. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 54 | • Provisão Matemática de Acidentes de Trabalho A provisão matemática do ramo de Acidentes de Trabalho regista as responsabilidades da Companhia com sinistros que envolvam pagamento de pensões ou remições, já decididas pelo Tribunal do Trabalho ou com acordo de conciliação já realizado, e também a estimativa das responsabilidades por pensões relativas a incapacidades permanentes, por sinistros já ocorridos mas que se encontrem pendentes de acordo final. Os pressupostos que servem de base de cálculo às reservas matemáticas de acidentes de trabalho, para os casos de remição obrigatória, nos termos do nº1 do artigo 56º do Decreto-Lei nº 143/99 e para os restantes casos encontramse descritos no ponto a.2 da nota 3.3 deste anexo. Esta provisão tem como objectivo igualmente fazer face às responsabilidades por pensões relativas a potenciais incapacidades de sinistrados. • Provisão para FAT A responsabilidade relativa ao incremento anual de pensões vitalícias, por efeito da inflação, pertence ao FAT- Fundo de Acidentes de Trabalho, fundo que é gerido pelo ISP cujas receitas são constituídas pelas contribuições efectuadas pelas companhias seguradoras e pelos próprios tomadores de seguro do ramo Acidentes de Trabalho. A Companhia efectua o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT. Para fazer face às contribuições anuais futuras para o FAT relativamente aos beneficiários actuais, a Liberty Seguros, S.A. constituiu uma provisão sobre o total da vida útil da Reserva Matemática. R&C’09 | Liberty Seguros j.4.Provisão Matemática do Ramo Vida A provisão matemática do ramo Vida corresponde ao valor actuarial estimado das responsabilidades futuras da Companhia relativamente às apólices emitidas. O cálculo desta provisão é efectuado com base em métodos actuariais plenamente enquadrados no normativo do Instituto de Seguros de Portugal. As provisões matemáticas do Ramo Vida foram calculadas contrato a contrato segundo o método actuarial prospectivo, tendo em conta, quer as prestações garantidas, quer as participações nos resultados já distribuídos. Nas modalidades “Universal Life” as provisões matemáticas referentes à poupança, foram calculadas apólice a apólice, através da capitalização diária dos movimentos de cada Conta Poupança, tendo em conta, quer o juro técnico, quer a participação nos resultados. j.5.Provisões para Riscos em Curso A Provisão para Riscos em Curso corresponde ao montante necessário para fazer face a prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedem o valor dos prémios não adquiridos e dos prémios exigíveis relativos aos contratos em vigor. A provisão foi calculada por aplicação dos requisitos definidos na Norma 24/2002-R de 13 de Novembro. De acordo com o estipulado pelo ISP, a provisão para riscos em curso é constituída/reforçada sempre que a soma dos rácios de sinistralidade, de despesa e de cedência, ponderado pela taxa de rendimento, seja superior a 1. O montante desta provisão é igual ao produto da soma dos prémios processados imputáveis a exercícios seguintes e dos prémios exigíveis ainda não processados relativos a contratos em vigor pela soma dos rácios deduzida de 1. j.6.Provisão para Participação nos Resultados do Ramo Vida A provisão para participação nos resultados inclui os montantes destinados aos Tomadores de Seguro ou aos beneficiários dos contratos, sob a forma de participação nos resultados, desde que tais montantes não tenham sido já distribuídos. A provisão para participação nos resultados é dotada, anualmente, com base nas contas de resultados das modalidades que prevêem a sua constituição. O seu cálculo é efectuado de acordo com o plano de participação nos resultados de cada modalidade. Para as apólices que beneficiam de uma participação nos resultados, conforme estabelecido nas condições gerais da apólice, é atribuída uma participação no termo de cada ano civil relativamente aos contratos que se encontram em vigor. A participação nos resultados é distribuída em 31 de Dezembro de cada ano ou nas datas aniversarias das apólices, consoante as modalidades. Na nota 4.1 é apresentado o movimento ocorrido no exercício, relativamente a algumas modalidades. A política contabilística aplicável à Provisão para participação nos resultados a atribuir (“Shadow accounting) encontra-se descrita na alínea b.6) desta nota. j.7.Provisão para Desvios de Sinistralidade A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face a sinistralidade excepcionalmente elevada nos ramos de seguros em que, pela sua natureza, se preveja que aquela tenha maiores oscilações. A provisão foi calculada por aplicação dos requisitos definidos na Norma 3/1996 de 18 de Janeiro. Está a ser calculada com base nas taxas específicas estabelecidas pelo ISP e aplicadas ao resultado técnico positivo dos Ramos Caução e Risco Atómico (Resseguro aceite). Também é calculada para o risco Fenómenos Sísmicos, através da aplicação de um factor de risco definido pelo ISP para | 55 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas cada zona sísmica, ao capital retido pela Companhia. j.8.Provisões Técnicas relativas a Seguros de Vida em que o Risco de Investimento é suportado pelo Tomador de Seguro Corresponde ao valor líquido das prestações recebidas, acrescidas dos créditos dos rendimentos gerados pelos investimentos afectos a seguros de Vida em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro e deduzidos dos respectivos encargos de aquisição, gestão e cobrança. (ii) Um prémio de acerto ou parte de um prémio de montante variável; (iii)Um prémio adicional resultante de uma modificação do contrato fundada num agravamento superveniente do risco. k. Passivos Financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros não derivados incluem passivos de contratos de investimento, empréstimos, credores por operações de seguro directo e resseguro e outros passivos. Estes passivos financeiros são registados inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção dos passivos por contratos de investimento em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro, os quais são registados ao justo valor. Este regime jurídico tem nomeadamente como consequência, em termos contabilísticos, a anulação do prémio contabilizado, na data em que a empresa de seguros verifica que o prémio não foi cobrado, sendo esta a política aplicada pela Companhia, por conseguinte não há lugar a avaliação de imparidade, a qual poderia conduzir à eventual necessidade de ajustamentos de recibos por cobrar. É entendimento do Instituto de Seguros de Portugal, segundo a Circular nº 9/2008, que: 1. As empresas de seguros devem avaliar, à data de cada balanço, se existe qualquer evidência objectiva de que as contas a receber estejam com imparidade, devendo reconhecer perdas de imparidade nos termos da IAS 39; 2. Essa redução de valor pode ser registada directamente ou indirectamente, neste último caso por meio do uso das contas de abatimento denominadas no PCES como “Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa” e “Ajustamentos de recibos por cobrar”; 3. No caso dos ajustamentos de recibos por cobrar, as empresas de seguros devem avaliar se existe evidência objectiva de imparidade em base individual para os recibos emitidos que sejam individualmente significativos, e em base individual ou colectiva para os recibos emitidos que não sejam individualmente significativos. A Companhia efectua uma análise casuística das contas a receber por operações de seguro directo, por operações de resseguro e por outras operações de forma l. Provisões São reconhecidas provisões quando: (i) A Companhia tem uma obrigação presente, legal ou construtiva resultante de eventos passados; (ii) Seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido; (iii)Quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. A constituição e desconstituição desta provisão é efectuada por contrapartida de resultados. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, é classificado de acordo com a IAS 37 como um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota. A rubrica “Outras provisões” inclui provisões para possíveis contingências fiscais e obras em edifícios arrendados. m. Ajustamentos de Recibos por Cobrar e Ajustamentos de Créditos de Cobrança Duvidosa Cumpre prever, relativamente aos ajustamentos de recibos por cobrar, um tratamento específico que considere o enquadramento legal das relações contratuais entre as empresas de seguros e os segurados. O regime do pagamento dos prémios de seguro, actualmente previsto no regime jurídico do contrato de seguro aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/2008, de 16 de Abril (o qual mantém, no essencial, o regime anterior previsto no Decreto-Lei n.º 142/2000, de 15 de Julho) estabelece, com algumas excepções, que a falta de pagamento do prémio inicial, ou da primeira fracção deste, na data do vencimento, determina a resolução automática do contrato a partir da data da sua celebração, e que a falta de pagamento do prémio de anuidades subsequentes, ou da primeira fracção deste, na data do vencimento, impede a prorrogação do contrato. Este diploma estabelece ainda que a falta de pagamento determina a resolução automática do contrato na data do vencimento de: (i) Uma fracção do prémio no decurso de uma anuidade; Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 56 | a avaliar a existência ou não de imparidade. Para as situações identificadas como estando em imparidade é efectuada a redução da totalidade do montante a receber, através de ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa, por contrapartida de resultados. n. Contratos de Seguro e de Investimento • Classificação A Companhia emite contratos que incluem risco seguro, risco financeiro ou uma combinação dos riscos seguro e financeiro. Um contrato em que o Companhia aceita um risco de seguro significativo de outra parte, aceitando compensar o segurado no caso de um acontecimento futuro incerto específico afectar adversamente o segurado é classificado como um contrato de seguro. Um contrato emitido pela Companhia cujo risco de seguro transferido não é significativo, mas no qual se encontra definida uma componente de participação nos resultados discricionária, é considerado como um contrato de investimento e reconhecido e mensurado de acordo com as políticas contabilísticas aplicáveis aos contratos de seguro. Um contrato emitido pela Companhia em que apenas existe transferência de risco financeiro, sem participação nos resultados discricionária, é registado como um instrumento financeiro. • Reconhecimento e Mensuração Os contratos classificados como contratos de seguros são reconhecidos como proveitos quando devidos pelos tomadores de seguro. Os benefícios e outros custos são reconhecidos em simultâneo com o reconhecimento dos proveitos ao longo da vida dos contratos. Esta especialização é efectuada através da constituição da provisão matemática e Provisão para Prémios Não Adquiridos. • Contratos de Seguro Ramo Vida R&C’09 | Liberty Seguros As responsabilidades expressas na Provisão Matemática de Vida correspondem ao valor actual dos benefícios futuros a pagar, líquidos de despesas administrativas associadas directamente aos contratos, deduzidos dos prémios teóricos que seriam necessários para cumprir com os benefícios estabelecidos e as respectivas despesas. As responsabilidades são determinadas com base em pressupostos de mortalidade, despesas de gestão ou de investimento à data da avaliação. Relativamente aos contratos cujo período de pagamento é significativamente mais reduzido do que o período do benefício, os prémios são diferidos e reconhecidos em resultados proporcionalmente ao período de duração da cobertura do risco. • Contratos de Seguro Ramo Não Vida No que respeita aos contratos de curta duração, nomeadamente contratos do ramo não vida, os prémios são registados no momento da sua emissão. O prémio é reconhecido como proveito adquirido numa base pro-rata durante o período de vigência do contrato. A provisão para prémios não adquiridos representa o montante dos prémios emitidos, deduzido dos custos associados, relativos aos riscos não decorridos. • Contratos de Investimento Os contratos vida em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro (“Unit linked”) foram classificados como contratos de investimento e contabilizados como instrumentos financeiros. Os passivos correspondem ao valor da unidade de participação, deduzido das comissões de gestão, comissões de resgate e quaisquer penalizações sendo classificados como passivos financeiros ao justo valor através de resultados. O justo valor dos passivos depende do justo valor dos activos financeiros que integram o fundo de investimento colectivo “Unit linked”. São utilizadas técnicas de valorização para determinar o justo valor à data de emissão e em cada data de balanço. O justo valor do passivo financeiro é determinado através das unidades de participação, que reflectem o justo valor dos activos que integram cada fundo de investimento, multiplicado pelo número de unidades de participação atribuíveis a cada tomador de seguro à data de balanço. A Companhia detém um produto puro de capitalização sem transferência de risco e sem participação discricionária nos resultados que foi reclassificado para contrato de investimento o. Reconhecimento de Ganhos e Perdas em Contratos de Seguros Os prémios e comissões de contratos de seguro são reconhecidos quando emitidos, o que se verifica igualmente nos prémios e comissões de resseguro cedido. Através da Provisão para Prémios não adquiridos, o critério de reconhecimento inicial é ajustado, de forma a que o mesmo se reflicta ao longo do período de risco dos contratos. Os custos com os sinistros do seguro directo e de resseguro cedido são reconhecidos, em resultados, na data de ocorrência dos sinistros, do apuramento das provisões e da liquidação financeira dos sinistros ou emissão dos reembolsos. p. Imputação de Gastos por Funções e Segmentos A Companhia procede à imputação de gastos por funções (aquisição, administrativa, investimentos e de sinistros) e segmentos (Vida, Não Vida e Não Técnicos) através de uma matriz com chaves de repartição dos custos em função dos trabalhadores em cada área, rácios financeiros, indicadores económicos de modo a reflectir uma distribuição real dos custos entre os vários segmentos. | 57 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas q. Operações em Moeda Estrangeira Em conformidade com a IAS 21, à data da preparação das Demonstrações Financeiras, os itens monetários em moeda estrangeira são transpostos pelo uso da taxa cambial de fecho, os itens não monetários que sejam mensurados em termos de custo histórico numa moeda estrangeira são transpostos pelo uso da taxa de câmbio à data da transacção e os itens não monetários que sejam mensurados pelo justo valor numa moeda estrangeira são transpostos pelo uso de taxas de câmbio à data em que o justo valor foi determinado. O apuramento das diferenças de câmbio resultantes da liquidação de itens monetários ou da transposição de itens monetários a taxas diferentes daquelas a que foram transpostos no reconhecimento inicial durante o período ou em demonstrações financeiras anteriores devem ser reconhecidos nos resultados do período em que estas ocorram. r. Comissões de Mediação A comissão de mediação é a remuneração atribuída ao mediador pela angariação de contratos de seguro. As comissões contratadas com agentes e angariadores são registadas como custos no momento da emissão dos respectivos recibos de prémio. Estas comissões são capitalizados e diferidas pelo período de vida dos contratos. 3.2. Natureza, impacto e justificação das alterações nas políticas contabilísticas Não se registaram alterações nas políticas contabilísticas. 3.3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) acolhidas pelas Normas nº 4/2007-R e nº20/2007, estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que a Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são sumarizadas nesta nota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Companhia e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na nota 3.1. Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Companhia poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Companhia e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. a. Provisões Técnicas As provisões técnicas correspondem às responsabilidades futuras decorrentes dos contratos e incluem: 1. Provisão matemática de contratos vida; 2. Provisão matemática de Acidentes de Trabalho; 3. Provisão para sinistros dos ramos Não Vida; 4. Provisão para sinistros ocorridos e não reportados (IBNR); 5. Provisão para despesas de regularização de sinistros; 6. Provisão para participação nos resultados Vida; 7. Provisão para prémios não adquiridos; 8. Provisão para riscos em curso; 9. Provisão para desvios de sinistralidade. As provisões são revistas periodicamente por actuários qualificados. As provisões para sinistros não representam um cálculo exacto do valor da responsabilidade, mas sim uma estimativa resultante da aplicação de técnicas de avaliação actuariais. Estas provisões estimadas correspondem à expectativa da Companhia de qual será o custo último de regularização dos sinistros, baseado numa avaliação de factos e circunstâncias conhecidas nessa data, numa revisão dos padrões históricos de regularização, numa estimativa das tendências em termos de frequência da sinistralidade, teorias sobre responsabilidade e outros factores. Variáveis na determinação da estimativa das provisões podem ser afectadas por eventos internos e/ou externos nomeadamente alterações nos processos de gestão de sinistros, inflação e alterações legais. Muitos destes eventos não são directamente quantificáveis, particularmente numa base prospectiva. a.1) Provisão Matemática de Contratos Vida As provisões matemáticas do Ramo Vida foram calculadas contrato a contrato segundo o método actuarial prospectivo, tendo em conta, quer as prestações garantidas, quer as participações nos resultados já distribuídos. Nas modalidades “Universal Life” as provisões matemáticas referentes à poupança, foram calculadas apólice a apólice, através da capitalização diária dos movimentos de cada Conta Poupança, tendo em conta, quer o juro técnico, quer a participação nos resultados. Seguros em caso de morte Seguros em caso de vida Rendas Vitalícias Outros Tabela de Mortalidade AF, PM 60/64, (70 a 100%) GKM 80 Taxa de Juro Técnico 2.75%, 3.5%, 4.0% PF 60/64, TV 73/77, GRM/GRF 95 2.75%, 4.0%, 6.0% RF, PF 60/64, GKF 80, GRM/GRF 95 2.75%, 3.0%, 3.25%, 3.5%, 4.0%, 70% taxa euribor a 12 meses, taxa anunciada anualmente com mínimo de 1% O cálculo foi efectuado em conformidade com as bases técnicas, legislação e Normas do ISP em vigor. As provisões matemáticas do ramo vida são calculadas com os pressupostos actuariais definidos por modalidade de seguro, que resumimos no quadro seguinte: a.2) Provisão Matemática de Acidentes de Trabalho A provisão matemática do ramo de Acidentes de Trabalho regista as responsabilidades da Companhia com sinistros que envolvam pagamento de pensões ou remições, já decididas pelo Tribunal do Trabalho ou com acordo de conciliação já realizado, e também a estimativa das responsabilidades por pensões relativas a incapacidades permanentes, por sinistros já ocorridos mas que se encontrem pendentes de acordo final. Esta provisão tem como objectivo igualmente fazer face às responsabilidades por pensões relativas a potenciais incapacidades de sinistrados e é calculada de acordo com: (i) Para os casos de remição obrigatória, nos termos do nº1 do artigo 56º do Decreto-Lei nº 143/99 Tabua de Mortalidade: TD 88/90 Taxa de Juro: 5.25% Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 58 | Taxa de Gestão: 0% (ii) Restantes casos: Tabua de Mortalidade: GRM/F (95) Taxa de Juro: 3% Taxa de Gestão: 4% A responsabilidade relativa ao incremento anual de pensões vitalícias, por efeito da inflação, pertence ao FAT- Fundo de Acidentes de Trabalho, fundo que é gerido pelo ISP cujas receitas são constituídas pelas contribuições efectuadas pelas companhias seguradoras e pelos próprios tomadores de seguro do ramo Acidentes de Trabalho. A Companhia efectua o pagamento integral das pensões, sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT. Para fazer face às contribuições anuais futuras para o FAT relativamente aos beneficiários actuais, a Liberty Seguros, S.A. constituiu uma provisão que corresponde a cerca de 11,3% do total das Provisões Matemáticas. A Liberty Seguros calcula uma provisão IBNR de provisões matemáticas, estimando o número de sinistros ocorridos e ainda não participados de incapacidades permanentes e mortes, bem como o seu custo médio. A provisão IBNR é obtida multiplicando o número de sinistros IBNR esperados pelo custo médio. a.3) Provisões Técnicas de Vida, Acidentes e Doença As provisões técnicas relativas aos produtos vida tradicionais, rendas e acidentes e doença foram determinadas tendo por base vários pressupostos nomeadamente mortalidade, longevidade e taxa de juro, aplicáveis a cada uma das coberturas incluindo uma margem de risco e incerteza. Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência passada da Companhia e do mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for determinado que a experiência futura venha a confirmar a sua desadequação. R&C’09 | Liberty Seguros a.4) Provisão para Sinistros dos Restantes Ramos Não Vida As provisões para sinistros dos ramos Não Vida são calculadas pelo método “Chain Ladder” aplicado aos montantes pagos ou ao custo total, consoante seja mais adaptado a cada ramo. Para o ramo Automóvel os sinistros são segregados em grupos homogéneos (RC materiais, RC corporais não contenciosos e inferiores a 100.000 Euros, RC corporais superiores a 100.000 Euros, RC corporais contenciosos, danos próprios, ocupantes, protecção jurídica). Para cada um destes grupos é determinada a melhor estimativa – “best estimate”. Tratamento similar é feito para Acidentes de Trabalho, onde a Liberty Seguros separa Despesas Médicas sem Assistência Vitalícia, Salários por Incapacidade Temporária, outras indemnizações de sinistros e assistência vitalícia. No caso particular da provisão para indemnizações de Assistência Vitalícia no âmbito do Seguro de Acidentes de Trabalho, a Liberty Seguros calcula: (i) Para cada caso conhecido, o valor actual dos custos médicos futuros considerando a inflação médica de 4%; (ii) Uma provisão IBNR de Assistência Vitalícia considerando o número de casos esperados multiplicados pelo custo médio. Adicionalmente, a Companhia calcula: a.4.1 Provisão para IBNR É estimada mensalmente, em função da realidade da gestão de sinistros e da evolução da carteira da Companhia. Relativamente aos sinistros ocorridos em 2009 para toda a área Não Vida, a provisão IBNR em 31 de Dezembro de 2009 corresponde a 6,5% dos custos com sinistros do ano. O total da provisão para IBNR no balanço da Liberty Seguros representa 15% dos prémios Não Vida adquiridos em 2009. Relativamente ao evento específico das tempestades do final do ano, a Liberty Seguros estimou um custo de 2,5 milhões de Euros, que constituiu em provisão. Analisando o custo em Março de 2010 concluímos que este valor foi ajustado uma vez que a avaliação em Março de 2010 aponta exactamente para um custo de cerca de 2,5 milhões de Euros. a.4.2 Provisão para Despesas Futuras com Gestão de Sinistros A Liberty Seguros calcula esta provisão tendo em conta a longevidade de gestão de cada tipo de sinistro e todos os custos associados a essa gestão, incluindo custos de pessoal, espaço físico, informática, telecomunicações, água, electricidade, contabilização, avaliação, imaginando um cenário de run-off da carteira de sinistros. A provisão para despesas futuras com gestão de sinistros ocorridos até 31 de Dezembro de 2009 para toda a área Não Vida corresponde a 1% dos custos com sinistros do ano. O total da provisão para despesas futuras de gestão no balanço da Liberty Seguros representa 3,7% dos prémios Não Vida adquiridos em 2009. Face à sua natureza, a determinação das provisões para sinistros e outros passivos por contratos de seguros apresenta um nível de subjectividade. Contudo, a Companhia considera que os passivos determinados com base nas metodologias definidas reflectem de forma adequada a melhor estimativa das responsabilidades a que se encontra obrigada. b. Imparidade dos Activos Financeiros Disponíveis para Venda A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a Companhia avalia os | 59 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas factores referidos na nota 3.1.b.7. Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderão resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Companhia. Adicionalmente, poderão vir a verificar-se valores diferentes dos registados contabilisticamente decorrentes da metodologia aplicada. c. Pensões e outros Benefícios a Empregados A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados. Os pressupostos e metodologia de cálculo das responsabilidades com pensões e outros benefícios a empregados encontram-se divulgados na nota 23. d. Impostos sobre os Lucros A determinação dos impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício. De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Companhia durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Companhia, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras. 4. Natureza e extensão das rubricas e dos riscos resultantes de contratos de seguro e activos de resseguro 4.1. Informação referente a contratos de seguro a) Políticas contabilísticas adoptadas relativamente a contratos de seguro correspondentes a activos, passivos, rendimentos e custos ou gastos relacionados As políticas contabilísticas encontram-se descritas na nota 3.1 do anexo. b) Pressupostos utilizados na mensuração e metodologias de cálculo das estimativas 1. Sinistros pendentes de liquidação Os sinistros participados são valorizados casuisticamente, com base na informação obtida e na experiência passada com sinistros semelhantes. No caso de processos de sinistro de danos materiais do ramo Automóvel, existem sinistros independentes para o IDS Credor e o IDS Devedor. Os valores de reembolso, derivados de responsabilidades assumidas pela Companhia mas imputáveis a terceiros, apenas são contabilizados quando existe evidência concreta de que os montan- tes são recuperáveis. 2. Desvios de sinistros conhecidos e pendentes de liquidação (IBNER) e sinistros pendentes declaração (IBNR) Ver descrição incluída na nota 3.3 do Anexo. 3. Responsabilidades com assistência vitalícia Ver descrição incluída na nota 3.3 do Anexo. c) Metodologias de cálculo das estimativas dos montantes a atribuir aos tomadores de seguros e dos montantes efectivamente atribuídos como participação nos resultados Os critérios utilizados no cálculo da participação nos resultados, relativamente às modalidades que o prevêem, baseiam-se em contas de resultados técnicos e financeiros, elaborados por modalidade ou grupos de modalidades em conformidade com o estabelecido no Plano de Participação nos Resultados. O valor da participação nos resultados é estimado mensalmente em função da evolução dos resultados das diversas modalidades sendo o valor definitivo apurado no final de cada ano e creditado na provisão para participação nos resultados. Os critérios de distribuição de resultados respeitam o estabelecido nas condições dos contratos de seguro e Plano de Participação nos Resultados. d) Efeito de alterações nos pressupostos usados para mensurar activos e passivos por contrato de seguro A Companhia não considerou quaisquer alterações nos exercícios de 2008 e 2009 nas metodologias e pressupostos utilizados na mensuração das suas provisões técnicas. Relativamente aos activos não se efectuaram alterações de pressupostos. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 60 | e) Reconciliações dos passivos de contratos de seguro e dos activos de contratos de resseguro Os quadros seguintes reflectem a reconciliação das provisões técnicas (seguro directo, resseguro aceite e resseguro cedido) referente aos exercícios de 2009 e 2008: Provisões técnicas - Seguro Directo, 2009 Provisão para Prémios Não Adquiridos Provisão Matemática de Vida Provisão para Sinistros - Vida - Acidentes Trabalho - Outros Seguros Seguro Directo Resseguro Aceite Sub-total provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados Provisão para riscos em curso Provisão para desvios de sinistralidade Seguro Directo Resseguro Aceite Total Saldo inicial Variação Reclassificação Saldo 45 935 014 -740 972 0 45 194 042 256 181 291 -7 428 376 -3 113 412 245 639 503 7 937 891 88 887 092 130 342 564 130 240 550 102 014 227 167 547 5 223 838 903 703 118 593 -620 552 -620 536 -16 401 745 1 093 331 -27 926 0 0 0 0 -27 926 -6 720 8 813 668 89 005 685 129 722 012 129 620 014 101 998 227 541 365 6 310 449 5 832 469 3 072 111 1 344 334 411 356 0 0 7 176 803 3 483 467 3 067 030 5 081 543 412 270 411 356 0 -4 918 582 0 0 -3 148 058 3 478 386 5 081 535 345 630 Provisões técnicas - Seguro Directo, 2008 Provisão para Prémios Não Adquiridos Provisão Matemática de Vida Provisão para Sinistros - Vida - Acidentes Trabalho - Outros Seguros Seguro Directo Resseguro Aceite Sub-total provisão para sinistros Provisão para participação nos resultados Provisão para riscos em curso Provisão para desvios de sinistralidade Seguro Directo Resseguro Aceite Total Saldo inicial Variação Saldo final 45 907 612 274 168 111 27 402 -17 986 820 45 935 014 256 181 291 6 480 742 87 903 587 128 366 113 128 261 430 104 683 222 750 442 5 965 721 1 592 785 2 699 980 2 694 899 5 081 553 084 651 1 457 149 983 505 1 976 451 1 979 120 -2 669 4 417 105 -741 883 4 239 684 372 131 372 131 0 -9 672 381 7 937 891 88 887 092 130 342 564 130 240 550 102 014 227 167 547 5 223 838 5 832 469 3 072 111 3 067 030 5 081 543 412 270 Reconciliação do Seguro Directo e Resseguro Aceite Para efeitos de apresentação de contas foram reclassificadas, em 2009, as responsabilidades com pensões de reforma financiadas por apólices (ver nota 23) para a rubrica de passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios a longo prazo. Reconciliação do Resseguro Cedido Provisões técnicas Saldo inicial - Resseguro Cedido, 2009 Provisão para Prémios Não 31 785 Adquiridos Provisão Matemática de Vida 0 Provisão para Sinistros - Vida 121 000 - Acidentes Trabalho 3 033 357 - Outros Seguros 2 669 565 Sub-total provisão para sinistros 5 823 922 Total 5 855 707 R&C’09 | Liberty Seguros Variação Saldo final 45 705 77 490 0 0 514 857 -71 366 -537 848 -94 357 -48 652 635 857 2 961 991 2 131 717 5 729 565 5 807 056 Provisões técnicas Saldo inicial - Resseguro Cedido, 2008 Provisão para Prémios Não 159 243 Adquiridos Provisão Matemática de Vida 0 Provisão para Sinistros - Vida 54 010 - Acidentes Trabalho 3 155 727 - Outros Seguros 2 814 836 Sub-total provisão para sinistros 6 024 573 Total 6 183 816 Variação Saldo final -127 458 31 785 0 0 66 990 -122 370 -145 271 -200 651 -328 109 121 000 3 033 357 2 669 565 5 823 922 5 855 707 | 61 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas i. Reajustamentos e discriminação dos custos com sinistros A informação referente aos reajustamentos de sinistros ocorridos em exercícios anteriores a 2009 encontra-se reflectida no Anexo 2 a estas Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas. Adicionalmente, no Anexo 3 é apresentada a discriminação dos custos com sinistros. Todos os movimentos decorrem da gestão corrente dos sinistros, não sendo significativos face ao montante de provisões constituídas. Apresenta-se de seguida a discriminação dos custos com sinistros, líquidos de resseguro, para 2009 e 2008: Reajustamentos e discriminação dos custos com sinistros Seguro Directo Montantes Pagos Custos imputados à função de sinistros Variação da provisão para sinistros Sub-total Resseguro Cedido Montantes Pagos Variação da provisão para sinistros Sub-total Total 2009 2008 136 209 774 5 913 577 -1 299 764 140 823 588 141 296 731 6 284 380 8 697 709 156 278 820 -679 166 94 357 -584 809 140 238 779 -1 200 188 200 650 -999 538 155 279 282 ii. Movimentos efectuados na provisão para participação nos resultados Apresentamos de seguida os movimentos ocorridos no exercício: Movimentos efectuados na provisão para participação nos resultados Provisão para Participação nos Resultados atribuida no inicio do exercicio Resultados Distribuidos sem PR em 31.12 Resultados Distribuidos em 31.12 Participação nops Resultados Atribuida Provisão para Participação nos Resultados atribuida no fim do exercicio Provisão para Participação nos Resultados a Atribuir do exercício Provisão para Participação nos Resultados no fim do exercício Reclassificação para Passivos por Benefícios Pós-Emprego e outros Benefícios de Longo Prazo Saldo Final 2009 2008 5 223 838 5 965 721 -519 352 -523 129 -1 192 273 607 037 -1 006 418 787 665 4 119 250 5 223 838 2 197 919 0 6 317 169 5 223 838 -6 720 0 6 310 449 5 223 838 4.2. Informação referente à natureza e a extensão dos riscos específicos de seguros a) Objectivos, políticas e processos de gestão dos riscos resultantes de contratos de seguro e os métodos usados para gerir esses riscos O risco inerente a cada contrato de seguro é a possibilidade do evento seguro ocorrer e a incerteza subjacente ao montante da indemnização a pagar (risco de seguro). Desta forma, o principal risco que uma seguradora enfrenta corresponde à insuficiência dos passivos constituídos para fazer face às indemnizações. Factores de risco: a. Frequência e severidade dos sinistros A frequência e severidade dos sinistros reais face aos sinistros estimados pode ser um factor comprometedor da estabilidade de uma seguradora. Os eventos seguros são aleatórios e o seu nível varia de ano para ano face aos níveis estimados (utilizando técnicas estatísticas). Formas de mitigar este risco: > Política de “Subscrição” Segmento Não Vida A Liberty Seguros tem políticas de subscrição para todos os produtos. Essas políticas enumeram, para além dos riscos excluídos, riscos de aceitação condicionada, de aceitação normal e riscos alvos, as condições de aceitação dos melhores riscos e os limites de aceitação de riscos não alvo, bem como o nível geral de descontos comerciais. Mensalmente é feito o acompanhamento dos negócios vendidos, por segmento de risco e por responsável comercial. Esse acompanhamento permite analisar os segmentos vendidos e o nível de desconto. Trimestralmente são efectuados perfis de carteira para os principais ramos (automóvel, acidentes de trabalho, habitação, comércio, indústria, acidentes pessoais e condomínio) onde constam prémios adquiridos, exposições ao risco, prémios médios, nº esperado de sinistros, frequência, custo médio dos sinistros, taxa de sinistralidade, para uma bateria de variáveis; > Política de “Subscrição” Segmento Vida No âmbito dos seguros vida risco, e para as garantias de subscrição mais frequente (Morte e Invalidez) existem grelhas de formalidades médicas para seguros com credor hipotecário e seguros sem credor hipotecário. No primeiro caso, a subscrição é um pouco mais flexível já que o risco de anti-selecção é menor. Estas grelhas, que são alvo de discussão e revisão periódica em sintonia com os nossos resseguradores, estão estruturadas em duas dimensões (escalão etário e escalão de capital seguro) e são mais Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 62 | > > > > R&C’09 | Liberty Seguros exigentes consoante se avança na idade e no capital. Para algumas coberturas complementares mais específicas onde a nossa carteira é reduzida e/ou onde a nossa experiência ainda não é tão significativa (exemplos: Diagnóstico de Doenças Graves, Enfarte Agudo do Miocárdio), existem ainda grelhas de formalidades médicas adicionais específicas exigíveis quando a sua subscrição é pretendida. Tarifação Segmento Não Vida As tarifas da Liberty Seguros são selectivas, no sentido em que têm bons preços para os segmentos de menor risco e preços normalmente acima do mercado para os piores riscos. Tanto as tarifas como as normas de subscrição são aprovadas em conjunto pelo Director Técnico, pelo Director Comercial e pelo Director de Actuariado; Tarifação Segmento Vida No âmbito da cobertura Morte, têm-se utilizado tábuas de mortalidade consideradas adequadas pelos Serviços de Actuariado. No âmbito das coberturas complementares, quando não existem estatísticas internas ou nacionais, é habitual recorrer-se aos serviços dos resseguradores e à sua experiência e estatísticas sobre a matéria. Existe alguma flexibilidade do ponto de vista comercial, com ajustamento aos nível do comissionamento (e encargos de subscrição), em função da opção do Agente e/ou Canal de Distribuição, o que pode ter alguma influência no preço dos respectivos contratos. Incentivos Comerciais Segmento Não Vida e Vida Os incentivos comerciais estão fortemente ligados à rentabilidade da carteira do agente, factor que contribui para a constituição de carteiras saudáveis. > Tratados de Resseguro Não Vida A Liberty Seguros tem tratados não proporcionais de excedente de sinistros (XL) e de excedente de sinistro para catástrofes (CAT XL). Em Multirriscos a capacidade máxima do tratado XL são 10 milhões de Euros e a protecção em caso de catástrofe são 210 milhões de Euros. > Tratados de Resseguro Vida Os tipos de tratado de resseguro normais utilizados são não proporcionais, com um pleno de retenção, por parte da Liberty, de 100.000 Euros por pessoa segura. Isto no âmbito das garantias de subscrição mais frequente, nomeadamente Morte, Invalidez,… Este pleno assumido pela Liberty tem crescido gradualmente à medida que a respectiva carteira tem aumentado. Nalgumas coberturas complementares de subscrição menos frequente e onde a nossa experiência é mais reduzida, nomeadamente, Diagnóstico de Doenças Graves e Enfarte Agudo do Miocárdio, a politica de resseguro é mais prudente, sendo o pleno de retenção por parte da Liberty de apenas 12.500 Euros. Em termos complementares, e para prevenir ainda riscos / acidentes catastróficos, existe um tratado de resseguro específico para o efeito. Actua no “espaço” dos nossos plenos de retenção, até um máximo de 4.000.000 Euros, e desde que ocorram pelo menos 3 sinistros no âmbito de um mesmo evento. > Gestão de Sinistros Segmento Não Vida A gestão de sinistros é centralizada, com equipas especializadas em cada ramo e em prevenção e detecção de fraude. A revisão dos processos obedece a normas específicas de forma que cada processo não fica mais de 45 dias sem ser revisto. > Gestão de Sinistros Segmento Vida A gestão dos sinistros Vida Risco é assegurada por colaboradores especializados e experientes na matéria. Para além disso, no âmbito da gestão do processo, o mesmo é sempre analisado e aprovado por superior hierárquico com competência para a respectiva decisão. A própria emissão das respectivas ordens de pagamento está sempre sujeita à dupla validação / “assinatura informática”, nomeadamente, de quem cria / gere o processo e de quem autoriza a sua liquidação. Existe ainda um controle de qualidade trimestral (por amostragem), que verifica a adequação da liquidação dos processos, nas suas várias vertentes, nomeadamente, garantias subscritas, capital seguro, parecer clínico, sinistro coberto, prazo de liquidação. > Política de Solvência A Companhia monitoriza a solvência numa óptica mensal. O cálculo da margem de solvência é realizado de acordo com a Norma Regulamentar nº 6/2007-R de 27 de Abril e a Norma Regulamentar 12/2008-R de 30 de Outubro do Instituto de Seguros de Portugal, sendo baseada em informação financeira estatutária. A informação financeira estatutária é preparada de acordo com as regras estabelecidas pelo regulador, as quais diferem das normas IFRS. | 63 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas À data de 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a margem de solvência tinha as seguintes componentes: Capital Reservas Resultados Transitados Resultados Líquidos 2009 2008 24 348 751 23 466 696 34 669 393 9 111 331 24 348 751 -3 899 173 32 073 855 5 947 904 91 596 170 -839 577 0 58 471 336 -1 287 795 14 672 438 Distribuição de resultados do exercício Total Situação Líquida (I) Activos Intangíveis Empréstimos subordinados sem prazo fixo Ajuste Pensões Reforma e obrigações Lucros Futuros Vida Total (2) Margem de Solvência Disponível (1) + (2) Margem de Solvência Exigida Excesso / Insuficiência Rácia Solvência 0 1 287 675 448 098 92 044 268 39 489 727 52 554 541 233% 1 297 297 14 681 940 73 153 276 39 828 534 33 324 742 184% Durante o ano de 2008, dado o impacto da crise nos mercados financeiros que se traduziu por menos - valias potenciais avultadas nos activos financeiros valorizadas de acordo com o Mark-to-Model, a Liberty Seguros para fazer face ao decréscimo dos elementos constitutivos da Margem de Solvência, subscreveu um empréstimo subordinado junto do accionista no montante de 14.672.438 Euros. Houve durante o ano de 2009 uma melhoria dos mercados financeiros que permitiu à Liberty Seguros efectuar o pagamento do empréstimo subordinado e melhoria do seu rácio de solvabilidade. b. Fontes de incerteza na criação de Provisões A criação de provisões para sinistros é um processo que envolve alguma incerteza. A Liberty Seguros calcula mensalmente, através de métodos estatísticos, os montantes de provisão para sinistros ocorridos mas ainda não participados, a provisão para excesso/ deficiência das reservas casuísticas, a provisão para gastos futuros de gestão de sinistros e a provisão para fazer face às responsabilidades futuras com o FAT. Trimestralmente são feitas avaliações actuariais completas e devidamente segmentadas por ramo e por tipo de sinistro dentro de cada ramo. Desta forma as provisões contabilizadas vão acompanhando a evolução da carteira e a evolução dos sinistros. A realização mensal destas análises permite identificar rapidamente situações anormais. Segundo o relatório do Actuário Responsável a Liberty Seguros tem provisões adequadas e robustas. No Ramo Vida a criação da provisão para sinistros é calculada por apólice e corresponde ao valor do capital a pagar em caso de sinistro, vencimento ou resgate, pelo que não existe incerteza associada a esta provisão. A provisão para sinistros vida ocorridos mas ainda não participados é um processo que, à semelhança dos ramos não vida, envolve alguma incerteza. A Liberty Seguros calcula anualmente esta provisão através de métodos estatísticos e acompanha mensalmente a sua adequação. Os pressupostos utilizados pela Companhia encontram-se descritos na nota 3.3. d. Impactos decorrentes de alterações regulamentares A principal alteração regulamentar que o mercado português enfrenta é a nova tabela de indemnizações em danos corporais automóvel. A Companhia assim como o restante mercado segurador, ainda não conseguiu estimar completamente o seu impacto. b) Análises de sensibilidade efectuadas, concentrações de risco e sinistros efectivos b.1.Concentrações de Risco Concentração do risco no Ramo Não Vida A Liberty Seguros apresenta em 2009 a seguinte concentração de provisões para sinistros por ramo: � Provisões para Sinistros 2009 1% 1% 2% 1% 4% 50% 41% Auto Acidentes de Trabalho Incêndio e Outros danos em coisas Acidentes Pessoais Transportes Responsabilidade Civil Geral Outros Conforme apresentado pelo gráfico, 91% das provisões para sinistros encontram-se concentradas nos ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho. c. Alteração de pressupostos no cálculo de provisões Os ajustamentos de pressupostos, que são normais nas técnicas actuariais, sempre com o objectivo de melhorar a estimativa para cada segmento, não têm afectado os montantes globais de provisionamento, pelo que estes se têm mantido estáveis. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 64 | O quadro abaixo apresentado reflecte os desvios nas estimativas feitas em Janeiro de 2009 para este exercício, comparadas com o real de Dezembro de 2009, em termos de Frequência, Custo Médio e Prémio de Risco (Frequência x Custo Médio) para os principais ramos: Frequência Custo Médio Frequência x (Dez2009/Jan2009) (Dez2009/Jan2009) Custo Médio Automóvel Responsabilidade Civil Material Responsabilidade Civil Corporal Danos Próprios Acidentes de Trabalho Despesas Médicas Incapacidades Temporárias Incapacidades Permanentes Parciais < 30% Incapacidades Permanentes Parciais >= 30% Incapacidades Permanentes Absolutas para o Trabalho Habitual Morte Assistências Vitalícias 1.012 0.98 1.008 1.01 0.9 1.05 1.022 0.882 1.058 0.95 0.95 0.967 0.92 0.95 0.96 0.97 0.97 0.903 0.912 0.938 0.892 0.77 0.97 0.747 0.91 1 0.97 1 0.883 1 De acordo com os resultados apurados, registou-se um aumento da frequência e do custo médio de sinistros materiais automóvel, compensado por uma redução na frequência e no custo médio dos sinistros corporais. Em Acidentes de Trabalho registou-se uma redução clara tanto da frequência como do custo médio. O programa de resseguro da Liberty Seguros é analisado anualmente por corretores de resseguro e é colocado na Liberty Mutual. Em Portugal, a Liberty Seguros gere o negócio da Liberty Seguros e da Génesis, as análises de resseguro são efectuadas em conjunto, o que não afecta as conclusões individuais, uma vez que a dispersão geográfica é muito semelhante para as duas companhias. Apesar de não apresentar um peso significativo nas provisões da Companhia, o ramo Incêndio e Outros Danos, tem uma cobertura opcional, que envolve um dos maiores riscos que o mercado segurador português enfrenta, nomeadamente os tremores de terra. A exposição ao risco de tremores de terra é normalmente analisada em termos da sua dispersão pelo país (tanto em número de riscos, como em capitais seguros), já que o risco de ocorrência de um evento desta natureza tem maior probabilidade em certas zonas, como Lisboa e Algarve. O seguinte mapa mostra a exposição da Liberty Seguros a Fenómenos Sísmicos tendo por base os capitais seguros: Sums Insured (eur) < 7.500.000 7.5 mio - 17.5 mio 17.500 mio - 33 mio 33 mio - 56 mio 56 mio - 100 mio > 100 mio R&C’09 | Liberty Seguros | 65 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Concentração do risco no Ramo Vida No que respeita ao ramo vida, a concentração dos riscos da Companhia encontra-se reflectida, por modalidade, como a seguir se apresenta: Individual Rendas Vida Inteira Capitais Diferidos Mistos Temporários Universal Life PPR, PPR/E Outros Complementares Grupo Rendas Capitais Diferidos TAR Complementares Saldo Reclassificação para Passivos por Benefícios Pós-Emprego e outros Benefícios de Longo Prazo Saldo Final 2009 2008 240.958.609 1.494.824 42.093 678.859 6.854.583 1.316.581 145.134.507 85.078.031 360 358.772 7.794.306 2.512.832 3.422.347 1.857.337 1.790 248.752.915 244.879.661 1.643.104 42.884 786.003 7.329.344 1.359.721 147.929.613 85.432.551 334 356.107 11.301.630 2.724.766 7.570.569 1.004.466 1.828 256.181.291 -3.113.412 0 245.639.503 256.181.291 De acordo com os dados apresentados, a carteira de Vida encontra-se concentrada a nível dos produtos de capitalização. b.2. Análises de Sensibilidade A Companhia procedeu a análises de sensibilidade para o Ramo Vida e Não Vida. Análise de Sensibilidade do Ramo Vida O quadro seguinte apresenta a análise de sensibilidade efectuada ao valor actual dos lucros futuros de Vida. Representa o impacto de diversos factores de risco (mortalidade, despesas, resgates totais, anulações e taxas de juro) sobre o cenário base. (milhões de Euros) Aumento da Taxa de Rendimento da Carteira Vida (+0,5 p.p.) Redução da Taxa de Rendimento da Carteira Vida (-0,5 p.p.) Crescimento de 10% em Despesas (sem comissões) Crescimento de 10% na taxa de mortalidade Crescimento de 10% em resgates totais e anulações Decréscimo de 10% em resgates totais e anulações 2009 6,2 -6,6 -2,0 -1,4 -0,5 0,7 O cenário base foi calculado para um conjunto de produtos que detêm 91% das provisões matemáticas vida em 2009. Neste cenário as hipóteses de cálculo para a mortalidade, taxas de resgate, anulações e crescimento de despesas foram as seguintes: Mortalidade: 60% da tabela GKM 80 para as modalidades de seguro em caso de morte; 50% da tabela GKM 80 para os restantes produtos modelados. Taxas de resgate e anulação: Experiência de cada produto Crescimento de despesas: 2.5% Análise de Sensibilidade do Ramo Não Vida Para os Ramos Não Vida, os riscos que podem fazer com que os custos reais dos sinistros sejam diferentes das melhores estimativas actuariais são: (i) Variações no custo dos sinistros, decorrentes de alterações de legislação ou de qualquer outro motivo; (ii) Variação nas taxas de inflação médica; (iii)Variação nas taxas de desconto das provisões matemáticas e provisões para assistência vitalícia do ramo de Acidentes de Trabalho. Automóvel Acidentes de Trabalho Outros Ramos Impacto em Impacto em Impacto em Impacto em Impacto em Impacto em Provisões Sinistros Provisões Sinistros Provisões Sinistros Sinistros de 2009 Sinistros de 2009 Sinistros de 2009 Balanço Balanço Balanço Custo médio +10% 10 514 406 4 174 888 11 340 922 1 117 002 1 316 645 537 374 Custo médio -10% -9 123 263 -3 699 733 -10 788 249 -1 092 355 -1 204 461 -519 163 Inflacção Médica +1pp 0 0 7 301 643 321 528 0 0 Inflacção Médica -1pp 0 0 -5 841 315 -257 222 0 0 Taxa de Desconto +1pp 0 0 -8 206 542 -795 692 0 0 Taxa de Desconto -1pp 0 0 11 190 739 1 085 035 0 0 Pressupostos Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 66 | 4.3. Risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional Risco de Mercado Risco de movimentos adversos no valor de activos da empresa de seguros, relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das taxas de juro, dos mercados imobiliários e do risco de spread. O risco de mercado inclui ainda os riscos associados ao uso de instrumentos financeiros com derivados incorporados e produtos estruturados com características idênticas aos derivados. Instrumentos Financeiros Activos disponíveis para venda Títulos de Rendimento Variável Títulos de Rendimento Fixo Activos Financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Títulos de Rendimento Fixo Fundos Total No âmbito da gestão do risco de mercado deve também ser tido em consideração o risco de mismatching entre activos e responsabilidades. A gestão do risco de mercado na Liberty Seguros está essencialmente integrada no âmbito da política de gestão de investimentos em vigor, a qual contempla os seguintes objectivos: • Maximizar o retorno da carteira de investimentos, cumprindo com as restrições emanadas pela entidade supervisora e as estruturas de maturidade que reflictam o comportamento organizacional da Companhia; • Optimizar a relação risco / rentabilidade ajustada após os efeitos fiscais, de modo a obter um crescimento no longo prazo dos rendimentos e lucros e a reforçar a posição competitiva da Companhia, os ratings financeiros e o potencial de crescimento. O quadro seguinte mostra a distribuição dos activos financeiros afectos a contratos de seguro e a contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilístico como contratos de investimento: 31 Dez. 2009 Vida Unit-Linked Não Vida 309 955 366 0 289 855 255 22 500 0 0 309 932 866 0 289 855 225 Total 599 810 591 22 500 599 788 091 31 Dez. 2008 Vida Unit-Linked Não Vida 292 586 706 0 288 957 793 22 500 0 0 292 564 206 0 288 957 783 Total 581 544 499 22 500 581 521 999 0 16 343 709 0 16 343 709 0 19 205 474 0 19 205 474 0 0 309 955 366 14 726 062 1 617 647 16 343 709 0 0 289 855 225 14 726 062 1 617 647 616 154 300 0 0 292 586 706 17 649 781 1 555 683 19 205 474 0 0 288 957 793 17 649 781 1 555 683 600 749 973 A carteira de investimento afecta a 31 de Dezembro de 2009 é composta quase na sua totalidade por obrigações (99.73%), não tendo sofrido alterações face ao exercício anterior, onde esta natureza de títulos representava igualmente 99.74% da totalidade da carteira afecta. A Liberty Seguros à data de 31 de Dezembro de 2009 apresentava a seguinte estrutura de activos financeiros afectos a contratos de seguro e a contratos de seguro e operações consideradas para efeitos contabilísticos como contratos de investimento por sector de indústria: Em referência a 31 de Dezembro de 2008, a repartição era: � 2009 � 2008 Energia 4% Energia 4% Tecnologia e Comunicações 9% Diversos 2% Financeiro 28% Tecnologia e Comunicações 22% Financeiro 30% Utilidades 14% Utilidades 0% Diversos 2% Consumo Cíclico e Não Cíclico 6% Materiais Básicos 3% Industrial 4% Consumo Cíclico e Não Cíclico 7% Governo 30% Materiais Básicos 2% Industrial 3% Governo 30% Tecnologia e Comunicações Energia Financeiro Tecnologia e Comunicações Energia Financeiro Governo Industrial Materiais Básicos Governo Industrial Materiais Básicos Consumo Cíclico e Não Cíclico Utilidades Diversos Consumo Cíclico e Não Cíclico Utilidades Diversos R&C’09 | Liberty Seguros | 67 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Durante o exercício de 2009 e exercícios anteriores, as operações de compra e venda de títulos foram monitorizadas visando o menor impacto em resultados e a manutenção da política risco / rentabilidade. Como resultado desta estratégia, não se verificaram alterações muito significativas na estrutura sectorial, tendo-se verificada uma redução de dois pontos percentuais nos activos detidos dos sectores governamental e financeiro, os quais representam 58% do total em 2009 e 60% em 2008. O sector de Tecnologia e Comunicações sofreu uma redução de 13 pontos percentuais por incremento de activos, na mesma proporção, nos sectores de utilidades (14% do total). A distribuição do risco, por país emitente dos activos financeiros acima indicados, encontra-se em referência a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 repartida da seguinte forma: � 18% com base na política de gestão de investimentos em vigor na Companhia. A Liberty Seguros à data de 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 apresentava a seguinte estrutura de activos financeiros afectos a contratos de seguro e a contratos de seguro e operações consideradas para efeitos contabilísticos como contratos de investimento por sector risco de crédito, de acordo com ratings da Standard & Poor’s: 16% � 14% 40% 12% 35% 10% 30% 8% 25% 6% 4% 20% 2% 15% 0% BEL CAN DE ES FR GB IT 2009 2008 KY LU MX NL PT SN USA Vários < 2% Da análise por país emitente verifica-se que tal como o sucedido para o exercício de 2008, existe diversificação por país emitente, sendo o valor mais elevado de concentração 16% abaixo dos valores indicados na nossa política de investimentos. Todos os activos aqui espelhados são transaccionados em Euros, pelo que não existe exposição ao risco de taxa de câmbio. A análise da sensibilidade às taxas de juros utilizando a duração modificada, a qual mede a sensibilidade do valor de mercado da carteira a alterações da taxa de juro, é de 5.97% em 2009, o que significa que se pressupõem que se as taxas de juro aumentarem 1% que a carteira acima diminua o seu valor em 5.78%. Em 2008 a duração modificada era de 6.22%, o que significa que a Companhia se encontra menos exposta a variações na taxa de juro. O Value at Risk (VaR) é uma medida para análise do risco de mercado, que considera as variações históricas dos preços dos títulos e assumindo que estes terão a mesma distribuição durante o próximo ano, de forma a estimar o impacto do valor de mercado actual, num determinado horizonte temporal. Considerando um horizonte temporal de um ano e um nível de confiança de 99%, obtemos um VaR a 31 de Dezembro de 2009, para a carteira acima de 10.77%, o que significa que existe 1% de probabilidade de virmos a ter perdas na nossa carteira superiores a 10.77% do seu valor actual. A mesma análise em referência a 31 de Dezembro de 2008 apresenta um VaR de 13.28%. Verifica-se também neste indicador uma descida, o que representa uma redução da Companhia à exposição do risco de mercado. Risco de Crédito Risco de incumprimento ou de alteração na qualidade creditícia dos emitentes de valores mobiliários aos quais a empresa de seguros está exposta, bem como dos devedores, prestatários, mediadores, tomadores de seguro, co-seguradores e resseguradores que com ela se relacionam. a. Activos financeiros O risco de crédito dos activos financeiros é gerido essencialmente 10% 5% 0% AAA AA 2009 2008 A BBB BB C Sem UnitRating -linked O risco de crédito da carteira de activos da Liberty Seguros é adequadamente controlado, sendo que 25% da carteira é constituída por activos com a maior qualidade de crédito (AAA). Os activos com uma cotação igual ou superior a “A” representam 72% da carteira, comparativamente com 78% no exercício anterior. Os activos em carteira em 2009 com uma cotação de “BB” ou inferior, são considerados de alto risco visto apresentarem características mais especulativas, contudo o seu peso na carteira é insignificante sendo cerca de 3%, valor um pouco superior ao de 2008 que era de 0,4%. A carteira de activos em referência a 31 de Dezembro de 2009, manteve-se praticamente inalterável face a 31 de Dezembro de 2008, sendo que cerca de 94% dos activos transitaram do ano anterior e os activos adquiridos neste exercício, detêm ratings superior a “BB” (6%). As variações acima apresentadas são fundaLiberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 68 | mentalmente resultantes das descidas de rating por parte das agências de notação financeira. A Liberty Seguros, não verificou que estas descidas tivessem aumentado a sua exposição ao risco de crédito, uma vez que não se registou nenhuma situação de incumprimento, aquando do pagamento dos cupões e maturidades, por parte das entidades emitentes. b. Tomadores de seguro e mediadores A Liberty Seguros dispõe de controlos aplicacionais, de acordo com o regime de pagamento de prémios de seguro em vigor no exercício de 2009 e que lhe permitem mitigar o risco de crédito resultante da não liquidação dos prémios de seguro por parte dos tomadores de seguro. O impacto do risco de crédito proveniente de mediadores é minimizado pela Companhia, através de um conjunto de procedimentos de análise instituídos e de controlos aplicacionais implementados, nomeadamente, o bloqueio de acesso ao sistema de prestação de contas caso exista um incumprimento dos prazos de liquidação, assim como, o circuito automático de cancelamento de apólices. c. Resseguradores No que respeita ao risco de incumprimento de resseguro, a Companhia dispõe de uma lista de Resseguradoras préaprovadas pelo Grupo (em função do rating). O resseguro Vida da Liberty Seguros em referência ao exercício de 2009 e 2008 é distribuído por dois resseguradores, com os seguintes ratings: Relativamente ao resseguro Não Vida a Liberty Seguros, durante os exercícios de 2008 e 2009, distribuiu os riscos maioritariamente para o ressegurador do grupo, “Liberty Mutual Insurance Company” com um rating A (A.M.Best) e de A- (S&P) que se manteve inalterado face ao exercício anterior. No âmbito das coberturas de assistência automóvel existe um contrato de resseguro com o ACP Mobilidade que se integra no universo do Automóvel Club de Portugal. As restantes coberturas de assistência são garantidas pela Inter Partner Assistance, AIDE Asistencia Seguros y Reaseguros e Medis Companhia Portuguesa de Seguros, S.A.. Os negócios colocados em facultativo durante o exercício de 2009, assim como, os tratados de resseguro ainda vigentes de exercícios anteriores, envolvem os seguintes resseguradores: Risco de Liquidez 2009 2008 A.M. Best S&P A.M. Best S&P Liberty Mutual Insurance Europe Limited General Reinsurance Corporation General Reinsurance UK Limited Hannover Rueckversicherung AG Münchener Rück - (Münchener Rückversicherungs-Gesellschaft) New Reinsurance Company Partner Re Sa (France) Swiss Re - Swiss Reinsurance Company XL Winterthur International Re (Vitodurum Reinsurance Co) Syndicate 0623 Syndicate 1183 Syndicate 2623 Syndicate 4472 Syndicate 5000 XLRE Europe Limited A A- n.a. A- A++ A++ A AAA AAA AA- A++ A++ A AAA AAA AA- A+ AA- A+ AA- n.a. A+ AAn.a. n.a. n.a. AAn.a. A+ A A A+ n.a. BBB+ n.a. BBB+ A A A A A A A+ A+ A+ A+ A+ A- A A- Risco que advém da possibilidade da empresa de seguros não deter activos com liquidez suficiente para fazer face aos requisitos de fluxos monetários necessários ao cumprimento das obrigações para com os tomadores de seguros e outros credores à medida que eles se vencem. A Política de Gestão de Liquidez da Liberty Seguros abrange duas grandes áreas: Gestão de Tesouraria e Gestão de liquidez da carteira de Investimentos. Os mecanismos de controlo implementados para a Gestão de Tesouraria, têm uma periodicidade semanal e permitem identificar as necessidades ou excedentes de fundos para as semanas seguintes e em função disso, estabelecer os planos de acção necessários a cobrir as necessidades de tesouraria ou tomar decisões de investimento. A Gestão do Risco de Liquidez da carteira de Investimentos, baseiase na análise quantitativa e qualitativa do matching entre activos e passivos. Trimestralmente, são efectuadas projecções, para cada uma das carteiras do Ramo Vida e dos Ramos Não Vida, dos montantes de cupões, maturidades e prémios a receber, assim como, dos resgates, sinistros e maturidades a pagar. Apurados estes montantes, para cada um dos anos em análise é calculada a diferença entre activos e passivos. A análise destes resultados, permite identificar as situações que carecem de reestruturação da carteira ou de linhas de crédito adicional, para col2009 Kölnische Rükversicherungs-Gesellschaft AH RHA International Reassurance Company Limited R&C’09 | Liberty Seguros GenRe RGAInt A.M. Best A++ n.a. 2008 S&P AAA AA- A.M. Best A++ (Superior) n.a. S&P AAA AA- (Very Strong) | 69 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas matar necessidades de liquidez, sem se realizar valias negativas e tendo em conta a adequada cobertura das responsabilidades. Mensalmente, são monitorizados os montantes projectados com os montantes reais, identificando-se os desvios existentes, de forma a adequar as projecções futuras à realidade existente. Das análises periódicas de Assets Liability Management (ALM), fazem parte integrantes a análise de taxas de juros, duração modificada, sector de indústria, diversificação por tipo de título e ratings, as quais se encontram ligadas com os riscos de mercado e riscos de crédito, mencionados nos pontos anteriores. A Liberty Seguros durante o ano de 2009, monitorizou mensalmente, o conjunto de títulos que se encontravam a ser valorizados pelo método Mark-to-Model desde Novembro de 2008. Estes títulos eram transaccionados em mercados não activos, ilíquidos ou em situação de distress sale. Durante este exercício verificou-se uma diminuição gradual do número de títulos valorizados por este método, sendo que a Dezembro se descontinuou o critério valorimétrico Market-to-Model, em virtude da totalidade dos activos financeiros em carteira, em referência a 31 de Dezembro de 2009 se encontrarem a ser transaccionados em mercados activos e líquidos. Os critérios adoptados na aferição das condições de mercado em que os activos financeiros são transaccionados, assim 31 de Dezembro 2009 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda Vida Não Vida Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Unit-Linked Sub Total Outros Activos Vida Não Vida Sub Total Total 31 de Dezembro 2008 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda Vida Não Vida Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Unit-Linked Sub Total Outros Activos Vida Não Vida Sub Total Total < 1 ano como, a metodologia e pressupostos utilizados na determinação do justo valor do Market-toModel, encontram-se referidos na nota 6.11. Os resultados obtidos da análise de cash-flows futuros em referência a 31 de Dezembro de 2009, demonstram, em termos totais, a existência de coberturas positivas para as carteiras de Vida e carteiras de Não Vida. Os quadros seguintes apresentam em referência a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a segmentação dos activos financeiros e dos outros activos afectos a contratos de seguro e a contratos de seguro e operações consideradas para efeitos contabilísticos como contratos de investimento pela sua maturidade: > 15 anos 10 223 174 3 798 324 14 021 497 40 908 368 67 038 678 139 217 385 15 582 535 64 233 538 168 557 211 56 490 903 131 272 215 307 774 597 52 545 261 37 683 617 90 228 879 22 500 309 955 366 0 289 855 225 22 500 599 810 591 6 877 339 20 898 837 4 555 821 3 292 901 0 61 046 724 134 565 116 307 774 597 0 90 228 879 1 617 647 16 343 709 1 640 147 616 154 300 13 216 13 257 974 13 271 190 34 170 026 0 0 0 50 423 113 076 663 936 50 423 113 076 663 936 61 097 147 134 678 193 308 438 532 0 125 096 125 096 90 353 975 972 138 985 354 2 972 320 17 182 825 3 944 458 18 168 179 5 584 606 634 322 479 1 a 3 anos 3 a 5 anos Sem Maturidade 5 a 15 anos < 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos Sem Maturidade Total Total 414 294 16 502 805 16 917 100 19 481 678 66 465 332 146 111 278 60 091 624 16 384 779 49 214 693 158 580 940 48 274 576 35 866 457 115 680 024 304 692 218 108 366 200 22 500 292 586 706 0 288 957 793 22 500 581 544 499 2 428 694 19 345 794 8 398 662 3 451 827 3 370 607 0 44 265 119 119 131 852 308 062 825 108 366 200 1 555 683 19 205 474 1 578 183 600 749 973 272 115 29 070 638 29 342 754 48 688 548 0 0 0 0 25 012 75 404 821 394 130 715 25 012 75 404 821 394 130 715 44 290 131 119 207 255 308 884 219 108 496 915 1 599 989 1 872 105 5 549 906 35 673 068 7 149 895 37 545 173 8 728 078 638 295 146 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 70 | Comparando os exercícios verifica-se a implementação de uma política prudente de gestão de liquidez, onde se optou, face às condições de mercado, por diminuir os montantes investidos a longo prazo dando preferência a investimentos de curto prazo. Risco Operacional Risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. De acordo com a orientação técnica Circular nº 7/2009 divulgada pelo Instituto de Seguros de Portugal sobre o risco operacional, para esta componente devem-se analisar os seguintes aspectos: • Má conduta profissional intencional (Fraude Interna) • Actividades ilícitas efectuadas por terceiros (Fraude Externa) • Práticas relacionadas com recursos humanos e com a segurança no trabalho • Clientes, produtos e práticas comerciais • Eventos externos que causem danos nos activos físicos • Interrupção na actividade e falhas nos sistemas • Riscos relacionados com os processos de negócio. Relativamente à fraude interna, a Companhia apresenta algumas acções mitigadoras, tais como formação nas temáticas da fraude e código de conduta, assim como a existência de controlo de acessos físicos. Adicionalmente, no âmbito da gestão de sinistros, encontra-se em vigor uma ordem de serviço de regularização de sinistros, manuais de pagamento, bem como a definição de sistemas de plafonds. No que concerne à fraude externa, existem planos de formação sobre o tema, bem como norma de fraude, no âmbito dos sinistros. A Companhia apresenta uma Unidade Especial de Investigação, inserida na Direcção de Sinistros. A este respeito e como mencionado na nota 13 deste anexo, a nível de risco reputacional, a R&C’09 | Liberty Seguros Liberty Seguros, em Agosto de 2009, tomou conhecimento de factos lesivos praticados por um mediador de seguros ligado (e pessoas directamente envolvidas na actividade de mediação de seguros), que utilizou de forma abusiva e imprópria os poderes e documentos que a Companhia lhe conferiu para induzir clientes a confiarem-lhe as suas poupanças, e cujo destino desconhecemos. Perante esta situação, procedeu-se à imediata cessação do vínculo contratual com o mediador, a quem se retirou toda a documentação, e expediu-se cartas de aviso a todos os clientes potencialmente afectados ou que pudessem ser vítimas destes indivíduos, contra quem a Companhia já apresentou queixa junto das autoridades competentes. Para minimizar o risco de repetição destes factos e para prevenção do público em geral, procedeu-se à publicação de anúncios na imprensa alertando para a situação. Ao nível do risco de recursos humanos, a Liberty Seguros apresenta uma política de gestão de desempenho formalizada, planos de formação anuais, assim como normas que visam a conformidade com a legislação do trabalho. Em termos de práticas comerciais, nomeadamente o risco de branqueamento, a Companhia tem em vigor normas com procedimentos para a prevenção de branqueamento de capitais. De forma a mitigar o risco de ocorrência de desastres, a Liberty Seguros tem em vigor uma política de continuidade de negócio e um plano de recuperação de desastres, o qual é actualizado e testado numa base anual. Na vertente do risco de outsourcing, a Companhia tem contratos celebrados com os diversos prestadores de serviço, onde se encontram definidos níveis de serviço a cumprir e respectivas penalizações por incumprimento. Os contratos incluem cláusulas de confidencialidade. Durante o ano de 2009 e pelo facto de não se terem verificado alterações significativas ao nível dos procedimentos internos ou de reorganização ao nível das diferentes direcções, optou-se por manter a avaliação das matrizes de riscos efectuada no ano anterior tendo-se contudo procurado adaptar as novas orientações técnicas da entidade supervisora, assim como, definir níveis de tolerância para os diferentes riscos, analisados no âmbito da Gestão de Riscos, entre os quais se encontra o risco operacional. As matrizes de risco são analisadas pelo Comité de Gestão de Riscos e integram o relatório anual de “Ponto de Situação do Sistema de Gestão de Risco” que é produzido de acordo com o definido na Política de Gestão de Riscos da Liberty Seguros. 4.4. Quantia de perdas por imparidade reconhecida e revertida durante o período relativamente a activos de resseguro A provisão para créditos provenientes de Operações de Resseguro está influenciada pelo montante de 1.345.120 Euros de provisão constituída para fazer face à eventual não recuperação da quota-parte de um ressegurador, Suisse Ré, num processo de sinistro pendente de regularização. O saldo a receber que está na origem deste montante de provisão é mostrado, no Activo, na rubrica de Provisão para Sinistros de Resseguro Cedido. 4.5. Adequação dos prémios e das provisões Segmento Não Vida A adequação das provisões técnicas é verificada através da estimativa actuarial do custo final dos sinistros, comparando essa estimativa com as provisões de balanço da Companhia. As técnicas actuariais utilizadas foram baseadas nos modelos Chain Ladder, com as devidas separações dos sinistros em grupos homogéneos e incorporando as necessárias | 71 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas seguranças nos casos onde a volatilidade é superior. Considerando a metodologia utilizada para avaliação das suas estimativas, a Companhia considera as suas provisões adequadas e robustas. A adequação dos prémios dos ramos Não Vida é efectuada com base na conta de resultados do ano e pela projecção dos resultados futuros, considerando as anulações, as evoluções de frequência, custo médio e prémio médio em cada ramo e em cada garantia. Esta avaliação não considera o impacto imprevisível das acções dos competidores sobre os níveis globais de preços. Segmento Vida A adequação e suficiência de prémios e provisões do ramo vida é avaliada com base num modelo de embedded value que gera cash-flows e lucros futuros partindo da carteira existente no final de cada ano civil. Os pressupostos de cálculo baseiam-se na melhor estimativa tendo em conta a evolução da inflação e demais variáveis económicas, bem como a experiência de mortalidade, saídas de carteira por resgate e anulação nos diversos produtos. Da análise efectuada, concluímos que para o cenário base, que corresponde à nossa melhor estimativa, o valor actual dos lucros futuros é positivo. 4.6. Informação referente aos principais rácios sem dedução do resseguro cedido Segmento Não Vida O rácio de sinistralidade do ramo Automóvel sofreu um decréscimo em 2009 devido a uma diminuição do preço médio de seguro e incremento dos custos médios de gestão de sinistros, o que ajudou a que o rácio operacional ficasse positivo. No que respeita ao rácio de despesas, este apresenta uma diminuição global decorrente de custos incorridos no exercício e não recorrentes que houve no ano anterior, nomeadamente: custo com o complemento de reforma adicional (ver ponto 4 da nota 23); e o investimento em Marketing na Campanha do 5º Aniversário da Companhia. Não Vida Rácio de Sinistralidade SD + RA Rácio de Despesas Rácio de Combinado SD + RA Rácio Operacional Rácio de Cedência Rácio de Sinistralidade RC 64% 32% 95% 72% 7% 4% Não Vida Rácio de Sinistralidade SD + RA Rácio de Despesas Rácio de Combinado SD + RA Rácio Operacional Rácio de Cedência Rácio de Sinistralidade RC 64% 33% 97% 30% 6% 0% Segmento Vida 2009 2008 Não Acidentes Incêndio e Automóvel Vida e Doença Outros Danos Vencimentos 22% 0% 18% 0% Rácio de Resgates 94% 6% 135% 13% SinistraliSinistros 22% 0% 16% 2% dade SD Total 137% 6% 169% 14% Rácio Sinistralidade RC 112% 50% Rácio Sinistralidade 14% 8% RC vs SD Rácio Cedência 3% 3% Rácio Operacional 30% 7% -10% -4% O rácio de custos com sinistros do seguro directo em 2009 sofreu um decréscimo de 22 p.p. que se deve essencialmente à redução do ritmo de resgates em 2009 face ao ano anterior, permitindo que o rácio operacional passasse para positivo. O rácio de custos com sinistros resseguro cedido versus seguro directo é de 14% em 2009 e de 8% em 2008, sendo o rácio de sinistralidade do resseguro cedido de 112% em 2009 e 50% em 2008, resultante do aumento significativo de sinistros no ano de 2009. 2009 Acidentes e Incêndio e Doença Outros Danos 65% 60% 30% 36% 95% 96% 75% -59% 2% 17% 0% 2% 2008 Acidentes e Incêndio e Doença Outros Danos 66% 51% 38% 31% 104% 82% 17% 37% 2% 18% 0% 1% Automóvel 70% 32% 103% 34% 1% 49% Automóvel 72% 33% 104% -61% 1% 0% Outros 21% 25% 46% 22% 44% 0% Outros 22% 24% 46% 38% 39% 0% O rácio operacional apresenta-se negativo no ramo de Incêndio e Outros Danos em resultado do evento extraordinário ocorrido no final do ano com as tempestades no Oeste e que se reflectiram no reconhecimento de uma estimativa para as responsabilidades esperadas e que, para além do incremento da provisão para sinistros, conduziram também a um incremento significativo na Provisão para Riscos em Curso. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 72 | 4.7. Reembolsos e Salvados Os montantes recuperáveis, relativamente a prestações efectuadas pela ocorrência de sinistros, provenientes da aquisição de direitos ou da propriedade, encontram-se contabilizados sob as rubricas: 2009 Existências de Salvados Outros tomadores de Seguros - reembolsos de sinistros 2008 0 0 5 108 788 3 497 264 5 108 788 3 497 264 O montante contabilizado na rubrica de reembolsos resulta sempre da aceitação expressa e solvente de terceiros quanto ao reembolso considerado. Os reembolsos respeitam a: • Reembolsos IDS no montante de 4.245.284 Euros (2.973.496 Euros em 2008); • Outros reembolsos decorrentes de sinistros no montante de 863.504 Euros (523.768 Euros em 2008). A Companhia considera que não existe probabilidade de não recuperação dos montantes referentes a reembolsos IDS, pelo que nenhuma perda por imparidade foi registada nos termos da IAS 39. Relativamente aos outros reembolsos de sinistros, a Companhia efectuou uma análise de recuperabilidade, em consonância com o definido na política contabilística da alínea m da nota 3.1., tendo concluído pela inexistência de imparidade pelo que nenhuma perda foi reconhecida em resultados, de acordo com os critérios definidos na IAS supra citada. 5. Passivos por contratos de investimento De acordo com os requisitos da IFRS 4, os contratos de seguro emitidos pela Liberty Seguros que não expõem a seguradora a um risco de seguro significativo e que não têm participação nos R&C’09 | Liberty Seguros resultados discricionária, são classificados como contratos de Investimento. Os passivos financeiros correspondem ao valor líquido dos depósitos recebidos, acrescidos dos créditos dos rendimentos gerados pelos investimentos afectos aos contratos de investimento e deduzidos dos respectivos encargos de aquisição, gestão e cobrança e benefícios pagos. Os Passivos Financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento em 2009 e 2008 são analisados como se segue: Contratos de Investimento - Total Saldo no inicio do exercicio Depósitos recebidos Comissões Subscrição e Resgate Gestão Beneficios pagos Juros creditados Outros movimentos Saldo no fim do exercicio 2009 20 317 766 574 176 -124 911 -24 221 -100 690 -2 736 187 716 243 6 109 18 753 196 Contratos Ligados a Fundos de Investimento Saldo no inicio do exercicio Depósitos recebidos Comissões Subscrição e Resgate Gestão Beneficios pagos Juros creditados Outros movimentos Saldo no fim do exercicio 17 816 893 574 177 -118 926 -24 115 -94 811 -2 633 656 619 702 -186 16 258 002 Contratos de Investimento de Produtos com Taxa de Rendimento Fixa Saldo no inicio do exercicio Depósitos recebidos Comissões Subscrição e Resgate Gestão Beneficios pagos Juros creditados Outros movimentos Saldo no fim do exercicio 2009 2008 22 760 656 1 249 262 -164 903 -47 778 -117 125 -3 745 655 136 291 82 115 20 317 766 2008 20 202 428 1 249 262 -154 462 -46 139 -108 323 -3 590 567 43 020 67 212 17 816 893 2009 2008 2 500 874 0 -5 985 -106 -5 879 -102 531 96 541 6 295 2 495 194 2 558 229 0 -10 440 -1 639 -8 801 -155 088 93 270 14 903 2 500 874 6. Instrumentos Financeiros 6.1. Participações e instrumentos financeiros Os métodos de valorimetria aplicados aos investimentos encontram-se especificados no ponto b.1. a b.3. do nº 3.1 deste Anexo. Listagem das participações e instrumentos financeiros, que não sejam contratos de investimento de acordo com a distinção que se encontra na IFRS 4 por remissão para a IAS 39, de acordo com o modelo apresentado no Anexo 1. Os instrumentos financeiros da Companhia são compostos por: • Títulos de dívida classificados como “Disponíveis para venda”; • Unidades de participação em Fundos de Investimento Mobiliário, classificados “ao justo valor por ganhos e perdas”; • Depósitos de curto prazo em instituições bancárias, empréstimos sobre apólices e cauções, classificados como “Empréstimos concedidos e contas a receber”. | 73 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 6.4. Reclassificações e transferências de carteira De acordo com a alínea b.4. do ponto 3.1, a Companhia não efectuou reclassificações da carteira de investimentos. Contudo, de acordo com os critérios definidos na Circular nº 3 /2008 do Instituto de Seguros de Portugal, foram realizadas as seguintes transferências de activos financeiros entre carteiras mantendo a classificação original dos instrumentos financeiros: Data da transferência: 19/03/2009 - Carteira de origem: LVIDSEMP - Justo valor: 1.190.512,70 € - Valor Contabilístico: 1.161.746,96 € - Valias Potenciais: 28.765,74 € - Carteira de destino: LPPRMAIS - Justo valor: 1.190.512,70 € As transferências de activos financeiros efectuadas durante o exercício de 2009, entre carteiras de investimentos ocorreram por motivos de cobertura de provisões técnicas. 6.11. Justo valor a) Métodos e pressupostos aplicados para determinação do justo valor Activos financeiros Na alínea b.2. da Nota 3.1 encontram-se descritos os critérios e bases de mensuração aplicados aos instrumentos financeiros detidos pela Companhia. Os parágrafos seguintes reflectem os procedimentos adoptados para determinação do justo valor dos títulos em carteira. A Companhia determina o justo valor dos títulos com base em preços de cotação, obtido na Bloomberg, quando disponíveis. Na ausência de cotação ou face a evidência de inexistência de mercado activo, o justo valor é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Deste modo e de acordo com a IAS 39, parágrafos AG74 a AG79, para títulos que se encontrem sem mercado activo, a Companhia aplicará como meio de apuramento do justo valor a metodologia de avaliação Mark-to-Model desenvolvida internamente que assenta no método dos Cash-Flows descontados. Este modelo apenas será aplicado a carteiras classificadas como “Disponíveis para Venda” e para títulos caracterizados como sendo transaccionados em mercados ilíquidos. Este modelo será revisto e calibrado mensalmente. Em consonância com as Normas Internacionais de Contabilidade e a circular nº. 11/2008, de 16 de Dezembro, a Companhia adoptará este processo em virtude do funcionamento actual dos mercados implicar um efeito de volatilidade excessiva de alguns títulos. Para a classificação dos títulos, a Companhia definiu um conjunto de critérios, não cumulativos, e que serviram de base à avaliação da carteira, nomeadamente: (i) Não existência de transacções de títulos emitidos por uma determinada emissora; (ii) Aumento da diferença entre o Bid e o Ask prices (widening) de cada activo financeiro; (iii)Volatilidade do preço dos títulos medida durante 12 meses, e que no caso em que esta, apesar de volátil, apresentasse intervalos curtos se acrescentou a série de ocorrências do ano anterior; (iv)Número de dias sem cotação Os títulos enquadráveis nos critérios acima identificados serão depois valorizados com base num modelo desenvolvido internamente e cuja metodologia foi desenvolvida com base na utilização do: (i) Método dos Cash-Flows Descontados; (ii) Como spreads de desconto: 1) Yield associada a activos financeiros de dívida pública para determinar o risco do país associado ao benchmark do título em questão; 2) Yield da curva swap associada o país do benchmark para determinar a liquidez do mercado; 3) CDS do activo financeiro para medir o risco de crédito da empresa emissora. De acordo com a classificação proveniente da IFRS 7, parágrafo 27 A, a Companhia organiza os seus instrumentos financeiros em função da hierarquia do justo valor onde se identificam 3 níveis. Como Nível 1 são considerados, todos os investimentos financeiros cujo justo valor seja obtido por via de preços cotados em mercados activos. No Nível 2 considerámos os investimentos financeiros valorizados por meio da metodologia Mark-to-Model pois apesar dos seus preços não serem observáveis no mercado, os pressupostos utilizados para o seu cálculo, nomeadamente, os spreads de desconto são observáveis. Deste modo, os activos financeiros da Companhia distribuem-se da seguinte forma. 31 de Dezembro 2009 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para 628 644 012 22 500 venda Activos financeiros classificados no reconhecimento 16 343 709 0 inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total 644 987 721 22 500 Total Justo Valor 0 628 666 512 0 16 343 709 0 645 010 221 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 74 | 31 de Dezembro 2008 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total A transferência de activos do nível 2 para o Nível 1 ocorrida durante exercício de 2009 justifica-se pelo facto da Companhia ter encerrado o exercício de 2008 com vários títulos que se enquadravam nos critérios acima referidos, e cujo justo valor foi determinado pela metodologia Mark-to-Model. Através da calibração mensal ao longo do exercício de 2009, verificou-se uma melhoria gradual dos mercados financeiros sendo que os títulos foram sendo excluídos do modelo à medida que os critérios deixaram de ser verificados. Deste modo, e findo o exercício de 2009, a Companhia não apresenta quaisquer títulos valorizados ao Mark-to-Model no entanto periodicamente continuamos a efectuar uma análise da liquidez dos títulos em carteira. A Companhia realizou também um teste de imparidade aos activos não tendo resultado necessidade de registo de qualquer importância. Passivos financeiros Para além dos Unit Links a Companhia não possui outros passivos financeiros valorizados ao justo valor. Os pressupostos utilizados para a valorização encontram-se descritos na alínea k da Nota 3.1. 6.16. Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros a) Exposição e origem dos riscos Os instrumentos financeiros detidos pela Companhia à data de relato estão expostos a um conjunto de riscos financeiros, nomeadamente risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. R&C’09 | Liberty Seguros Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Justo Valor 340 195 723 247 004 742 0 587 200 465 19 205 474 0 19 205 474 0 606 405 939 0 359 401 197 247 004 742 Risco de Mercado O risco de mercado reflecte, entre outros, movimentos que possam ter impacto no justo valor dos activos da Companhia devido a flutuações da taxa de juro e da taxa de câmbio. O risco de concentração por sectores de actividade e por país inclui-se também neste ponto. O quadro seguinte mostra a distribuição dos nossos activos financeiros. Outros 2009 Unit-Linked Total Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda 628 666 512 Activos financeiros classificados no reconhecimento 0 inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total 628 666 512 Outros Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda 587 200 465 Activos financeiros classificados no reconhecimento 0 inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total 587 200 465 0 628 666 512 16 343 709 16 343 709 16 343 709 645 010 221 2008 Unit-Linked Total 0 587 200 465 19 205 474 19 205 474 19 205 474 606 405 939 Os títulos de rendimento fixo representam 99.69% e 99.74%, respectivamente para os anos de 2009 e 2008. Em termos de concentração por sector de indústria, a Companhia apresentava a seguinte estrutura: Outros Sector de Indústria Governo Financeiro Industrial Energia Utilidades Tecnologia e Comunicações Materiais Básicos Consumo Cíclico Consumo Não Cíclico Diversos Total 194 790 217 171 896 840 28 725 959 20 016 882 87 910 230 57 871 053 17 050 263 17 155 274 21 787 865 11 461 929 628 666 512 Outros Sector de Indústria Governo Financeiro Industrial Energia Utilidades Tecnologia e Comunicações Materiais Básicos Consumo Cíclico Consumo Não Cíclico Diversos Total 180 093 281 169 001 453 18 742 625 20 313 928 87 741 775 47 523 444 14 249 282 22 290 586 18 202 459 9 041 631 587 200 465 2009 Unit-Linked Total 3 149 351 197 939 568 6 592 779 178 489 619 541 418 29 267 377 2 023 423 22 040 306 0 87 910 230 1 179 138 59 050 191 % 31% 28% 5% 3% 14% 9% 0 17 050 263 3% 509 273 17 664 547 3% 522 022 22 309 887 3% 1 826 305 13 288 234 2% 16 343 709 645 010 221 100% 2008 Unit-Linked Total 2 667 096 182 760 377 11 390 030 180 391 483 0 18 742 625 1 526 548 21 840 476 0 87 741 775 0 47 523 444 % 30% 30% 3% 4% 14% 8% 0 14 249 282 2% 908 233 23 198 819 4% 961 440 19 163 899 3% 1 752 127 10 793 758 2% 19 205 474 606 405 939 100% | 75 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas E por fim, a concentração por país emitente da carteira de investimentos da Liberty Seguros apresentava a seguinte distribuição. Outros País Alemanha Espanha França Grã-Bretanha Itália Holanda Portugal Estados Unidos Bégica Outros Total 61 024 203 45 073 415 105 929 370 43 795 064 49 772 772 100 067 602 32 377 195 77 763 866 16 462 033 96 400 992 628 666 512 Outros País Alemanha Espanha França Grã-Bretanha Itália Holanda Portugal Estados Unidos Bégica Outros Total 56 764 961 44 202 114 97 096 974 41 307 865 41 206 233 99 889 754 30 173 254 78 527 649 15 338 069 82 693 593 587 200 465 2009 Unit-Linked Total % 763 538 61 787 741 10% 464 468 45 537 883 7% 1 154 075 107 083 445 17% 2 594 976 46 390 040 7% 2 456 237 52 229 010 8% 1 357 364 101 424 966 16% 1 617 647 33 994 842 5% 2 569 116 80 332 982 12% 0 16 462 033 3% 3 366 287 99 767 278 15% 16 343 709 645 010 221 100% 2008 Unit-Linked Total % 1 895 627 58 660 588 10% 458 056 44 660 170 7% 3 546 685 100 643 659 17% 3 647 328 44 955 193 7% 1 236 439 42 442 672 7% 863 694 100 753 448 17% 1 555 683 31 728 936 5% 2 448 952 80 976 602 13% 0 15 338 069 3% 3 553 009 86 246 602 14% 19 205 474 606 405 939 100% Risco de Crédito O risco de crédito está associado ao risco de um participante de um instrumento financeiro não cumprir a sua obrigação provocando deste modo uma perda financeira. A evolução da estrutura de crédito da Companhia está traduzida nos quadros seguintes. 31 de Dezembro 2009 AAA AA A BBB BB C Sem Rating Unit-Linked Total Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda 158 731 662 53 834 715 252 780 522 141 941 040 20 986 622 369 351 22 600 0 628 666 512 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo 0 0 0 0 0 0 0 16 343 709 16 343 709 valor através de ganhos e perdas Total 158 731 662 53 834 715 252 780 522 141 941 040 20 986 622 369 351 22 600 16 343 709 645 010 221 % 25% 8% 39% 22% 3% 0% 0% 3% 100% 31 de Dezembro 2008 AAA AA A BBB Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda 168 461 915 70 640 494 228 263 079 114 643 515 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao 0 0 0 0 justo valor através de ganhos e perdas Total 168 461 915 70 640 494 228 263 079 114 643 515 % 28% 12% 38% 19% BB D 2 270 578 2 645 925 0 0 2 270 578 2 645 925 0% 0% Sem Rating Unit-Linked Total 274 959 0 587 200 465 0 19 205 474 19 205 474 274 959 0% 19 205 474 606 405 939 3% 100% Entre ambos os exercícios, a carteira detida pela Liberty Seguros manteve-se praticamente inalterada, sendo que as variações de rating apresentadas derivam em grande parte das descidas incutidas por parte das agências de notação financeira. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 76 | Risco de Liquidez O risco de liquidez advém da possibilidade da Companhia não deter activos com liquidez suficiente para fazer face às suas responsabilidades. Os quadros seguintes apresentam para o final dos últimos dois exercícios, a segmentação dos nossos activos financeiros pela sua maturidade. 31 de Dezembro 2009 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total % 31 de Dezembro 2008 Instrumentos Financeiros Activos Disponíveis para venda Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Total % < 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos Total 32 667 993 62 502 896 131 272 215 309 737 774 92 093 782 391 851 628 666 512 6 877 339 4 555 821 3 292 901 0 0 1 617 647 16 343 709 39 545 332 6% 67 058 717 10% 134 565 116 21% 309 737 774 48% 92 093 782 14% 2 009 499 0% 645 010 221 100% 3 a 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos < 1 ano 1 a 3 anos Sem Maturidade Total 19 563 024 35 866 457 115 680 024 305 868 917 110 199 542 22 500 587 200 465 2 428 694 8 398 662 3 451 827 3 370 607 0 1 555 683 19 205 474 21 991 719 4% 44 265 119 7% 119 131 852 20% 309 239 525 51% 110 199 542 18% 1 578 183 0% 606 405 939 100% Comparando ambos os exercícios verifica-se a implementação de uma politica de gestão da liquidez prudente onde se optou, dadas as condições de mercado, por diminuir os montantes investidos a longo prazo dando preferência a investimentos de curto prazo. b) Objectivos, políticas e procedimentos de gestão de risco No âmbito de controlo e gestão interna da carteira de investimentos detida pela Liberty Seguros, desenvolveu-se um estudo periódico que pretende analisar e acompanhar os diversos riscos que afectam a nossa carteira. Deste modo, a análise efectuada tem uma maior incidência sobre questões de risco de mercado, nomeadamente, variações à taxa de juro medida pela Duração Modificada, concentração por sector de indústria e por entidade emitente. No âmbito do risco de crédito são também acompanhadas as variações das notações de crédito dadas pelas entidades responsáveis e respectiva concentração. Por fim, é também realizada uma análise de risco de liquidez que pressupõe o estudo do mismatching entre activos e passivos de forma a garantir que este está devidamente controlado. Na nota 4.3. podemos encontrar a politica interna e os respectivos procedimentos de gestão de risco. 6.17. Natureza e a extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros por cada tipo de risco a) Exposição e origem dos riscos Na Nota 6.16 estão descritas e analisadas as exposições aos riscos de mercado, crédito e liquidez, bem como a política interna e procedimentos de gestão de risco. b) Exposição ao risco de crédito A Liberty Seguros à data de 31 de Dezembro de 2009, considerando apenas a qualidade de crédito de activos financeiros que não estejam vencidos nem em imparidade, apresenta a seguinte estrutura por risco de crédito: (i) 24.61% da carteira é constituída por activos com a maior qualidade de crédito (AAA); (ii) Os activos com cotação igual ou superior a A – representam R&C’09 | Liberty Seguros Sem Maturidade 72.15% da carteira; (iii)Os activos em carteira com cotação de BB ou inferior representam 3.31%. O risco de crédito da Companhia é adequadamente controlado através da política de gestão de investimentos em vigor. Dos títulos que compõem a carteira da Companhia fazem parte acções preferenciais (emitidas em USD) da GMAC no montante de EUR 369.351, as quais estão alocadas à carteira de Não Afectos. Estas acções decorrem da renegociação das obrigações detidas pela Companhia em 2008. f) Análise de sensibilidade por tipo de risco de mercado Entende-se por risco de mercado o risco de que o justo valor ou fluxo de caixa futuro de um investimento financeiro venha a flutuar devido a alterações nos preços de mercado, que no caso dos instrumentos financeiros detidos pela Companhia à data de relato de 31 de Dezembro de 2009 estão sujeitos às variações das taxas de juro e ao risco cambial. A gestão destes riscos está essencialmente integrada no âmbito da política de gestão de investimen- | 77 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas tos em vigor, que pretende maximizar o retorno da carteira de investimentos cumprindo as restrições emanadas pela entidade supervisora. Pretende-se também optimizar a relação risco / rentabilidade de modo a obter um crescimento no longo prazo dos rendimentos e lucros. A análise de sensibilidade às taxas de juro foi realizada em duas partes distintas. Por um lado, utilizámos a duração modificada que reflecte a sensibilidade do valor de mercado da carteira a alterações percentuais nas taxas de juro, e por outro o VaR (Value at risk) que nos dá para um determinado horizonte temporal e com uma determinada probabilidade qual a perda máxima que podemos esperar. A carteira de investimentos disponível à data de relato apresenta uma duração modificada igual a 5.78%, o que significa que é espectável no caso das taxas de juro aumentarem 1%, que a nossa carteira diminua em valor 5.78%. Comparando com o ano anterior observou-se uma diminuição da mesma, o que significa que a nossa exposição às variações da taxa de juro diminuiu no corrente ano. A 31 de Dezembro de 2008, a duração modificada da carteira apresentava um valor de 6.22%. Utilizando o VaR (Value at Risk) como uma medida alternativa para apurar a exposição ao risco de mercado, constatamos que num horizonte temporal de um ano, existe 1% de probabilidade de virmos a ter uma perca na totalidade da carteira de investimentos superior a 10.77% do seu valor actual, à data de 31 de Dezembro de 2009. A mesma análise efectuada em referência a 31 de Dezembro de 2008 apresentava um VaR de 13.28% da totalidade da carteira. À semelhança da conclusão retirada sobre a evolução da duração modificada, também na evolução do VaR se verifica uma diminuição deste, ilustrando desta forma a redução da exposição da nossa carteira ao risco de mercado. Dentro do risco de mercado, a carteira de investimentos é ainda afectada pelo risco cambial. A Companhia detém apenas um activo cuja emissão é em USD, as acções preferenciais do GMAC cujo justo valor à data de relato representa EUR 369.351. Este activo está inserido na carteira Não Afectos da Companhia, não fazendo por isso face a provisões técnicas. De forma a medir a sensibilidade deste título a variações da taxa de câmbio analisou-se a evolução da mesma ao longo do ano de 2009, e em condições ceteris paribus, verifica-se uma perda máxima por risco de câmbio de 18.163 €. 8. Caixa e equivalentes e depósitos à ordem O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é decomposto como segue: 2009 Numerário Depósitos bancários imediatos mobilizáveis Equivalentes a caixa Caixa e seus equivalentes Outras disponibilidades Disponibilidades constantes do Balanço 4 420 2 904 906 12 210 72 947 0 2 994 483 2008 5 997 6 578 756 22 014 148 516 0 6 755 283 9. Terreno e Edifícios 9.1. Modelo de Valorização O imóvel adquirido no exercício pela Companhia foi classificado como edifício de uso próprio não afectando provisões técnicas, sendo valorizado pelo Modelo do Custo. Corresponde à fracção autónoma designada pela letra “J” do prédio urbano, em propriedade horizontal, descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Almada sob o número novecentos e setenta e cinco. 9.2. Critérios Utilizados para distinguir terrenos e edifícios de rendimento ou de uso próprio O edifício adquirido pela Companhia é utilizado para as suas instalações, pelo que é classificado como de uso próprio. 9.6. Critérios de Mensuração, Métodos e Taxas de Depreciação usadas O critério de mensuração usado para determinar o valor do activo foi o do valor de aquisição escriturado em Cartório Notarial, acrescidos dos respectivos impostos, o imposto municipal de transacções e imposto de selo. O método de depreciação aplicado foi o das quotas constantes, sendo que a vida útil do activo depreciável foi, para efeitos fiscais, o período durante o qual se amortiza totalmente o seu valor, no caso 50 anos, conforme Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro, aplicando-se as taxas de depreciação ou amortização específicas e fixadas na tabela I anexa ao Decreto. Adoptou-se o período mínimo de vida útil por se considerar ser o período correcto, pelo qual o bem do activo é totalmente depreciável. O edifício foi objecto de depreciação ou amortização em Dez/09, determinada a partir da Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 78 | quota anual, e correspondente ao número de meses contados desde o mês de utilização do activo, em 02.12.2009. De modo a dar cumprimento ao Artº 10, nº 2, alínea a), do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro, e, não havendo indicação expressa do valor do terreno, aplicou-se o articulado do nº 3, alínea a) do mesmo artigo, fixando-se o valor a atribuir ao terreno em 25% do valor global. 9.7. e 9.8. Quantia Escriturada Bruta e Depreciação Acumulada no início e no fim do período O detalhe do activo imobiliário em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 pode ser detalhado como segue: 2009 2008 Valor Bruto Terrenos Edifícios Total Terrenos Edifícios Total Saldo Inicial 0 0 Adições resultantes de 643 800 643 800 0 aquisições Transferências 0 0 2009 Amortizações Terrenos Edifícios Acumuladas Saldo Inicial Depreciações -805 do exercício Transferências Saldo Final Saldo Final 0 643 800 643 800 0 0 0 0 2008 Total Terrenos Edifícios Total 0 0 -805 0 0 -805 -805 0 0 0 0 9.20. Indicação e quantificação da existência de restrições de titularidade e activos que sejam dados como garantia de passivos Não existem quaisquer restrições de titularidade em relação ao activo adquirido. 10. Outros activos fixos tangíveis (excepto terrenos e edifícios) 10.1. Critérios de mensuração dos activos tangíveis Os critérios de mensuração encontram-se descritos na alínea c) da nota 3.1. 10.2. Movimento de Aquisições, Transferências, Abates, Alienações e Amortizações O movimento verificado nos activos tangíveis ao longo do exercício é apresentado no quadro seguinte: 2009 Saldo Inicial Valor Amortiz. Bruto Aumentos Aquis. Reaval. Transfer. e Abates Amortizações Exercício Alienações Reforço Regulariz. Saldo Final Valor Líquido ACTIVOS TANGIVEIS Equipamento administrativo Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento hospitalar Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta R&C’09 | Liberty Seguros 568 362 412 798 277 796 177 447 4 874 565 3 455 773 8 235 8 235 1 675 472 1 419 988 0 0 146 149 127 816 24 538 0 46 597 5 030 859 857 7 575 117 5 602 056 941 600 671 448 61 859 37 811 1 031 187 47 737 669 011 1 167 701 158 634 1 123 548 18 333 6 609 1 307 824 1 846 905 47 737 30 116 6 609 24 538 0 78 884 1 839 149 140 303 67 567 1 245 025 0 82 813 0 0 0 0 1 535 708 | 79 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 2008 Saldo Inicial Valor Amortiz. Bruto Aumentos Aquis. Reaval. Transfer. e Abates Amortizações Exercício Alienações Reforço Regulariz. Saldo Final Valor Líquido ACTIVOS TANGIVEIS Equipamento administrativo Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte 535 992 218 049 356 388 139 605 32 371 62 609 2 862 56 410 40 703 2 862 155 565 100 349 4 038 649 2 867 683 581 986 -253 929 963 770 375 680 1 418 792 31 100 674 848 383 575 637 874 255 484 8 235 8 235 0 2 319 219 1 674 287 Equipamento hospitalar 0 Outras imobilizações corpóreas 120 861 Imobilizações em curso 632 830 0 120 861 25 288 6 955 24 538 18 333 632 830 24 538 Adiantamentos por conta 7 873 835 5 167 060 757 892 0 1 056 610 0 1 451 412 1 016 416 1 973 060 10.3. Reconciliação dos activos tangíveis o início e no fim do período A reconciliação dos activos tangíveis é apresentada na Nota 10.2 do Anexo. 11. Afectação dos Investimentos e Outros Activos Em 31 de Dezembro de 2009, as rubricas de investimentos apresentavam a seguinte composição de acordo com a respectiva afectação: 2009 Rubricas Caixa e equivalentes Terrenos e edifícios Investimentos \em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos Financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor através de ganhos e perdas Derivados de cobertura Activos financeiros disponíveis para venda Empréstimos concedidos e contas a receber Investimentos a deter até à maturidade Outros activos tangíveis Outros activos Total % Seguros de vida Seguros de vida Seguros de vida e operações Seguro não Não afectos com participação sem participação classificados como contratos vida (conta 23) nos resultados nos resultados de investimento 913 377 2 081 106 642 995 Total 2 994 483 642 995 0 0 16 343 709 16 343 709 0 273 851 237 58 761 13 216 274 836 590 41% 36 104 129 36 104 129 5% 289 855 225 28 855 922 628 666 512 959 867 959 867 248 219 13 250 638 16 343 709 307 038 050 2% 46% 0 306 980 13 263 853 28 855 922 663 178 400 4% 100% Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 80 | 2008 Rubricas Caixa e equivalentes Terrenos e edifícios Investimentos \em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos Financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor através de ganhos e perdas Derivados de cobertura Activos financeiros disponíveis para venda Empréstimos concedidos e contas a receber Investimentos a deter até à maturidade Outros activos tangíveis Outros activos Total % Seguros de vida Seguros de vida Seguros de vida e operações Seguro não Não afectos com participação sem participação classificados como contratos vida (conta 23) nos resultados nos resultados de investimento 1 524 454 5 230 829 Total 6 755 283 0 0 0 19 205 474 19 205 474 0 258 047 942 75 535 272 115 259 920 046 40% 34 286 305 34 286 305 5% 288 957 793 5 655 966 586 948 006 1 054 947 1 054 947 319 077 29 068 215 19 205 474 324 630 861 3% 50% 0 394 612 29 340 330 5 655 966 643 698 652 1% 100% 12. Activos intangíveis 12.1 O critério de mensuração utilizado pela Companhia é o modelo do custo, na qual os activos intangíveis, após o seu reconhecimento inicial, apresentam-se registados pelo seu custo, deduzido de amortizações acumuladas e de eventuais perdas por imparidade. 12.3 As políticas contabilísticas aplicáveis a esta rubrica de Balanço encontram-se descritas na alínea d) da nota 3.1. Os activos intangíveis da Companhia apenas respeitam a despesas com aplicações informáticas. O movimento de aquisições, transferências, abates, alienações, e amortizações efectuado no exercício está demonstrado no seguinte quadro: 2009 Saldo Inicial Valor Bruto Amortiz. Aumentos Aquis. Transfer. e Abates Amortizações Exercício Reforço Regulariz. Saldo Final Valor Líquido ACTIVOS INTANGÍVEIS Despesas c/aplicações Informáticas 5 293 709 4 005 914 133 274 5 293 709 4 005 914 133 274 581 492 839 577 Despesas de constituição e instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Despesas em edifícios arrendados Trespasses Outras imobilizações incorpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta 2008 ACTIVOS INTANGÍVEIS Despesas c/aplicações Informáticas Despesas de constituição e instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Despesas em edifícios arrendados Trespasses Outras imobilizações incorpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta Saldo Inicial Valor Bruto Amortiz. 3 820 122 945 683 584 958 4 405 080 R&C’09 | Liberty Seguros 3 747 686 Aumentos Aquis. 0 Transfer. e Abates -527 904 581 492 0 Amortizações Exercício Reforço Regulariz. 839 577 Saldo Final Valor Líquido 315 282 57 054 1 287 795 315 282 57 054 1 287 795 584 958 3 747 686 945 683 57 054 | 81 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Apresenta-se seguidamente informação em referência a 2009 relativo aos períodos de amortização ainda em falta: Amortizações futuras de Activos Intangíveis 2010 2011 2012 556 110 281 816 2013 1 652 0 13. Outras Provisões e Ajustamentos de Contas do Activo 13.1. Desdobramento das contas de ajustamentos e outras provisões pelas respectivas subcontas Apresenta-se seguidamente o desdobramento das contas de ajustamentos e outras provisões: 2009 490 - Provisão para recibos por cobrar 491 - Provisões para créditos de cobrança duvidosa 492 - Provisões para riscos e encargos Total Saldo final Aumento Redução Saldo final 2008 490 - Provisão para recibos por cobrar 491 - Provisões para créditos de cobrança duvidosa 492 - Provisões para riscos e encargos Total Saldo final Aumento Redução Saldo final 387 437 0 387 437 3 134 389 452 599 459 177 3 127 811 1 663 129 300 000 785 655 1 177 474 5 184 955 752 599 1 632 269 4 305 285 198 240 0 554 709 30 968 387 437 3 331 851 165 455 362 917 3 134 389 1 491 354 581 051 409 276 1 663 129 5 377 914 777 474 970 433 5 184 955 13.2. Descrição da natureza da obrigação 13.2.1 Outras Provisões Esta rubrica no montante de 1.177.474 Euros inclui: a) Provisão para obras em edifício arrendado Encontra-se constituída uma provisão para obras em edifício arrendado no montante de 750.000 Euros. Este foi o montante máximo de comparticipação acordado, aquando da alienação do imóvel em 2005, entre a Companhia e o novo proprietário. b) Provisão para impostos no montante de 81.411 Euros e que contempla: (i) IRS no montante de 74.086 Euros; (ii) IRC no montante de 7.325 Euros. c) Provisão para uma fraude realizada por um mediador da Companhia no montante de 300.000 mil Euros, constituída para fazer face a reclamações extra-judiciais realizadas por tomadores de seguro lesados. Em Agosto de 2009 tomámos conhecimento de factos lesivos praticados por um mediador de seguros ligado (e pessoas directamente envolvidas na actividade de mediação de seguros), que utilizou de forma abusiva e imprópria abusivamente os poderes e documentos que lhe conferimos para induzir Clientes a confiarem-lhe as suas poupanças, e cujo destino desconhecemos. Perante esta situação, procedemos à imediata cessação do vínculo contratual com o mediador, a quem retirámos toda a nossa documentação, e expedimos cartas de aviso a todos os Clientes potencialmente afectados ou que pudessem ser vítimas destes indivíduos, contra quem já apresentámos queixa junto das autoridades competentes. Para minimizar o risco de repetição destes factos e para prevenção do público em geral, procedemos à publicação de anúncios na imprensa alertando para a situação. Aguardamos o normal desenvolvimento dos processos judiciais e administrativos em curso e adoptámos diversas medidas correctivas e de melhoria aos nossos procedimentos e controles de forma a prevenir a repetição destas situações. Também perante esta situação a nossa estratégia se caracteriza pela transparência e rigor na informa- Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 82 | ção e divulgação públicas, e não temos notícia até ao momento de perda de Clientes decorrente destes factos. 13.2.2 Provisão para cobranças duvidosas No que respeita à provisão para cobranças duvidosas, o seu montante encontra-se decomposto como segue: 2009 Outros Devedores - Por operações de Seguro Directo Outros Devedores - Por operações de Resseguro Outros Devedores por outras operações Total 2008 Prémios brutos emitidos de seguro directo Relativos a contratos individuais Relativos a contratos de grupo Periódicos Não periódicos 1 290 175 1 073 611 De contratos sem participação nos resultados De contratos com participação nos resultados 1 345 120 1 345 120 492 517 715 658 3 127 812 3 134 389 Prémios brutos emitidos de resseguro aceite Saldo de resseguro (Cedidos) A provisão para créditos provenientes de Operações de Resseguro está influenciada pelo montante de 1.345.120 Euros de provisão constituída para fazer face à eventual não recuperação da quota-parte de um ressegurador, Suisse Ré, num processo de sinistro pendente de regularização por se encontrar ainda em litígio. O saldo a receber que está na origem deste montante de provisão é mostrado, no Activo, na rubrica de Provisão para Sinistros de Resseguro Cedido. 14. Prémios de contratos de seguro 14.1. Prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguro A Liberty Seguros, S.A. encerrou o exercício de 2009, reconhecendo na rubrica do ganhos e perdas – prémios brutos emitidos do seguro directo o valor de 188.404.322 Euros, sendo 162.186.081 Euros provenientes do ramo Não Vida e 26.218.241 Euros do ramo Vida. R&C’09 | Liberty Seguros 14.2. Prémios de Contratos de Seguros do Ramo Vida De seguida apresenta-se a distribuição dos montantes de prémios associados a contratos de seguro do ramo Vida: 2009 26 218 241 20 691 139 5 527 102 26 218 241 17 661 317 8 556 924 26 218 241 2 834 202 23 384 039 26 218 241 93 397 2008 26 367 082 22 045 990 4 321 092 26 367 082 18 854 120 7 512 962 26 367 082 2 388 469 23 978 613 26 367 082 0 -152 220 De acordo com os requisitos do IFRS 4, os contratos de seguro emitidos pela Liberty Seguros relativamente aos quais existe apenas a transferência de um risco financeiro sem participação nos resultados discricionária, são classificados como contratos de investimento e contabilizados como um passivo. Enquadram-se nesta classificação, os contratos para os quais o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro e contratos de taxa fixa sem participação nos resultados. 14.3. Prémios de contratos de seguro do ramo não vida Os prémios de contratos de seguro encontram-se detalhados no Anexo 4 às Notas. 15. Comissões recebidas de contratos de seguro 15.1. Políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento das comissões De acordo com a IAS 18, o reconhecimento das comissões obedece ao princípio da especialização dos exercícios. As comissões e outros proveitos similares são relativas às comissões de subscrição e de gestão dos produtos de capitalização sem participação nos resultados discricionária, nomeadamente produtos de capitalização com taxa de rendimento fixa e produtos em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro. De acordo com os requisitos do IFRS 4, os contratos de seguro emitidos pelo Companhia relativamente aos quais existe apenas a transferência de um risco financeiro sem participação nos resultados discricionária, são classificados como contratos de investimento e contabilizados como um passivo. Desta forma, os contratos para os quais o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro e contratos de taxa fixa sem participação nos resultados deixaram de ser reconhecidos sob a forma de prémios passando apenas a ser registada a comissão de subscrição e de gestão dos mesmos como proveitos. As políticas contabilísticas adoptadas para o tratamento das comissões encontram-se descritas na alínea n) e r) da nota 3.1. | 83 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 15.2. Comissões recebidas por tipo de contrato As comissões recebidas são constituídas pelas comissões de subscrição, de gestão e de resgates dos diversos tipos de contratos. De acordo com os requisitos do IFRS4 os contratos de seguros e operações classificados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento passaram a ser considerados como depósitos de um passivo financeiro sem registo de prémios, sendo apenas considerado como proveitos as comissões de subscrição, de gestão e de resgate de acordo com a análise que se segue: 2009 19 135 9 718 28 853 96 059 96 059 124 912 Comissões de Subscrição Comissões de Gestão Sub-Total Comissões de Resgate Sub-Total Total Comissões 2008 29 919 17 859 47 778 117 125 117 125 164 903 2009 Juros Dividendos Efectivos Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Caixa e equivalentes e depósitos à ordem Ramo Não Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Empréstimos e Contas a Receber Caixa e equivalentes e depósitos à ordem Não Afectos: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Caixa e equivalentes e depósitos à ordem 0 0 16. Rendimentos / réditos de investimentos 16.1. Políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento dos réditos As políticas adoptadas no reconhecimento dos réditos encontram-se descritas nas alíneas b2) e b3) da nota 3.1. 16.2. Distribuição dos réditos por categoria de investimento Nos exercícios de 2009 e 2008, as rubricas de rendimentos líquidos de gastos financeiros (sem custos imputados), apresentam a seguinte composição: 2008 Juros Dividendos Efectivos Total 0 13 383 16 204 414 16 217 797 0 861 105 861 105 0 2 284 2 284 0 0 0 0 12 843 565 12 843 565 0 0 0 0 767 970 767 970 0 0 0 0 0 0 34 388 3 016 102 3 050 490 0 0 0 0 221 394 221 394 47 772 33 916 833 33 964 604 Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Caixa e equivalentes e depósitos à ordem Ramo Não Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Empréstimos e Contas a Receber Caixa e equivalentes e depósitos à ordem Não Afectos: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Caixa e equivalentes e depósitos à ordem 0 0 Total 0 13 553 14 136 055 14 149 607 0 850 852 850 852 0 13 948 13 948 0 0 0 0 12 655 974 12 655 974 0 0 0 0 -201 093 -201 093 0 0 0 0 0 0 0 2 596 994 2 596 994 0 0 0 0 166 977 166 977 13 553 30 219 705 30 233 258 Os rendimentos financeiros registados em ganhos e perdas compreendem os juros dos títulos de divida e de depósitos em bancos contabilizados, tendo em conta, o regime contabilístico do acréscimo. Encontram-se também registados nesta rubrica, os ganhos resultantes do processo de amortização com a utilização do método do juro efectivo. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 84 | 17. Ganhos e perdas realizados em investimentos 18. Ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor em investimentos Nos exercícios de 2009 e 2008, os ganhos e perdas realizados em investimentos apresentam a seguinte composição: Nos exercícios de 2009 e 2008, os ganhos e perdas realizados em investimentos apresentam a seguinte composição: 2009 Valias Valias Realizadas Realizadas Positivas Negativas Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Ramo Não Vida: Activos financeiros detidos para negociação Não Afectos: Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 0 Ganhos por aumentos no justo valor Líquido 0 0 849 473 2 526 642 -1 677 168 0 96 957 -96 957 484 372 386 756 97 616 Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Ramo Não Vida: Não Afectos: Total 0 1 831 939 -1 831 939 2008 Valias Valias Realizadas Realizadas Positivas Negativas Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Ramo Não Vida: Activos financeiros detidos para negociação Não Afectos: Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Líquido 0 0 0 16 938 360 617 -343 679 0 0 0 207 887 1 107 639 -899 753 249 401 142 030 107 371 474 226 1 610 286 -1 136 061 R&C’09 | Liberty Seguros Ramo Vida: Terrenos e edifícios de rendimento Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Ramo Não Vida: Não Afectos: Total Líquido 0 0 0 0 0 0 2 737 912 1 863 690 874 222 0 0 2 737 912 0 0 0 0 1 863 690 874 222 Ganhos por aumentos no justo valor 1 333 845 4 842 294 -3 508 449 2009 Perdas por reduções no justo valor 2008 Perdas por reduções no justo valor Líquido 0 0 0 0 0 0 205 558 851 291 -645 733 0 0 205 558 0 0 0 0 851 291 -645 733 19. Ganhos e perdas em diferenças de câmbio Actualmente, a Companhia não tem saldos expressos em moeda estrangeira, com excepção das acções preferenciais da GMAC no montante de 369.351 Euros. As conversões para Euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio em vigor na data em que ocorrem. Os valores dos activos expressos em moeda de países não pertencentes à Zona Euro foram convertidos para Euros utilizando o último câmbio de referência indicado pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data de balanço, foram contabilizadas na conta de ganhos e perdas do exercício. Os ganhos e perdas resultantes de diferenças cambias registadas nos exercícios de 2009 e 2008 na conta de ganhos e perdas, com excepção das que resultam de variações no valor de instrumentos financeiros valorizados pelo justo valor através de resultados, ascendem a uma perda líquida de 571.406 Euros e uma perda líquida 5.717 Euros, respectivamente. | 85 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 21. Gastos diversos por função e natureza 21.1. Gastos por função Os gastos são registados inicialmente por natureza e imputados à função sinistros, aquisição, administrativa e investimentos de acordo com o plano de contas. Os critérios utilizados para a repartição dos custos e gastos entre as várias áreas funcionais encontram-se descritos na alínea o nota 3.1. Nos exercícios de 2009 e 2008, os gastos e perdas incorridos pela Companhia apresentavam a seguinte composição atendendo à sua função: 2009 VIDA 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões NÃO VIDA 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões LIVRES 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões TOTAL DAS DESPESAS IMPUTADAS 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões Aquisição 1 817 337 829 971 923 475 15 180 48 711 0 0 0 19 107 894 8 292 784 9 540 619 803 836 470 654 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 925 232 9 122 755 10 464 094 819 017 519 365 0 0 0 Administração 3 770 870 1 536 484 1 913 316 384 320 686 0 0 0 10 178 583 4 302 266 5 066 642 1 019 808 657 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 949 453 5 838 750 6 979 958 1 402 1 129 343 0 0 0 Sinistros 723 765 329 429 335 387 17 58 932 0 0 0 5 189 812 2 805 846 1 968 851 232 738 182 376 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 913 577 3 135 275 2 304 238 232 755 241 308 0 0 0 Investimentos 836 449 3 296 371 0 53 0 242 239 590 490 970 103 10 505 1 907 0 49 0 450 291 507 350 94 508 2 132 427 3 0 0 36 818 55 128 1 901 060 15 933 2 704 1 106 0 729 349 1 152 967 Total 7 148 421 2 699 180 3 172 549 15 581 428 381 0 242 239 590 490 35 446 392 15 411 401 16 578 019 1 037 593 1 461 737 0 450 291 507 350 94 508 2 132 427 3 0 0 36 818 55 128 42 689 322 18 112 714 19 750 995 1 053 175 1 890 122 0 729 349 1 152 967 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 86 | 2008 VIDA 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões NÃO VIDA 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões LIVRES 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões TOTAL DAS DESPESAS IMPUTADAS 680-Custos com o pessoal 681-Fornecimento e serviços externos 682-Impostos e Taxas 683-Amortizações do exercício 684-Provisões para riscos e encargos 685-Juros suportados 686-Comissões Aquisição 2 941 403 1 381 941 1 436 951 15 386 107 124 0 0 0 21 110 840 8 956 911 9 895 055 1 546 394 712 480 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 052 243 10 338 852 11 332 007 1 561 780 819 604 0 0 0 21.1.1 Custos e gastos de exploração líquidos Os custos e gastos de exploração líquidos apresentam-se detalhados no quadro abaixo: Custos de Aquisição Comissões por intermediação de produtos de seguro directo Custos imputados à função aquisição Outros Sub-total Custos de aquisição diferidos Gastos Administrativos Custos imputados à função administrativos Remunerações de Mediação Comissões e participação nos resultados de resseguro Participação nos resultados de resseguro Sub-total Total R&C’09 | Liberty Seguros 2009 2008 18 298 578 18 224 011 20 925 232 6 355 897 45 579 707 -785 140 15 656 534 13 949 453 1 707 081 24 052 243 5 880 703 48 156 957 -139 097 16 430 264 14 709 034 1 721 230 -12 293 -195 929 0 -12 293 60 438 808 0 -195 929 64 252 195 Administração 4 090 571 1 569 990 2 340 814 364 179 403 0 0 0 10 618 463 5 256 205 4 831 554 1 226 529 478 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 709 033 6 826 195 7 172 368 1 590 708 881 0 0 0 Sinistros 835 260 385 325 382 410 3 67 522 0 0 0 5 449 119 3 302 940 1 794 158 181 335 170 687 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 284 380 3 688 265 2 176 568 181 338 238 209 0 0 0 Investimentos 710 570 0 0 0 0 0 101 325 609 245 533 563 0 0 0 0 0 62 605 470 958 51 221 0 0 0 0 0 16 142 35 079 1 295 355 0 0 0 0 0 180 072 1 115 282 Total 8 577 804 3 337 257 4 160 176 15 753 354 048 0 101 325 609 245 37 711 985 17 516 056 16 520 767 1 728 954 1 412 644 0 62 605 470 958 51 221 0 0 0 0 0 16 142 35 079 46 341 011 20 853 312 20 680 942 1 744 707 1 766 694 0 180 072 1 115 282 21.1.2 Gastos financeiros A rubrica de gastos financeiros Outros respeita aos custos imputados à função de investimentos. 21.2. Gastos usando uma classificação baseada na sua natureza Nos exercícios de 2009 e 2008, os custos e gastos incorridos pela Companhia apresentavam a seguinte composição atendendo à sua natureza: Custos com pessoal Fornecimentos e serviços externos Impostos e taxas Amortizações e depreciações Activos fixos tangéveis Activos fixos intangéveis Outras Provisões Juros Suportados Juros Empréstimos Juros de depósitos de resseguradores Comissões de administração de valores Total 2009 18 112 714 19 750 995 1 053 175 1 890 121 587 319 1 302 802 0 729 349 718 710 10 639 1 152 967 42 689 321 2008 20 853 312 20 680 942 1 744 708 1 766 694 1 451 412 315 281 0 180 072 173 566 6 506 1 115 282 46 341 009 | 87 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 22. Gastos com pessoal 22.1. Número médio de trabalhadores ao serviço no exercício O número médio de trabalhadores no período, ao serviço da Companhia por categorias profissionais, era o seguinte: Quadros superiores Quadros Médios Prof. Altamente qualificados / Qualificados Prof. Semi-Qualificados Dirigentes Total 2009 61 155 2008 60 149 207 188 1 9 433 1 8 406 22.2. Montante das despesas com o pessoal referentes ao exercício Nos exercícios de 2009 e 2008, as rubricas de gastos com pessoal apresentam a seguinte composição: Remunerações - dos órgãos sociais - do pessoal Encargos sobre remunerações Benefícios pós emprego Planos de contribuição defenida Planos de benefícios definidos Outros benefícios a longo prazo dos empregados Benefícios de cessação de emprego Seguros obrigatórios Outros gastos com empregados Total 2009 2008 0 14 082 248 2 842 136 0 14 816 016 3 075 681 0 390 555 0 1 369 570 -27 513 0 0 299 741 525 547 18 112 714 0 305 019 1 287 027 20 853 312 A justificação para o montante registado em Benefícios pós-emprego encontra-se descrita na nota 23 ponto 4. 23. Obrigações com benefícios dos empregados Os saldos apresentados no activo e passivo respeitantes a obrigações com benefícios de empregados decompõem-se como seguem: Fundo de pensões Apólice de grupo Apólice individual Total dos activos Apólice de grupo Apólice individual Total das responsabilidades 2009 326 512 665 344 2 547 478 3 539 334 665 344 2 547 478 3 212 822 2008 97 780 0 0 97 780 0 0 0 O montante de activos e passivos associados às responsabilidades com benefícios de reforma financiadas através de apólices não se encontram reflectidos, em 2008, nas rubricas definidas para o efeito no plano de contas. Os respectivos montantes foram reconhecidos em activos financeiros e provisão matemática. Neste exercício e no cumprimento do disposto na IAS 19, a Companhia reclassificou os montantes para as rubricas respectivas, não o efectuando para 2008 face à não relevância dos montantes. 23.1. Plano de Rendas de Sobrevivência e Orfandade (benefícios dos empregados a longo prazo) a) Descrição geral do plano, Grupo de pessoas abrangidas e benefícios assegurados Os custos são reconhecidos anualmente decorrentes do valor do seguro. Grupo de pessoas abrangidas Todos os Colaboradores efectivos da Liberty Seguros com menos de 65 anos estão abrangidos pelo plano. Benefícios assegurados Em caso de morte de um colaborador será pago ao cônjuge sobrevivo uma renda de sobrevivência a partir do dia 1 do mês seguinte ao falecimento. Esta renda é expressa nas percentagens a seguir indicadas sobre o rendimento anual seguro, de acordo com a idade do colaborador e a data da sua morte: Idade Menos de 35 De 36 a 55 De 56 e 65 % 35% 25% 15% A renda de sobrevivência será paga ao cônjuge sobrevivo até à morte deste. Se o cônjuge sobrevivo voltar a contrair matrimónio, a sua renda anual cessará. Se o colaborador falecido deixar filhos, naturais ou plenamente adoptados, será paga ao cônjuge sobrevivo enquanto aqueles forem menores, ou aos próprios filhos quando estes atingirem a maioridade, uma renda de orfandade a partir do dia 1 do mês seguinte ao do falecimento desse colaborador. Estas rendas são calculadas nas percentagens a seguir indicadas sobre o rendimento anual seguro, nos seguintes termos: % 7.5%, ou 15% sendo órfão de pai e mãe 15.0%, ou 30% sendo 2 filhos órfão de pai e mãe 3 ou mais 22.5% ou 45% sendo filhos órfão de pai e mãe 1 filho Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 88 | As rendas de órfãos terminam no fim do mês em que estes completem 20 anos de idade ou na data do seu falecimento. Os órfãos que prossigam os seus estudos com aproveitamento terão ainda direito a receber as suas rendas até à conclusão dos seus cursos, não podendo em qualquer caso ultrapassar os 25 anos de idade – data em que cessarão. Entende-se por rendimento anual seguro o ordenado efectivo ilíquido anual recebido pelo respectivo colaborador nos doze meses anteriores à data do falecimento, com exclusão das horas extraordinárias, abonos para falhas, remunerações variáveis e subsídios de almoço. Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos: Não aplicável. b) Veículo de financiamento utilizado Apólice de Seguro de Vida na modalidade Temporário Anual Renovável c) Quantia dos activos do plano e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano A apólice de seguro de vida tem data de renovação em 1 de Janeiro de cada ano, pelo que não existem activos em 31 de Dezembro. d) Quantia reconhecida como um gasto O valor do prémio pago em 2009 foi de 147.695 Euros. 23.2. Fundo de Pensões a) Política contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, bem como do custo corrigido de serviços passados Em consonância com os requisitos definidos na IAS 19 – Benefícios aos empregados, o custo associado a planos de benefícios atribuídos aos empregados é reconhecido quando o respectivo beneficio é auferido, isto é, à medida que o empregado vai prestando serviços, sendo que o diferencial entre o valor das responsabilidades assumidas R&C’09 | Liberty Seguros e os activos adquiridos para cobrir essa responsabilidade se encontra relevado no balanço da Companhia. O custo registado corresponde ao somatório do custo dos serviços correntes, custo dos juros e com o resultado esperado dos activos. Os ganhos/perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio, denominada Método do “SORIE” – em que os ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio. b) Descrição geral do plano O plano de pensões a financiar é o constante do Contrato Colectivo de Trabalho para a actividade seguradora, cujo texto actual está disposto no capítulo V “Pensões de reforma e pré-reforma”: cláusulas 51ª a 60ª, sem prejuízo do disposto no parágrafo seguinte. Estão abrangidos pelo plano de pensões todos os trabalhadores efectivos da Liberty Seguros elegíveis de acordo com o contrato colectivo de trabalho para a actividade. Aos trabalhadores com contratos de trabalho em vigor na actividade seguradora à data de 22/06/1995, será garantido, quando se reformarem ou pré-reformarem na actividade seguradora, o pagamento de uma prestação de pré-reforma ou de uma pensão vitalícia de reforma, independentemente da data da sua admissão, desde que cumprido o período de carência. São também abrangidos pelo plano de pensões, aqueles a quem por força do disposto nos respectivos contratos individuais de trabalho, seja atribuído idêntico benefício. Período de carência Têm direito às pensões de reforma os trabalhadores elegíveis, que: d) Entrem em situação de reforma por velhice concedida pela segurança social e tenham prestado, pelo menos, 120 meses de serviço efectivo, seguidos ou interpolados na actividade seguradora; e) Sejam reformados pela segurança social por invalidez e tenham prestado, pelo menos, 60 meses de serviço efectivo, seguidos ou interpolados, na actividade seguradora. Indicação dos benefícios assegurados • Reforma por Velhice A pensão de reforma a atribuir aos trabalhadores que sejam reformados por velhice, é calculada de acordo com a seguinte fórmula: P = (0.8 * 14/12 * R) – (0.022 * n * S/60) Em que: P = pensão mensal; R = último salário efectivo mensal na data da reforma; n = número de anos civis com entrada de contribuições para a segurança social ou sistemas equiparados; S = soma dos salários anuais dos 5 melhores anos dos últimos 10 sobre os quais incidiram contribuições para a segurança social. No caso de o resultado do produto do factor 0.022 por n ser inferior a 0.3 ou superior a 0.8 serão estes os valores a considerar, respectivamente. • Reforma por Invalidez A pensão mensal a atribuir aos trabalhadores que sejam reformados por invalidez pela segurança social, é calculada de acordo com a seguinte fórmula: P = (0.022 * t * 14/12 * R) – (0.022 * n * S/60) Em que: P = pensão normal; R = último salário efectivo mensal na data da reforma; n = número de anos civis com entrada de contribuições para a | 89 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas segurança social ou sistemas equiparados; S = soma dos salários anuais dos 5 melhores anos dos últimos 10 sobre os quais incidiram contribuições para a segurança social. t = tempo de serviço em anos na actividade seguradora (qualquer fracção de um ano conta como um ano completo Se o resultado da operação 0.022* t, for inferior a 0.5 ou superior a 0.8, serão estes os valores a considerar, respectivamente. No caso de o resultado do produto do factor 0.022 por n ser inferior a 0.3 ou superior a 0.8 serão estes os valores a considerar, respectivamente. • Pré-Reforma Aos trabalhadores elegíveis, quando atingirem 60 anos de idade e 35 de serviço na actividade seguradora, podem acordar com a entidade patronal a passagem à situação de pré-reforma. O acordo será efectuado por escrito e determinará a data do seu início, bem como os direitos e obrigações de cada uma das partes, nomeadamente o valor da prestação anual de pré-reforma, modo da sua actualização, número de prestações mensais em que será paga e composição do salário para efeito de cálculo das futuras pensões de reforma ou invalidez. Aos trabalhadores pré-reformados, será garantida uma prestação pecuniária total anual de pré-reforma calculada através da seguinte fórmula: P = 0.8 * R * 14 Em que: P = prestação anual; R = último salário efectivo mensal na data da pré-reforma. O direito às prestações de pré-reforma cessa na data em que o préreformado preencher as condições legais mínimas para requerer a reforma à segurança social ou se reformar por invalidez. Na data em que os trabalhadores pré-reformados atingirem a idade mínima legal para requererem à segurança social a reforma por velhice, ou passarem à situação de reformados por invalidez, a sua pensão de reforma será calculada a partir dessa data, por aplicação das fórmulas para a pensão de reforma por velhice ou invalidez consoante a situação à data da reforma, tendo em conta o seguinte: - O salário a considerar para efeito de cálculo das pensões de reforma por velhice ou invalidez dos trabalhadores pré-reformados é constituído pelo ordenado mínimo e suplementos previstos, respectivamente, nas cláusulas 43ª e 46ª do CCT, actualizados de acordo com os valores em vigor à data da passagem à pré-reforma; - Por ordenado mínimo entende-se a remuneração mínima estabelecida na respectiva tabela salarial para cada categoria, acrescida do prémio de antiguidade a que o trabalhador tiver direito. • Direitos Adquiridos Os ex-participantes têm direitos adquiridos enquanto continuem a trabalhar na actividade seguradora e se encontrem nesta actividade à data da reforma por velhice ou invalidez. De acordo com a cláusula 55.ª do CCT a entidade responsável pelo pagamento das pensões de reforma por velhice e invalidez é a empresa ao serviço da qual o trabalhador se encontrava à data da reforma. Havendo entidades patronais anteriores, abrangidas pelo CCT, estas são solidariamente responsáveis pelo pagamento das pensões de reforma. • Actualização das Pensões de Reforma e Pré-reforma Trabalhadores abrangidos pelo actual C.C.T. publicado no boletim de Trabalho e Emprego n.º 23 – 1ª série de 22/6/1995. As pensões de reforma por velhice e invalidez são actualizadas anualmente pela aplicação de um factor igual ao índice oficial de preços no consumidor, sem inclusão da habitação, relativo ao ano anterior. As prestações de pré-reforma são actualizadas conforme estiver estabelecido no acordo individual de pré-reforma de cada trabalhador ou, sendo este omisso, nos termos da lei aplicável. A pensão de reforma anual resultante da actualização prevista para as pensões de reforma por velhice e invalidez adicionada da pensão anual recebida da segurança social, não poderá ultrapassar o ordenado mínimo líquido anual que o trabalhador receberia se estivesse no activo, com o prémio de antiguidade que tinha quando se reformou, não podendo ultrapassar 30% do ordenado base do nível X. A pensão de reforma não poderá ser reduzida por efeito do disposto nos números anteriores, embora se possa manter inalterada sem qualquer actualização. Constituem excepção 3 reformados que têm garantido um aumento anual das respectivas pensões igual ao índice de preços no consumidor sem o limite máximo acima referido. • Trabalhadores reformados entre Janeiro 1984 e Julho 1995 Todos os trabalhadores reformados beneficiam de aumentos nas suas pensões complementares de reforma sempre que a tabela salarial seja alterada. Os aumentos serão iguais ao que sofrer a tabela salarial na categoria em que o trabalhador foi reformado. Para efeitos de actualização Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 90 | aplica-se a seguinte fórmula: A * 14 / 12 * P Em que A é igual ao aumento da tabela salarial acima mencionado e P a percentagem fixada na altura da reforma. Em caso algum poderá a pensão total anual ultrapassar o ordenado mínimo líquido anual que o trabalhador receberia se encontrasse no activo com a antiguidade que tinha no momento em que se reformou. Trabalhadores já reformados à data da entrada em vigor dos CCT publicados no boletim de Trabalho e emprego, 1ª série, n.º s 1 e 10, de 8 de Janeiro de 1984 e 15 de Março de 1984. As pensões de reforma serão actualizadas de acordo com a fórmula: A * 14 / 12 * P Deduzidas do quantitativo que a segurança social vier a aumentar-lhes. • Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos A duração das responsabilidades do plano é de 15.5, sendo a duração modificada 14.7. c) Veículo de financiamento utilizado As responsabilidades encontram-se cobertas por um Fundo de Pensões. d) O valor e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano Valor dos Activos do Plano Taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano 2009 7 033 751 2008 6 882 613 9.5% 4.0% e) A responsabilidade passada com benefícios pós-emprego Apresenta-se no quadro seguinte a responsabilidade com serviços passados, segregada entre o valor actual da responsabilidade por serviços passados e o valor actual dos benefícios já em pagamento. R&C’09 | Liberty Seguros Valor Actual da Responsabilidade por serviços passados Valor actual dos benefícios em pagamento Responsabilidade passada com benefícios pós emprego 2009 2008 2 015 561 1 789 510 4 691 680 4 995 325 6 707 241 6 784 835 f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios definidos O quadro abaixo apresenta a reconciliação dos saldos de abertura com os valores de fecho: g) Cobertura das responsabilidades Responsabilidades em 1 de Janeiro Custo do serviço corrente Custo dos juros (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades Benefícios pagos pela Companhia Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Responsabilidades em 31 de Dezembro 2009 6 784 835 102 863 350 794 2008 6 647 553 100 221 362 674 -21 546 167 473 -509 705 0 0 6 707 241 -493 087 0 0 6 784 835 A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2009 ascende a 6.707.241,02 Euros, encontra-se financiada por um Fundo de Pensões no valor de 7.033.751,33 Euros, o que representa um nível de financiamento de 104,87%. A Companhia não tem responsabilidades por financiar. h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo O quadro abaixo apresenta a reconciliação dos saldos de abertura com os valores de fecho: Saldo do Fundo em 1 de Janeiro Retorno esperado dos activos do plano (Ganhos) e perdas actuariais Contribuições do empregador Contribuições de participantes no plano Benefícios pagos pela Companhia Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 2009 6 882 613 275 305 -385 538 0 0 -509 705 0 0 7 033 751 2008 7 064 435 282 577 1 535 30 223 0 -493 087 0 0 6 882 613 i) Reconciliação do valor presente da obrigação de benefícios definidos da alínea f) e do justo valor dos activos do plano da alínea h) com os activos e passivos reconhecidos no balanço Responsabilidades em 31 de Dezembro Saldo do Fundo em 31 de Dezembro (Excesso) / Insuficiência do Fundo Ganhos ou perdas actuariais líquidos não reconhecidos no balanço Custo do serviço passado corrigido não reconhecido no balanço Quantia não reconhecida como um activo (devido a limite IAS 19) Outras quantias reconhecidas no balanço (Activo) / Passivo reconhecido em Balanço 2009 6 707 241 7 033 751 -326 510 2008 6 784 835 6 882 613 -97 778 -326 510 -326 510 -97 778 -97 778 | 91 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas j) Gasto total reconhecido na Conta de Ganhos e Perdas do exercício corrente Custo de serviços correntes Custo corrigido de serviços passados Custo de juros Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direitos de reembolso Ganhos e perdas actuariais Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou liquidações do plano Efeito do limite estabelecido na IAS 19 Total de impactos no Ganhos e Perdas 2009 102 863 2008 100 221 350 794 362 674 -275 305 -282 977 178 352 180 318 k) Quantia cumulativa de ganhos e perdas actuariais O valor acumulado de ganhos e perdas actuariais à data de 31 de Dezembro de 2009 em rubrica específica de capital próprio era de 498.487 Euros (2008: 91.403 Euros). l) Percentagem e quantia de cada categoria principal dos investimentos do plano e outros activos, que constituem o justo valor do total dos activos do plano; A carteira de activos do Fundo Pensões é composta da seguinte forma (por classe de activos): 2009 Títulos rendimento variável Títulos rendimento fixo Terrenos e edifícios Outros Total dos activos do Fundo 2009 Valor % 2008 Valor % 7 033 751 100% 6 882 613 100% 7 033 751 100% 6 882 613 100% m) Quantias incluídas no justo valor dos activos do plano relativas a instrumentos financeiros da entidade e qualquer terreno e edifício ocupado pela empresa de seguro A Companhia não utiliza activos do Fundo de Pensões. O Fundo não detém títulos emitidos por entidades da Companhia. n) Base usada para determinar a taxa esperada global de retorno dos activos Tendo por base a política de investimentos decorrente do Fundo de Pensões foi determinada a taxa esperada global de retorno dos activos tendo por base os ganhos expectáveis dos activos contratados. As taxas yields relativas aos juros dos títulos de rendimento fixo foram determinadas através do reembolso bruto das taxas yields à data de fecho do balanço. o) Retorno real dos activos do plano e sobre direitos de reembolso reconhecidos como um activo O retorno real dos activos do plano foi de 660.843 Euros (281.042 Euros em 2008). p) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados pela Companhia A informação apresentada foi retirada do relatório actuarial anual de avaliação do Fundo de Pensões. i. Taxas de desconto: 5.2% ii. Taxas esperadas do retorno dos activos do plano: 4.0%; iii. Taxas esperadas de crescimento das remunerações: 3.0%; iv. Taxas de tendência do crescimento dos custos médicos: não aplicável v. Tábuas de mortalidade, de invalidez e de rotação de empregados e taxas de passagem à situação de pré-reforma/reforma antecipada. Tábua de mortalidade: TV 73/77 - Esta tabela de mortalidade está de acordo com o disposto na norma nº. 21/1996-R, sendo que a dimensão da população de Participantes e Beneficiários do Fundo não é suficiente para poder efectuar análises e extrair conclusões credíveis sobre a mortalidade real destas populações. Tábua de Invalidez: S.O.A. Trans Male Rotação de serviço: 0.0% Decrementos utilizados no cálculo da probabilidade dos participantes se encontrarem no activo à idade de reforma por velhice: Na tábua de mortalidade foram utilizados decrementos por invalidez. Crescimento das pensões após a INR: 2.0% Crescimento das pensões em pagamento: 0.5% / 1.8% (1) (1) Pensões de pré-reformados: crescimento de 1.8%. Pensões de reforma em pagamento (crescimento de 1.8% para beneficiários que tenham tido um aumento maior ou igual ao índice de preços em qualquer dos anos de 2005 a 2009; crescimento de 0.5% para restantes beneficiários). Os métodos, pressupostos e hipóteses utilizadas na avaliação actuarial mantiveram-se de 2008 para 2009 à excepção do seguinte: • Reformas Antecipadas Na avaliação efectuada em 2008 considerou-se o pagamento das pensões complementares por reforma antecipada a partir dos 65 anos. Na avaliação de 2009 considerou-se que o pagamento da referida pensão se inicia a partir dos 55 anos ou, no caso dos activos com mais de 55 anos a partir da idade actual. • Crescimento das Pensões Para efeitos de avaliação actuarial temos vindo a considerar como hipótese de crescimento das pensões 2.5% para as pensões que têm tido um aumento igual Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 92 | ou superior à taxa de IPC e 0% para os restantes. Na avaliação de 2009 considerou-se um crescimento igual à média das taxas de IPC nos últimos 3 anos para as pensões que têm tido aumento maior ou igual ao IPC e 0.5% para as restantes. • Taxa de Desconto A taxa de desconto registou um decréscimo de 0.2 p.p. passando de 5.4% em 2008 para 5.2% em 2009. A taxa de desconto foi definida tendo em consideração uma yield de referência do IBOXX AA Euro Corporate 10+. • Transferência de Responsabilidades A empresa pretende transferir a responsabilidade com as pensões em pagamento assumidas por 3 apólice de rendas vitalícias Vida Grupo emitidas antes da constituição do Fundo de Pensões. Não foi possível efectuar esta transferência em 2009 devido ao facto de a decisão e acordo com o Instituto de Seguros de Portugal terem sido efectuados muito próximo do fecho do ano. Contudo, tendo em atenção a eminente transferência de responsabilidade para o Fundo de Pensões já não se emitiram prémios para as referidas apólices em 2009, tendo-se considerado um aumento de responsabilidade no Fundo igual ao valor do prémio (14.950,66 Euros). Dado que o Fundo é excedentário não se efectuou contribuição para o Fundo neste valor. q) Elementos respeitantes aos planos de amortização regulamentarmente previstos Em conformidade com o definido no artigo 5º da Norma Regulamentar nº 4/2007, de 27 de Abril, do ISP, “as empresas de seguros podem reconhecer em resultados transitados, com base num plano de amortização de prestações uniformes anuais pelo prazo máximo de cinco anos, o impacto da aplicação do novo regime contabilístico aplicável aos compromissos relativos a planos de pensões com os seus trabalhadores.” Esta disposição não foi utilizada pela Companhia porque todos os custos foram reconhecidos em 2009. t) Quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores Valor presente da obrigação de benefícios definidos Justo valor dos activos do plano Défice / (excedente) do plano Ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano 2009 2008 2007 2006 2005 6 707 241 6 784 835 6 647 553 7 521 841 7 338 799 7 033 751 -326 510 6 882 613 -97 779 7 064 435 -416 882 7 759 912 -238 071 8 393 439 -1 054 640 -21 546 167 473 -803 967 210 896 129 986 -385 538 1 535 543 556 542 874 -268 788 v) Estimativa das contribuições para o próximo exercício A contribuição prevista para 2010 é de 2.561.970 Euros, este valor inclui a transferência das Reservas Técnicas a 01/01/2010, relativas às responsabilidades com Pensões em pagamento dos Reformados e dos Pré-Reformados (anteriores à constituição do Fundo de Pensões) e que estavam caucionadas através de apólices de Rendas Vitalícias. R&C’09 | Liberty Seguros | 93 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas 23.3. Plano de pensões de reforma e préreforma (Contrato Colectivo de Trabalho para a Actividade Seguradora) – Rendas em pagamento anteriores à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros a) Política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e perdas actuariais, bem como o custo corrigido de serviços passados Os custos são reconhecidos no momento da aquisição das rendas vitalícias. b) Descrição geral do plano O plano de pensões a financiar é o constante do Contrato Colectivo de Trabalho para a actividade seguradora, cujo texto actual está disposto no capítulo V “Pensões de reforma e pré-reforma”: cláusulas 51ª a 60ª. As pessoas abrangidas pelo plano são os reformados e pré-reformados da Liberty Seguros com pensões em pagamento que se iniciaram em data anterior à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros (20 de Maio de 1998). Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos: a duração das responsabilidades do plano é de 6.88, sendo a duração modificada 6.61. c) Veículo de financiamento utilizado A cobertura das responsabilidades foi efectuada através de apólice de Seguro de Vida (Modalidade Rendas Vitalícias). Estas apólices foram contratadas na própria Companhia e, como tal, não são qualificáveis no âmbito da IAS 19. Em 2010 pretende-se transferir as responsabilidades com este plano para o Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros, sendo as apólices de seguro de vida anuladas. d) Valor e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano Valor dos Activos do Plano Taxa de rendibilidade efectiva 2009 2 547 478 4.20% 2008 2 761 574 4.30% e) Responsabilidade passada com as Rendas em pagamento anteriores à constituição do Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros Valor Actual da Responsabilidade por serviços passados Valor actual dos benefícios em pagamento Responsabilidade passada com benefícios pós emprego 2009 2008 0 0 2 547 478 2 759 211 2 547 478 2 759 211 f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios definidos Responsabilidades em 1 de Janeiro Custo do serviço corrente Custo dos juros (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades Benefícios pagos pela Companhia Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Responsabilidades em 31 de Dezembro 2009 2 759 211 0 137 974 2008 2 862 127 0 112 427 -9 141 132 738 -340 566 0 0 2 547 478 -348 081 0 0 2 759 211 g) Cobertura de Responsabilidades A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2009 ascende a 2.547.478,27 Euros, encontra-se financiada por uma apólice de seguro a 100%. A empresa não tem planos por financiar. h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo Saldo do Fundo em 1 de Janeiro Retorno esperado dos activos do plano (Ganhos) e perdas actuariais Contribuições do empregador Contribuições de participantes no plano Benefícios pagos pela Companhia Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 2009 2 761 574 106 134 -20 337 0 0 -340 566 0 0 2 547 478 2008 2 862 127 112 427 -87 125 47 975 0 -348 081 0 0 2 761 574 j) Gasto total reconhecido na Conta de Ganhos e Perdas do exercício corrente 2009 0 Custo de serviços correntes Custo corrigido de serviços passados Custo de juros Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direitos de reembolso 137 974 -106 134 Ganhos e perdas actuariais Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou liquidações do plano Efeito do limite estabelecido na IAS 19 Total de impactos no Ganhos e Perdas 31 840 m) Percentagem e quantia de cada categoria principal dos investimentos do plano e outros activos, que constituem o justo valor do total dos activos do plano A carteira de activos das rendas vitalícias não corresponde a um fundo autónomo, pelo que os activos não se encontram individualizados para estas apólices. p) Retorno real dos activos do plano e sobre os direitos de reembolso reconhecidos como um activo O retorno real dos activos do plano foi de 112.923 Euros. q) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados pela Companhia i. Taxas de desconto: 5.2% ii. Taxas esperadas do retorno dos activos do plano: 4.0%; iii. Taxas esperadas de crescimento das remunerações: não aplicável Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 94 | iv. Taxas de tendência do crescimento dos custos médicos: não aplicável v. Tábuas de mortalidade, de invalidez e de rotação de empregados e taxas de passagem à situação de pré-reforma/ reforma antecipada. - Tábua de mortalidade: TV 73/77 - Crescimento das pensões em pagamento: 0% a 1.5% t) Quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores 2009 2008 2007 2006 2005 Valor presente da obrigação 2 547 478 2 759 211 2 862 127 3 024 397 3 291 486 de benefícios definidos Justo valor dos activos do 2 547 478 2 761 574 2 862 127 3 024 397 3 291 486 plano Défice / (excedente) 0 -2 362 0 0 0 do plano Ajustamentos de experiência -22 689 53 655 39 862 54 179 42 635 resultantes dos passivos do plano Ajustamentos de experiência -6 789 -8 043 -12 270 -24 724 -42 635 resultantes dos activos do plano v) Estimativa das contribuições para o próximo exercício Não estão previstas contribuições para o próximo exercício dado que esta responsabilidade será incorporada no Fundo de Pensões dos Colaboradores da Liberty Seguros. 23.4. Complemento de Reforma Adicional a) Política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e perdas actuariais, bem como o custo corrigido de serviços passados Os custos são reconhecidos quando o respectivo benefício é auferido. Os ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio. b) Descrição geral do plano O Plano garante o pagamenR&C’09 | Liberty Seguros to de uma pensão de reforma aos 65 anos cujo valor se estabelece por negociação em contrato de trabalho individual. O plano contempla uma opção de remissão da pensão em capital à data da reforma e confere direitos adquiridos em função dos anos de serviço passados. O prazo esperado de liquidação dos compromissos é de 10 anos. Este complemento foi criado no ano de 2008. c) Veículo de financiamento utilizado A cobertura da responsabilidade foi efectuada com base numa apólice de Seguro de Vida constituída na própria Companhia e, como tal, não elegível para efeitos da IAS 19. d) Valor e taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano Valor dios Activos do Plano Taxa de rendibilidade efectiva 2009 1 219 553 3.4% 2008 1 179 470 4.3% e) Responsabilidade passada com benefícios pós-emprego Valor Actual da Responsabilidade por serviços passados Valor actual dos benefícios em pagamento Responsabilidade com benefícios pós emprego 2009 2008 665 343 554 453 0 0 665 343 554 453 f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios definidos Responsabilidades em 1 de Janeiro Custo do serviço corrente Custo dos juros (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades Benefícios pagos pela Companhia Custo inicial dos serviços passados Cortes e liquidações Responsabilidades em 31 de Dezembro 2009 554 453 82 059 31 715 2008 0 0 0 -2 883 0 0 0 0 665 343 0 554 453 0 554 453 g) Cobertura das responsabilidades A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2009 ascende a 665.343,18 Euros, encontra-se financiada por uma apólice de seguro a 183%. A Companhia não tem planos por financiar. h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo Saldo do Fundo em 1 de Janeiro Retorno esperado dos activos do plano (Ganhos) e perdas actuariais Contribuições do empregador Contribuições de participantes no plano Encargos de Gestão Benefícios pagos pela Companhia Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 2009 1 179 470 47 179 7 077 0 0 -19 0 0 0 1 219 553 2008 0 1 646 -121 1 177 708 0 -5 0 0 0 1 179 470 O montante reflectido como saldo do fundo é superior à responsabilidade estimada 665.343 Euros, uma vez que a Companhia entendeu financiar em 2008 a totalidade das responsabilidades futuras através do registo de um prémio único. | 95 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas p) Retorno real dos activos do plano e direitos de reembolso reconhecidos como um activo O retorno real dos activos do plano foi de 40.102 Euros. q) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados pela Companhia i. Taxas de desconto: 5.2% ii. Taxas esperadas do retorno dos activos do plano: 4.0%; iii. Taxas esperadas de crescimento das remunerações: não aplicável iv. Taxas de tendência do crescimento dos custos médicos: não aplicável v. Tábua de mortalidade: GRM/GRF 95 t) Quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores 2009 Valor presente da obrigação de benefícios definidos Justo valor dos activos do plano Défice / (excedente) do plano Ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano 665 343 2008 2007 554 453 0 1 219 553 1 179 470 -554 209 -625 018 0 0 0 0 0 0 0 0 v) Estimativa das contribuições para o próximo exercício Não se prevê contribuição para 2010. 24. Imposto sobre o rendimento O cálculo do imposto corrente dos exercícios de 2009 e 2008 foi apurado pelo Companhia com base numa taxa nominal de imposto e derrama de 26.5%, as quais correspondem à taxa nominal aprovada à data de balanço. As declarações de autoliquidação da Companhia ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos, o qual é alargado para 6 anos no caso de existirem prejuízos fiscais reportáveis. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração da Companhia que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. Em 2009 a Administração Fiscal reviu o ano de 2007 sem impactos significativos. Não se esperam ajustamentos significativos à declaração dos anos de 2008 e 2009 (ainda não foram objecto de fiscalização pelas Autoridades Fiscais). Permanece o diferendo relativo a prejuízos fiscais não aceites pelas entidades fiscais das sucursais Winterthur Seguros Generales, Sociedade Anónima de Seguros e Resseguros e Winterthur Vida, Sociedade Anónima de Seguros sobre La Vida no valor de: Ano 2000: 13.252.791 Euros Ano 2001: 17.147.752 Euros Em Fevereiro de 2005, pelo Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul a integração destes prejuízos fiscais foi diferida. A Administração Fiscal interpôs recurso para o Supremo Tribunal Administrativo (STA), que em 12 de Julho de 2006 decidiu desfavoravelmente à Liberty Seguros S.A.. Em 1 de Agosto de 2006 a Liberty Seguros S.A. apresentou pedido de Nulidade do Acórdão que foi indeferido pelo STA. Em 30 de Novembro de 2006 a Liberty Seguros S.A. deduziu Recurso para o Tribunal Constitucional. O recurso foi admitido pelo que o processo subiu ao Tribunal Constitucional para apreciação. No dia 5 de Fevereiro de 2009 o Supremo Tribunal Administrativo através do despacho do Relator admitiu a julgamento o Recurso de Uniformização de Jurisprudência, conformando-se com a reforma do Acórdão (revogou anteriores decisões negativas do Relator e da Conferência) não encontrando razões para rejeitar o recurso. Durante o ano de 2009 não existiram alterações significativas no processo, somente desenvolvimentos processuais. Dessa forma, os montantes associados aos prejuízos fiscais não aceites pelas entidades fiscais não se encontram, numa óptica de prudência, reconhecidos como activos. Resultado antes de impostos Taxa de imposto Imposto calculado com base na taxa de imposto Diferenças permanentes Variação das Valias Potenciais (Reconhecimento Inicial) Vida c/Part.(1/5) Variação anual de Valias potenciais Vida c/ Participação Benefícios fiscais Excesso de Estimativa Outras diferenças permanentes Diferenças temporarias Variação das Valias Potenciais (Reconhecimento Inicial) Vida c/Part.(1/5) Especialização de custos Provisões Amortizações Extraordinárias Outras diferenças temporárias Prejuizos fiscais utilizados Colecta Tributação autónoma Total Imposto Corrente 2009 12 494 599 26,50% 2008 4 984 709 26,50% 3 311 069 1 320 948 5 139 403 -2 502 548 0 -689 394 5 191 844 -1 933 701 -69 091 -1 847 18 497 -660 512 -117 236 -4 442 242 225 -129 194 -689 394 0 138 596 -189 365 -8 187 87 838 -1 181 092 6 608 866 240 013 6 848 879 -162 821 124 045 -166 230 75 812 0 0 209 256 209 256 24.1 Estimativa de imposto Apresenta-se de seguida o suporte ao cálculo da estimativa de imposto reconhecida no exercício: O imposto corrente sobre os lucros estimados, no valor de 6.848.879 Euros, reparte-se quanto à sua natureza em dois vectores, a saber: 1. Com impacto em resultados 2.346.430 Euros, imposto corrente sobre o resultado líquido após utilização dos prejuízos fiscais de 2008, no montante de 4.724.369 Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 96 | Euros, acrescido do imposto relativo às tributações autónomas de 240.012 Euros. O montante líquido de (88.901 Euros) de ajustamentos ao exercício, na sua maioria por via das utilizações das provisões comerciais e da especialização de custos do exercício, tornam-se neste exercício irrelevantes em valor para cálculo do imposto; 2. Com impacto em reservas 4.502.449 Euros, que corresponde na sua totalidade, à aplicação da taxa de imposto corrente de 26.5% sobre uma base de mais-valias potenciais de carteira de títulos vida com participação ocorridos no exercício, e a 1/5 do montante apurado de menosvalias potenciais de carteira de títulos vida com participação à data de 31.12.2007 (reconhecimento inicial), que por imposição legal será deduzido por 5 anos, procedendo neste exercício à dedução do segundo quinto. Este valor encontra-se reflectido no montante apresentado como reserva por imposto diferido no capital próprio por inexistência de rubrica adequada para o registo do imposto corrente. 24.2 Componentes de gasto/rendimento de impostos O imposto sobre rendimento reportado na demonstração de resultados decompõe-se como segue: Imposto Corrente Imposto Diferido Imposto registado em Resultado R&C’09 | Liberty Seguros 2009 2 346 430 -1 036 837 1 309 593 2008 209 256 1 172 451 1 381 708 O montante reconhecido como imposto diferido, com impacto em Ganhos e Perdas dos Impostos Diferidos, calculado sobre diferenças temporárias, para o exercício 2009 e 2008 pode ser resumido como segue: Provisões Comerciais Especialização do Exercício Amortizações Extraordinárias Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais Fundo de Pensões Seguros/Operações do ramo vida Prejuizo fiscal do exercício Outros Impostos diferidos activos/(passivos) Reconhecido nos Resultados 2009 2008 -209 970 61 223 138 596 -162 821 -8 187 -222 625 73 408 62 822 97 571 144 043 -1 310 794 38 496 -1 036 837 84 562 0 1 310 794 38 496 1 172 451 24.3 Imposto sobre o rendimento reportado em reservas O imposto reportado em reservas para 2009 e 2008 explica-se como segue: Imposto Corrente Valias Potenciais de Titulos com Participação Vida Transferências entre rubricas de Capital Próprio Imposto Diferido Saldo Inicial Fundo de Pensões com impacto em reservas Valias Potenciais de Titulos excepto Vida com Participação Imposto registado em Resultado 2009 -1 744 873 2008 0 -4 502 449 0 2 757 576 0 -686 297 4 261 630 4 261 630 -157 164 -116 800 0 -4 831 127 4 418 794 -2 431 171 4 261 630 Os montantes reflectidos na rubrica de reservas por imposto decorrem: (i) Estimativa de imposto do exercício; (ii) Imposto diferido apurado no exercício referente ao Fundo de Pensões; (iii)Imposto diferido referente a valias potenciais de activos detidos para venda e associados à carteira de Vida sem participação nos resultados e Não Vida. 24.4 Detalhe das variações dos impostos diferidos (activos e passivos) reconhecidos em Balanço Provisões Comerciais Especialização do Exercício Amortizações Extraordinárias Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais Seguros/Operações do ramo vida Prejuizo fiscal de investimento Impostos diferidos activos Fundo de Pensões Fundo para Dotações Futuras Impostos diferidos passivos Impostos diferidos reconhecidos em resultados Reconhecido nos Resultados 2009 2008 -209 970 61 223 138 596 -162 821 -8 187 -222 625 73 408 62 822 144 043 -1 310 794 -1 172 904 97 571 38 496 136 067 0 1 310 794 1 049 393 84 562 38 496 123 058 -1 036 837 1 172 451 | 97 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas Unrealized Gains/Losses Impostos diferidos activos Fundo de Pensões Equity Impostos diferidos passivos Impostos diferidos reconhecidos em capital Reconhecido no Capital 2009 2008 -4 831 127 4 285 852 -4 831 127 4 285 852 -116 800 132 942 -116 800 132 942 -4 947 927 4 418 794 24.5 Reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser demonstrada como se segue: Resultado antes de impostos Taxa de imposto Imposto calculado com base na taxa de imposto Variação das Valias Potenciais (Reconhecimento Inicial) Vida c/Part.(1/5) Variação anual de Valias potenciais Vida c/ Participação Benefícios fiscais Excesso de Estimativa Outras diferenças permanentes Imposto calculado com base na taxa de imposto Tributação autónoma Imposto sobre o RAI e Diferenças Permanentes com Tribitação Autonoma 2009 12 494 599 26.50% 2008 4 984 709 26.50% 3 311 069 1 320 948 0 -689 394 0 -1 933 701 -69 091 -1 847 18 497 -117 236 -4 442 242 225 3 258 628 0 240 013 209 256 3 498 641 209 256 Neste exercício a variação das Valias Potenciais resultantes de produtos de Vida com Participação nos Resultados foram reconhecidas em Reservas por Imposto Diferido. A Companhia utilizou, à data de 31 de Dezembro de 2009, o montante de 4.946.391 Euros relativo aos prejuízos fiscais do ano fiscal de 2008, anulando totalmente o activo em imposto diferido reportado naquele ano. Ano 2006 2007 2008 2009 Total Prejuízo Fiscal Declarado 0 0 4 946 391 0 4 946 391 Utilização dos prejuízos 0 0 0 -4 946 391 -4 946 391 25. Capital A totalidade do Capital Social de 24.348.750,69 Euros é representada por 464.937 acções nominativas de valor nominal unitário de 52,37 Euros. Todas as acções emitidas estão inteiramente pagas. A totalidade das acções pertence à sociedade Liberty Insurance Group, Compania de Seguros e Reaseguros, S.A, com sede em Madrid, a qual pertence ao Grupo Liberty cuja empresa mãe de topo é a Liberty Mutual Holding Company com sede em Boston, EUA. Em 31 de Dezembro de 2009, o valor nominal de cada acção é de 52,37 Euros. Número de acções em 1 de Janeiro Aumento de Capital efectuado durante o ano Número de acções em 31 de Dezembro 2009 464 937 2008 464 937 464 937 464 937 26. Reservas 26.1 Natureza e Finalidade das Reservas dentro do Capital Próprio Reserva legal A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido. Reservas de reavaliação As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. Reservas por impostos diferidos Os impostos diferidos, calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Outras Reservas Nesta rubrica a Companhia tem registado as Reservas Livres, as quais resultam de resultados positivos, não necessários para dotar a reserva legal nem para cobrir prejuízos transitados e não distribuídos aos accionistas. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 98 | 26.2 Movimentos das Reservas dentro do Capital Próprio Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: 2009 Reservas de Reavaliação Por ajustamento no justo valor de activos financeiros Por revalorização de terrenos e edíficios de uso próprio Reservas por impostos diferidos Por ajustamento no justo valor de activos financeiros Por movimentos no Fundo de Pensões Outras Reservas Reserva Legal Resultados Transitados Resultado do exercício 2008 6 951 626 -26 071 498 -2 290 149 4 285 852 -141 022 -24 222 13 369 034 12 928 278 5 577 206 4 982 416 34 669 393 32 073 855 9 111 332 5 947 904 A variação ocorrida na rubrica de reservas encontra-se detalhada na demonstração de variações no capital próprio. 27. Resultados por acção Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário (resultado líquido do exercício, após dedução dos dividendos preferenciais) pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação, excluindo o número médio de acções próprias detidas pela Companhia. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o apuramento dos resultados por acção pode ser apresentado como segue: Lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário (numerador) Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (denominador) Resultado por acção Básico (€) R&C’09 | Liberty Seguros 2009 2008 9 111 331 5 947 904 464 937 464 937 19,6 12,8 28. Dividendos por acção A Companhia não procedeu à distribuição de dividendos em 2009. 29. Transacções entre partes relacionadas As contas da Companhia são consolidadas na Liberty Insurance Group, Compañia de Seguros y Reaseguros, S.A.. Em Espanha em 31 de Dezembro de 2009, esta sociedade era detentora de 100% da Liberty Seguros. A Empresa mãe de topo é a Liberty Mutual Holding Company Inc sediada em Boston, Estado de Massachuster , Estados Unidos da América. A Liberty Seguros não possui sucursais, os relacionamentos existentes com as empresas mães e filiais são os seguintes: Liberty Seguros Spain: Empréstimo de valores Liberty International Insurance Company: Gestão de Investimentos Liberty Mutual Insurance Company: Resseguro Cedido Liberty Mutual Insurance Europe Limited: Resseguro Cedido Génesis Seguros Generales SA de Seguros e Reaseguros: Resseguro Aceite A 22 de Outubro de 2009 efectuou-se o pagamento do empréstimo subordinado efectuado, a 21 de Outubro de 2008, à accionista Liberty Seguros, Compania de Seguros y Reaseguros, Sociedad Anónima no valor de 14.672.438 Euros, por tempo indeterminado, destinado a reforçar a cobertura da margem de solvência. Apresenta-se no quadro abaixo um resumo das operações do exercício de 2009 e 2008, com estas entidades relacionadas: Partes relacionadas Liberty Seguros Spain Liberty International Insurance Company Liberty Mutual Insurance Company Liberty Mutual Insurance Group Genesis Seguros Generales Liberty Mutual Insurance Europe Limited Partes relacionadas Liberty Seguros Spain Liberty International Insurance Company Liberty Mutual Insurance Company Liberty Mutual Insurance Group Genesis Seguros Generales Liberty Mutual Insurance Europe Limited Activo 2009 Passivo 190 000 Custos Proveitos 718 710 988 418 291 117 1 552 796 4 342 049 35 801 47 077 Activo 35 801 1 924 271 218 796 2008 Passivo Custos Proveitos 14 846 004 173 566 83 177 982 940 1 254 736 4 513 821 1 519 969 28 221 | 99 | Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas O Conselho de Administração da Companhia é composto por dois administradores e Directores Coordenadores: Membros do Conselho de Direcção Dr. José António da Graça Duarte de Sousa Dra. Marta Sobreira Reis Alarcão Troni Rogerio Bicho Paula Garrido Eduardo Romano Graça Amaral Luis Cardoso Paula Neto Isabel Ribeiro Ana Paula Fernandes Administrador / CEO Administrador / CFO Nos exercícios de 2009 e 2008 os encargos suportados com remunerações e outros benefícios a elementos do Conselho de Administração da Companhia apresentam a seguinte composição: Remunerações de curto prazo Salários Segurança Social Bónus de curto prazo Encargos sobre bónus de curto prazo Seguro sobrevivência, Prémios Seguro sobrevivência, Capital Seguro Vida, Prémios Seguro Vida, Capital Benefícios de Longo Prazo Bónus de longo Prazo Encargos sobre Bónus de Longo Prazo Benefícios Pós- Emprego Fundo de Pensões: Responsabilidades Fundo de Pensões: Contribuições Plano de Pensões Complementar: Responsabilidades Plano de Pensões Complementar: Contribuições 2009 2008 1 149 953 227 073 489 760 59 694 14 845 5 479 767 24 892 2 004 760 1 051 908 204 991 543 546 81 402 14 170 4 980 086 22 237 1 971 034 462 291 61 094 424 169 50 259 164 130 18 506 131 592 17 339 1 015 075 870 064 0 1 177 708 30. Demonstração de fluxos de caixa Fluxos de Caixa de Actividades Operacionais Prémios recebidos Prémios resseguro cedido Fluxos de Caixa de Actividades Operacionais Sinistros Pagos Sinistros recebidos Resseguro Cedido Comissões liquidas Despesas gerais pagas Outros Impostos Pagos Outras Despesas Pagas Fluxo de Caixa de Actividades Seguros Rendimentos de investimentos Recebidos Fluxos Caixa Operacional Antes Impostos Impostos Pagos Fluxo Caixa liquido Gerado (Usado) pelas Operações Fluxos de Caixa de Actividades de Investimento Compras de Investimentos Vendas e Maturidade de Investimentos Bens e Equipamentos Compras Bens e Equipamentos Vendas Emprestimos Tomadores de Seguros Outras aquisições Fluxo Caixa de Investimentos Fluxos de Caixa de Actividades de Financiamento Tomadores Seguro Actividade Liquida Empréstimos Subordinados Fluxo Caixa de Actividades Financiamento Fluxo de Caixa decorrente Operações Variação Liquida em Caixa, Equivalentes e Dep. Ordem Caixa e Equivalentes no inicio do periodo Caixa e Equivalentes no fim do periodo 2009 2008 190 279 377 -11 593 791 190 996 755 -11 757 063 178 685 586 179 239 692 -140 575 696 -147 663 278 677 716 1 200 188 -26 972 093 -26 089 113 -34 336 613 -40 575 246 -2 477 427 -1 967 074 -623 008 930 625 -204 307 121 -214 163 898 30 177 396 31 013 354 4 555 861 -3 910 852 1 672 185 -2 459 088 6 228 046 -6 369 940 -90 862 329 -129 977 351 98 142 322 132 248 836 -1 589 121 -1 646 520 0 321 535 250 000 0 97 780 -97 780 6 038 652 848 720 -1 355 060 -14 672 438 -16 027 498 -9 988 846 -2 923 724 14 672 438 11 748 714 12 597 434 -3 760 800 6 227 494 6 755 283 2 994 483 527 789 6 755 283 31. Compromissos A Companhia possui diversos contratos de locação operacional de veículos e mobiliário de escritório. Os pagamentos efectuados no âmbito desses contratos de locação são reconhecidos nos resultados no decurso da vida útil do contrato. Os pagamentos futuros mínimos relativos aos contratos de locação operacional não revogáveis são os seguintes: Rendas vincendas de contratos de leasing 2010 2011 2012 274 188 44 841 12 850 2013 2014 2015 667 0 0 Os contratos de locação não obrigam à aquisição dos bens no final do contrato. Liberty Seguros | R&C’09 Notas ao Balanço e à Conta de Ganhos e Perdas| 100 | 32. Passivos contingentes A Companhia está envolvida em processos judiciais em Portugal, relacionados com acções movidas pela Companhia e contra a mesma, os quais estão relacionados com o decurso normal da sua actividade enquanto empresas de seguros, entidades empregadoras e contribuintes fiscais. Não é exequível estimar ou prever o desfecho final dos processos judiciais em curso. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Companhia que, com as devidas reservas, é remota a possibilidade de o desfecho dos processos judiciais em curso vir a ter um efeito material adverso nas demonstrações financeiras da Companhia. As contingências fiscais da Companhia encontram-se descritas na nota 13 do Anexo. 34. Elementos Extrapatrimoniais Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 o total de garantias bancárias eram 169.000 Euros. Estas garantias estão relacionadas com os processos de sinistro. 36. Acontecimentos após a data do balanço não descritos em pontos anteriores A 20 de Fevereiro de 2010 ocorreu uma tempestade na Ilha da Madeira cujas proporções conduziram uma abertura elevada de processos de sinistros na Liberty Seguros. O custo estimado no inicio de Março de 2010 ascendia a 405.000 Euros, distribuindo-se pelos ramos Automóvel (45.000 Euros) e Multiriscos (360.000 Euros). À data de aprovação dos Anexo às Contas de 2009, a fraude mencionada na nota 13 não tinha tido qualquer evolução. A 31 de Dezembro de 2009 foi constituída uma provisão para sinistros para cobertura dos eventos decorrentes de grandes tempestades ocorridas entre 23 de Dezembro e 31 de Dezembro de 2009 na Liberty Seguros no montante de 2.700.000 Euros. A esta data o montante de sinistros já declarado ascende a 2.600.000 Euros. Durante o mês de Janeiro de 2010 a apólice correspondente ao pagamento de pensões de colaboradores da ex-Wintherthur já reformados foi transferida para o Fundo de Pensões da Liberty Seguros. O montante de activos e passivos transferidos ascendeu a 2.665.131 Euros e 2.547.478 Euros, respectivamente. O Técnico de Contas O Administrador Luis Manuel Matias José António de Sousa A Directora Financeira Marta Sobreira Reis Alarcão Troni Lisboa, 26 de Fevereiro de 2010 R&C’09 | Liberty Seguros | 101 | Anexos Anexos Liberty Seguros | R&C’09 Anexos | 102 | Quantidade Montante do valor nominal % do Preço Valor de balanço Valor total de valor médio de aquisição unitário* Total nominal aquisição 1 - FILIAIS, ASSOCIADAS, EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E OUTRAS EMPRESAS PARTICIPADAS E PARTICIPANTES 1.1 - Títulos nacionais 1.1.1 - Partes de capital em filiais 1.1.2 - Partes de capital em associadas 1.1.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos 1.1.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes sub-total 1.1.5 - Títulos de dívida de filiais 1.1.6 - Títulos de dívida de associadas 1.1.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos 1.1.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes sub-total 1.1.9 - Outros títulos em filiais 1.1.10 - Outros títulos em associadas 1.1.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos 1.1.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes sub-total sub-total 1.2 - Títulos estrangeiros 1.2.1 - Partes de capital em filiais 1.2.2 - Partes de capital em associadas 1.2.3 - Partes de capital em empreendimentos conjuntos 1.2.4 - Partes de capital em outras empresas participadas e participantes sub-total 1.2.5 - Títulos de dívida de filiais 1.2.6 - Títulos de dívida de associadas 1.2.7 - Títulos de dívida de empreendimentos conjuntos 1.2.8 - Títulos de dívida de outras empresas participadas e participantes sub-total 1.2.9 - Outros títulos em filiais 1.2.10 - Outros títulos em associadas 1.2.11 - Outros títulos em empreendimentos conjuntos 1.2.12 - Outros títulos de outras empresas participadas e participantes sub-total sub-total total 2 - OUTROS 2.1 - Títulos nacionais 2.1.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.1.2.1 - Acções AUDATEX sub-total 2.1.2.2 - Títulos de participação sub-total 2.1.2.3 - Unidades de participação em fundos de investimento sub-total 2.1.2.4 - Outros sub-total sub-total 2.1.2 - Títulos de dívida 2.1.2.1 - De dívida pública GOV PORTUG CONSOLIDADO GOV PORTUG CONSOLIDADO GOV PORTUG CONSOLIDADO GOV PORTUG CONSOLIDADO OBRIG DO TES MEDIO PRAZO OBRIG DO TES MEDIO PRAZO OBRIG DO TES MEDIO PRAZO OBRIGACOES DO TESOURO OBRIGACOES DO TESOURO OBRIGACOES DO TESOURO OBRIGACOES DO TESOURO OBRIGACOES DO TESOURO OBRIGACOES DO TESOURO sub-total 2.1.2.2 - De outros emissores públicos sub-total 2.1.2.3 - De outros emissores sub-total total 2.2 - Títulos estrangeiros 2.2.1 - Instrumentos de capital e unidades de participação 2.2.2.1 - Acções GMAC INC sub-total 2.2.2.2 - Títulos de participação sub-total 2.2.2.3 - Unidades de participação em fundos de investimento sub-total R&C’09 | Liberty Seguros 90,00 90,00 250,00 250,00 22 500,00 22 500,00 250,00 250,00 22 500,00 22 500,00 90,00 250,00 22 500,00 250,00 22 500,00 3 037,68 6 095,31 1 695,91 5 796,03 1 130 000,00 1 000 000,00 1 800 000,00 2 000 000,00 500 000,00 3 869 282,52 465 000,00 18 550 000,00 625 000,00 29 955 907,45 90,00 803,00 803,00 29 955 907,45 52,52 43,13 33,39 59,00 100,02 108,34 98,72 100,35 102,03 102,27 99,10 102,02 94,79 1 595,39 2 628,91 566,26 3 419,66 1 130 233,00 1 083 400,00 1 776 960,00 2 006 960,00 510 156,44 3 956 960,08 460 814,93 18 924 862,42 592 437,50 30 450 994,59 2 005,24 4 243,88 966,30 4 376,00 1 178 669,49 1 061 236,92 1 880 871,86 2 162 370,68 554 638,90 4 082 379,06 501 693,89 20 301 093,31 620 049,59 32 354 595,12 250,00 30 473 494,59 250,00 32 377 095,12 226,60 226,60 181 957,87 181 957,87 459,96 459,96 369 351,46 369 351,46 | 103 | Anexos Quantidade 2.2.2.4 - Outros sub-total sub-total 2.2.2 - Títulos de dívida 2.2.2.1 - De dívida pública BELGIUM KINGDOM BELGIUM KINGDOM BELGIUM KINGDOM BELGIUM KINGDOM BONOS Y OBLIG DEL ESTADO BONOS Y OBLIG DEL ESTADO BONOS Y OBLIG DEL ESTADO BONOS Y OBLIG DEL ESTADO BONOS Y OBLIG DEL ESTADO BONOS Y OBLIG DEL ESTADO GOVERNMENT BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESREPUB. DEUTSCHLAND BUNDESSCHATZANWEISUNGEN BUONI POLIENNALI DEL TES BUONI POLIENNALI DEL TES BUONI POLIENNALI DEL TES BUONI POLIENNALI DEL TES BUONI POLIENNALI DEL TES BUONI POLIENNALI DEL TES GOVERNMENT CZECH REPUBLIC FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRANCE (GOVT OF) FRENCH TREASURY NOTE FRENCH TREASURY NOTE HELLENIC REPUBLIC ITALIAN REPUBLIC GOVERNMENT ITALIAN REPUBLIC GOVERNMENT NETHERLANDS GOVERNMENT NETHERLANDS GOVERNMENT NETHERLANDS GOVERNMENT POLAND GOVERNMENT BOND REPUBLIC OF AUSTRIA REPUBLIC OF AUSTRIA UNITED MEXICAN STATES UNITED MEXICAN STATES UNITED MEXICAN STATES sub-total 2.2.2.2 - De outros emissores públicos sub-total 2.2.2.3 - De outros emissores ABB INTL FINANCE LTD ABB INTL FINANCE LTD AMERICAN HONDA FINANCE ANGLO AMERICAN CAPITAL ANHEUSER-BUSCH INBEV SA ARCELOR FINANCE ARCELOR FINANCE ASFINAG ASSICURAZIONI GENERALI ASTRAZENECA PLC AT&T INC AUST & NZ BANKING GROUP AUTOBAHN SCHNELL AG AVIVA PLC AYT CEDULAS CAJAS GLOBAL AYT CEDULAS CAJAS GLOBAL AYT CEDULAS CAJAS GLOBAL AYT CEDULAS CAJAS III BANCO BILBAO VIZCAYA ARG Montante do valor nominal % do Preço Valor de balanço Valor total valor médio de de aquisição unitário* Total nominal aquisição 803,00 226,60 181 957,87 459,96 369 351,46 1 500 000,00 1 875 000,00 2 125 000,00 1 300 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 1 500 000,00 2 000 000,00 675 000,00 1 500 000,00 1 450 000,00 1 200 000,00 2 500 000,00 4 450 000,00 3 370 000,00 1 000 000,00 410 000,00 4 475 000,00 2 775 000,00 6 525 000,00 3 675 000,00 4 600 000,00 575 000,00 2 750 000,00 2 000 000,00 875 000,00 2 600 000,00 1 000 000,00 650 000,00 1 200 000,00 50 000,00 2 500 000,00 1 500 000,00 2 050 000,00 1 350 000,00 925 000,00 2 800 000,00 4 000 000,00 1 050 000,00 4 700 000,00 970 000,00 1 800 000,00 195 000,00 500 000,00 1 500 000,00 2 000 000,00 1 280 000,00 1 470 000,00 2 725 000,00 3 140 000,00 2 500 000,00 850 000,00 1 500 000,00 600 000,00 8 050 000,00 8 925 000,00 122 485 000,00 104,86 103,45 97,93 103,64 113,30 96,63 103,81 113,51 93,92 101,31 119,63 110,78 101,42 97,11 102,18 97,79 95,85 100,64 96,02 8,76 101,49 104,44 104,11 101,24 97,38 100,43 114,72 97,29 104,04 116,14 99,40 121,82 116,75 101,49 99,60 89,36 96,78 96,71 94,32 93,86 100,86 102,11 98,85 98,37 98,82 95,44 108,77 100,80 95,32 100,88 96,98 98,25 93,25 111,41 104,31 96,03 1 572 900,00 1 939 643,40 2 081 008,49 1 347 350,00 2 265 935,76 966 300,00 1 557 150,00 2 270 129,06 633 960,00 1 519 598,73 1 734 635,00 1 329 300,00 2 535 613,00 4 321 305,00 3 443 599,10 977 900,00 392 985,00 4 503 798,75 2 664 585,00 571 871,74 3 729 904,50 4 804 432,00 598 636,30 2 783 962,50 1 947 500,00 878 762,50 2 982 615,20 972 900,00 676 266,50 1 393 680,00 49 700,00 3 045 375,00 1 751 250,00 2 080 506,00 1 344 598,00 826 598,50 2 709 750,17 3 868 598,20 990 360,00 4 411 225,00 978 380,80 1 837 998,00 192 748,72 491 850,00 1 482 300,00 1 908 875,46 1 392 211,15 1 481 745,42 2 597 400,25 3 167 553,50 2 424 500,00 835 125,00 1 398 750,00 668 447,58 8 396 800,98 8 570 928,09 118 301 803,35 1 670 198,97 1 976 478,89 2 158 594,35 1 395 550,70 2 451 709,39 1 053 654,81 1 568 074,08 2 331 328,02 645 888,36 1 624 121,11 1 915 035,01 1 324 640,75 2 804 348,09 4 789 765,48 3 702 531,18 1 013 423,33 429 207,12 4 853 214,11 2 897 602,67 7 162 546,29 3 728 631,35 4 815 132,59 619 616,46 2 778 281,94 2 111 285,26 931 218,53 3 019 239,99 1 022 817,66 676 615,27 1 473 476,91 54 518,02 3 080 706,71 1 807 921,08 2 196 915,62 1 434 346,92 947 166,68 2 839 966,19 4 156 972,46 1 016 439,54 4 994 357,11 1 005 344,86 1 931 899,15 205 187,35 541 475,23 1 422 942,83 2 100 278,27 1 467 708,15 1 529 949,23 2 781 540,60 3 431 867,46 2 525 233,77 866 885,84 1 469 940,75 644 363,01 8 748 078,35 9 265 678,26 131 411 912,11 1 000 000,00 1 500 000,00 1 000 000,00 1 100 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 2 375 000,00 700 000,00 1 300 000,00 1 000 000,00 2 000 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 500 000,00 1 200 000,00 2 500 000,00 6 200 000,00 1 200 000,00 2 900 000,00 108,60 98,66 98,33 102,45 99,17 102,64 101,75 90,17 106,80 103,35 104,29 102,17 102,65 102,33 89,06 95,13 88,67 106,30 102,93 1 086 000,00 1 479 900,00 983 300,00 1 126 928,00 991 670,00 1 026 424,33 2 416 660,45 631 190,00 1 388 366,00 1 033 500,00 2 085 820,00 2 043 400,00 1 026 500,00 511 625,00 1 068 720,00 2 378 271,48 5 497 509,00 1 275 577,52 2 984 975,97 1 082 836,32 1 616 509,32 1 050 598,66 1 238 433,52 1 335 556,66 1 041 000,68 2 444 188,69 701 334,22 1 370 251,18 1 032 497,62 2 334 646,10 2 094 377,44 1 067 859,25 493 833,27 996 288,14 2 282 591,50 5 971 741,84 1 294 637,83 2 933 826,71 Liberty Seguros | R&C’09 Anexos | 104 | Quantidade BANCO BILBAO VIZCAYA ARG BANCO BILBAO VIZCAYA ARG BANCO BRADESCO SA BANCO DE SABADELL SA BANCO SANTANDER SA BANK OF AMERICA CORP BANK OF SCOTLAND CORPORATE BANK OF SCOTLAND PLC BANQUE FED CRED MUTUEL BAYER HYPO- VEREINSBANK BBVA BANCOMER SA BES FINANCE LTD BMW FINANCE NV BMW FINANCE NV CORPORATE BMW US CAPITAL LLC BMW US CAPITAL LLC BRISTOL-MYERS SQUIBB BRISTOL-MYERS SQUIBB BRITISH TELECOM PLC CAISSE D'AMORT DETTE SOC CAISSE D'AMORT DETTE SOC CAISSE D'AMORT DETTE SOC CAISSE D'AMORT DETTE SOC CAISSE NATL D'AUTOROUTES CAJA AHORRO MONTE MADRID CAJA AHORRO MONTE MADRID CIE FINANCEMENT FONCIER CIR SPA CITIGROUP INC CITIGROUP INC CITIGROUP INC CITIGROUP INC CORPORATE CREDIT SUISSE 3.625 1/23/13 CSSE DE REF DE L'HABITAT CSSE DE REF DE L'HABITAT DAIMLER INTL FINANCE BV DAIMLER INTL FINANCE BV DAIMLERCHRYSLER CAN FIN DAIMLERCHRYSLER INTL FIN CORPORATE DAIMLERCHRYSLER NA HLDG DAIMLERCHRYSLER NA HLDG DEUTSCHE TELEKOM INT FIN DEUTSCHE TELEKOM INT FIN CORPORATE DEXIA MUNICIPAL AGENCY DIAGEO CAPITAL BV E. ON INTERNATIONAL FIN CORPORATE E. ON INTL FINANCE 4.75% 11/25/10 EADS FINANCE B.V. ELECTRICITE DE FRANCE ELIA SYSTEM OP SA/NV ELIA SYSTEM OP SA/NV ENEL INVESTMENT HLDG BV ENEL-SOCIETA PER AZIONI ENEL-SOCIETA PER AZIONI ENEL-SOCIETA PER AZIONI ENI SPA ERSTE BK OEST SPARKASSEN EUROPEAN INVESTMENT BANK EUROPEAN INVESTMENT BANK EUROPEAN INVESTMENT BANK EUROPEAN INVESTMENT BANK EUROPEAN INVESTMENT BANK EUROPEAN INVESTMENT BANK EWE AG FINMECCANICA FINANCE SA FINMECCANICA SPA FORTUNE BRANDS INC FRANCE TELECOM FRANCE TELECOM FRANCE TELECOM FRANCE TELECOM CORPORATE GAZ DE FRANCE GE CAPITAL EURO FUNDING GENERAL ELEC CAP CORP GIE PSA TRESORERIE GIE PSA TRESORERIE GIE SUEZ ALLIANCE GIE SUEZ ALLIANCE GLAXOSMITHKLINE CAP PLC GLENCORE FIN EUROPE LUX GOLDMAN SACHS GROUP INC HANNOVER FINANCE SA HBOS PLC HBOS TREASURY SRVCS PLC HBOS TREASURY SRVCS PLC R&C’09 | Liberty Seguros Montante do valor nominal 2 000 000,00 1 000 000,00 4 445 000,00 1 400 000,00 7 400 000,00 800 000,00 1 500 000,00 600 000,00 4 100 000,00 2 150 000,00 3 100 000,00 700 000,00 500 000,00 3 950 000,00 1 500 000,00 500 000,00 500 000,00 4 225 000,00 2 400 000,00 2 375 000,00 1 950 000,00 500 000,00 2 000 000,00 1 800 071,00 300 000,00 1 300 000,00 500 000,00 3 800 000,00 2 000 000,00 2 000 000,00 2 400 000,00 750 000,00 1 000 000,00 800 000,00 2 500 000,00 650 000,00 1 000 000,00 1 200 000,00 2 850 000,00 1 700 000,00 2 000 000,00 2 000 000,00 3 325 000,00 1 500 000,00 750 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 6 175 000,00 2 750 000,00 3 500 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 7 688 000,00 3 550 000,00 2 500 000,00 950 000,00 700 000,00 1 750 000,00 500 000,00 6 265 000,00 6 900 000,00 2 500 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 1 500 000,00 6 550 000,00 450 000,00 3 950 000,00 4 100 000,00 600 000,00 6 925 000,00 4 400 000,00 4 800 000,00 2 600 000,00 800 000,00 4 500 000,00 1 500 000,00 5 075 000,00 3 150 000,00 1 200 000,00 % do Preço Valor de balanço Valor total de valor médio de aquisição unitário* Total nominal aquisição 84,04 90,21 110,05 92,69 85,00 97,31 109,42 93,32 105,00 109,30 100,00 96,90 97,20 99,24 87,23 107,24 100,56 98,86 86,68 100,99 102,25 101,16 99,61 105,92 108,31 89,82 103,80 100,62 102,45 103,23 93,42 101,24 81,62 107,20 94,68 106,10 104,80 101,98 104,18 100,20 91,96 113,92 133,01 98,73 99,63 112,95 103,48 103,55 106,12 107,92 104,71 106,18 97,51 99,58 99,83 104,40 108,38 100,00 97,07 94,78 99,71 99,43 96,04 104,19 104,41 96,13 94,55 104,90 99,73 100,23 128,70 100,51 101,31 88,24 96,27 96,64 99,22 106,73 94,44 103,00 100,69 100,54 96,00 99,51 96,39 1 680 840,00 902 100,00 4 891 517,98 1 297 655,53 6 290 000,00 778 480,00 1 641 319,37 559 926,00 4 305 120,11 2 349 917,37 3 100 000,00 678 300,00 486 000,00 3 919 800,28 1 308 375,00 536 195,00 502 808,85 4 177 043,29 2 080 224,00 2 398 595,27 1 993 875,00 505 775,00 1 992 200,00 1 906 635,20 324 935,85 1 167 660,00 519 000,00 3 823 517,56 2 049 041,85 2 064 660,00 2 242 080,00 759 300,00 816 150,00 857 578,39 2 366 900,00 689 650,00 1 048 000,00 1 223 760,00 2 969 132,61 1 703 373,91 1 839 234,75 2 278 464,94 4 422 700,17 1 480 950,00 747 225,00 2 258 993,92 1 034 820,00 1 035 500,00 1 061 200,00 1 079 235,42 6 465 789,56 2 920 074,55 3 413 012,07 995 820,00 998 340,00 1 044 000,00 1 083 801,46 7 688 002,31 3 446 082,50 2 369 500,00 947 211,21 696 022,65 1 680 650,00 520 953,08 6 541 432,04 6 632 655,05 2 363 671,75 1 048 970,00 997 300,00 1 503 510,00 8 429 737,41 452 291,30 4 001 583,50 3 617 840,00 577 644,00 6 692 641,89 4 365 757,01 5 123 019,06 2 455 433,74 824 000,00 4 531 158,00 1 508 172,00 4 872 047,50 3 134 623,50 1 156 627,09 1 931 305,01 938 760,28 5 231 271,12 1 398 796,31 6 992 252,47 736 519,39 1 660 300,07 615 489,25 4 294 654,59 2 408 422,63 2 878 456,62 755 365,33 534 859,25 4 199 382,35 1 630 076,23 543 275,96 521 490,63 4 324 032,65 2 572 047,93 2 521 018,69 2 066 671,98 526 296,81 2 091 479,97 1 988 133,41 337 676,84 1 164 587,55 549 263,91 2 895 199,28 2 030 634,70 1 911 102,04 1 816 239,58 684 096,54 1 023 989,17 871 749,73 2 620 167,89 696 843,08 1 072 397,26 1 224 083,26 3 168 532,58 1 768 845,94 2 138 939,45 2 431 452,61 4 383 317,48 1 602 094,79 834 352,15 2 402 072,37 1 035 079,07 1 034 966,15 1 109 636,78 1 083 455,12 6 842 198,23 2 947 107,75 3 771 506,93 1 107 787,65 1 081 484,66 1 121 689,17 1 062 413,18 9 252 700,73 3 724 044,70 2 536 973,21 991 927,76 731 809,91 1 803 648,48 523 145,63 6 787 378,74 6 924 967,29 2 548 899,05 1 081 264,09 1 111 163,18 1 672 765,40 9 285 804,83 496 529,50 3 590 316,40 3 119 778,25 629 371,23 5 739 757,79 4 847 079,13 5 467 524,68 2 479 746,67 836 705,60 4 864 738,77 1 254 817,75 3 634 027,53 3 272 015,90 1 234 381,58 | 105 | Anexos Quantidade HSBC FINANCE CORP HSBC HOLDINGS PLC HSBC HOLDINGS PLC HUTCHISON WHAMPOA 05 HUTCHISON WHAMPOA FIN IBERDOLA CORPORATE IBERDROLA FINANZAS SAU IBERDROLA INTL BV IBM CORP ING BANK NV INTERNATIONAL ENDESA BV JOHN DEERE CAPITAL CORP JP MORGAN CHASE & CO JPMORGAN CHASE & CO KFW KFW KFW KFW KFW KONINKLIJKE KPN NV LAFARGE LAFARGE SA LINDE FINANCE BV MBNA CREDIT CARD MNT MERRILL LYNCH & CO MERRILL LYNCH & CO MONTE DEI PASCHI DI SIEN MORGAN STANLEY MUNICH RE FINANCE BV NATIONAL AUSTRALIA BANK NATIONAL GRID PLC NATIONAL GRID PLC NATL GRID PLC NEW YORK LIFE GLOBAL FDG NUON FINANCE BV OEBB-INFRASTRUKTUR BAU PEMEX PROJ FDG MASTER TR PEMEX PROJ FDG MASTER TR PEMEX PROJ FDG MASTER TR CORPORATE PPR SA PROCTER & GAMBLE CO RABOBANK NEDERLAND RED ELECTRA FINANCE CORPORATE RENAULT S.A. REPSOL INTL FINANCE REPSOL INTL FINANCE RESEAU FERRE DE FRANCE RESEAU FERRE DE FRANCE ROCHE HOLDINGS INC. CORPORATE ROYAL BANK OF CANADA ROYAL BANK OF SCOTLAND PLC AGENCY RWE FINANCE BV CORPORATE RWE FINANCE BV CORPORATE SANPAOLO IMI SANPAOLO IMI SANTANDER INTL DEBT SA SANTANDER ISSUANCES SCHERING-PLOUGH SFEF SIEMENS FINANCIERINGSMAT SNS BANK NEDERLAND SOCIETE GENERALE SYNGENTA FINANCE NV TELECOM ITALIA SPA CORPORATE TELEFONICA EMISIONES SAU TELEFONICA EMISIONES SAU TELEFONICA EMISIONES SAU TELEFONICA EMISIONES SAU TELEFONICA EUROPE BV TELEFONICA EUROPE BV CORPORATE TERNA SPA THYSSENKRUPP AG TPSA EUROFINANCE FRANCE UNICREDITO ITALIANO SPA UNITED UTILITY WATER PLC 4.25 1/24/20 VEOLIA ENVIRONNEMENT VEOLIA ENVIRONNEMENT VEOLIA ENVIRONNEMENT VEOLIA ENVIRONNEMENT VERIZON WIRELESS CAPITAL VODAFONE GROUP PLC VODAFONE GROUP PLC VODAFONE GROUP PLC CORPORATE VOLKSWAGEN FIN SERV AG VOLKSWAGEN INTL FIN NV Montante do valor nominal 500 000,00 1 700 000,00 1 325 000,00 1 000 000,00 5 900 000,00 1 200 000,00 1 000 000,00 3 500 000,00 875 000,00 475 000,00 1 200 000,00 1 200 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 2 550 000,00 1 000 000,00 3 500 000,00 1 100 000,00 425 000,00 1 000 000,00 4 000 000,00 1 600 000,00 1 800 000,00 700 000,00 2 450 000,00 1 000 000,00 750 000,00 4 800 000,00 2 200 000,00 1 000 000,00 6 280 000,00 550 000,00 1 300 000,00 2 000 000,00 1 750 000,00 1 000 000,00 1 700 000,00 4 660 000,00 4 600 000,00 2 000 000,00 7 325 000,00 3 870 000,00 8 100 000,00 1 280 000,00 5 500 000,00 1 000 000,00 2 000 000,00 1 500 000,00 550 000,00 1 100 000,00 2 700 000,00 3 570 000,00 2 530 000,00 800 000,00 1 350 000,00 500 000,00 1 100 000,00 700 000,00 1 000 000,00 1 850 000,00 1 050 000,00 350 000,00 3 000 000,00 3 900 000,00 1 000 000,00 2 500 000,00 1 500 000,00 1 000 000,00 600 000,00 8 150 000,00 3 450 000,00 10 275 000,00 625 000,00 2 800 000,00 6 025 000,00 700 000,00 2 750 000,00 6 300 000,00 1 500 000,00 1 500 000,00 500 000,00 725 000,00 2 600 000,00 450 000,00 3 000 000,00 % do Preço Valor de balanço Valor total valor médio de de aquisição unitário* Total nominal aquisição 98,73 104,23 95,06 90,50 102,05 101,64 95,71 99,86 98,45 101,57 106,29 100,65 89,40 101,63 92,25 103,87 97,72 101,63 100,67 101,89 82,41 83,14 96,63 103,97 100,00 99,52 100,67 94,41 112,99 105,45 101,28 81,26 103,73 96,81 99,48 91,09 103,64 104,50 104,99 106,43 95,18 93,15 99,50 101,24 99,87 100,43 109,71 99,66 111,72 106,83 101,19 103,47 103,84 98,21 82,32 107,38 85,50 99,84 102,04 105,29 103,50 111,33 92,14 95,46 102,46 92,75 100,00 100,00 101,85 106,83 103,40 100,57 100,49 100,88 92,20 99,78 100,11 107,74 94,82 107,58 103,24 103,73 99,67 99,62 108,71 493 659,75 1 771 945,14 1 259 558,87 905 000,00 6 020 961,98 1 219 676,05 957 116,48 3 495 120,49 861 413,75 482 471,98 1 275 476,46 1 207 764,00 1 787 900,00 1 016 313,03 2 352 433,46 1 038 660,00 3 420 312,50 1 117 930,00 427 847,50 1 018 920,00 3 296 300,00 1 330 208,00 1 739 296,00 727 800,95 2 450 000,00 995 230,00 755 055,00 4 531 776,00 2 485 796,84 1 054 450,00 6 360 510,47 446 924,50 1 348 490,00 1 936 180,00 1 740 876,95 910 850,00 1 761 946,73 4 869 833,80 4 829 544,20 2 128 595,86 6 972 086,29 3 604 967,00 8 059 524,18 1 295 921,48 5 492 850,50 1 004 254,13 2 194 113,39 1 494 900,00 614 460,00 1 175 152,00 2 732 207,72 3 693 872,62 2 627 098,85 785 680,00 1 111 279,50 536 905,00 940 500,00 698 845,00 1 020 370,00 1 947 777,90 1 086 760,30 389 655,00 2 764 065,00 3 722 762,00 1 024 600,00 2 318 825,42 1 500 000,00 1 000 000,00 611 105,54 8 706 888,42 3 567 143,03 10 333 560,02 628 043,75 2 824 677,19 5 555 053,36 698 491,43 2 752 927,99 6 787 921,16 1 422 278,75 1 613 700,00 516 215,00 752 057,00 2 591 391,53 448 290,00 3 261 332,10 488 769,90 1 816 892,88 1 314 817,65 1 010 970,26 6 498 193,49 1 238 930,68 1 021 296,35 3 872 649,00 901 142,13 477 268,03 1 344 731,67 1 458 193,69 2 050 114,40 998 467,25 2 498 837,21 1 063 808,17 3 737 615,98 1 218 853,75 459 107,99 1 074 447,20 3 926 355,62 1 677 485,74 1 934 692,70 636 460,58 2 511 374,76 1 124 607,29 766 534,11 4 861 227,64 2 421 211,34 1 060 641,29 6 701 252,93 558 691,33 1 383 078,99 2 024 917,14 1 774 491,80 960 308,40 1 805 178,77 5 048 620,58 5 064 922,00 2 150 577,20 7 302 003,47 3 986 967,97 8 708 672,74 1 330 346,61 5 927 933,36 1 048 538,35 2 146 161,33 1 589 075,22 637 705,42 1 194 109,23 2 572 848,52 3 961 792,78 2 818 481,61 815 331,51 1 339 599,22 559 263,89 1 114 111,08 771 580,49 1 019 811,32 2 014 881,25 1 099 195,98 381 760,94 3 186 447,84 4 263 613,81 1 056 671,93 2 655 883,46 1 635 867,11 1 113 080,67 666 276,79 9 082 867,81 3 628 322,22 10 391 947,08 661 099,52 2 843 724,11 6 072 271,07 761 959,69 3 044 499,26 6 848 192,64 1 456 307,58 1 902 028,15 515 926,30 763 082,01 2 839 440,27 469 914,53 3 337 409,70 Liberty Seguros | R&C’09 Anexos | 106 | Quantidade VOLKSWAGEN INTL FIN NV VOLKSWAGEN INTL FIN NV VOLKSWAGEN LEASING GMBH WESTFAELISCHE HYPOBANK WOLTERS KLUWER NV XSTRATA FINANCE CANADA XSTRATA FINANCE CANADA ZURICH FINANCE (USA) INC ZURICH FINANCE (USA) INC sub-total sub-total 2.3 - Derivados de negociação sub-total 2.4 - Derivados de cobertura Montante do valor nominal 2 500 000,00 1 000 000,00 1 000 000,00 5 197 250,00 3 500 000,00 2 100 000,00 4 500 000,00 5 350 000,00 175 000,00 445 510 321,00 803,00 567 995 321,00 sub-total total 3 - TOTAL GERAL % do Preço Valor de balanço Valor total de valor médio de aquisição unitário* Total nominal aquisição 99,88 101,99 90,16 48,10 106,50 96,28 103,17 100,38 100,65 2 496 886,58 1 019 910,00 901 570,00 2 500 000,00 3 727 511,27 2 021 910,00 4 642 562,50 5 370 442,80 176 129,29 443 849 058,30 226,60 562 332 819,52 2 715 543,52 1 023 286,03 1 061 564,92 2 570 040,13 3 867 164,40 2 189 836,31 4 810 973,37 5 615 818,99 167 467,92 464 508 053,87 459,96 596 289 317,44 592 806 314,11 628 666 412,56 893,00 597 951 228,45 DESENVOLVIMENTO DA PROVISÃO PARA SINISTROS RELATIVA A SINISTROS OCORRIDOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES E DOS SEUS REAJUSTAMENTOS (CORRECÇÕES) 7 692 726 Custos com sinistros* montantes pagos no exercício (2) -743 186 Provisão para sinistros* em 31/12/N (3) 3 680 744 73 085 035 8 885 098 10 679 777 2 615 331 62 011 868 1 211 549 -393 390 -5 058 218 103 926 236 6 572 954 3 931 543 2 951 855 104 404 892 294 71 482 0 200 420 900 208 113 626 23 685 249 6 462 279 448 287 239 368 2 504 138 177 108 627 0 44 379 600 43 636 413 78 581 320 952 181 3 037 937 2 622 949 104 404 502 345 2 058 0 149 026 610 152 707 355 -1 659 668 841 507 -445 319 -89 538 2 504 -251 772 39 204 0 -7 014 690 -11 769 858 Provisão para sinistros em 31/12/N-1 (1) Ramos/grupos de ramos VIDA NÃO VIDA ACIDENTES E DOENÇA INCÊNDIO E OUTROS DANOS AUTOMÓVEL RESPONSABILIDADE CIVIL OUTRAS COBERTURAS MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL CRÉDITO E CAUÇÃO PROTECÇÃO JURÍDICA ASSISTÊNCIA DIVERSOS TOTAL TOTAL GERAL NOTAS: * Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores Reajustamentos (3)+(2)+(1) -4 755 168 DISCRIMINAÇÃO DOS CUSTOS COM SINISTROS Ramos/grupos de ramos SEGURO DIRECTO ACIDENTES E DOENÇA INCÊNDIO E OUTROS DANOS AUTOMÓVEL RESPONSABILIDADE CIVIL OUTRAS COBERTURAS MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL CRÉDITO E CAUÇÃO PROTECÇÃO JURÍDICA ASSISTÊNCIA DIVERSOS RESSEGURO ACEITE R&C’09 | Liberty Seguros TOTAL TOTAL GERAL Montantes pagos - prestações (1) Montantes pagos custos de gestão de sinistros imputados (2) Variação da provisão para sinistros (3) Custos com sinistros (4)=(1)+(2)+(3) 18 257 611 9 357 174 1 029 460 -237 720 476 692 3 246 412 19 763 762 12 365 866 44 295 927 25 629 640 1 429 901 454 558 12 320 164 279 646 133 0 100 247 542 35 774 100 283 317 2 828 218 1 493 492 50 446 0 0 0 25 915 0 5 189 812 0 5 189 812 -6 546 758 369 102 456 135 -567 313 -7 380 355 137 14 522 0 -2 203 451 -16 -2 203 467 40 577 387 27 492 235 1 936 482 -112 755 4 940 519 416 686 569 0 103 233 903 35 758 103 269 662 | 107 | Anexos DISCRIMINAÇÃO DE ALGUNS VALORES POR RAMOS Ramos/grupos de ramos SEGURO DIRECTO ACIDENTES E DOENÇA INCÊNDIO E OUTROS DANOS AUTOMÓVEL RESPONSABILIDADE CIVIL OUTRAS COBERTURAS MARÍTIMO, AÉREO E TRANSPORTES RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL CRÉDITO E CAUÇÃO PROTECÇÃO JURÍDICA ASSISTÊNCIA DIVERSOS TOTAL RESSEGURO ACEITE TOTAL GERAL NOTAS: * Sem dedução da parte dos resseguradores Prémios brutos emitidos Prémios brutos Custos com Custos e gastos de adquiridos sinistros brutos* exploração brutos* Saldo de resseguro 30 405 783 19 352 570 30 202 554 18 596 527 19 763 762 12 365 866 8 995 579 7 381 158 473 088 1 757 979 60 396 734 35 503 918 2 012 387 2 558 305 99 097 1 031 539 8 896 142 4 950 160 261 423 1 924 658 162 186 081 61 571 623 35 402 893 2 051 774 2 523 200 101 567 989 545 8 766 093 4 938 160 210 714 1 924 658 162 135 373 40 577 387 27 492 235 1 936 482 -112 755 4 940 519 416 686 569 0 103 233 903 35 758 103 269 662 24 781 939 6 575 884 534 880 1 494 561 12 389 119 406 1 382 934 740 51 279 471 128 51 279 599 861 412 199 244 102 267 350 208 0 0 5 883 311 449 9 627 957 1 924 271 11 552 227 Liberty Seguros | R&C’09 Relatórios Oficiais | 108 | Relatórios Oficiais R&C’09 | Liberty Seguros | 109 | Relatórios Oficiais Liberty Seguros | R&C’09 Relatórios Oficiais | 110 | R&C’09 | Liberty Seguros | 111 | Relatórios Oficiais Liberty Seguros | R&C’09 Relatórios Oficiais | 112 | R&C’09 | Liberty Seguros | 113 | Relatórios Oficiais Liberty Seguros | R&C’09 Contactos | 114 | CENTRO DE CONTACTO LIBERTY SEGUROS Geral 808 243 000 +351 21 312 43 00 (no Estrangeiro) Av. Fontes Pereira de Melo, 6 - 11º 1069-001 Lisboa Fax Geral: 21 355 33 00 [email protected] Fax Sinistros: 21 355 33 52 [email protected] Serviço de Assistência Clínica Liberty Seguros 800 505 112 +351 21 312 43 33 (no Estrangeiro) Assistência Auto 800 505 CAR (227) +351 21 312 43 30 (no Estrangeiro) Assistência Lar e Comércio 808 505 LAR (527) +351 21 312 43 31 (no Estrangeiro) Protecção Jurídica 808 505 111 +351 21 312 43 32 (no Estrangeiro) Outros Ramos de Assistência 808 505 LIB (542) +351 21 312 43 35 (no Estrangeiro) Centro Liberty Auto Lisboa Rua Prof. Henrique Barros, 2 c/v 2685-338 Prior Velho Tel.: 808 505 252 Fax: 21 942 20 32 [email protected] Centro Liberty Auto Porto Rua Direita de Pereiró, 2010 4100-214 Porto Tel.: 808 505 252 Fax: 22 011 02 39 [email protected] Design Editando - Edição e Comunicação, Lda. Junho de 2010 R&C’09 | Liberty Seguros