XVIII JORNADA DOCENTE DE HOMEOPATIA
DO SERVIÇO PHÝSIS
IMH
HOMEOPATIA: EXPERIMENTANDO A NÃO
VIOLÊNCIA
“O Bem Estar da Vida Animal”
Mônica Beier
SAÚDE ANIMAL
DÝNAMIS
E
FORÇA VITAL
§9
No estado de saúde do indivíduo reina, de modo
absoluto, a força vital de tipo não material
(Autocratie) que anima o corpo material (organismo)
como “Dynamis”, mantendo todas as suas partes em
processo vital admiravelmente harmônico nas suas
sensações e funções, de maneira que nosso espírito
racional que nele habita, possa servir-se livremente
deste instrumento vivo e sadio para o mais elevado
objetivo de nossa existência.
§15
O sofrimento da “Dynamis” de tipo não material
(força vital), animadora de nosso corpo, afetada
morbidamente no interior invisível e o conjunto dos
sintomas exteriormente ..., constituem um todo, são
uma única e mesma realidade. ..., ambos constituem
uma unidade, ...
§269
A arte de curar homeopática, desenvolve, ..., os
poderes medicamentosos internos e não materiais das
substâncias em estado cru, ..., pelo qual todas elas se
tornam incomensuravelmente - "penetrantemente" eficazes* e benéficas, .... Essa notável mudança nas
qualidades dos corpos naturais, ... desenvolve os
poderes dinâmicos (§11) latentes e, até então,
despercebidos, ocultos, como que adormecidos * , que
afetam especialmente o princípio vital, influenciando o
bem-estar da vida animal * ...
§11
...
*A propriedade medicamentosa daquelas
substâncias naturais às quais damos especificamente
o nome de medicamentos, reside apenas em seu
poder de produzir alterações no estado da vida
animal; sua influência não material (dinâmica) capaz
de alterar o estado de saúde atua exclusivamente
sobre esse princípio vital não material; ...
§262
... nas doenças agudas - ... - é o sentido interno
aguçado e infalível do impulso instintivo da
conservação da vida, que aí se encontra muito ativo,
que decide, de maneira tão clara e exata, ...
TRATAMENTO
SUAVIDADE
X
VIOLÊNCIA
§22
Contudo, como nas doenças, salvo a essência de
seus sinais e sintomas, não há nada que indique o que
nelas deva ser removido a fim de transformá-las em
saúde e também porque os medicamentos não
podem apresentar nenhuma força curativa, a não
ser sua propensão para provocar sintomas
mórbidos em pessoas sadias e para removê-los
em pessoas doentes...
* ... um outro modo de emprego possível contra doenças é
o método alopático, em que são prescritos medicamentos
cujos sintomas não têm relação patológica direta com o
estado mórbido, não são nem semelhantes nem opostos
aos sintomas da doença, mas sim bem heterogêneos.
Esse método, ..., joga de maneira irresponsável e
assassina com a vida do doente, através de
medicamentos perigosamente violentos e
desconhecidos quanto a seus efeitos,...
oferecidos em doses grandes e mais freqüentes por
mera suposição e, além disso, por meio de operações
dolorosas a fim de levar a doença para outros lugares
por meio da diminuição das forças e humores do
doente, através da eliminação por vias superiores e
inferiores, transpiração e salivação, ...geralmente com o
pretexto de que o médico deve imitar e incentivar a
natureza em seu esforço de auto ajuda,
sem meditar como é irracional querer imitar e incentivar
esses esforços tão imperfeitos e, ..., inadequados da
força vital meramente instintiva e irracional que se
incorporou em nosso organismo a fim de, enquanto ele
se encontra sadio, proporcionar à nossa vida um curso
harmonioso; não, porém, a fim de curar-se a si mesma
nas doenças. Se ela possuísse essa exemplar
capacidade, nunca permitiria que o organismo
adoecesse.
§60
Se, como é muito natural prever, resultados
desagradáveis sobrevêm de tal emprego antipático dos
medicamentos, o médico comum imagina, então, que a
cada piora da doença é suficiente uma dose mais
forte do medicamento, com o que, do mesmo modo,
há um alívio apenas passageiro* e, quando quantidades
cada vez maiores do paliativo se fazem necessárias,
segue-se um outro mal maior ou, muitas vezes, a
incurabilidade, o perigo para a vida e a morte; nunca,
porém, a cura de um mal há algum tempo ou há muito
tempo existente.
§54
O método terapêutico alopático, ...
* Até muito recentemente se procurava aquilo que
nas doenças deveria ser curado em uma matéria a
ser eliminada, visto que não se podia conceber uma
ação dinâmica (§ 11) das potências morbíficas, como
a dos medicamentos sobre a vida do organismo
animal.
DOSE
§68
Nas curas homeopáticas a experiência nos mostra
que, em relação às doses extraordinariamente
pequenas que são necessárias neste método de
tratamento e que são exatamente suficientes para
dominar, através da semelhança de seus sintomas, a
doença natural e removê-la das sensações do princípio
vital, ..., em virtude da extraordinária exigüidade da
dose, ela é tão passageira, tão ligeira e desaparece
espontaneamente tão depressa, que a força vital não
precisa opor, contra esse pequeno desarranjo artificial
de sua saúde, nenhuma reação mais significativa do
que a necessária para conduzir o estado atual ao
estado saudável (isto é, adequada ao restabelecimento
completo)....
§69
No método antipático de tratamento (paliativo),
contudo, ocorre justamente o contrário. O sintoma
medicamentoso (p.ex., a insensibilidade e entorpecimento
produzidos na ação primária do ópio contra dores
agudas) que o médico opõe ao sintoma mórbido, não lhe
é, na verdade, estranho, nem totalmente alopático,
existindo, seguramente uma relação evidente entre o
sintoma medicamentoso e o mórbido, mas uma relação
em sentido inverso, ... ...como um oposto, esconde o
sintoma mórbido oposto apenas ligeiramente e o
torna imperceptível ao nosso princípio vital
apenas por um curto período de tempo,
... A força vital, nos primeiros minutos, sente-se como se
estivesse sã e não sente nem o entorpecimento
provocado pelo ópio nem a dor da doença. Mas, uma vez
que o sintoma medicamentoso oposto não pode (como
no procedimento homeopático) ocupar o lugar do
desarranjo mórbido no organismo (na sensação
do princípio vital) na qualidade de doença
semelhante, mais forte (artificial)...o medicamento
paliativo, então, como algo que, através da oposição, é
totalmente diferente do distúrbio mórbido, tem que
deixá-lo intacto;
...em breve se extingue espontaneamente, como toda
doença medicamentosa, não somente deixando atrás
de si a doença tal qual era anteriormente, como também
obrigando a força vital a produzir uma condição
oposta a esse medicamento paliativo, isto é, o
contrário da ação medicamentosa, ou seja, um estado
análogo, portanto, ao da perturbação mórbida natural
existente e não destruída, que foi necessariamente
reforçado e agravado por esse acréscimo
produzido pela força vital (reação ao paliativo)*. O
sintoma da doença ... após ter cessado o efeito do
paliativo, piora tanto mais quanto mais forte
tenha sido sua dose.
§ 275
“A conveniência de um medicamento, para um caso
dado de doença, não se baseia apenas em sua escolha
homeopática acertada, mas também, na grandeza exata,
mais justamente, na pequenez de sua dose.”
DOSES HOMEOPÁTICAS
§277
”...com uma suposta pequenez adequada de sua dose
se torna tanto mais salutar, podendo quase beirar o
milagre em sua eficácia... para uma suave eficácia
terapêutica. “
“...os sinais de melhora do estado psíquico e mental
somente devem ser esperados logo após a ingestão do
medicamento, se a dose tiver sido suficientemente
pequena (i.é, quanto possível); uma dose maior que o
necessário, ainda que do medicamento homeopático mais
adequado, age com muita intensidade, produzindo,
a princípio, uma alteração muito grande e
duradoura no psiquismo e na mente para permitir
que sejam percebidas melhoras rápidas no
doente, sem falar nas desvantagens das doses
demasiadamente fortes....”
§278
“... determinar qual deve ser a dose específica
suficiente de cada medicamento para fins terapêuticos
homeopáticos, sendo tão diminuta que a mais suave e a
mais rápida cura pode ser conseguida, facilmente se
pode perceber, não constitui um trabalho de especulação
teórica. ... Somente a experimentação pura, a observação
cuidadosa da sensibilidade de cada doente e a prática
correta podem determinar isso em cada caso particular e
seria um absurdo colocar as grandes doses de
medicamentos inadequados (alopáticos) da antiga
escola, que não tocam homeopaticamente o lado doente
mas apenas atacam as partes não afetadas pela doença,
contra o que a experiência pura declara.”
§78
As verdadeiras doenças crônicas naturais são aquelas
provenientes de um miasma crônico; quando entregues
à própria sorte, sem ser tratadas através de algum
medicamento específico, continuam se intensificando e,
mesmo diante do melhor regime físico e mental,
atormentam o Homem até o fim de seus dias com
padecimentos crescentes. Excetuando-se as doenças
produzidas por tratamento médico errôneo (§74), estas
são as mais numerosas e a maior calamidade do gênero
humano, pois a constituição física mais robusta, o mais
regrado modo de vida e a força vital de maior energia
não têm condições de destruí-la.*
OBRIGADA
XVIII JORNADA DOCENTE DO SERVIÇO PHÝSIS DE HOMEOPATIA
IMH
Belo Horizonte, 10 de novembro de 2007
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