Estruturas, Aspectos Gerais e Rede Urbana • Origem: Cidades espontâneas (campo Belo, Rio de Janeiro) Cidades planejadas (BH, Brasília) Urbanização no Brasil - A partir da década de 40 - Urbanização anômala – sem planejamento Rápida urbanização que pode ser dividida, em três grandes períodos. 1º período (1940-1964) a população urbana duplicou entre esse período, motivada pela expansão industrial ligada à implantação das estatais da siderurgia e do petróleo, chegando aproximadamente 31,5 milhões. 2º período ( 1964-1985) nesse período pela primeira vez na história brasileira, a população urbana ultrapassou numericamente a rural 52 milhões de hab. Fato impulsionado pela criação do estatuto do Trabalhador Rural, grande expansão industrial nos centros urbanos. 3º período ( de 1985 aos dia atuais) período no qual a população urbana brasileira chega a 81% dos brasileiros, ocasionando muitos dos problemas urbanos vivenciados no dia-a-dia das grande cidades Brasil – Evolução da população rural-urbana entre 1940 e 2006. O êxodo rural e a urbanização Intenso processo de deslocamento da população do campo para as cidades, num período muito curto de tempo. Expansão das grandes propriedades rurais processo de urbanização no Brasil foi conseqüência da modernização. Mecanização agrícola Responsáveis pela expulsão do trabalhador do campo em direção à cidade. Conceitos e Análises • Metrópole: abrigam 1 milhão de habitantes Região Metropolitana: Conjunto de municípios integrados a uma cidade central Área Metropolitana duas delas caminham para Cornubação Megalópole Rio – SP 25% pop. e 60% ind. As regiões metropolitanas e a conurbação Crescimento das metrópoles brasileiras Junção de suas áreas urbanas Aumento das cidades situadas em seus arredores Processo denominado Formou-se, assim, uma imensa área urbana, Chamada de Megalópole conurbação. Em virtude dessa integração, foram criadas as regiões ou áreas metropolitanas. Entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e seus arredores, temos a área mais densamente urbanizada do Brasil, onde vivem aproximadamente 25% da população brasileira e estão concentrados cerca de 60% da produção industrial de todo o país. Eixo Rio-São Paulo e entorno A Hierarquia Urbana brasileira elaborada pelo IBGE, abrange variáveis como tamanho e importância das cidades: Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da gestão territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do país. São metrópoles nacionais Rio de Janeiro e São Paulo. Metrópoles regionais: constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles regionais Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador. Capitais regionais: constituem o terceiro nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos. Dividem-se em três níveis: A, B e C Rede Urbana: Interdependência das cidades, com suas produções diferenciadas Esquema clássico Metrópole nacional Metrópole Nacional Metróp. regional Metrópole regional Centro regional Centro regional Cidade Local Vila Cidade local Vila Conceitos e Análise • Megacidades: Cidades com 10 milhões de habitantes • Cidades Globais: Cidades que exercem influência no mundo todo. (Nova York, Tóquio, Paris) Brasil – Destaque para as cidades de São Paulo com 19,6 milhões de habitantes e Rio de Janeiro 11,8 milhões de habitantes. Conceitos e Análise Funções Urbanas: função que identifica uma cidade, seja no Estado no País ou no mundo. Ex: Santos, Roterdã cidades portuárias Brasília, Camberra cidades administrativas Aparecida do Norte, Meca cidades religiosas. Técnopolos: cidades que apresentam em seu sitio urbano grandes centros de produção tecnológica. (vale do Silício EUA, Campinas Brasil ) Vale do Silício, na Califórnia EUA, onde concentra grandes empresas de alta tecnologia, universidades, institutos de pesquisas etc.. Nessa região observa-se muitos pesquisadores estrangeiros, que acabaram saindo de seu país de origem, atraídos por melhores salários e pelos desafios profissionais. Essa situação denomina-se Fuga de cérebros. Vale do Silício brasileiro – Campinas (Unicamp) Os Problemas Urbanos As grandes cidades brasileiras enfrentam diversos problemas de ordem social e ambiental Os principais são: moradia, enchentes, lixo, poluição do ar e das águas, violência, aumento da temperatura, mobilidade urbana. Etc. A questão da moradia O acelerado processo de urbanização, sem planejamento (micracefalia urbana), foi marcado pelo surgimento e o crescimento das favela, cortiços e loteamentos periféricos O que caracteriza as favelas não é a precariedade das habitações ou a carência de infraestrutura. As favelas se definem como áreas de ocupação gradual, ou seja, aglomerados de habitações erguidas ao longo de certo tempo em terrenos de terceiros. Os cortiços consistem em habitações coletivas compostas por cômodos alugados, em velhas mansões. Os loteamentos periféricos são atualmente a forma típica de expansão da moradia popular nas grandes metrópoles. Afastados dos grandes centros, definem uma das faces do padrão espacial das metrópoles: a da expulsão dos pobres para a periferia (margem) em contraste com a valorização e verticalização das áreas centrais. A pobreza, a violência urbana e a marginalização São nos grandes centros urbanos que a desigualdade social fica mais acentuada. A pobreza não relacionada com a violência, mas é um sintoma da pobreza. A falta de emprego de oportunidades, levam muitas pessoas para criminalidade, muitas vezes para sustentar o uso de drogas A questão das enchentes A impermeabilização do solo, causada pelo asfaltamento e pelas edificações, e também o desmatamento das nascentes e o ocupação das várzeas fluviais são os grandes culpados pelas enchentes nas grandes cidades. Esse problema é agravado, ainda, pelas chamadas ilhas de calor, que produzem um grande aumento das precipitações nas áreas mais quentes das cidades. Ilhas de calor nos grandes centros urbanos. A questão do lixo urbano O grande problema do lixo resulta do crescimento industrial, bem como dos hábitos da sociedade de consumo. A maior parte do lixo produzido não é biodegradável, e a porção reaproveitada (reciclagem) é ainda muito pequena. Cada brasileiro produz em média 500 gramas de lixo diariamente. A degradação ambiental não está restrita somente às florestas, mas também nas cidades. A poluição atmosférica, poluição dos rios, acumulo de lixo em quantidades imensas. Etc. Nas grandes cidades, o nível de poluição atmosférica é tão elevado que, por isso, muitos habitantes acabam adquirindo diversos problemas no aparelho respiratório. Invasão do mar no continente