DA EPOPÉIA DE GILGAMISH
 A narrativa babilônica data do século 7 aC
 Baseada numa tradição suméria mais antiga (antes de
2000 aC)
 Conta a viagem de Gilgamesh em busca da vida eterna.
 Sua viagem o levou para Utnapishtim, o imortal, que
explicou para Gilgamesh o que fez para obter vida
eterna.
 Utnapishtim contou a narrativa de um dilúvio e como ele
obteve vida eterna como dádiva dos deuses após a
catástrofe.
Utnapishtim disse a Gilgamesh:
"Vou revelar-te, Gilgamesh, algo oculto, e o segredo dos
deuses, a ti quero contar. “ Shuruppak, a cidade que conheces,
[e] que está situada [à margem] do Eufrates, esta cidade é
antiga, é lá que estavam os deuses. Suas más disposições
levaram os grandes deuses a desencadear um dilúvio.
O Príncipe Ea, que jurara com eles, repetiu suas propostas na
choupana de junco: Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu,
passa a demolir tua casa, constrói um barco; renuncia à
riqueza e busca a vida; despreza os bens e conserva a vida.
Faze subir à barca viventes de todas as espécies.
Que da barca que construirás, as dimensões se correspondam:
que sua largura e comprimento sejam iguais
A embarcação acostou no monte Nicir;
o monte Nicir segurou a embarcação e não a deixou
mais mover. Um primeiro dia, um segundo dia, o
monte Nicir dito um terceiro dia, um quarto dia, o
monte Nicir dito um quinto, um sexto, o monte Nicir
dito. Quando chegou o sétimo dia, fiz sair uma
pomba e soltei-a; a pomba se foi e voltou: não
encontrando onde pousar, voltou.
Fiz sair uma andorinha e soltei-a; a andorinha se foi e
voltou: não encontrando onde pousar, voltou. Fiz sair um
corvo e soltei-o; o corvo se foi e, vendo o refluxo das
águas, comeu, patinhou (?), crocitou, e não voltou. Fiz
outros saírem, em todas as direções, ofereci um sacrifício;
fiz uma oferta, expandida sobre o piso da montanha;
ergui sete e sete vasos em libação; a seus pés coloquei
cana, cedro e mirta. Os deuses sentiram o odor os
deuses, à semelhança de moscas, reuniram-se em torno
do sacrificador . . .
AS SEMELHANÇAS
Ambas narrativas
 Sustentam que o dilúvio foi divinamente planejado
 Sustentam que a catástrofe foi revelado ao herói do
dilúvio
 Relacionam o dilúvio com a corrupção da raça humana
 Falam da libertação do herói e sua família
 Afirmam que o herói construiu um grande barco
 Indicam as causas físicas do dilúvio
 Indicam a duração do dilúvio
 Têm detalhes semelhantes
 Descrevem atos de adoração no fim do dilúvio
AS DIFERENÇAS
Ambas as narrativas são diametral contraste
• Em termos teológicos:
politeísta vs. monoteísta
• Quanto às suas concepções morais:
deuses caprichosos de caráter moral duvidoso
vs. Um Deus justo
• Quanto às questões filosóficas:
confusão entre espírito e matéria vs. Um Deus
soberano e criador.
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