AULA 07
1
Posso não concordar
com
nenhuma
das
palavras
que
você
disser, mas defenderei
até a morte o direito de
você dizê-las.
Voltaire
2
ALTERAÇÕES AMBIENTAIS – I
3
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INTRODUÇÃO


As atividades humanas sempre provocaram impacto
ao meio ambiente. A obtenção de alimentos pela
agricultura ou criação animal, o extrativismo, as
benfeitorias nos locais de habitação e nas vias de
transporte implicam a retirada da vegetação ou
modificações na topografia.
Mas foi com a Revolução Industrial que a
capacidade humana de alterar o meio natural
se ampliou. A urbanização, o crescimento
demográfico, o uso de combustíveis fósseis e a
crescente necessidade por matérias-primas
aceleraram a alteração e destruição das águas, solos e
atmosfera. Alguns impactos já comprometem a
sobrevivência futura da humanidade no planeta.
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
Durante muito tempo as agressões ao meio
ambiente não foram observadas com a devida
preocupação. Diante da grandiosidade do planeta,
os recursos eram vistos como infinitos, e a
natureza capaz de suportar ou “digerir” os
poluentes. Somente na década de 1960 é que
surgiram preocupações sérias e discussões
visando a recuperação e conservação do
meio ambiente.
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O DEBATE AMBIENTAL


Na atualidade, a preocupação com as questões
ambientais integram a pauta das discussões políticas,
constituindo a “ecodiplomacia”. Debates sobre o
crescimento demográfico e econômico são permeados
pelas preocupações ambientais e as relações entre as
nações ricas e pobres também esbarram nas questões
ambientais.
As nações ricas são mais poluidoras, com elevado
consumo de descartáveis, de energia e de matériasprimas. No passado, o crescimento econômico das
nações ricas foi realizado com grandes impactos ao
meio ambiente, estas nações foram as primeiras a
sofrerem as consequências da poluição, a falta de
recursos hídricos e florestais, com o lixo e degradação
dos solos. Foram as primeiras a adotarem medidas de
controle e recuperação ambiental.
7
Em 1968 foi criado o Clube de Roma.
Formado por cientistas e pessoas ilustres, o
“clube” lançou em 1972 o relatório Os Limites
do Crescimento, onde abordava temas
relacionados a energia, poluição e crescimento
populacional. O “clube” reconhece como finitos os
recursos naturais e tem destacadas preocupações
com o crescimento demográfico e o modelo
consumista.
 As agressões ao meio ambiente promovidas pelas
nações pobres ou em desenvolvimento – muitas
vezes entendidas como o custo do
desenvolvimento – são questionadas pelas nações
ricas.

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A ATUAÇÃO DA ONU


A primeira conferência mundial da
Organização das Nações Unidas dos problemas
ecológicos foi realizada em Estocolmo (Suécia)
em 1972. Foi bastante influenciada pelo Clube de
Roma e representou um grande alerta para a crise
ambiental. Com a crise do petróleo iniciada em 1973,
o ambiente da Guerra Fria e a crise econômica da
década de 1980, as preocupações ambientais
perderam terreno.
Somente em 1992, ocorreu no Rio de Janeiro a 2ª.
Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, a Eco92
ou rio-92, com a participação de 114 chefes de Estado
e 170 delegações oficiais, Organizações Não
Governamentais (OGN’s), além de organizações
internacionais como o BID, FMI e Banco Mundial.
Dos debates foram extraídos dois documentos
principais: a Carta da Terra e a Agenda 21.
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CARTA DA TERRA (OU DECLARAÇÃO DO
RIO)

É uma declaração de princípios básicos que
deverão orientar o comportamento econômico
ecológico dos povos e das nações, com respeito ao
desenvolvimento e ao meio ambiente.
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AGENDA 21

É um detalhado programa de ação
estabelecendo metas aceitas universalmente para
os principais fatores que afetam a relação entre o
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
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ECODESENVOLVIMENTO

O ecodesenvolvimento ou desenvolvimento
sustentável é um processo (de desenvolvimento)
destinado a satisfazer as necessidades atuais da
humanidade, sem comprometer a possibilidade
das gerações futuras de satisfazer suas próprias
necessidades.
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
Em 2002 foi realizada a Conferência Rio+10 na
cidade de Johannesburgo (África do Sul). Nos
moldes da Rio-92, dessa conferência participaram
líderes de estado e ONGs. A Rio+10 produziu
poucos resultados práticos em função da
resistência dos EUA em apoiar o Protocolo de
Kyoto e também das tensões relacionadas a
“guerra antiterror”.
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CONVENÇÕES, TRATADOS E PROTOCOLOS




A ONU elaborou documentos em suas conferências
visando ao registro e estabelecimento de medidas com
relação do meio ambiente.
As convenções registram as propostas de consenso e
normas que devem ser seguidas pelos países. As
convenções sobre a desertificação, a diversidade
biológica e das mudanças climáticas são destaques.
Os tratados especificam propostas e as ações
multilaterais a serem adotadas, caso do tratado sobre
a não proliferação de armas nucleares.
Nos protocolos detalham medidas, prazos e metas –
como o protocolo de Kyoto.
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PROTOCOLO DE KYOTO


Na Eco-92 foi aprovada a Convenção para Mudanças
Climáticas que foi assinada por 174 países e entrou
em vigorem 1994. Nesse documento os países
manifestaram a intenção de reduziras emissões de
gases estufa, entretanto a efetiva diminuição da
poluição necessitava de muitos ajustes e segui-se,
então, uma série de rodadas de negociações.
Em 1997 foi aprovado o Protocolo de Kyoto, que
previa a redução do lançamento de CO2 em 5,2%,
considerando por base os níveis de emissão de 1990. A
meta deveria ser atingida entre 2008 e 2012. Em
2001, os EUA abandonaram o Protocolo de Kyoto,
alegando que as metas ambientais comprometeriam
seu desenvolvimento econômico.
15

O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em
fevereiro de 2005. Na atualidade continuam as
negociações, mas já se esperam resultados
acanhados. Os países desejam que outros gases
estufa, como o metano, o óxido nitroso tenha
tratamento diferenciado – o grande vilão do
aquecimento global é o CO2.
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PROTOCOLO DE MONTREAL

O Protocolo de Montreal em 1987 estabeleceu que
até 2010 a produção dos clorofluorcarbonos (CFC)
seja eliminada no mundo. Os CFC’s são
responsáveis pela redução da camada de ozônio
que filtra os raios ultravioletas do Sol. Na
atualidade, as emissões de CFC já foram
eliminadas em mais de 80% no mundo inteiro.
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PROTOCOLO DE CARTAGENA (SOBRE
BIOSSEGURANÇA)

É o primeiro acordo firmado no âmbito da
Convenção sobre Diversidade Biológica. Visa
assegurar proteção na transferência,
manipulação e uso dos organismos vivos
modificados (OVMs) resultantes da biotecnologia
moderna que possam ter efeitos adversos na
conservação e no uso sustentável da diversidade
biológica, levando em conta os riscos para a saúde
humana, decorrentes do movimento entre países.
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CONCEITOS IMPORTANTES:
Créditos de Carbono: são autorizações para
poluir. Medidas de eliminação ou de redução da
poluição, como o uso de biocombustíveis e
reflorestamento geram créditos. Esses créditos
são emitidos pela autoridade ambiental e
negociados nas bolsas de valores. As empresas
que tem dificuldades em reduzir suas emissões de
poluentes podem comprar créditos.
 IPCC: é a sigla em português do Painel
Intergovernamental sobre as Mudanças
Climáticas que reúne centenas de cientistas com
trabalhos relacionados ao aquecimento global.
Além da troca de informações, o IPCC orienta
empresas e governos.
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
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
Negócios ambientais: serviços relacionados a
preservação do meio ambiente. São destaques: as
negociações dos créditos de carbono, recuperações de
áreas degradadas e técnicas de manejo.
Teoria de Gaia: conceito filosófico onde a Terra é
considerada um ser vivo. Foi elaborada da década de
1970 pelo britânico James Lovelock. Gaia era o nome
de uma deusa grega e representa a Terra viva.
Sustentabilidade: conceito que admite o
desenvolvimento sustentável nas atividades
econômicas.
Responsabilidade socioambiental: postura
admitida por indústrias e prestadores de serviço
visando a redução de impactos ao meio ambiente e a
preservação ambiental.
20
ALTERAÇÕES AMBIENTAIS – II
Principais Alterações Ambientais
 Aquecimento Global
 Naturalmente a atmosfera terrestre funciona
como uma estufa. Mas o acúmulo de gases
emitidos por automóveis, fábricas e queimadas,
principalmente o dióxido de carbono (CO2), tem
provocado a retenção das radiações solares que
podem acarretar um aumento da temperatura do
planeta. São consequências do agravamento do
efeito estufa: o derretimento das calotas polares,
aumento do nível dos oceanos e alterações
climáticas diversas.

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INVERSÃO TÉRMICA
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
A inversão térmica caracteriza-se pela concentração de ar
frio (denso) junto a superfície, impedindo a dispersão dos
poluentes ali lançados. Ocorre principalmente no inverno
em grandes cidades.
A inversão térmica é favorecida pela impermeabilidade do
solo, concentração de prédios e retirada da cobertura
vegetal. As superfícies sólidas e o ar desprovido de umidade
apresentam dificuldade para reter as irradiações solares,
resfriam rapidamente e desenvolvem o fenômeno da
inversão térmica. Naturalmente o ar junto ao solo tem
maior temperatura que o encontrado em altitudes, e o ar
aquecido origina correntes de convecção que dispersam a
poluição. Durante uma inversão térmica, o ar frio retido
próximo a superfície retém a poluição. A massa poluente
retida sobre as cidades, por ocorrência de uma inversão
térmica, é denominada “smog”.
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ILHAS DE CALOR

A formação de ilhas de calor é caracterizada pelo
aumento da temperatura nos centros urbanos (ou
em parte deles) em decorrência da concentração
excessiva de cimento, asfaltamento, retirada de
áreas verdes, grandes prédios, etc. Ocorre a
retenção do calor e também má circulação do ar
na cidade.
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CAMADA DE OZÔNIO


Presente na estratosfera (aproximadamente 40 km da
superfície) a concentração do gás instável Ozônio (O3)
limita a penetração de raios ultravioleta nocivos a
vida. Na década de 1970 detectou-se a redução dessa
camada em vários locais do planeta, em especial sobre
a Antártica. Acredita-se que a principal causa da
diminuição da camada de ozônio esteja relacionada a
emissão de CFC (cloro-fluor-carboneto), utilizado em
aerossóis e refrigeradores desde a década de 1940.
A redução da concentração de ozônio provoca
diminuição na capacidade de fotossíntese nos vegetais
e provoca diversos males aos animais (inclusive o
câncer).
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CHUVAS ÁCIDAS


Trata-se da associação da água de precipitação
(chuva, orvalho, neve, granizo) com elementos
(principalmente dióxido de enxofre) lançados na
atmosfera por automóveis, fábricas, jazidas de carvão
mineral e refinarias. A precipitação tem pH inferior a
5,0.
As chuvas ácidas são comuns em espaços urbanos e
industriais da Europa e América do Norte.
Comprometem a qualidade da água, destroem plantas
e monumentos. A ação dos ventos pode levar os
poluentes para longe e provocar chuvas ácidas em
ambientes que não são poluidores. No Brasil a
poluição das cidades litorâneas tem acarretado a
destruição da Mata Atlântica, principalmente em
Cubatão (SP).
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DESERTIFICAÇÃO




As maiores porções desérticas do globo são naturais e
nas suas bordas ocorre uma expansão da aridez.
O processo de desertificação antrópico é desencadeado
pela redução da vegetação e da capacidade e de
produtividade do solo, principalmente de regiões
áridas, semiáridas e subúmidas, causadas por
atividades agrícolas e pela pecuária. A mineração e o
corte da cobertura vegetal também contribuem para o
processo em algumas regiões.
A desertificação pode ser rápida mas recuperação,
além de morosa, é bastante cara.
No Brasil, as regiões Nordeste e Sul apresentam focos
de desertificação significativos, todos relacionados a
prática de agricultura e pecuária de modo irracional.
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ÁGUA
Muito se fala que no século XXI haverá falta de
água. Mas o maior problema não é a falta
quantitativa de água, mas sim a falta de água
boa (potável). As águas cobrem 2/3 da superfície
do planeta, sendo sua quantidade avaliada em
1,5 bilhões de metros cúbicos.
 O crescimento demográfico e ao avanço urbanoindustrial ampliaram o consumo e a poluição dos
mananciais, comprometendo a oferta e qualidade
da água para o consumo humano e para as
atividades econômicas.

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33
34
AGRESSÕES AMBIENTAIS URBANAS
Lixo
 O lixo constitui um dos maiores problemas
ambientais dos centros urbanos. Além de conter
substância que podem comprometer a qualidade
da água, do ar e do solo, o aumento na
quantidade de lixo gerado nas cidades e a sua
destinação final são questões preocupantes. O
aumento demográfico associado a utilização de
embalagens descartáveis são fatores principais
que explicam a ampliação na geração de lixo.
 Quanto tempo demora a decomposição de alguns
materiais? Observe o quadro:

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
O que pode ser feito para solucionar ou amenizar
o problema do lixo urbano:
Reduzir o uso de embalagens descartáveis;
 Promover a reciclagem;
 Investir em aterros sanitários;
 Racionalizar o uso dos materiais.

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Poluição Visual
 O estabelecimento cada vez maior nas cidades de
outdoors, placas e luminosos visando a
publicidade constitui a principal face da poluição
visual. Também a degradação estética de
determinadas áreas, com prédios decadentes e
pichações, indica poluição visual.
 Quando as pessoas transitam em áreas
carregadas com publicidade e degradas é natural
que não admirem ou se agradem de tal situação.
Ficam irritadas e estressadas.

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POLUIÇÃO SONORA
A circulação dos automóveis, as atividades
industriais, obras e publicidade provocam
barulho em excesso nas cidades. O barulho nas
cidades pode ocasionar diversos males a saúde,
como perda auditiva e distúrbios nervosos.
 Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), o limite tolerável ao ouvido é de 65 dB.
Acima disso, o nosso organismo sofre de estresse,
o qual aumenta o risco de doenças. Com ruídos
acima de 85 dB, aumenta o risco de
comprometimento auditivo.

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CLIMAS BRASILEIROS
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




Grande parte do território brasileiro está situado
predominantemente num ambiente intertropical. Em
decorrência desse fato, os climas brasileiros são
predominantemente quentes e úmidos com as
seguintes características:
Temperaturas médias superiores a 18°C;
Amplitude térmica anual inferior a 6°C;
Diferenças de estações caracterizadas pelo regime
pluviométrico;
Baixas pressões equatoriais (doldrums);
Ventos alísios;
Altas pressões subtropicais.
Também a maritimidade, a continentalidade e a
altitude influenciam nos climas brasileiros.
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MASSAS ATMOSFÉRICAS



Cinco são as massas que atuam com maior
intensidade sobre o território brasileiro:
A massa equatorial continental (mEc), quente e
úmida, tem seu centro de origem na Amazônia e
exerce grande influência na Amazônia Ocidental,
ocasionando chuvas de convecção durante todo o ano.
Durante o verão, essa massa se expande, podendo
cobrir grande parte do território brasileiro,
ocasionando aguaceiros (chuvas fortes e passageiras).
A massa equatorial atlântica (mEa), quente e
úmida, é originária doa Açores (anticiclone). Domina
a Amazônia Oriental e parte do litoral do Nordeste,
atuando com intensidade no verão do Hemisfério Sul.
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

A massa tropical continental (mTc), quente e
seca, tem seu centro de origem na Depressão do
Chago. Atua principalmente no Centro-Oeste,
determinando estiagem durante o inverno.
A massa tropical atlântica (mTa), quente e úmida,
é originária do anticiclone de Santa Helena, nas
proximidades do trópico de Capricórnio, no Oceano
Atlântico. Atua no litoral da Região Sul, Sudeste e
parte meridional da Nordeste. Normalmente, por
movimentar-se no sentido descendente (subsidência),
não ocasiona chuvas. Porém, durante o verão essa
massa é responsável pela elevada precipitação
registrada no litoral oriental (que abrange parte do
litoral das regiões Sudeste e Nordeste).
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
A massa polar atlântica (mPa), também
conhecida de massa polar antártica, é fria e
úmida, tendo seu centro de origem no sul da
Argentina (Patagônia). Atua com maior
intensidade durante o outono e o inverno. Atinge
com maior frequência a Região Sul, porém pode
estender-se pelo litoral até a porção meridional
do litoral nordestino. Em casos excepcionais,
deslocam-se em direção a Amazônia Ocidental. A
massa polar atlântica, principalmente durante o
inverno, é responsável pelas chuvas frontais nas
regiões Sul e Sudeste. Além disso, propicia a
formação de geadas e, ocasionalmente, a
precipitação de neve no sul do Brasil.
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
Friagem: penetração da mPa na Amazônia
Ocidental durante o inverno meridional. É
caracterizado pela queda acentuada de
temperatura de 25°C até 14°C em poucas horas,
podendo durar até 3 dias.
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CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA



Strahler
São 5 os principais tipos climáticos nessa
classificação, baseados principalmente na
dinâmica das massas atmosféricas.
Climas controlados pelas massas equatoriais e
tropicais:
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Clima equatorial úmido da convergência
dos alísios: abrange toda a Região Norte e parte
da Região Centro-Oeste;
 Clima litorâneo úmido: abrange toda a
fachada oriental, compreendendo o litoral do
Sudeste e do Nordeste;
 Clima tropical alternadamente úmido e
seco: compreende o centro-sul da Região CentroOeste e a porção ocidental das regiões Sudeste e
Nordeste;
 Clima tropical semiárido: compreende o
Polígono das Secas.

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

Climas controlados pelas massas tropicais e
polares:
Clima subtropical úmido: compreende toda a
Região Sul, porção meridional da Região CentroOeste e porção da região Sudeste.
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SUELI A. FURLAN E JOSÉ B. CONTI
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

É uma das mais utilizadas e muito objetiva. Leva
em consideração aspectos ferais, como altitude,
latitude e precipitação.
Clima equatorial úmido e equatorial
semiúmido: compreende a maior parte da
Região Norte e a porção setentrional da Região
Centro-Oeste.
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
Clima tropical: também denominado de clima
tropical semiúmido, abrange grande parte da
Região Centro-Oeste e porções das regiões
Nordeste, Sudeste e Norte.
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
Clima semiárido: compreende o Polígono das
secas.
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
Clima tropical de altitude: abrange porções
das regiões Sudeste, Sul Centro-Oeste e parte do
Norte.
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
Clima subtropical: abrange toda a Região Sul e
porções das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
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KOPPEN-GEIGER
62

Tem por base a variação de temperatura anual e o
regime pluviométrico.

Tropical Chuvoso – A

Na realidade, abrange tanto os climas equatoriais
como os tropicais. Os predominantemente equatoriais
são Af e Am, enquanto os predominantemente
tropicais são Aw,Aw’ e As.
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




Af – sem estação seca definida: abrange a
Amazônia Ocidental;
Am – chuvas de monções (pequena estiagem no
inverno): compreende a maior parte da Amazônia;
Aw – chuvas de verão: abrange grande parte do
Brasil Central, ou seja, maior parte da Região CentroOeste e porções das regiões Nordeste e Sudeste.
Também compreende a porção setentrional da Região
Norte (Roraima e norte do Amazônia e Pará);
Aw’ – chuvas de verão e inverno: compreende o
litoral da Região Norte e parte do litoral da Região
Nordeste;
As – chuvas de outono e inverno: compreende o
litoral da Região Nordeste, desde o Rio Grande do
Norte ate Sergipe.
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

Seco – B
BSh – com chuvas de inverno (esparsas) e
quente o ano todo: é o clima do Polígono das
Secas.
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





Mesotérmico Úmido – C
Cfa – sem estação seca com verão quente:
compreende as áreas mais baixas da Região Sul e
pequenas porções da região sudeste.
Cwa – com verão chuvoso e quente: compreende
porções das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Cfb – sem estação seca com verão brando:
abrange as áreas planálticas mais altas da Região Sul
e Serra da Mantiqueira, na Região Sudeste.
Cwb – com verão chuvoso e brando: compreende
porções de elevadas altitudes da Região Sudeste.
Csa – com chuva de outono-inverno e verão
quente: compreende o Planalto da Borborema.
66
PARA LEMBRAR
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