Contextualização dos modos de
produção feudalismo-capitalismo
Curso: Serviço Social
Disciplina: Economia Política
Semestre – 3º noturno
Prof. ª Maria Aparecida da Silveira - Cidinha
1
2
3
Era Glacial
4
Evolução da Espécie Humana
5
6
7
Modos
de
Produção
Período
Origem
Primitivo
Pré-história
10.000 a.C
Homem não produzia seu alimento: vivia da caça, pesca e colhiam o que natureza
lhe oferecia
Surg. Da agricultura - os homens começaram a ter noção de território, se tornaram
sedentários e assim surgiu a divisão de trabalho: uns plantavam, outros
trabalhavam nos moinhos, e alguns teriam de defender as terras de outros que
também queriam poder usá-las, formando os primeiros exércitos.
Asiático
2.500 a. C
Idade Antiga
Caracteriza os primeiros Estados surgidos na Ásia Oriental, Índia, China e Egito. A
agricultura era a base da economia desses Estados, era praticada por comunidades
de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e
viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório (forçado/escravo).
Escravagista
ou escravista
753 a.C
395 d.C
a
Surgiu na Grécia clássica, e posteriormente, com sua dominação e assimilação por
Roma, foi o modo de produção praticado por todo o Império Romano.
Feudalismo
Início Século
IV d.C
A partir das invasões germânicas (bárbaras) ao Império Romano do Ocidente
(Europa).Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por
volta do século V d.C. (Fim da antiguidade 476 d.c.), em decorrência das inúmeras
invasões dos povos bárbaros e das péssimas políticas econômicas dos imperadores
romanos, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade
populacional e ínfimo desenvolvimento urbano .
Capitalismo
Por volta do
Séc.
XII
Capitale
Séc. XVII
O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção,
distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em
grande parte ou totalmente de propriedade privada e com fins lucrativos e não são
feitos pelo governo. Os lucros são distribuídos para os proprietários que investem
em empresas. Predomina o trabalho assalariado
A ideologia da Europa Pré-Capitalista
 Os seres humanos, para sobreviver, necessitam da
organização em sociedade – o homem é um ser social.
[...] Os seres humanos progrediram e evoluíram nesta
relação social, pois aprenderam a subdividir tarefas e a
utilizar instrumentos de trabalho. Esse aprendizado
possibilitou ampliar o poder sobre a natureza e assim
satisfazer as suas necessidades materiais da vida e o
seu potencial.
 Essa distribuição do trabalho definiu a diferenciação dos
papeis desempenhados pelos membros da sociedade;
aperfeiçoando suas tarefas que ao longo da história os
instrumentos
foram
sendo
sofisticados
e
consequentemente propiciaram maior produtividade
(para uma parcela reduzida da sociedade) – livrando-se
do fardo do trabalho cotidiano.
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A ideologia da Europa Pré-Capitalista
 Assim com este crescimento da produtividade per capita,
surgiu uma classe ociosa (uma parcela reduzidíssima),
passou a viver à custa do trabalho do grande número dos
demais membros da sociedade. Deste modo as sociedades
começaram a sofrer um processo de diferenciação interna,
dando origem às classes sociais.
 Os trabalhadores pertenciam as classes mais baixas e os que
se livraram do fardo pertenciam às classes mais altas –
organizavam os processos e os ritmos da produção.
 Para que este sistema sobrevivesse era necessário que o
campo das ideias ganhasse lastro nas relações sociais a fim
de justificá-las socialmente e economicamente. É a ideologia
do sistema capitalista que irá determinar elementos
determinantes das sociedades pré-capitalistas.
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A Escravidão em Roma e na Grécia Antiga
 Em Roma e na Grécia antiga, cerca de 80% da população era
escrava. Trabalho composto de atividades manuais, grande parte
do trabalho clerical, burocrático e artístico dessas sociedades, em
troca de alimentação e vestuário.
 Os donos desses escravos desfrutavam do excedente; eram reis,
viviam do luxo; além da exploração sexual das mulheres escravas.
 Ideologia da época: maneira de cultivar a terra, de instrumentos
eficientes de produzir, de vigiar, controlar e punir os escravos.
 Filósofos como Platão e Aristóteles diziam que a escravidão era
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algo natural. Segundo estes certos homens e mulheres nasciam
para ser escravos – eram inferiores e, outros dotados de
qualidades superiores nasciam para se tornar proprietários de
escravos.
A Escravidão em Roma e na Grécia Antiga
 Apesar desta limitação a escravidão permitiu a construção de
inúmeras obras públicas, além de propiciar o avanço da ciência e
da cultura.
 A escravidão deu origem a noção de que todo o trabalho era
indigno –
que provocou uma desestimulação da atividade
inventiva e, no período romano, limitou o progresso tecnológico e,
consequentemente a estagnação da economia.
 A debilidade econômica e a política social do Império Romano
tornou-se vulnerável às investidas das tribos primitivas germânicas
e eslavas. O Império entrou em colapso no ocidente. Do caos que
se instaurou, surgiria um novo sistema: o feudalismo. Os reis dos
estados feudais eram, antigos chefes das tribos primitivas que
invadiram a Europa.
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Feudalismo
 O declínio da parte ocidental do antigo Império Romano privou a
Europa das leis e garantias que o Império havia proporcionado,
oportunizando assim a criação de uma hierarquia feudal.
 Esta consistia na proteção do senhor ao servo e a este cabia-lhe
lealdade. Os senhores concediam a seus vassalos o feudo –
direito hereditário de usar a terra – em troca de pagamentos em
dinheiro, alimentos, trabalho ou lealdade militar. Na base da
hierarquia estavam os servos – o camponês responsável pelo
cultivo da terra – massa (população responsável pelo plantio para
a alimentação e vestuário – isso quando não produzia a suas
vestes com peles dos animais, como as ovelhas).
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O vassalo era o indivíduo que pedia algum benefício a um nobre superior e em
troca fazia um juramento de absoluta fidelidade. Os vassalos eram geralmente
recompensados com um feudo que poderia ser terras, cargos, lugar num sistema
de produção ou outros benefícios. Suserano é o nome atribuído àquele que doa o
bem ou oferece proteção. Esse tipo de relação era conhecida como vassalagem.
Feudalismo
13
Imagens da sociedade feudal
14
Feudalismo
 Neste sistema não havia leis (nos moldes atuais), o que
vigorava eram os costumes que se baseavam nas
obrigações e serviços mútuos – poder hierárquico de cima
para baixo.
 O sistema baseava-se na suposta troca de proteção: o
servo tinha a obrigação de entregar parte da colheita ou
executar outras tarefas para o senhor e este tinha a
função de protegê-lo.
 As divergências ocorridas entre senhor e servo eram
resolvidas em sua corte – as decisões eram quase a favor
do senhor.
 Esta forma difere do capitalismo, baseado na imposição
de contratos e legislações de caráter universal e
obrigatório.
15
Feudalismo
 As
obrigações impostas pelos nobres a seus
vassalos, através de uma longa hierarquia,
abrangendo uma vasta área geográfica, que
contribuiu para o surgimento dos estados-nações
modernos (Chama-se Estado-nação um território delimitado composto por um
governo e uma população de composição étnico-cultural) – na transição
entre feudalismo e capitalismo.
 No feudo haviam duas classes distintas: os nobres,
ou senhores feudais e os servos (servo vem da
palavra latina servus, “escravo”). Este servo não tinha
nada em comum com o escravo da Grécia e de
Roma antiga; o servo não podia ser separado de sua
família ou da terra que lavrava. Na transferência de
feudo para outro nobre, o servo simplesmente
adquiria outro senhor – este não era “livre”.
16
Feudalismo
 O senhor vivia às custas do trabalho dos servos que
cultivava as terras e pagavam tributos em espécie –
variava de feudo para feudo. Em contrapartida o
senhor deveria proteger, porém supervisionava o seu
trabalho e administrava a justiça de acordo com os
costumes do feudo.
 A Igreja católica foi, a maior proprietária de terras
durante a idade média.
 O ensino religioso ministrado pela Igreja exerceu uma
influência considerável e persuasiva na Europa
Ocidental – com isso organizou um governo central
forte.
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Feudalismo
 Portanto
haviam duas espécies de feudo: os
seculares e os eclesiásticos.
 Esta diferenciação não alterava em nada as relações
sociais, dado que estes se apropriavam do trabalho
do servo e, em troca a nobreza lhes proporcionavam
proteção militar e no caso da igreja ajuda espiritual.
 Além da produção agrícola havia a manufatura – os
produtos eram vendidos aos feudos. As instituições
econômicas dominantes nas cidades eram as guildas
(corporações de artesãos, comerciantes, e outros
ofícios). Qualquer pessoa que quisesse produzir e|ou
vender tinham que ser filiado a uma dessas guildas.
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A Ética Paternalista Cristã

Do homem comum esperava-se que aceitasse seu lugar na sociedade e se
submetesse, de bom grado, à liderança dos ricos e poderosos, da mesma maneira
que um filho aceita a autoridade do pai.

Antigo e novo testamento... – págs 15 e 16

A ética paternalista cristã e as obrigações que impunha aos abastados com relação aos
pobres foram desenvolvidas, de forma mais específica e elaborada, por muitos padres
da igreja posteriores, ex.: Clemente de Alexandria.

Este escreveu que: “os homens ricos, segundo ele, tinham uma obrigação especial –
deveriam encarar as suas riquezas como dádivas de Deus, e utilizá-las com
discernimento, em proveito do bem estar de seus semelhantes.
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Clemente foi um erudito numa época em que os cristãos eram geralmente pouco letrados e
abertamente hostis a intelectuais. Não obstante, foi capaz de construir argumentos lógicos
convincentes, baseados nas escrituras e na filosofia, a favor do cristianismo. Defendeu a fraternidade
e a repartição das riquezas entre os homens, observado livre-arbítrio:
“Deus criou o gênero humano para a comunicação e a comunhão de uns com os outros, como ele,
que começou a repartir do seu e a todos os homens proveu seu Logos comum, e tudo fez por todos.
Logo tudo é comum, e não pretendam os ricos ter mais que os outros. Da homilia Quis dives
salvetur? ("Que rico se salvará?"), baseada na história de Jesus e o jovem rico (Marcos 10:17-31).
A Ética Paternalista Cristã
 A obra de Clemente, A Salvação do Homem Rico, foi escrita
com a finalidade de libertar os ricos do “desespero infundado” a
que teriam sido levados pela leitura de determinadas passagens
dos Evangelhos – ex.: Lucas. [...] “não é nenhuma virtude
invejável ou grandiosa viver simplesmente sem riquezas”.
Pág.16
 Para Clemente não era a posse de riquezas, e sim o uso que se
fazia delas. Atribuía aos homens ricos a responsabilidade de
administrarem suas fortunas no interesse de Deus, procurando
aliviar o sofrimento dos necessitados e promover o bem estar de
seus irmãos.
 (...) Deus certamente não tinha em vista uma situação em que,
por carência de condições materiais, ninguém pudesse cumprir
tais mandamentos. Clemente chegou a seguinte conclusão: de
que era vontade de Deus que alguns homens desfrutassem de
riquezas e zelassem, paternalisticamente pelo bem estar de
toda a sociedade.
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O caráter Anticapitalista da Ideologia Feudal
 Os
pressupostos filosóficos e religiosos que
norteavam a conduta do homem medieval tem origem
na ética paternalista cristã.
 S. Tomás de Aquino pág. 18 “Os ricos, afirmava ele,
devem estar sempre `prontos a repartir... E dispostos
a abrir a mão” [...] ele acreditava que o homem rico
que não dá esmolas é um ladrão....
 Tomás de Aquino: ética paternalista cristã rezava que
as relações econômicas e sociais caracterizavam o
sistema senhorial refletiam uma ordenação natural e
eterna, ou seja, de que estas relações emanavam de
Deus.
21
O caráter Anticapitalista da Ideologia Feudal
 Neste sentido os senhores poderiam dispor de imensas
riquezas materiais para cumprirem com a missão da
providência. E os servos contentar com o pouco que lhe
cabia.
paternalista cristã – servia para justificar as
desigualdades naturais, a intensa exploração decorrente
da concentração de riquezas e do poder nas mãos da
nobreza e da Igreja.
 Ética
 Com o passar dos anos os servos passaram a se rebelar
contra as tradições e costumes de seu tempo ameaçando
a estabilidade do sistema feudal.
 A ética paternalista cristã condenava com severidade a
cobiça e a acumulação de riquezas.
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Cap. II
A transição para o
Capitalismo e a Elaboração
do Pensamento Mercantilista
23
Mudanças Tecnológicas
 Idade Média – sociedade medieval –
essencialmente agrária ou seja as
atividades agrícolas sustentavam todo
o sistema colonial.
O
crescimento da produtividade
agrícola desencadeou uma série de
mudanças profundas que culminou no
fim no feudalismo.
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Mudanças Tecnológicas
 O rodízio de cultura para três campos foi um grande avanço
tecnológico.
 No sistema primitivo – esgotamento do solo – dado ao cultivo anual. No
sistema de dois campos parte dela permanecia em repouso para
recuperação de sua produtividade.
 Introdução do sistema de três campos, a terra arável passou a ser
dividida em três áreas: pág.23
a)
b)
c)
Outono – plantava-se centeio ou trigo – 1º campo – primavera ou
verão – colheita.
Segundo campo – plantava-se aveia, feijão ou ervilha na primavera
Terceiro – estava em repouso
 A cada ano promovia o rodizio na utilização dos três campos. Em cada
campo alternava-se as três fases: no primeiro ano, uma cultura de
outono, no segundo de primavera e no terceiro a terra descansava.
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Mudanças Tecnológicas
 Resultado
dessa
mudança:
aumento
extraordinário da produtividade agrícola.
 Camponeses: adquiriram cavalos e substituíram
o bois – contribuindo para a ampliação das áreas
agrícolas e também no abastecimento dos
centros
urbanos
de
maior
densidade
populacional.
 Século XIII – custo do transporte foi reduzido –
introdução da carroça de quatro rodas.
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Mudanças Tecnológicas
 O
aperfeiçoamento da tecnologia agrícola
ocasionou duas grandes mudanças:
a) favoreceu a aceleração do crescimento
populacional;
b) Desenvolvimento do comércio e das cidades
 Camponeses foram rompendo vínculos com a
terra e consequentemente a produção de bens
manufaturados cresceram consideravelmente
 Desenvolvimento do comércio inter-regional e de
longa distância.
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O Desenvolvimento do Comércio de Longa Distância

O crescimento da produtividade agrícola proporcionou um excedente de alimentos e de
mão-de-obra para os mercados locais e internacionais.

Desenvolvimento da indústria e das cidades

Século XI – Cruzadas Cristãs:
a)
Aspecto religioso – não essencialmente
b)
Expansão do comércio e consolidação no oriente
c)
O desenvolvimento do comércio com os árabes estimulava a produção de
mercadorias para a exportação e a criação de grandes feiras - século XII até o final
do século XIV.
Os mercadores do norte da Europa trocava cereais, peixes, lã, roupas, madeira, pez,
alcatrão, sal e ferro por especiarias, seda, brocados, vinhos, frutas, ouro e prata e outras
mercadorias do sul da Europa.
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Chama-se Cruzada a qualquer um dos movimentos militares de inspiração cristã que
partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa (nome pelo qual os cristãos
denominavam a Palestina) e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-las,
ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão. Estes movimentos estenderam-se entre
os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos
muçulmanos. No médio oriente, as cruzadas foram chamadas de "invasões francas",
já que os povos locais viam estes movimentos armados como invasões
O Desenvolvimento do Comércio de Longa Distância
 Século XV – locais das feiras – prosperaram e se
transformaram em prósperas cidades comerciais
que funcionavam durante todo o ano.
 Cidades
conquistaram sua autonomia (após
muitas lutas) – sua vida social e política eram
diferentes da vida do regime senhorial e clerical.
 Centros
comerciais realizavam operações
financeiras: câmbio, de liquidação de dívidas e
de crédito → gerando assim uma nova legislação
comercial.
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O Desenvolvimento do Comércio de Longa Distância
 Indústria feudal → o mestre artesão era: inventor,
produtor e o vendedor de sua mercadoria.
 As indústrias das cidades, voltadas para a
exportação o produtor se distanciou do
comprador final - estes vendiam por atacado.
 Outra diferença significativa – os artesãos dos
feudos geralmente eram agricultores. Porém ao
migrarem para as cidades renunciaram ao campo
para se dedicar com exclusividade ao seu ofício
de artesão.
30
O Sistema Manufatureiro doméstico e o nascimento
da indústria capitalista
 Fases iniciais do capitalismo:
a)
Indústria artesanal: o artesão era proprietário da oficina, dos
instrumentos de trabalho e das matérias primas – pequeno
empresário;
b)
Século XVI – os ramos industriais foco na exportação:
primeiro o mercador-capitalista limitava-se a fornecer ao
artesão a matéria-prima, remunerando este pelos produtos
acabados e, por sua vez tornava-se dono do produto.
c)
Fase posterior: mercador-capitalista passou a ser
proprietário do prédio, das máquinas e dos instrumentos de
trabalho e contratava apenas a força de trabalho para realizar
a sua produção e apropriava-se dos produtos acabados.
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O Sistema Manufatureiro doméstico e o nascimento
da indústria capitalista
 O rompimento com os costumes e tradições feudais
fizeram com que o mercado e a busca de lucros
monetários passassem a determinar como seriam
divididas as tarefas produtivas, assim como as
oportunidades de trabalho proporcionadas (divisão
social do trabalho) – estava criado o sistema
capitalista.
 Pág. 28 – O capitalismo.....
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O Sistema Manufatureiro doméstico e o nascimento
da indústria capitalista
 Proprietários de capital e de outro artesãos despojados de
suas propriedades e transformados em trabalhadores
assalariados – um fenômeno mais urbano do que rural.
O
fortalecimento
das
guildas
de
multiplicavam as barreiras protecionistas
assegurar o seu monopólio.
A
privilegiados
destinadas a
imposição dessas às
barreiras apressou a
transformação dos artesãos mais pobres e de seus filhos
em uma classe operária urbana constrangida a sobreviver
às custas da venda de sua força de trabalho.
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Outras forças participantes da transição para o
Capitalismo
 Após 1.500 ocorreram mudanças sociais e econômicas significativas para a
consolidação do capitalismo:
a)
Crescimento populacional (Inglaterra) – cercamento dos campos →
destinado à criação das ovelhas – demanda de lã das indústrias têxteis:
preços em alta e quantidade mínima de mão-de-obra.
b)
Regime de enclosure – acelerou a dissolução do sistema feudal
remanescente
c)
Aumento significativo de migração dos campos para a cidade
d)
Um quantitativo de homens disponíveis para os exércitos, forças navais e
voluntários para colonizar terras distantes
e)
Além de muitos
industrializados.
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consumidores
em
potencial
para
os
produtos
Outras forças participantes da transição para o
Capitalismo
 Outros fatores importantes:
a) Renascimento intelectual – progressos científicos
de utilidade prática, como criação da bússola e do
telescópio;
b) Novas terras descobertas – provocou o fluxo intenso
de metais preciosos com destino à Europa
 Inauguravam assim o chamado período colonial
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Outras forças participantes da transição para o
Capitalismo
 Por volta de 1.450 os portugueses extraíram metais
preciosos da Costa do Ouro na África – da qual havia uma
escassez na Europa.
 Essa escassez foi sendo mitigada pela colonização das
Américas, quando houve uma inversão pelo volume de
ouro e prata extraída foi tão grande que a Europa
inflacionou o mercado.
 Século XVI, os preços na Europa, subiram entre 150% e
400% variando de país para país. Os produtos
manufaturados elevaram rapidamente para além dos
salários – o que persistiu até o século XVII – proprietários
que viviam da renda da terra e a classe trabalhadora
amargaram por um longo período.
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Outras forças participantes da transição para o
Capitalismo
 O termo capitalismo designa – como propriedade – um
sistema cujos pilares estão calcados no lucro e na
acumulação do capital.
 A acumulação inicial ou primitiva de capital teve quatro
fontes principais:
1. o rápido crescimento do volume de intercâmbio e do
comércio de mercadorias;
2. O sistema de produção manufatureiro;
3. O regime de enclousure (cercamento) dos campos;
4. A grande inflação de preços.
Dentre outras como: o tráfico de escravos, pirataria, etc...
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Outras forças participantes da transição para o
Capitalismo
 A nova classe capitalista substituiu a nobreza pela classe
econômica e socialmente dominante.
 Formação dos Estados Absolutos – sustentados pela burguesia
– poder centralizado.
 A unificação do Estado libertou os mercadores das normas,
regulamentos, leis, pesos, medidas e padrões de caráter feudal
a que estavam submetidos. Graças ao apoio do Estado os
mercadores puderam consolidar mercados importantes e contar
com a proteção militar para os seus empreendimentos
comerciais.
 O monarca (Rei) dependia dos capitalistas para a obtenção dos
recursos necessários para financiar a centralização do poder.
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Mercantilismo: Paternalismo Feudal nos Primórdios
do Capitalismo
 As
políticas mercantilistas necessitaram de intervenção
governamental nos processos de mercado – com destaque os
processos com o comércio internacional. O objetivo dessas
políticas era assegurar elevados lucros para as grandes
companhias de comércio, ampliar as fontes de renda dos
governos nacionais e, atrair o máximo de metais preciosos para
o país.
 O Estado promulgou, também, leis que regulamentavam os
salários, a qualidade de vários produtos e outros detalhes
concernentes à produção doméstica.
 O que significava o amplo controle, exercido pelo Estado, sobre
o comércio e a produção doméstica de mercadorias... Era o
Estado assegurando os interesses específicos dos capitalistas.
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Mercantilismo: Paternalismo Feudal nos Primórdios
do Capitalismo
 Os
mercadores e industriais da classe média
capitalista emergente, encontrou-se nessa teia
intricada de regulamentos um obstáculo ao
desenvolvimento de suas atividades e a obtenção dos
lucros.
 Isso explica por que os capitalistas e seus porta
vozes levantaram argumentos, insistentemente, ao
longo desse período em favor da liberalização dos
controles impostos pelo Estado.
40
Questões:
1.Qual foi a ideologia que predominou na Europa pré-capitalista
2. O que provocou o declínio da escravidão da idade antiga (Roma e
Grécia)
3. Como o regime feudal se organizava nos campos: social, político e
econômico
4. Quais foram as mudanças tecnológicas do sistema feudal e quais
foram as suas consequências na época
5. Que tipo de rompimento ocorreram no surgimento da indústria
capitalista e o que ocasionou neste período
6. Quais os fatores e as forças influentes na transição do sistema
capitalista do século XVI
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Bibliografia
HUNT, E. K. & SHERMAN, Howard J. (tradução Jaime
Larry
Benchimol).
História
do
Pensamento
Econômico. Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 1977.
42
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Contextualização dos modos de produção