Que tipos de Drogas existem?
Drogas leves
. Álcool
. Tabaco
. Haxixe
. Mari Joana
. MDMA
Rogério Cardoso nº10 IOSI
Que tipos de Drogas existem?
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Drogas pesadas
. Cocaína
. Heroína
. LSD
Aspectos históricos
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Toda a história da humanidade está permeada pelo consumo de álcool. Registos arqueológicos
revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano data de
aproximadamente 6000 a.C., sendo portanto, um costume extremamente antigo e que tem
persistido por milhares de anos. A noção de álcool como uma substância divina, por exemplo,
pode ser encontrada em inúmeros exemplos na mitologia, sendo talvez um dos factores
responsáveis pela manutenção do hábito de beber ao longo do tempo.
Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo, como por exemplo o
vinho e a cerveja, já que dependiam exclusivamente do processo de fermentação. Com o advento
do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos
tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas na sua forma destilada. Nesta época,
este tipo de bebida passou a ser considerado como um remédio para todas as doenças, pois
"dissipavam as preocupações mais rapidamente do que o vinho e a cerveja, além de produzirem
um alívio mais eficiente da dor", surgindo então a palavra whisky (do gálico usquebaugh, que
significa "água da vida").
A partir da Revolução Industrial, registrou-se um grande aumento na oferta deste tipo de bebida,
contribuindo para um maior consumo e, consequentemente, gerando um aumento no número de
pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema devido ao uso excessivo de álcool.
Aspectos Gerais
• Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool
também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele actua no
sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento
de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver
dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem
seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos
motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando
comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social,
o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um
problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência
associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo,
dependendo da dose, frequência e circunstâncias, pode provocar um
quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Desta forma, o
consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde
pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos
custos para sociedade e envolvendo questões, médicas, psicológicas,
profissionais e familiares.
Efeitos agudos
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A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases
distintas: uma estimulante e outra depressora.
Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos
estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para
falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como
falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito
exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o
estado de coma.
Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características
pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas
sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com uma
outra pessoa que não está acostumada a beber. Um outro exemplo está
relacionado a estrutura física; uma pessoa com uma estrutura física de grande
porte terá uma maior resistência aos efeitos do álcool.
O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos
desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e um mal-estar geral.
Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem
dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, tem uma maior
probabilidade de sentir esses efeitos.
Álcool e Trânsito
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A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os
reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos, ou operar outras máquinas. Pesquisas
revelam que grande parte dos acidentes são provocados por motoristas que haviam bebido antes
de dirigir. Neste sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou
a vigorar em Janeiro de 1998) deverá ser penalizado todo o motorista que apresentar mais de 0,6
gramas de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para atingir essa
concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja
ou três copos de chupe), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).
Efeitos no resto do copo
• Os indivíduos dependentes do álcool podem
desenvolver várias doenças. As mais frequentes
são as doenças do fígado (esteatose hepática,
hepatite alcoólica e cirrose). Também são
frequentes problemas do aparelho digestivo
(gastrite, síndrome de má absorção e
pancreatite), no sistema cardiovascular
(hipertensão e problemas no coração). Também
são frequentes os casos de poli neurite alcoólica,
caracterizada por dor, formigamento e cãibras
nos membros inferiores.
Durante a Gravidez
• O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer
consequências para o recém-nascido, sendo que, quanto maior o
consumo, maior a chance de prejudicar o feto. Desta forma, é
recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas
alcoólicas, não só ao longo da gestação como também durante
todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o
bebé através do leite materno.
Cerca de um terço dos bebés de mães dependentes do álcool, que
fizeram uso excessivo durante a gravidez, são afectados pela
"Síndrome Fetal pelo Álcool". Os recém-nascidos apresentam
sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de
apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de
abstinência). As crianças severamente afectadas e que conseguem
sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar
problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo
com a gravidade do caso.
Tabaco
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O tabaco foi trazido para a Europa, onde se veio a tornar muito popular, pelos espanhóis no início
do século XVI. Antes disso era apenas encontrado na América, onde já era usado pelo nativos
americanos. Era mascado, ou então aspirado sob a forma de rapé (depois de secar as suas folhas).
Em 1561, Jean Nicot (de onde deriva o nome da nicotina)[4], embaixador francês em Portugal,
aspirava-o moído (rapé) e percebeu que ele aliviava suas enxaquecas. Desta forma, nesse ano,
enviou sementes e pó de tabaco para França, para que a rainha Catarina de Médicis, o
experimentasse no combate às suas enxaquecas. Com o sucesso deste tratamento, o uso do rapé
começou a se popularizar. O corsário Sir Francis Drake foi o responsável pela introdução do tabaco
em Inglaterra em 1585, mas o uso de cachimbo só se generalizou graças a outro navegador, sir
Walter Raleigh.
O primeiro livro em que é relatado a forma nativa de aspirar a fumaça proveniente de rolos de
folhas de tabaco acesas é Apologética historia ds Índias de Bartolomu de las Casas, em 1527.
Posteriormente Gonzalo de Oviedo y Velázquez, na Historia General de las Indias, descreve a planta
e seus usos, em 1535.
O hábito de fumar o tabaco como mera demonstração de ostentação se originou na Espanha com a
criação daquilo que seria o primeiro charuto. Tal prática foi levada a diversos continentes e,
somente por volta de 1840, começaram os relatos do uso de cigarro. Neste ponto, a finalidade
terapêutica original do tabaco já havia perdido seu lugar nas sociedades civilizadas para o hábito de
fumar por prazer.
Embora o uso do cigarro tenha tomado enormes proporções a partir da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), foi apenas em 1960 que foram publicados os primeiros relatos científicos que
relacionavam o cigarro ao aumento da incidência de câncer, infarto e outras doenças no fumante
habitual.
Heroína
• A heroína é descendente directa da morfina, e
ambas são tão relacionadas que a heroína, ao
penetrar na corrente sanguínea e ser processada
pelo fígado, é transformada em morfina. A droga
tem sua origem na papoila, planta da qual é
extraído o ópio. Processado, o ópio produz a
morfina, que em seguida é transformada em
heroína. A papoila empregada na produção da
droga é cultivada principalmente no México,
Turquia, China, Índia e também nos países do
chamado triângulo Dourado (Birmânia, Laos e
Tailândia).
Heroína
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A morfina é um alcalóide natural do ópio, que deprime o sistema nervoso
central, e foi a primeira droga opiácea a ser produzida em 1803. Como poderoso
analgésico, suas propriedades foram amplamente empregadas para tratar de
feridos durante a Guerra Civil Americana, em meados do século passado. No final
do conflito, 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina, o que
despertou na comunidade médica a certeza de que a droga era perigosa e
altamente causadora de dependência. Mesmo assim, nos Estados Unidos, a
morfina continuou sendo usada para tratar tosse, diarreia, cólicas menstruais e
dores de dente, sendo vendida não só em farmácias, mas também em doceiras e
até por reembolso postal. Em consequência, o número de viciados começou a
crescer, e os riscos representados pela droga eram cada vez mais evidentes, o que
fez com que os cientistas passassem a procurar um substituto seguro para a
morfina.
Em 1898, nos laboratórios da Bayer, na Alemanha, surgiu o que se acreditou na
época ser o substituto ideal: a diacetilmorfina, uma substância três vezes mais
potente que a morfina. Devido a essa potência, considerada "heróica", a Bayer
decidiu baptizar oficialmente a nova substância com o nome de heroína.
A heroína foi aplicada em viciados em morfina, e os cientistas comprovaram que
a droga aliviava os sintomas de abstinência dos morfinômanos.
Heroína
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Durante doze anos acreditou-se que a heroína poderia substituir, segura e eficazmente, a
morfina. Além das doenças anteriormente "tratadas" pela morfina, a heroína também foi usada
como remédio para a cura do alcoolismo. Por ironia, ficou provado que a heroína é ainda mais
viciante do que a morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso. Em
1912, os Estados Unidos assinaram um tratado internacional visando acabar com o comércio de
ópio no mundo inteiro. Por causa disso, dois anos mais tarde, o Congresso norte-americano
aprovou uma lei que restringiu o uso de opiáceos, e, na mesma década, criou mecanismos
judiciais que tornavam a heroína ilegal. Isso levou a uma situação peculiar: antes de 1914, muitas
pessoas se haviam tornado viciadas em heroína consumindo a droga como remédio; a partir
desse ano os dependentes eram transformados em marginais que precisavam recorrer ao
mercado negro para obter a droga e evitar os dolorosos sintomas da síndrome de abstinência. Ao
ser consumida (geralmente por injecção intravenosa), a heroína pode causar inicialmente náusea
e acessos de vomito, mas à medida que o organismo se adapta aos efeitos da droga o usuário
passa a sentir-se num estado de excitação e euforia, às vezes semelhante ao prazer sexual.
Simultaneamente a droga induz sensações de paz, alívio e satisfação, que se desvanecem algum
tempo depois. Como o efeito é relativamente breve (mais ou menos 60 minutos), o usuário é
impelido a consumir nova dose de droga. Dentro de algum tempo de uso constante, ele sentirá
necessidade de quantidades cada vez maiores de heroína, não para sentir prazer, mas
simplesmente para evitar os terríveis sintomas da abstinência. O viciado em heroína torna-se
apático, letárgico e obcecado pela droga, perdendo todo interesse pelo mundo que o cerca. Ficar
sem a droga significa um verdadeiro inferno para ele, que passa a sentir dores atrozes, febres,
delírios, suores frios, náusea, diarreia, tremores, depressão, perda de apetite, fraqueza, crises de
choro, vertigens, etc.
Imagens de Heroína
Cocaína
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A cocaína é um estimulante feito de um pó branco que é um extracto de folhas de um arbusto,
chamado coca, o qual se encontra principalmente na América do Sul, Colômbia, Peru e Bolívia.
Desde há mais de 5000 anos que os índios sul-americanos têm o hábito de mascar folhas de coca
para diminuir a sensação de cansaço e para suprimir a fome; este costume também desempenha
um importante papel social e religioso.
A cocaína começou a ser extraída das folhas de coca à cerca de 150 anos e inicialmente era usada
na Europa pelos médicos, no tratamento das dores, ou seja, como uma panaceia. Sabem o que é
uma "panaceia"? O dicionário diz que é um "remédio para todos os males". Exacto! Portanto, a
cocaína era um remédio considerado por muitos médicos de então como "milagroso" para tratar a
depressão, sífilis, asma, dores de barriga, tuberculose, etc. Freud, o pai da psicanálise, pensava que
este produto era óptimo para na cura de doentes que estavam dependentes de drogas "mais
duras". Foi só mais tarde que se descobriu que a cocaína também era adictiva e provocava
dependência.
A primeira bebida tipo "coca-cola" apareceu em 1863 e chamava-se Vin Mariani. A coca-cola,
propriamente dita, só começou a ser fabricada em 1885, e até 1903 continha pequenas
quantidades de cocaína. Nos EUA e no Reino Unido mais e mais pessoas começaram a ficar
dependentes da coca-cola (agora também as há, mas não por causa da cocaína...) e os fabricantes
resolveram retirar a cocaína da coca-cola.
Sensações provocadas pela cocaína
• A cocaína provoca excitação psíquica, e o usuário tem a
sensação de que é forte, poderoso, invulnerável, influente e
importante, de que pode tudo. Depois de algum tempo de
uso, começa a achar que está sendo perseguido e
espionado. Há muitos efeitos colaterais nocivos da cocaína,
entre eles a secura da boca, aumento da frequência de
pulso, sudação e perda de apetite. Os utilizadores regulares
começam a ficar com zumbidos nos ouvidos, diarreia,
sensação de aperto no peito, exaustão e insónia. Os
utilizadores a longo-prazo têm mais efeitos colaterais e, em
vez de um high, o que conseguem ter é um sentimento de
inquietação, irritabilidade, perda do desejo sexual e
sensação de estar doente.
Danos causados pela cocaína
• A cocaína é um poderoso psico-estimulante. Provoca
insônia, excitação psico motora constante, acentuada
perda de autocrítica e agressividade. Quando injectada
ou fumada, as consequências psicológicas são mais
acentuadas. A cocaína é uma substância
vasoconstritora e, frequentemente, causa problemas
arteriais e venosos, como tromboses. O mais comum é
a necrose de tecidos do septo nasal e do palato, devido
à vasoconstrição local, formando uma cavidade única
no nariz. Às vezes, nariz e boca formam uma só
cavidade. A overdose provoca convulsões, coma e
morte.
Origem
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A cocaína é extraída da planta Erythroxylon coca, ou, como é popularmente conhecida, coca ou
peado. O arbusto da coca compõe a vegetação típica da região andina. Em países como o Peru e a
Bolívia, mascar sua folhas, "soquear", é um hábito tradicional que vem sendo passado de geração a
geração há vários séculos.
Rotas de tráfico e consumo de cocaína no mundo (clique para ampliar)
Em algumas sociedades andinas, existe um valor cultural e mitológico ligado à coca. Em alguns
lugares, por exemplo, é aplicada a folha no recém-nascido para secagem do cordão umbilical - que
depois é enterrado com as folhas, representando um talismã para o resto da vida do indivíduo. Em
certas cerimonias funerais, a folha da coca é utilizada para tranquilizar os espíritos.
Porém, o uso mais comum, disseminado por praticamente todo o mundo, é da cocaína sob a forma
de sal - o cloridrato de cocaína - que pode ser aspirada ou injectada na corrente sanguínea. Por ser
uma droga cara, outras formas de cocaína foram desenvolvidas para os consumidores de baixa
renda. O crack e a merla são os dois tipos mais comuns e seu poder destrutivo é ainda maior do
que o da cocaína, pois são repletos de impurezas.
O cloridrato foi isolado pela primeira vez em 1855 e foi usado inicialmente como um anestésico
local. Somente a partir do início deste século, a cocaína passou a ser utilizada como droga
psicotrópica. Mas foi nos anos 70 e 80 que ela se popularizou e passou a ser consumida em
praticamente todo o mundo.
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