O PSICÓLOGO NA ORGANIZAÇÃO Histórico Psicologia Organizacional no Brasil Transformações no Mundo do Trabalho e Psicologia Organizacional Psicologia Organizacional X Psicologia do Trabalho A Vida e o Trabalho • Trabalhadores passam parte significativa de suas vidas em • • • • uma organização, produzindo bens s serviços que todos consomem; Esse dia a dia é repleto de demandas, desafios, expectativas, tensões, realizações, alegrias, sofrimentos, que inevitavelmente se interligam e se estendem para vida fora do trabalho; Poucas coisas afetam tão fortemente quanto perder o emprego; Quanto do bem estar e da qualidade de vida e problemas enfrentados pelas pessoas não estão relacionados com a dinâmica das organizações e com a forma que o trabalho e a sua organização assumem na sociedade? A compreensão do ser humano portanto, depende de uma compreensão de sua inserção no mundo do trabalho e das relações que são criadas no interior das organizações; Histórico • O aparecimento da Psicologia Organizacional está diretamente ligado à crescente industrialização que ocorreu nos países dominantes do cenário ocidental no fim do sec. XIX. • O desempenho no trabalho sempre foi uma preocupação que orientou as atividades dos psicólogos; • Frederick Winslow Taylor, engenheiro em sua formação básica, teve notável influência sobre o campo da psicologia Organizacional e do Trabalho; • Ele desenvolveu a Administração Científica, com o objetivo de estabelecer princípios para orientar as práticas organizacionais e aumentar a produtividade; Histórico • A partir de idéias Taylor, Fank (engenheiro) e Lilian Gilbert (psicóloga) foi possível estudar a forma pela qual as tarefas são executadas pelas pessoas, desenvolvendo o que veio a ser chamado de “estudo do tempo e movimanto”; • Depois o avanço do campo ocorreu de modo tão rápido quanto as exigências dos acontecimentos do mundo; • Impuseram, como nas duas Grandes Guerras na primeira metado do século XX, quando os testes psicológicos tiveram extenso uso e desenvolvimento, para atender as solicitações da seleção de recrutas; • Ao longo dos anos o âmbito de atuação foi sendo ampliado para outras atividades, como treinamento dos empregados e a análise de fatores do ambiente que afetam o trabalho; Histórico • Nas décadas seguintes, expandindo-se também nos demais países industrializados, as atividades dos psicólogos e outros profissionais ligados às Ciências do Comportamento dirigiramse para os incentivos não financeiros, como liderança e supervisão, relações interpessoais, atitudes dos empregados, moral no trabalho, avaliação de executivos, relações-homem máquina, entrevistas e aconselhamento; • Na década de 50 ganha destaque o trtabalho de Abraham H. Maslow sobre Motivação e Personalidade, no qual propõe uma hierarquia de necessidades humanas. • A segunda metade do sec XX foi marcada por intenso desenvolvimento tecnológico, incentivando movimentos como os de gestão da qualidade total, cultura de aprendizagem, o empowrment, o trabalaho em equipes, as células de produção, a produção just-in-time. Psicologia Organizacional no Brasil • Desde os tempos da Colônia elite sempre visou a submissão dos trabalhadores (sobretudo índios e negros) aos valores e ao poder dominante. • Até quase o final do sec. XIX a economia brasileira era essencialmente escravocrata; • Uma figura proeminente nesse período foi o Visconde de Mauá, cuja diversidade nos setores e sucesso em seus empreendimentos atrairam o capital estrangeiro; • A Psicologia aplicada ao trabalho surge no cenário brasileiro nessa época, associada a tentativas de racionalização e a procura de um caráter científico e inovador no controle dos processos produtivos; Psicologia Organizacional no Brasil • As aplicações dos testes pscotécnicos com a finalidade de selecionar empregados, expandiu-se rapidamente, em especial nas empresas ferroviárias; • A Psicologia, uma jovem ciênciana metade do sec. XX, passoua figurar entre as disciplinas que forneciam apoio e legitmidade aos métodos administrativos e suas correspondentes práticas; • Ocorreu uma expansão das organizações produtivas brasileiras após a segunda Guerra Mundial com a instalação de multinacionais e aumento da competitividade; • As atividades administrativas mantinham-se centradas na produção enaquanto a qualidade dos produtos, tanto pela desatenção como pelas dificuldades de natureza tecnológica deixava a desejar; Psicologia Organizacional no Brasil • No período em que Getúlio Vargas esteve no poder, foram regulamentados direitos e benefícios aos trabalhadores; • A partir daí surgiram efetivamente os primeiros investimentos na qualificação dos trabalhadores e as preocupações com métodos de gestão mais apropriados às condições e características da realidade brasileira; • As atividades do psicólogo brasileiro até as décadas intermediárias do sec. XX, pelo menos, tiveram forte tônica na seleção de pessoal; • As atividades até então, para grande parcela dos profissionais, não ultrapassavam o rercrutamento, a seleção, o treinamento, a análise ocupacional e a avaliação de desempenho. Mudanças e Transformações no Cenário Mundial • Em 1990 tem início a administração participativa. Aparecem os primeiros sinais de que as fronteiras internas cairiam e de que o poder nas empresas sairia das mãos de indivíduos para as de grupos de trabalho. • 1992 - A terceirização passa a ser o termo do momento. de gestão que ensina às empresas como prosperar: copiando o que dá certo nas outras. No item qualidade, a Honda é um dos exemplos a ser seguido. • 1993 Os americanos Michael Hammer e James Champy publicam seu livro-manifesto “Reengineering the Corporation”. Desse momento em diante o mundo dos negócios se transformou completamente. A apologia à destruição e reconstrução dos processos inflamou empresas em todo o mundo. • Em seguida a uma série de demissões em massa as empresas volta-se ao já conhecido termo empowerment – o poder dividido em nome dos resultados. As pessoas, enfim, passam a ser vistas como a diferença entre empresas mais, ou menos, eficientes. • Com a chegada do século XXI, após o momento de desnecessária preocupação com o propalado choque do bug do milênio, vêm as fusões, comércio global e pressões sociais fazendo com que a gestão ambiental ganhe uma importância sem precedentes. O NOVO ambiente de gestão de pessoas • Até o final da segunda década de 2000 as empresas mais importantes estarão gerindo pessoas, utilizando os conceitos e ferramentas apresentados no vídeo; • As relações de trabalho se tornarão mais complexas por conta da transformação das expectativas e necessidades das organizações e das pessoas; • As empresas precisarão se preocupar com todas as pessoas com quem mantiverem relação de trabalho, independente de qual seja a forma de contratação legal. • O padrão de exigência em relação as pessoas tenderá a aumentar na mesma proporção do aumento da complexidade tecnológica; O NOVO ambiente de gestão de pessoas • Cada vez mais o indivíduo será avaliado pela sua capacidade de articular conhecimentos, habilidades e atitudes com o contexto onde se inserem; • As instituições de educação precisarão definir com precisão quais competências demandadas pelas empresas e pela sociedade para garantir sustentação de vantagens competitivas e para dar melhor foco aos investimentos em educação; O NOVO ambiente de gestão de pessoas • O estabelecimentos destas competências permitirá também maior agilidade na troca de carreiras profissionais por parte das pessoas; • A reciclagem profissional será cada vez mais frequente; EFEITOS PERVERSOS DA GESTÃO DE PESSOAS A SEREM EVITADOS 1. 2. DESARTICULAÇÃO CONCEITUAL: o discurso “moderno” pode não ser acompanhado de práticas modernas; EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR: O aumento da cobrança em relação ao colaborador deve ser seguida de práticas para desenvolver e valorizar as pessoas; EFEITOS PERVERSOS DA GESTÃO DE PESSOAS A SEREM EVITADOS 3. DESCOLAMENTO ESTRATÉGICO: o modelo de gestão de pessoas adotado pela empresa tem pouco compromisso com os objetivos estratégicos da empresa; 4. DESARTICULAÇÃO COM AS PESSOAS: o modelo de gestão, embora alinhado com os objetivos estratégicos da organização, esta desarticulado em relação às expectativas e necessidades das pessoas; CONCLUSÃO A preparação para o futuro exige dois investimentos simultâneos: um na modernização do sistema de gestão; outro no estímulo e suporte ao desenvolvimento das pessoas por si próprias. A estimulação mútua (pessoas e organização) nesse sentindo será o alicerce para uma relação que poderá suportar as adversidades do futuro.