Reunião de Conjuntura do PET-Economia da UnB. CONJUNTURAS INTERNACIONAIS: LÍBIA DE JAPÃO. Conjuntura PET-ECO 1 Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão • O problema começou no dia 11 de março, quando ocorreu o maior tremor da história do Japão. O tremor teve epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península de Ojika, a uma profundidade de 24 km e fez com que ondas gigantes fossem geradas no Oceano Pacífico, chegando a alguns locais da cidade de Sendai. • O terremoto atingiu 9 graus de magnitude e provocou um tsunami que destruiu o nordeste do país. Mas agora a ameaça vem de outro lugar: a usina nuclear de Fukushima. A liberação de partículas radioativas fez com que uma área de 20 km ao redor da usina fosse evacuada e está preocupando pessoas do mundo todo. • Ele ocorreu às 14h46 (hora local, 2h46 de Brasília) e foi seguido por pelo menos outros 52 fortes tremores de magnitude superior a 5, segundo o USGS, agência americana que monitora e estuda tremores pelo mundo. • O Shinkansen, o trem-bala da capital japonesa, e os dois principais aeroportos ficaram temporariamente fechados. Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão • O tsunami é um fenômeno da natureza causado por erupções vulcânicas, terremotos submarinos e movimentações entre as zonas de convergência (fronteiras entre as placas tectônicas) no fundo dos oceanos, esses comportamentos geram uma série de ondas fortes caracterizadas por intensa velocidade e altura acentuada. • A crise nuclear foi classificada no nível 5 da escala internacional de eventos nucleares (INES). • A escala é numerada de um a sete, os três primeiros níveis são usados para incidentes, eventos que não representam risco a população local. Os quatro últimos níveis são para acidentes, ou seja, quando há chance de contaminação do meio ambiente ou pelo menos uma morte por conta da radiação. A escala utiliza três critérios para classificar desde explosões em usinas até o contato de humanos com substâncias radioativas, são eles: - o impacto do caso nas pessoas e no meio ambiente - como as barreiras naturais e de controle foram afetadas - e como a “defesa em profundidade” (medidas de prevenção para evitar acidentes) foi comprometida. Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão • Pelo menos 254 mil brasileiros vivem no Japão e há registro de poucos vivendo na área afetada. A maioria dos brasileiros se concentra ao sul da ilha, onde o abalo foi mais leve. • O alerta de tsunami foi direcionado aos seguintes países: Rússia, Taiwan, Filipinas, Indonésia, Papua Nova Guiné, Fiji, México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras, Chile, Equador, Colômbia, Peru e Estados Unidos (Havaí, Alasca e o estado da Califórnia. • Austrália e Nova Zelândia, que estavam na lista inicial, foram depois removidos. • Quinze dias depois do terremoto seguido de tsunami, que causou a morte de cerca de 10 mil pessoas e deixou mais de 400 mil desabrigados. Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão • O terremoto atingiu uma área em que havia 20 reatores operando, em diversas usinas. Desses, nove continuaram funcionando normalmente. Houve queda de energia nos outros 11, mas geradores ligaram o sistema de refrigeração. • O problema é que os geradores de três deles queimaram – e são justamente esses que estão causando problemas. Isso porque, mesmo quando o reator é desligado e a fissão nuclear cessa (quando o núcleo do átomo de urânio se divide em dois, liberando grande quantidade de energia), os produtos dessa reação continuam a emitir radiações que produzem calor. • Se a temperatura ficar alta demais, o revestimento de metal que guarda o combustível radioativo pode derreter, liberando gases radioativos e hidrogênio – gás altamente inflamável que pode provocar explosões que danificam as paredes de contenção do reator e liberam radiação. Em caso de derretimento completo do metal, pílulas de combustível caem para o fundo do vaso de contenção do reator, podendo danificar as estruturas que impedem a radiação de escapar para o ambiente. Crise Nuclear do Japão • Três reatores (1, 2 e 3) sofreram explosões por causa de falhas no sistema de resfriamento. No reator 1, uma delas danificou o teto e a segunda parede de contenção do prédio. O reator 2 teve a primeira contenção danificada e está emitindo fumaça. • O de número 3 é o que mais preocupa os técnicos por ser o único que utilizava uma mistura de urânio com plutônio, que é mais tóxico. Também está emitindo fumaça com partículas radioativas. O reator 4 estava desligado quando ocorreu o terremoto, mas uma explosão acabou danificando a piscina de resfriamento do material radioativo. Os reatores 5 e 6 também estavam desligados, mas a temperatura nas piscinas de resfriamento está subindo. • Está sendo injetada água do mar nos reatores. A água possui uma função dupla: 1) ajudar no resfriamento para evitar a decomposição da água e explosões decorrentes disso e 2) frear a disseminação de partículas radioativas suspensas no ar. Cabos de energia também foram reconectados para tentar reativar o sistema de refrigeração. Nos reatores 5 e 6, os técnicos também fizeram perfurações para liberar hidrogênio e evitar explosões. Crise Nuclear do Japão • Especialistas franceses acreditam que a radiação chegará à Europa e existem até sites monitorando o ar na França. E, nos Estados Unidos, as pessoas já estão até comprando medicamentos para se proteger. Mas, para Laércio Antônio Vinhas, Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), isso é um exagero. Segundo ele, para que a radiação chegasse à Europa seria preciso que os quatro reatores sofressem uma enorme explosão ao tempo, coisa que os técnicos consideram impossível. Na verdade, se a coisa continuar como está, nem mesmo Tóquio deveria se preocupar. Os níveis de radiação ali estão iguais aos de antes. • “Considerando a situação atual, a possibilidade de um acidente como o de Chernobyl é extremamente reduzida”, afirma Laércio Vinhas. Para ele, na pior das hipóteses, a área impactada pela radiação ficará entre 40 e 60 km de distância das usinas, dependendo da direção do vento. Crise Nuclear do Japão • O acidente da Ucrânia ocorreu com o reator em funcionamento, o que elevou a potência da explosão. Em Fukushima os reatores estavam desligados. Além disso, o estrago foi enorme em Chernobyl porque a usina não possuía nenhuma blindagem. As usinas atuais têm paredes espessas de contenção. • Chernobyl deixou mais de 25 mil mortos e contaminou mais de três quartos da Europa. “No caso do Japão, as doses de radiação divulgadas até o momento são baixas e não acarretariam os efeitos verificados em Chernobyl. Se a situação não sofrer uma brusca mudança, provavelmente teremos pouco danos em poucas pessoas”, afirma Sandra Bellintani , pesquisadora da área de radioproteção do Ipen(Instituo de Pesquisas Energéticas e Nucleares). Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão • Autoridades norte-americanas anunciaram nesta terça-feira (22/03) que iriam tornar mais rígidas as regras para a importação de alimentos vindos do Japão. Na Alemanha, o Departamento Federal de Proteção contra a Radioatividade (BfS, na sigla em alemão) calcula que as correntes de ar com partículas radioativas possam chegar à Europa Central nos próximos dias. • As autoridades norte-americanas de segurança alimentar explicaram em comunicado que leite e derivados, assim como frutas, verduras e legumes vindos de Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma só poderiam entrar no país após medições de radioatividade. • O chefe da estação de monitoramento Schauinsland da BfS, Erich Wirth, disse que nos últimos dias teria sido medido um aumento no nível de radiação também na Califórnia e na Islândia. "E de lá não fica muito mais longe até a Europa Central", completou. A radiação seria, no entanto, "muito, muito baixa". Crise Nuclear do Japão • No momento, o Japão enfrenta um dilema para conter a crise nuclear. Os técnicos bombeiam água para os reatores para evitar um superaquecimento. Como conseqüência, ocorrem vazamentos de água altamente radioativa, que provocam a suspensão dos trabalhos de reparo e ameaçam o meio ambiente. • Os níveis de iodo radioativo detectados nas águas do Oceano Pacífico, perto do local da usina, subiram para um novo recorde, atingindo 3.355 vezes o limite legal. O nível detectado em medição anterior, realizada dias atrás, era 1.850 vezes mais alto que o máximo permitido. • O grupo ambientalista Greenpeace divulgou ter feito medições próprias, nas quais determinou altos níveis de radioatividade também além da zona de evacuação, em alguns casos mais altos do que dentro dela. A organização considerou os resultados tão preocupantes que reivindicou do governo japonês uma ampliação da área de risco dos atuais 20 quilômetros em torno da usina para 40 quilômetros. Crise Nuclear do Japão • O governo japonês especulou nesta quarta-feira (30/03) lançar mão de uma série de soluções alternativas para o desastre nuclear de Fukushima, como cobrir os reatores com tecido especial, jogar uma resina sintética sobre os destroços ou enviar robôs para fazer o trabalho mais arriscado. • A pressão por soluções inusitadas cresce. Passadas quase três semanas do desastre, a empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina, admitiu não ter ideia de quando a pior crise nuclear desde Chernobyl estaria sob controle. Crise Nuclear do Japão • Uma medida, paliativa e provisória, divulgada pela mídia local, prevê cobrir as três unidades de reatores danificadas com lonas especiais e filtros de ar para limitar a radiação. Outro plano é ancorar um naviotanque vazio ao lado do reator 2, para onde os trabalhadores possam bombear grandes quantidades de água altamente radioativa da unidade, segundo a imprensa local. • Nesta quinta-feira, as autoridades devem começar a jogar uma resina sintética solúvel em água sobre os destroços da central nuclear de Fukushima. A resina poderia impedir que o vento disperse partículas de poeira contaminadas com radioatividade. Crise Nuclear do Japão • O Banco Central do país asiático decidiu, na última semana, investir US$ 183 bilhões para reconstruir o país e tentar reerguer uma das maiores potências econômicas do mundo. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando o país foi completamente destruído, o tempo de recuperação foi de dez anos. • Agora, com parte do Japão devastado, especialistas do ramo econômico estimam que a potência poderá ser reerguida entre três ou cinco anos, segundo informou o economista Josué Mussalém. Atualmente, o mais grave dos problemas enfrentados pelos japoneses é a falta de energia em algumas regiões e o racionamento da commodity em outras localidades. • Desde o início dos transtornos, várias empresas foram fechadas no país. “A fábrica da Sony fechou dez unidades e da Toyota, 12. A economia está parada por conta do fornecimento de energia, principalmente na região Nordeste do Japão, onde ocorreu o acidente nuclear. Marcas automotivas como a Nissan, Mitsubish, Toyota e Honda, que possuem fábricas em outros países, dependem de autopeças produzidas no Japão, o que pode afetar o Brasil, já que o ritmo de fabricação destes produtos pode atrasar”, explicou Mussalém. Crise Nuclear do Japão • Todo esse “caos” também pode atrasar as encomendas feitas pelo Japão (o segundo maior comprador de minério de ferro do Brasil). “Este é o impacto econômico inicial. Já se percebe uma queda nas ações da Vale e no preço do barril de petróleo. O país asiático tem a segunda maior reserva cambial do mundo, correspondente a US$ 1,1 trilhão, ficando atrás apenas da China (US$ 2,3 trilhões). Da reserva japonesa, US$ 34,6 bilhões estão aplicados no Brasil”, enfatizou. • Com os investimentos do Banco Central japonês para a reconstrução do país, o governo deverá mexer nas reservas espalhadas pelo mundo. Mussalém acredita, porém, que “é mais fácil os recursos saírem de outros países do que do Brasil, porque os juros daqui são bem mais interessantes para eles. Por outro lado, esperamos que, no processo de reconstrução, aumentem as compras de ferro, alimentos, principalmente carne e frango, e vidro feitas no Brasil”, estimou. Crise Nuclear do Japão Crise Nuclear do Japão LÍBIA Conjuntura PET-ECO 25 • A Líbia e as “Revoluções Árabes” • Depois da 2 GM, a Líbia virou domínio britânico e Francês. • 1952: ONU aprova independência. • 1969: República Árabe Popular e Socialista da Líbia. Conjuntura PET-ECO 26 • 13/02/2011: se iniciam os protestos. • Pontos: 1. Liberdade de Democracia 2. Respeito aos Direitos Humanos 3. Distribuição de Riqueza 4. Redução da corrupção Conjuntura PET-ECO 27 • A Líbia segue rigorosamente os preceitos islâmicos. • São proibidos, por exemplo, bebidas alcólicas e jogos, além do que todas as comunidades judaicas foram expulsas do país. Conjuntura PET-ECO 28 • A maior parte da riqueza do petróleo foi usada para comprar armas e oprimir a população. • Do Oriente Médio e norte da África, a Líbia é o país com maior censura. • A Líbia foi, inclusive, expulsa do CDH, por violações aos direitos humanos. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_na_L%C3%ADbia_em_2011) Conjuntura PET-ECO 29 • Os rebeldes líbios têm recebido ajuda de vários países, e o governo de Khadafi é acusado constantemente. • Apesar dos EUA garantirem que não haverá invasão, existe ajuda explícita aos rebeldes e há intenção oferecer treinamento militar aos militantes contra Khadafi. Conjuntura PET-ECO 30 • À medida que o tempo passa, o final do conflito fica cada vez mais nebuloso, com novos aliados e inimigos de toda parte. • Ministro das Relações exteriores líbio se demite. • Rússia condena apoio aos rebeldes. Conjuntura PET-ECO 31 • Questões levantadas: 1. O apoio aos rebeldes é ético? Ele respeita as leis de soberania internacional? 2. Faz sentido respeitar a soberania de um país que não respeita os direitos humanos? 3. Vale a pena usar da violência contra a violência? 4. Deontologia e o imperativo categórico vs. Teleologia e a ética utilitarista. Conjuntura PET-ECO 32 • Notícia da semana: 1. Morte de José Alencar. 2. Brasil aumenta rigor na entrada de alimentos do Japão. 3. Em meio a protestos, oposicionistas cercam a casa do presidente da Costa do Marfim. 4. Governo altera regras para investimentos em títulos públicos. Conjuntura PET-ECO 33 5. Sarkozy pede normas mais claras sobre energia nuclear. 6. Deputado federal diz no Twitter que "africanos descendem de ancestral amaldiçoado“. 7. Em entrevista, Bolsonaro diz que MEC "abre as portas" para homossexualidade e pedofilia. 8. Em Bangladesh, menina de 14 anos acusada de adultério morre durante chibatadas. Conjuntura PET-ECO 34 • Show do Iron Maiden em Brasília. Conjuntura PET-ECO 35