Soldagem (parte 3) Professor: Tiago de Sousa Antonino Avaliar as propriedades da junta soldada; Avaliar a sanidade de uma solda; Necessários para qualificar procedimentos de soldagem. Ensaios Destrutivos: Ensaio de Tração Ensaio de Dobramento. Ensaio de Dureza Ensaio de Impacto Charpy V Ensaios Não-Destrutivos: Líquido Penetrante Partículas Magnéticas Estanqueidade Raios X e Gama Ultra-Som TEM COMO OBJETIVO A DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA OU QUALITATIVA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS; UTILIZAÇÃO DE CORPOS DE PROVA PADRONIZADOS. DESTRUTIVOS: Propriedades Mecânicas NÃO-DESTRUTIVOS: Detectar falhas internas METAIS: Determinação das Propriedades Mecânicas; Definição do comportamento do metal quando submetido a esforços mecânicos SOLDA: Assegurar a qualidade mínima da solda em termos de Propriedades Mecânicas; Qualificação do Metal de Adição; Qualificação do Procedimento de Soldagem; Qualificação de Soldadores. Avalia a Resistência Mecânica dutilidade da junta soldada; Corpo de prova Transversal à Solda; Preparação do CP tração: Rompeu fora da solda: Avaliar LR e dutilidade Rompeu na solda: Avaliar LR e dutilidade. e Por que não se avalia o LE neste ensaio? O MB e o MS podem ter composição química e microestrutura diferentes; Pode haver 2 LE (MB e MS); São Avaliados: Local da ruptura (na solda, fora da solda); Limite de Resistência; Alongamento. Avalia se a solda tem defeitos como: trincas, falta de fusão, falta de penetração, porosidade. Avalia a integridade da solda. Rápido e Barato Dobramento de: Face Raiz Lateral PROPRIEDADE MECÂNICA AVALIADA: FORNECE UMA INDICAÇÃO QUALITATIVA DA DUCTILIDADE DO MATERIAL NÃO DETERMINA NUMÉRICO NENHUM VALOR • TEM O OBJETIVO DE FORNECER UMA INDICAÇÃO • • • • • • QUALITATIVA DA DUCTILIDADE DE UM MATERIAL; SIMPLES; MUITO UTILIZADO; CP DE EIXO RETILÍNEO E SECÇÃO TRANSVERSAL CIRCULAR, TUBULAR, RETANGULAR OU QUADRADA; A CARGA NEM SEMPRE PRECISA SER MEDIDA ; SEVERIDADE DO ENSAIO DEPENDE DO DIÂMETRO DO CUTELO E DO ÂNGULO DE FECHAMENTO (QUANTO MAIOR O ÂNGULO MAIOR A SEVERIDADE); ANÁLISE DA SUPERFÍCIE TRACIONADA; Avalia a presença de regiões endurecidas da junta soldada; Zona Fundida, Linha de Fusão, ZTA e Metal Base; Ao menos 6 medidas em cada região; Aço carbono: Dureza máxima 250-350HV. Descontinuidade é uma interrupção ou uma violação da estrutura típica ou esperada de uma junta soldada. De acordo com as exigências de qualidade para a junta soldada (baseadas em normas ou em um contrato), uma descontinuidade pode ser considerada como prejudicial para a utilização futura da junta, constituindo-se, desta forma, em um defeito e exigindo ações corretivas. Devido ao alto custo dessas ações, a presença de defeitos deve sempre ser evitada. De acordo com a American Welding Society, tem-se três categorias básicas de descontinuidades: Descontinuidades Dimensionais: Distorção Dimensões Incorretas da Solda Perfil Incorreto da Solda Descontinuidades Estruturais: Porosidade Inclusões de Tungstênio Falta de Fusão Falta de Penetração Mordedura Trincas e outras Propriedades Inadequadas Propriedades Mecânicas Propriedades Químicas e outras São inconformidades nas dimensões ou forma dos cordões de solda. Sua gravidade varia com a magnitude e a aplicação, ou processamento posterior que a peça soldada vai ser submetida. Origem: São alterações de forma e dimensões que componentes soldados sofrem como resultado de deformações plásticas devidas ao aquecimento não uniforme e localizado durante a soldagem. Causa Práticas: Soldagem em excesso, soldagem em juntas livres (aquelas em que as peças podem se mover facilmente), seleção incorreta do chanfro e da sequência de soldagem etc. Consequências: Mudanças de formas e dimensões. Medidas Corretivas: A distorção pode ser reduzida durante a soldagem, diminuindo-se a quantidade de calor e metal depositado, pela utilização de dispositivos de fixação, pelo martelamento entre passes, escolha correta do chanfro e da sequência de soldagem etc. A correção da distorção em soldas prontas exige medidas, em geral onerosas, como desempenamento mecânico ou térmico, remoção da solda e ressoldagem etc. No projeto de uma estrutura, as dimensões das soldas são especificadas de modo a atender a algum requisito, por exemplo, resistência mecânica à tração. Dimensões fora das tolerâncias admissíveis configuram defeitos de soldagem, uma vez que a solda deixa de atender a esses requisitos. As dimensões de uma solda são verificadas, em geral, numa inspeção visual, com o auxílio de gabaritos. Este deve ser considerado, na medida em que variações geométricas bruscas agem como concentradores de tensões, facilitando a formação e a propagação de trincas. Convexidade excessiva de cordões em soldas multipasses podem causar falta de fusão e/ou inclusões de escória entre passes. Em quase todos os casos, um perfil inadequado do cordão de solda está relacionado com a manipulação ou posicionamentos imperfeitos do eletrodo e/ou utilização de parâmetros de soldagem inadequados. O posicionamento ou o dimensionamento inadequado das peças pode levar a problemas como o desalinhamento em juntas de topo. Problemas de distorção podem também ser um importante fator para a obtenção de juntas soldadas com um formato incorreto. São descontinuidades na micro ou macroestrutura na região da solda, associadas à falta de material ou à presença de material estranho em quantidades apreciáveis. Sua gravidade depende do tipo de descontinuidade, sua extensão e geometria. Origem: Evolução de gases durante a solidificação da solda. As bolhas de gás podem ser aprisionadas pelo metal solidificado à medida que a poça de fusão é deslocada. Pode ocorrer uniformemente distribuída, em grupos, alinhada ou como porosidade vermicular. Causas Práticas: Umidade ou contaminação de óleo, graxa, ferrugem etc. na região da junta, eletrodo, fluxo ou gás de proteção úmidos, corrente ou tensão de soldagem excessivas, corrente de ar durante a soldagem etc. Consequências: Pequenas quantidades de poros não são consideradas prejudiciais. Acima de determinados limites (em geral estabelecidos por normas), a porosidade pode afetar as propriedades mecânicas, particularmente, reduzindo a seção efetiva da junta. Porosidade alinhada pode ser mais prejudicial que porosidade distribuída. Medidas Corretivas: A formação de porosidade pode ser minimizada pelo uso de materiais limpos e secos, de equipamento em boas condições e pelo uso de parâmetros de soldagem adequados. Origem: Vários processos de soldagem utilizam fluxos que formam escória que tende a se separar do metal líquido na poça de fusão. Além disso, várias reações se processam na poça, podendo gerar produtos insolúveis no metal líquido que tendem a se separar deste e também formar escória. Por diversos motivos, parte desta escória pode ficar presa entre os passes de solda ou entre estes e o metal de base. Causas Práticas: Manipulação incorreta do eletrodo, de tal forma que a escória flui à frente da poça de fusão, particularmente, na soldagem fora da posição plana e na remoção parcial da escória solidificada entre os passes de solda. Este problema é especialmente agravado quando os passes tem uma convexidade excessiva ou o chanfro é muito estreito. Este tipo de inclusão apresenta-se, em geral, com uma forma alongada numa radiografia. Consequências: As inclusões alongadas formadas entre os passes de solda são concentradores de tensão relativamente severos e podem facilitar a formação de trincas. Medidas Corretivas: Manipulação correta e remoção adequada da escória dos passes de soldagem anteriores. Este tipo de inclusão ocorre na soldagem com o processo TIG, quando a ponta do eletrodo toca o metal de base ou a poça de fusão, em especial, na abertura do arco sem ignitor de alta frequência, ocorrendo a transferência de partículas de tungstênio para a solda. Origem: O termo refere-se à ausência de continuidade metalúrgica entre o metal depositado e o metal de base ou dos passes adjacentes. Resulta do não aquecimento adequado do metal presente na junta e/ou da presença de uma camada de óxido espessa o suficiente para dificultar a fusão do metal de base. Causas Práticas: Manipulação incorreta do eletrodo, falta de limpeza da junta, energia de soldagem insuficiente (corrente muito baixa ou velocidade de soldagem muito elevada), impossibilidade de o arco atingir certas regiões da junta (por exemplo, na soldagem em vários passes, a região entre dois passes de convexidade excessiva) etc. Consequência: A falta de fusão é um concentrador de tensões severo, podendo facilitar o aparecimento e a propagação de trincas. Além disso, pode reduzir a seção efetiva da solda. Medidas Corretivas: Em peças de responsabilidade, a existência da falta de fusão não pode ser tolerada, exigindo-se a remoção da região defeituosa e a sua ressoldagem. Para evitar sua formação, devese atuar no sentido de se eliminar suas causas práticas. Origem: O termo refere-se a falhas em se fundir e encher completamente a raiz da solda. Causas Práticas: Manipulação incorreta do eletrodo, junta mal projetada (ângulo de chanfro ou abertura de raiz pequenos), correntes de soldagem insuficiente, velocidade de soldagem muito alta e diâmetro de eletrodo muito grande. Consequências: Redução da seção útil da solda e concentração de tensões. Medidas Corretivas: A falta de penetração pode ser evitada pelo projeto adequado da junta e utilização de um procedimento de soldagem apropriado. Origem: Fusão do metal de base na margem do cordão de solda, sem ocorrer o enchimento desta área, resultando na formação de uma reentrância nesta região. Causas Práticas: Manipulação incorreta do eletrodo, comprimento excessivo do arco, corrente ou velocidade de soldagem muito elevadas. Deve-se observar que, na soldagem com eletrodo revestido, certos eletrodos têm maior tendência para gerar mordeduras do que outros. Consequências: Redução da área útil e concentração de tensões. Particularmente, a resistência à fadiga é reduzida. Medidas Corretivas: Atuar no sentido de impedir as suas causas. Quando ocorre na soldagem em vários passes, a sua eliminação (com o esmeril, por exemplo)é importante para se evitar problemas na deposição dos passes seguintes. Soldador a Arco Elétrico: É uma ocupação segura desde que sejam tomadas as medidas necessárias para proteger o soldador dos riscos potenciais. Subestimando ou ignorando medidas de segurança, os soldadores ficam expostos a perigo como: Choque Elétrico Exposição demasiada a Radiação (queimaduras). Inalação de Fumos e Gases. Risco de Incêndio e Explosões. Acidentes envolvendo esses riscos podem ser fatais. É importante reconhecer e salvaguardarse contra esses riscos. Soldadores, Supervisores e Engenheiros devem estar familiarizados e treinados em Segurança na Soldagem e Corte. Roupas de Couro são as mais apropriadas. Tecidos Sintéticos podem derreter ou pegar fogo quando expostos a calor intenso. Devem proporcionar liberdade de movimentos. Devem estar isentas de graxa e óleo. Não faça dobras em suas luvas e calças. Mantenha as pernas das calças sobrepondo as botas. Use botas de couro, de cano alto e com biqueira de aço. Tenha cuidado ao trabalhar em ambiente molhado ou quando estiver transpirando muito. 1 – Avental de couro 2 – Manga de couro 3 – Luvas de couro 4 – Polainas de couro 5 – Sapato de segurança 6 – Touca de proteção 7 – Óculos de segurança 8 – Ombreira de couro 9 – Filtro de proteção para solda Cuidado em usar materiais sintéticos Use proteção para seus olhos, ouvidos e seu corpo. Radiação do Arco: É essencial proteger seus olhos da radiação do arco. INFRA – VERMELHO: Pode causar a queima da retina e provocar cataratas. Pode ser sentida sob a forma de calor. LUZ VISIVEL: Também pode ser prejudicial se muito intensa. Se irritar seus olhos ao olhar para ela, então é muito clara. ULTRA-VIOLETA: Causa queimaduras da pele, mesmo quando exposto por somente alguns minutos. Como as queimaduras do sol, não pode ser observado na hora. Causada pela radiação U-V. Produz grande desconforto para os olhos. Inchaço dos olhos. Secreção de fluídos. Cegueira temporária. Repetições ou exposição prolongada pode causar lesões permanentes nos olhos. Capacete: Protege os olhos e a face do soldador. Máscara: Protege os inspetores e a quem observa a soldagem. Oferecem proteção completa contra a radiação do arco. O filtro encaixa-se na parte frontal. Protege também a cabeça, face, ouvidos e pescoço contra choque elétrico, calor, respingos e chama. Regra básica: Comece com um filtro que seja muito escuro para se ver a zona de solda. A seguir, experimente filtros mais claros até que você consiga ver suficientemente a solda, mas que não seja abaixo do mínimo recomendado. Normalmente soldagem. em função da corrente de São caros, logo devem ser cuidados como você cuida de seus óculos escuros. Sujeitos a respingos, faíscas, etc. Não toque partes eletricamente energizadas ou o eletrodo com a pele ou roupas molhadas. Isole-se da peça de trabalho e dos cabos de soldagem. Acidentes com Choque Elétrico é um dos riscos mais sérios e imediatos com que se depara o soldador. Podem causar lesões, queimaduras, e até morte devido ao efeito da eletricidade. Podem causar quedas como resultado da reação ao choque. Tão importante quanto usar roupas de segurança é mantê-las secas. Faixa de corrente de soldagem: 40 a 1500A. Respingos e faíscas incêndios e explosões. podem causar Mantenha materiais inflamáveis fora do alcance. Oxigênio: Presente sob a forma do ar que o soldador respira. Fonte de Ignição: Chama, Arco Elétrico, Respingos e Faíscas. Material Combustível: Único que pode ser controlado e evitado. Cilindros são vasos de pressão resistentes: Pesam muito. Dentro há uma pressão considerável. Se um cilindro cai: Pode atingir pessoas, causando sérios ferimentos. Se a válvula se quebrar na queda: A parte solta pode ser expelida como uma bala de revólver. O jato de gás sob alta pressão pode atingir pessoas e feri-las gravemente. Para transporte em curtas distâncias, os cilindros podem ser rolados sobre sua base. Nunca transporte Cilindros por ponte rolante, fixos a cabos de aço ou eletro-imã. Use áreas de armazenamento separadas para cilindros de Oxigênio (comburente) e gases combustíveis (acetileno, Hidrogênio).