O interesse pela Teoria da Deriva Continental reacendeu-se, por volta de 1950, quando se começou a analisar os resultados de estudos não considerados nas discussões anteriores: a exploração do fundo dos oceanos e o magnetismo das rochas. Estes novos conhecimentos abriram caminho para a formulação de uma nova teoria, a Teoria da Tectónica de Placas, baseada na Teoria de Wegener. A Teoria da Tectónica de Placas divide a litosfera em placas que se movimentam. O estudo da estrutura interna da Terra facilitou a descoberta do mecanismo responsável pelo movimento das placas tectónicas. Constituição interna da Terra Admite-se que a Terra é constituída quimicamente por três zonas concêntricas: crosta, manto e núcleo. Nestas zonas as propriedades físicas da Terra variam. Por exemplo, a crosta e a zona superior manto são rígidas e formam a litosfera que assenta numa zona pastosa do manto – a astenosfera. Os cientistas descobriram que as placas tectónicas ou litosféricas são constituídas por rochas da crosta terrestre e da parte superior do manto superior. Este conjunto rochoso forma a litosfera. Enquanto que a Teoria da Deriva Continental admitia o movimento dos continentes, a Teoria da Tectónica de Placas é um modelo que admite o movimento da litosfera, que flutua sobre um manto quente e semi-fluido. Placa litosférica, constituída pela crusta terrestre e pela parte superior do manto superior. Exploração dos fundos oceânicos Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a tecnologia para a detecção de submarinos permitiu recolher novos dados sobre o relevo dos oceanos. A tecnologia usada neste barco permitiu estudar a superfície dos fundos oceanos diversos locais da Terra. em Tecnologias para conhecer o fundo dos Oceanos Sonar e veículos computorizados - computador calcula a distancia percorrida pela onda sonora mostrando a profundidade do oceano e os contornos do seu fundo. Satélites - emitem ondas de rádio que também permitem cartografar o fundo dos oceanos. Veículos-robôs Descobriu-se que a superfície do fundo oceânico tem um relevo muito acidentado. Existem enormes cadeias montanhosas submarinas ( dorsais médio-oceânicas), em sistema contínuo à volta do globo, com cerca de 65 000 km de extensão e mais de 1 000 km de largura. Relevo do fundo oceânico A primeira dorsal descoberta e estudada foi a dorsal médio-atlântica, que divide o Oceano Atlântico praticamente ao meio e que se estende desde a Islândia até ao sul deste oceano. É a partir das dorsais que o magma (material rochoso em estado de fusão) ascende à superfície. No centro das dorsais oceânicas existe uma abertura profunda que se chama rifte. A Islândia é uma ilha constituída por parte da dorsal média- atlântica, que emergiu à superfície devido à rapidez de ascensão do magma. O solo é formado por crusta oceânica. Relevo Submarino Através da utilização de certas tecnologias, como o sonar e os veículos-robôs, foi possível construir um modelo da morfologia do fundo dos oceanos, que sugere que as rochas do fundo se formaram a partir de materiais libertados nos riftes, que se expandem pela planície e se afundam nas fossas. Portanto, esta expansão é acompanhada pelo movimento do fundo oceânico. Corte transversal de um fundo oceânico No domínio oceânico podem encontrar-se, de um modo geral: Dorsais oceânicas: cadeias montanhosas dos fundos oceânicos. A parte mais elevada pode apresentar um vale profundo, o rifte. Planícies abissais: zonas planas laterais às dorsais. Fossas oceânicas: depressões estreitas e muito profundas existentes nos bordos de certos continentes. Plataforma continental - Dorsal médio-oceânica – Planície abissal – região prolongamento submerso da cadeia montanhosa alinhada plana situada de um e de região litoral de um e de outro lado do outro lado da dorsal médio- rifte. oceânica Fossa – depressão profunda Talude continental – Declive Rifte – Fenda enorme no acentuado que se segue à e fundo oceânico, entrecortada plataforma continental oceânico, transversalmente paralela milhares de outras fendas por alongada no fundo muitas vezes ao continentes bordo dos Morfologia dos fundos oceânicos O magnetismo das rochas Para além da exploração do fundo dos oceanos, o estudo que, também, contribui para a formulação da Teoria da Tectónica de Placas foi o magnetismo das rochas. Algumas rochas contêm minerais de ferro que, ao arrefecerem, ficam orientados de acordo com o campo magnético da Terra. Estes minerais têm um comportamento idêntico ao das agulhas magnéticas de uma bússola. Os cientistas descobriram que as rochas de ambos os lados do rifte da dorsal médio-atlântica apresentava a mesma direcção de polaridade A direcção da polaridade do campo magnético terrestre, representada pelas setas, é preservada rochas do fundo dos oceanos. nas O estudo do magnetismo das rochas mostrou que a direcção do campo magnético terrestre se alterou ao longo da história da Terra (anomalias magnéticas) e que a direcção de polaridade era simétrica em ambos os lados do rifte. O fundo dos oceanos parecia funcionar como um “tapete rolante” que “arrastava” as rochas acabadas de formar para cada lado do rifte. Todos estes aspectos foram explicados pelos cientistas com base num modelo de deslocação de placas tectónicas. Estes estudos revelaram ainda que as rochas que constituem a crusta oceânica são tanto mais jovens quanto mais próximas se encontram do rifte. As sondagens realizadas no fundo dos oceanos possibilitam a datação dos sedimentos e das rochas. Assim, a crusta oceânica é mais velha à medida que se aproxima dos bordos da crusta continental. Além disso, descobriu-se, também, que mesmo perto dos bordos da crusta continental, a crusta oceânica é muito mais recente que a crusta continental (não existe crusta oceânica com mais de 200 M.a.) Datação dos sedimentos e das rochas Rochas fundo oceano: basaltos e sedimentos Zonas de rifte Formação de fundo oceânico Zonas são mais recentes Rochas junto à plataforma continental Rochas mais espessas Zonas mais antigas Comprova-se a mobilidade dos fundos oceânicos. Mas, por que razão a crusta oceânica é mais jovem do que a crusta continental? Através de inúmeras pesquisas, os cientistas chegaram à conclusão que, devido ao facto da crusta oceânica ser mais densa do que a crusta continental, quando os bordos de ambas se encontram, a crusta oceânica “mergulha” sob a crusta continental. Daí a crusta oceânica ser mais jovem do que a crusta continental, pois está constantemente a ser destruída. Movimento das Placas Litosféricas •Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, a litosfera encontra-se dividida em placas tectónicas. •O movimento dessas placas é a causa fundamental da deriva dos continentes. As placas litosféricas (continente + oceano) deslocam-se sobre a astenosfera. •Como se dá o movimento das placas litosféricas? •Como se forma um oceano? O fundo oceânico está continuamente em formação a partir da dorsal. O magma do manto, situado sob a litosfera, ascende à superfície através do rifte das dorsais (1). Ao atingir a superfície, esse magma arrefece e empurra as placas de cada lado da dorsal, em sentidos opostos, em direcção às margens dos continentes (2). À medida que o novo fundo do oceano se produz, o mais antigo (mais próximo das margens continentais) mergulha e funde-se na zona de encontro entre a placa oceânica e a placa continental – zona de subducção – à qual se associa uma fossa oceânica. Dá-se, assim, a destruição da placa oceânica (3). O material fundido ascende (4). Este movimento ocorre continuamente e deve-se a correntes de convecção do manto. O “motor” que gera este movimento de convecção (desconhecido na época de Wegener), capaz de deslocar a litosfera, é o calor produzido no interior da Terra. Dinâmica interna da Terra O motor de toda a actividade interna da Terra é a sua própria energia interna. Esta energia faz com que exista um mecanismo de distribuição de calor, as correntes de convecção térmica, o que permite que o calor circule. O material formado nas dorsais oceânicas vai afastando-se dos riftes e ao fim de milhões de anos é reciclados nas fossas sendo reincorporado na astenosfera, numa corrente de convecção que o transporta de volta à superfície no rifte. A separação da Pangeia terá sido provocada pelas correntes de convecção do magma do interior da Terra, em determinados locais deste supercontinente. A partir de zonas de ascensão de magma e de subducção de placas, os continentes movimentaram-se para as posições actuais. Conhecidos os limites das placas tectónicas, os geólogos descobriram que a litosfera está dividida em sete grandes placas tectónicas e várias mais pequenas. A camada exterior da Terra, a Litosfera, é constituída por várias placas, as placas litosféricas, que se deslocam relativamente umas às outras. As placas movimentam-se sobre a astenosfera e têm fronteiras de divergência (zona de expansão do oceano) nos riftes e fronteiras de convergência (zona de subducção) ao nível das fossas. Limites divergentes Ao nível do rifte das dorsais, as duas placas tectónicas, que se estão constantemente a formar, afastam-se em sentidos opostos. Nas dorsais gera-se, continuamente, nova litosfera. Placas que exibem este movimento apresentam limites divergentes. Placas oceânicas em expansão A deslocação destas placas provoca, também, nas zonas de rifte, sismos e erupções vulcânicas. Fronteiras de divergência (zona de expansão do oceano) Dorsal oceânica As duas placas movem-se em sentidos opostos. A actividade vulcânica nos riftes liberta magma que acrescenta novo material em cada um dos lados da dorsal. Formação de nova crosta oceânica. Rochas perto do Rifte têm formação mais recente, enquanto que as mais afastadas são sucessivamente mais antigas. Entre as Placas Sul-Americana e Africana existem dorsais oceânicas. Zonas de formação de fundo oceânico, devido à subida do magma das profundezas da Terra através do rifte. Explicação para o afastamento da América e da África. Dorsal oceâni ca Formação do fundo oceânico Limites convergentes Nas zonas de subducção, as placas tectónicas convergem e colidem. Nestas zonas, destrói-se, continuamente, a litosfera.. Placas que exibem este movimento apresentam limites convergentes. Destruição, principalmente, de crusta oceânica e formação de cadeias montanhosas As zonas de subducção são responsáveis pela formação de cadeias montanhosas são zonas com grande actividade sísmica e com alguma actividade vulcânica. Como as placas ao movimentarem-se chocam entre si, o que leva à destruição da litosfera nestes bordos, estes são designados por destrutivos. Fronteiras de convergência (zona de subducção) Fossa oceânica As duas placas movem-se uma contra a outra e o contacto dá-se entre uma zona oceânica e uma zona continental. Como a crosta oceânica é mais densa, mergulha sob a continental, originando-se a fossa. Destruição de crosta oceânica em profundidade. As montanhas mais recentes encontram-se, sobretudo, no limite entre placas contentais e placas oceânicas, como resultado da colisão de placas tectónicas. Colisão entre duas placas -uma continental e outra oceânica Como a crusta oceânica é mais densa do que a crusta continental. Quando há colisão a primeira tende a mergulhar por baixo da segunda, isto é, a crusta oceânica tende a ser subductada. Normalmente estabelecem-se fossas abissais nestes domínios, as quais são a expressão dessa subducção. Ao largo da costa oeste da América do Sul existe a fossa do Perú-Chile, onde a placa de Nazca está a ser subductada, de forma contínua , sob a parte continental da placa sul americana. Devido a esta colisão, a placa sul americana está a emergir na parte ocidental, com aumento de altitude da cadeia montanhosa dos Andes. Tal provoca sismos frequentes, alguns com grande potencial destruidor. Nalguns deste sismos verifica-se, em certas zonas, emergência continental que, por vezes, atinge alguns metros. Muitos dos vulcões activos na Terra localizam-se em fronteiras de placas do tipo oceano-continente. Existem também montanhas no interior dos continentes, que resultaram da colisão entre duas placas contentais. A combinação do choque das placas gerou uma cadeia de montanhas que faz dos Himalaias a cordilheira mais alta do mundo Quando se verifica convergência crusta continental - crusta continental, como a densidade das rochas que constituem ambas as placas é análoga e pequena relativamente à do manto, é difícil que uma delas mergulhe sob a outra. Perante as tensões compressivas existentes, uma das placas tende, por vezes, a sobrepor-se à outra, verificando-se obducção. •Um bom exemplo de colisão crusta continental - crusta continental é o da Índia com a Ásia que deu origem à cadeia montanhosa dos Himalaias. Nesta colisão, ocorrida há 50 milhões de anos, a placa euroasiática acabou por obductar a placa indiana. •Após a colisão, a convergência das placas deu origem aos Himalaias (cujo ponto mais alto se localiza a 8 854m de altitude), obrigando também ao levantamento do planalto tibetano (cuja altitude média é de 4 600m). Os cumes gelados do Monte Evereste, nos Himalaias, fazem parte de uma cordilheira de montanhas que resulta de duas placas continentais. Tal como acontece na convergência crusta oceânica - crusta continental, quando duas placas oceânicas convergem uma é geralmente subductada pela outra, constituindo-se um arco vulcânico. Por exemplo, a fossa das Marianas, que se localiza paralelamente às ilhas Marianas (um arco insular), corresponde a uma subducção. Neste zona de caso, a convergência é obviamente crusta oceânica - crusta oceânica Fossa da Marianas A subducção resultante da convergência crusta oceânica - crusta oceânica também provoca o aparecimento de vulcanismo. As escoadas lávicas emitidos durante milhões de anos por um vulcão fazem com que este, por vezes, atinja expressão sub-aérea (isto é, "saia" de água e se transforme numa ilha vulcânica). Estas cadeias de vulcões formando ilhas alinhadas, associadas a zonas de subducção e paralelas a fossas abissais, designam-se por arcos insulares. Geralmente, estes alinhamentos de ilhas são encurvados e por isso tomaram o nome de arcos. Limites conservativos As zonas onde duas placas tectónicas deslizam, horizontalmente, uma em relação à outra, apresentam limites conservativos, onde a litosfera nem é criada nem destruída. Geralmente, nas zonas com este tipo de limite, as placas deslizam lateralmente, ao longo das chamadas falhas transformantes Limites conservativos Este tipo de limite causa, sobretudo, sismos. A Falha de Santo André, na Califórnia (Estados Unidos da América), e um exemplo de uma zona de actividade sísmica provocada pelo movimento horizontal da Placa do Pacífico e da Placa Norte-americana. Falha de Santo André Califórnia Que tipo de movimentos podem ocorrer? Movimentos Movimentos divergentes (afastam-se)origina :bordos construtivos : as placas origina bordosbordos conservativos as :placas deslizam lateralmente, Movimentos lateraisconvergentes - origina destrutivos as placas convergem e chocam afastam-se, com àa formação dese nova crusta (daí o nome) leva aocrusta alargamento do fundo uma emsi,relação outra, não formando destruindo (daídeo crusta nome de entre originando montanhas (ex.: himalaias)nem e conduzindo à destruição (daí oceânico, afastamento continentes, sismos e vulcões (ex.: América e Europa). conservativo)principal de origem de sismos. Ex.: de falha de Santo André, nos EUA o nome) por afundamento no manto, em zonas subducção. Leva a sismos e vulcões. Ocorrência de Falhas e Dobras Para compreender o modo como ocorrem as deformações da crusta terrestre, é necessário conhecer o tipo de forças que actuam e como é que as rochas respondem a essas forças. A Teoria da Tectónica de Placas explica a mobilidade da litosfera que, como já sabes, se encontra fragmentada. O movimento das placas tectónicas sujeita as rochas a forças que lhes causam deformações e conduzem ao aparecimento de estruturas. As rochas podem, por exemplo, associações das estruturas anteriores. apresentar fracturas, dobras ou Deformações da crusta terrestre – Dobras e Falhas Que tipo de estruturas existem Dobras •As dobras são estruturas visíveis a diferentes escalas, inclusivamente, “à vista desarmada”. •Resultam de deformações irreversíveis e permanentes originadas por forças do tipo compressivo. Deformações da crusta terrestre – Dobras Dobras – são caracterizadas por ondulação nos estratos. Podem ser formadas por forças de compressão. •Para que estas estruturas se formem, as rochas têm que apresentar um comportamento dúctil, isto é, face as forças actuantes deformam-se, sem se fracturarem. •As forças compressivas actuam, provocando a diminuição da distância entre os elementos da rocha, originando-se uma dobra. Formação de uma dobra Existem vários tipos de dobras. Dobras verticais (1), inclinadas (2) e deitadas (3) No entanto, se as forças de compressão ultrapassarem o limite de ductilidade das dobras, estas rompem, originando-se uma nova estrutura – dobra-falha. Dobra - falha Dobra Dobra Falhas •As falhas são estruturas resultantes de deformações causadas por forças essencialmente do tipo compressivo ou distensivo. •As rochas sujeitas a estas forças têm um comportamento frágil e fracturam-se. •Existem três tipos de falhas: falha normal, inversa e deslizamento Falha normal A falha normal resulta de forças distensivas. As rochas fracturam-se e originam dois tipos compartimentos que se deslocam ao longo da superfície da falha. Estas falhas são frequentes nos riftes Falha inversa A falha inversa resulta de forças compressivas. As rochas fracturam-se e originam dois compartimentos que se deslocam ao longo da superfície da falha. Estas falhas são frequentes nas cadeias montanhosas. Os deslizamentos resultam de forças horizontais e opostas. As rochas fracturam-se e originam dois compartimentos que se deslocam horizontalmente ao longo superfície da falha. Estas falhas são frequentes nas dorsais Deformações da crusta terrestre – Falhas Quando a compressão ultrapassa a resistência da rocha podem provocar a ruptura das camadas acompanhadas de deslocamento dos blocos – Falha. Forças compressivas e distensivas Falha Deformações da crusta terrestre – Dobra / Falha Outro acontecimento pode surgir quando ocorre inicialmente uma dobra num estrato e posteriormente ocorre uma ruptura das camadas levando à formação de uma dobra-falha. Forças compressivas. Todo o dinamismo apresentado pelo nosso planeta modifica, a superfície terrestre. A posição geográfica dos continentes também tem influenciado, ao longo da história geológica da Terra, a distribuição dos seres vivos. A Vida tem acompanhado o movimento das placas tectónicas. Os continentes oferecem aos seres vivos a oportunidade de sobreviverem e evoluírem a partir dos antepassados. As barreiras impostas pelos rios, pelos lagos, pelos mares, pelos oceanos e pelas montanhas levaram os seres vivos a seguir caminhos diferentes. Esta situação contribuiu para o aparecimento da biodiversidade, no entanto, os seres vivos conservam, geralmente algumas semelhanças. •Existem seres vivos aparentados entre si, que vivem actualmente em continentes muito afastados. •Os crocodilos, por exemplo, existem em África, na América, na Ásia e na Austrália. Aves corredoras, como as avestruzes de África, são muito semelhantes às emas da América do Sul. As “distantes” emas e avestruzes são aves corredoras semelhantes. Os ancestrais dos organismos que vivem hoje, nos diferentes continentes, estiveram, provavelmente, em contacto quando se formaram os supercontinentes. A separação da Placa Indo-Australiana dos restantes continentes que formaram a Gondwana, possibilitou a sobrevivência dos marsupiais que, contudo, exibem características em comum com os mamíferos do resto do mundo. A Biogeografia pode ser usada como um argumento para reforçar a mobilidade da litosfera. O koala e o canguru são marsupiais característicos do continente australiano; estes seres vivos constituem um bom exemplo das relações que existem entre o mundo vivo e a geologia do nosso planeta.