Um ecossistema é um conjunto formado pelos organismos que vivem numa
determinada área, pelo meio que ocupam e pelas interacções que entre eles
estabelecem.
O nosso recinto escolar é considerado um ecossistema porque é constituído por
um conjunto de seres vivos, que estabelecem relações entre si com o objectivo de
conservar a sua espécie, e influencia os seres vivos através das relações físicoquímicas do meio ambiente. Como a temperatura e a luz, que iram dividir os seres
vivos em alguns grupos e dar origem a alguns fenómenos. A humidade que divide
as plantas em diferentes grupos. Entre outros que iremos explicar de seguida.
Os factores bióticos são os seres vivos, as interacções que estabelecem entre eles e os
efeitos que estes têm no ecossistema.
Os factores abióticos são os factores não vivos que caracterizam o meio e as suas
interacções.
Ex: Temperatura.
Os factores bióticos e os abióticos estão em permanente ligação sistemática.
Os factores bióticos traduzem-se nas relações ecológicas que se podem observar num
ecossistema, no recinto escolar tivemos a oportunidade de observar as seguintes
relações:
• Protocooperação:
• Comensalismo:
• Amensalismo ou antibiose:
• Parasitismo:
• Competição interespecífica:
• Cooperação:
A Protocooperação é a relação em que as duas espécies envolvidas são beneficiadas, mas estas
podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique.
A acção de insectos que procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a
polinização das plantas.
O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se aproveita dos restos
alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se aproveita dos restos alimentares é
denominado comensal, enquanto que o ser vivo que lhe proporciona esse alimento fácil é
denominado anfitrião.
As ratazanas são os seres comensal, pois alimenta-se dos restos do ser humano, tornando-nos assim
ser anfitrião.
O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmónica em que indivíduos de uma
população expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de
populações de outras espécies.
O eucalipto produzem substâncias inibidoras que são
exaladas ao seu redor com a finalidade de inibir a
germinação de outras plantas evitando assim que surjam
plantas competidoras nas proximidades da planta
inibidora, plantas que poderiam competir por espaço, luz
e água mas que nem chegam a germinar porque foram
inibidas, deixando assim a área livre para a inibidora se
desenvolver sozinha.
O parasitismo é uma relação desarmónico entre seres de espécies diferentes, em que
um deles é o parasita que vive dentro ou sobre o corpo do outro que é designado
hospedeiro, do qual retira alimentos.
As pulgas são parasitas externos (ectoparasitas) dos mamíferos, sugando-lhes o sangue.
Causam irritações na pele dos hospedeiros e transmitem-lhes, por vezes, doenças.
A competição interespecífica é uma relação de competição entre
indivíduos de espécies diferentes, que concorrem pelos mesmos
factores do ambiente, factores existentes em quantidades limitadas
Árvores de diferentes espécies crescendo umas muito próximas
das outras competem entre si pelo espaço para as copas das
árvores se desenvolverem e assim obterem mais luz solar para
realizarem a fotossíntese, portanto é uma competição por luz solar.
A cooperação é a relação em que os indivíduos da mesma espécie contribuem para o benefício do
grupo.
Nas sociedades de formigas, as obreiras cuidam das larvas, da rainha e da colecta de alimento..
Os seres vivos podem ser classificados de acordo com os factores abióticos como:
• Seres Euribiontes: organismos que suportam
grandes variações dos factores abióticos. Ex: Ser
humano.
• Seres Estenobiontes: organismos que suportam pequenas variações dos factores abióticos.
Os factores abióticos que mais influenciam o ecossistema em estudo são:
 Temperatura:
-Período de actividade
-Características morfológicas
-Comportamento
Influência
Em relação a temperatura podemos classificar os seres vivos como:
• Seres Homeotérmicos: organismos que apresentam
temperaturas corporais que não variam com as
modificações do meio ambiente. Ex: aves e mamíferos
• Seres Heterotérmicos: organismos que apresentam temperaturas
corporais que variam de acordo com o ambiente.
• Seres Estenotérmicos: organismos que só sobrevivem entre limites
estreitos de temperatura .
• Seres Euritérmicos: organismos que
suportam grandes variações de
temperatura. Ex: homem
A temperatura e o comportamento dos seres vivos:
Cada espécie possui uma temperatura óptima para a realização das suas
atividades vitais.
Animais como, por exemplo, lagartixas, reduzem as suas atividades vitais para
valores mínimos, ficando num estado de vida latente.
•Hibernação: é um estado letárgico pelo quais muitos animais de sangue quente
passam durante o inverno, principalmente em regiões temperadas e árticas.
•Estivação (Estivantes): Diminuição da actividade
vital em consequência do calor. Ex: moluscos,
crocodilos e caracois
Animais que se podem deslocar com facilidade como, por exemplo, as
andorinhas, migram, enquanto que os outros se abrigam-se durante parte do dia.
• Luz:
Influencia
-Período de actividade
-Comportamento
-Distribuição geográfica
Os animais e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de
reagir à duração da luminosidade diária a que estão submetidos.
Hibernação
Migração
Exemplos de sensibilidade dos animais às
variações do fotoperíodo
Plantas:
Na ausência de luz as plantas não se desenvolvem.
A luz é indispensável para a realização da fotossíntese.
• Plantas de sol ou heliófilas: Encontram-se em locais bem iluminados.
• Plantas de sombra ou umbrófitas ou
esquiáfilas: Encontram-se em locais sombrios.
Ex: musgos, fetos e avencas
• Plantas de dia longo: Florescem quando o
fotoperíodo é superior a 12 horas.
.
• Plantas de dia curto: Florescem sempre que o fotoperíodo é menor que 12
horas.
• Plantas indiferentes: Não dependem do fotoperíodo para florir.
Animais:
• Diurnos: os animais que estão activos de dia.
• Nocturnos: os animais que estão activo de noite.
• Lucífilos ou fotófilas: animais que procuram locais bem
iluminados. Ex: borboletas, cobras e insectos.
• Lucífugos ou fotófobas: animais que fogem da
luz.
Água ou humidade:
Animais e plantas:
• Hidrófilos: são aqueles que vivem
permanentemente na água.
• Higrófilos: são organismos que vivem obrigatoriamente
em ambientes de grande humidade. Ex: anfíbios adultos e
briófitas
• Mesófilos: são seres que vivem com uma
oferta moderada de água. Ex: homem e pteridófitas
• Xerófilos: são organismos que vivem em
ambientes secos, onde a oferta de água é
demasiadamente reduzida.
Ex: mamíferos do deserto e cactáceas
• Tropófilas – são os organismos que
suportam grandes variações de humidade.
Sendo a classificação de Whittaker (1979):
Reino
Critérios
Exemplos
1-Monera
Unicelular sem núcleo
organizado.
bactérias
2-Protista
Unicelular com núcleo
organizado.
protozoários
3-Fungos
Unicelulares ou
pluricelu-lares
Bolores, cogumelos
4-Plantas
Seres fotossintéticos
uni/ ou pluricelulares
Algas, musgos, feto,
plantas com flor.
5-Animal
Pluricelulares com
núcleo organizado;
nutrição por ingestão
Espongiários,
anelídeos, nematodes,
cordados
Whittaker propõe quatro critérios de classificação dos seres vivos:
Nome Científico: Armadillidium vulgare
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Andrena miserabilis
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Ser multicelular
Ser autotrófico e produtor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Eucalyptus
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Ser multicelular
Ser autotrófico e produtor
Ser como células eucarióticas
Nome científico: Streptopelia turtur
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Passer domesticus
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Helix aspersa
Reino:Animalia
Filo: Mollusca
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Homo sapiens
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Lilium alexandrae
Reino: Plantae
Filo: Angiospermas
Ser multicelular
Ser autotrófico e produtor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: Taxiphyllum barbieri
Reino: Plantae
Filo: Embryophyta
Ser multicelular
Ser autotrófico e produtor
Ser com células eucarióticas
Reino: Fungi
Filo: ascomycota
Ser multicelulares
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Nome científico: ostreatus
de
pleurotus
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Ser multicelular
Ser heterotrófico e consumidor
Ser com células eucarióticas
Para este trabalho de campo era necessário:
• Caderno de campo, para registarmos os dados importantes;
• Máquina fotográfica, para podemos documentar o que observávamos;
• Para a recolha e transporte de material biológico: saco plástico, espátula, pinças, caixa de
petri.
A identificação de cada espécie documentada é através de pesquisa de comparação com
base no sítio onde o ser vivo foi encontrado, a sua forma e aparência.
• Será que todos os seres vivos encontrados se alimentam do mesmo modo?
• Anulando, diminuindo ou controlando as causas que provocam a extinção das espécies.
• Criando áreas protegidas, parques e reservas naturais, em que as espécies e os ecossistemas
estariam livres da acção humana, permitindo conservar um património natural.
• Existem dois tipos de conservação:
- conservação ex-situ que consiste na preservação dos componentes da biodiversidade fora do
local de ocorrência natural. Por exemplo, os jardins zoológicos ou os jardins botânicos podem
ser utilizados para repovoar áreas degradas, para estudos científicos ou para sua produção em
escala comercial. A conservação ex-situ permite o desenvolvimento de projectos educativos e a
conscientização da população.
- Conservação in-situ consiste na preservação no seu habitat e é o modo mais apropriado de
conservação da biodiversidade. Como este tipo de conservação é permitido conservar as
espécies e os seus habitats. Existem duas categorias de unidade de conservação: as de uso
directo, que permitem actividades controladas e as de uso indirecto, que só permitem
interferência em casos específicos.
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