APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS E DIRETRIZES
I.
II.
III.
IV.
V.
Orientações Gerais
Finalidade da Catequese
Meta da Catequese
Conteúdo da Catequese
Objetivo da Catequese
1. Catequese e Evangelização
2. Evangelização e Catequese
VI. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
VII. Contextos da Catequese
1. A Pessoa do Catequizando
(Catequeses: Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade)
2. A Família
3. A Comunidade
4. A Pessoa do Catequista
4.1. Formação
4.2. Perfil
4.3. Compromisso
4.4. Espiritualidade
5. A Pessoa da Liderança
5.1. Liderança
5.2. Equipes de Catequese
5.3. Escola Catequética
5.4. Meios de Comunicação Social
8. Bibliografia
ITINERÁRIO
FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
I. SEMANA CATEQUÉTICA
II. COMISSÃO PARA ANIMAÇÃO BÍBLICOCATEQUÉTICA
III. FINALIDADE E META DA CATEQUESE
IV. OBJETIVO DA CATEQUESE
1. Catequese e Evangelização
2. Evangelização e Catequese
V. HISTÓRIA DA IGREJA
VI. CATEQUESE NA HISTÓRIA DA IGREJA
VII.DOCUMENTOS DA CATEQUESE
VIII.CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
ITINERÁRIO
FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
IX. ORAÇÃO DO CREDO: PROFISSÃO DE FÉ
X. ORAÇÃO DO PAI NOSSO
XI. ORAÇÃO DA AVE-MARIA
XII. O CATEQUISTA NO MUNDO ATUAL
XIII. CATEQUESE PARA OS NOVOS TEMPOS
XIV. MANDAMENTOS
XV. SACRAMENTOS
XVI. SAGRADA ESCRITURA
XVII.LEITURA ORANTE DA BÍBLIA
ITINERÁRIO
FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
XVIII.PSICOPEDAGOGIA DAS IDADES
a) CONTEXTOS DA CATEQUESE
b) METODOLOGIA DA CATEQUESE
(VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER)
XIX. A PESSOA DO CATEQUIZANDO
(Catequeses: Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade)
a)CATEQUESE E FAMÍLIA
b)CATEQUESE E LITURGIA
c)CATEQUESE E COMUNIDADE
ITINERÁRIO
FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
XX. A PESSOA DO(A) CATEQUISTA
a) Formação
b) Perfil
c) Compromisso
d) Espiritualidade
XXI. A PESSOA DA LIDERANÇA
a) Liderança
b) Equipes de Catequese
c) Escola Catequética
d) Meios de Comunicação Social
(Multimidias, Redes Sociais e Nova
Evangelização)
Como a abelha que
fecunda a flor
a Palavra de Deus
nos faça germinar
frutos de amor.
II. Orientações Gerais
01. A Catequese, que consiste na educação
ordenada e progressiva da fé1, deve ser
atividade prioritária na América Latina, se
quisermos conseguir uma renovação profunda
da vida cristã e, como esta, uma nova civilização
que seja participação e comunhão de pessoas
na Igreja e na sociedade2.
1 Cf. Mensagem do Sínodo de Catequese -1977, n. 01.
2 Cf. Documento de Puebla, n. 977.
II. Orientações Gerais
02. A Diocese de São José dos Campos
entende que a Catequese sempre foi
considerada na Igreja como um dos seus
deveres fundamentais, derivado do último
mandato do Senhor Ressuscitado: transformar
em discípulos todas as gentes e ensinar-lhes a
observar tudo o que Ele tinha prescrito.3
3 Cf. João Paulo II, Carta sobre a Igreja na Hungria,
L'Osservatore Romano, 01/06/1980,
II. Orientações Gerais
03. Toda comunidade eclesial é Catequética
e catequizadora. "A Catequese se faz ao longo
de toda a caminhada da comunidade. Nela se
aprofunda a experiência do Deus Vivo que
caminha com o seu povo e o conduz à
Salvação".4 A Palavra de Deus se faz viva e
atuante na ação de todos os membros da
comunidade, que catequiza através de sua vida
e manifestação de sua fé. Esta dimensão
recorda à Igreja que ela deve ser permanente
ouvinte da Palavra.5
4 Doc. CNBB, 26, Catequese Renovada, n. 310.
5 Cf. Doc. CNBB 45, Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da
Igreja no Brasil, n. 90
II. Orientações Gerais
04. "Toda Escritura é inspirada por Deus, é
útil para instruir, para refutar, para corrigir e
para educar na justiça, a fim de que o homem
de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa
obra" (2 Tm 3, 16-17). A Catequese, como ação
prioritária, deve levar o cristão a buscar uma
formação progressiva e permanente, pessoal e
comunitária, para uma vivência comprometida
e consciente na comunidade cristã.6
6 Cf. Projeto Diocesano de Evangelização, 27
II. Orientações Gerais
05. Consciente de que o dízimo é expressão
de partilha e de vida em comunidade, e que os
recursos obtidos pelo dízimo destinam-se à
manutenção da comunidade e para a
evangelização, seja a Catequese Paroquial a sua
maior incentivadora, promovendo uma
experiência do dízimo junto às famílias dos
catequizandos e da comunidade. Portanto, a
Comissão para Animação Bíblico-Catequética,
junto com a Pastoral do Dízimo, incentive o
dízimo mirim.
II. Orientações Gerais
06. Catequese é o "fazer ecoar" (kat-ekhéo)
da Palavra de Deus. Numa época acostumada
aos modernos meios de Comunicação Social,
somos chamados a transmitir e a fazer
repercutir aquilo que o Mestre falou, com a
fidelidade que Ele exige de nós. Assim a Igreja
se encontra em permanente caminho de
Catequese.
II. Orientações Gerais
07. Para nortear a Catequese, temos pontos
importantes dos quais podemos destacar:
a) o princípio de interação fé e vida;
b) a experiência de fé na comunidade
catequizadora;
c) a importância da situação histórica
como conteúdo da Catequese;
d) a fidelidade às fontes;
e) o critério da adaptação de acordo
com a situação dos catequizandos;
II. Orientações Gerais
f) a Catequese como processo
permanente;
g) a concepção de que Deus se revela
através de acontecimentos, da História;
h) um lugar de destaque para a Mesa da
Palavra, a valorização da Bíblia na Liturgia;
i) a Bíblia como o grande livro inspirador
da Catequese.7
7 Cf. Estudos da CNBB, 73.
Catequese para o mundo em mudança, n. 04.
III. Finalidade da Catequese
08. Fazer uma catequese renovada nas
comunidades:8
a) Catequese como processo de iniciação
à vida de fé: é o deslocamento de uma catequese
simplesmente doutrinal para um modelo mais
experiencial, e da catequese das crianças para a
catequese com adultos. Tanto a dimensão doutrinal
como a da experiência estão integradas no processo
de tornar-se discípulo de Jesus. Começa a delinearse um modelo metodológico que leva à experiência
de Deus que se expressa, sobretudo, na vida
litúrgica e orante.
8 Cf. Doc. Da CNBB. 84 Diretório Nacional de Catequese, pág. 27 a 31
II. Finalidade da Catequese
b) Iniciação à vida de fé em
comunidade: conforme a pedagogia de Deus,
Ele se revela no dia-a-dia de pessoas que vivem
em comunidade. A catequese é concebida como
uma iniciação à fé em sua dimensão pessoal e
comunitária.
II. Finalidade da Catequese
c) Processo permanente de educação da
fé: se a catequese é o momento da iniciação à
fé, a formação cristã se prolonga pela vida
inteira. Além das crianças, os adultos começam
a merecer maior atenção.
II. Finalidade da Catequese
d) Catequese cristocêntrica: conduz ao
centro do Evangelho (querigma), à conversão, à
opção por Jesus Cristo que nos revela o Pai, no
Espírito Santo (dimensão trinitária), e ao seu
seguimento. A catequese está a serviço da pessoa
humana em sua situação concreta (dimensão
antropológica). Por isso ela educa para a vivência
do mistério d’aquele que revelou o homem ao
homem, o novo Adão, Jesus Cristo. É uma
catequese
cristológica
com
dimensão
antropológica, que leva a uma antropologia com
dimensão cristológica.
II. Finalidade da Catequese
e) Ministério da Palavra: a catequese é
considerada anúncio da Palavra de Deus, a serviço
da qual se coloca. O verdadeiro catequista tem a
convicção (mística) de que é profeta hoje,
comunicando a Palavra de Deus com seu
dinamismo e eficácia, na força do Espírito Santo. A
Bíblia é considerada o livro da fé e, por isso mesmo,
o texto principal da catequese. O princípio da
interação fé e vida, aplicado à leitura da Bíblia, gera
um tipo de leitura vital e orante da Palavra de Deus.
II. Finalidade da Catequese
f) Coerência com a pedagogia de Deus: a
renovação da catequese assume a doutrina sobre a
Revelação, contida na Dei Verbum, com suas
conseqüências. O modo de educar a fé segue o
mesmo “processo e pedagogia” que Deus usou para
revelar-se, isto é: Revelação progressiva através de
palavras e acontecimentos, por dentro da vida da
comunidade, o respeito pela caminhada da
comunidade, o amor pelos pobres e a conseqüente
paciência (em sentido bíblico) no processo de
educação da fé.
II. Finalidade da Catequese
g) Catequese transformadora e libertadora:
a mensagem da fé, iluminando a existência humana,
forma a consciência crítica diante das estruturas
injustas e leva a uma ação transformadora da
realidade social. Catequese Renovada introduziu o
conceito de ações evangélico-transformadoras como
aprofundamento do tradicional conceito de
atividades pedagógicas. A catequese tem por tarefa
introduzir o cristão nestas ações, “inspiradas pela
experiência de Deus na caminhada da comunidade;
[elas] educam evangelicamente para as mudanças do
ambiente que nossa fé exige e inspira”.9
9 Cf. CNBB, TM 129; cf. 129-131 e 194-200. Esse documento aprofunda o conceito de atividades
evangélico-transformadoras que têm sua origem nas práticas das CEBs. Cf. DNC 152 e 301-302.
II. Finalidade da Catequese
h) Catequese inculturada: a catequese
quer valorizar e assumir os valores da cultura, a
linguagem, os símbolos, a maneira de ser e de
viver do povo nas suas diversas expressões
culturais. A inculturação está presente em
Catequese Renovada, embora o termo não
apareça explicitamente. Fala-se de interação fé
e vida, com vistas principalmente a aspectos
sociais, políticos e econômicos.
II. Finalidade da Catequese
Isso facilitou
posteriormente
a
compreensão da necessidade de assumir e
valorizar os elementos da cultura, da linguagem,
dos símbolos que fazem parte da maneira de
viver do povo. Expressar o Evangelho de forma
relevante para a cultura é uma exigência
metodológica da catequese.
II. Finalidade da Catequese
Como afirmou João Paulo II: “Não é a
cultura a medida do Evangelho, mas Jesus Cristo
é a medida de toda a cultura e de toda obra
humana” (Santo Domingo, Discurso de abertura,
2; cf. 13, nota 2). Não se trata só da cultura
popular, ligada mais ao ambiente rural e às
vezes pré-moderno, mas também da cultura
surgida da modernidade e pós-modernidade,
cujo lugar privilegiado são os grandes espaços
urbanos.16
16 Cf. CNBB, TM 129; cf. 129-131 e 194-200. Esse documento aprofunda o conceito de atividades
evangélico-transformadoras que têm sua origem nas práticas das CEBs. Cf. DNC 152 e 301-302.
II. Finalidade da Catequese
i) Interação fé e vida: o conteúdo da
catequese compreende dois elementos que
interagem: a experiência da vida e a formulação
da fé. A afirmação do princípio de interação é a
recusa tanto do excesso da teoria desligada da
realidade, quanto do dualismo que desvaloriza
as necessidades do aqui e agora, da vida terrena
dos filhos de Deus.10
17 Cf. Diretório Nacional de Catequese, 84. pág. 27 a 31
II. Finalidade da Catequese
j) Catequese integrada com as outras
pastorais (animação bíblica de toda pastoral):
como dimensão, a catequese está presente em
todas as pastorais e, como atividade específica,
articula-se com as demais. A catequese respira a
vida e a fé da Igreja, celebrada na liturgia,
expressa na prática pastoral das comunidades e
nas suas orientações. A catequese se beneficia
dessa articulação ao mesmo tempo que
contribui para uma pastoral orgânica ou de
conjunto.
II. Finalidade da Catequese
Caminho
de
espiritualidade
(catequista mistagogo): um dos temas centrais
da
formação
do
catequista
é
sua
espiritualidade: ela brota da vida em Cristo, que
se alimenta na ação litúrgica e se expressa a
partir da própria atividade de educador da fé,
da mística daquele que está a serviço da Palavra
de Deus. É uma espiritualidade bíblica, litúrgica,
cristológica, trinitária, eclesial, mariana e
encarnada na realidade do povo.11
k)
11 Cf. CNBB, FC 157. Após o documento CR, houve e continua havendo um impulso considerável tanto
para a vocação de catequistas, quanto para a práxis da mesma catequese em diversas nstâncias..
II. Finalidade da Catequese
l) Opção preferencial pelos pobres: a
Igreja redescobriu os pobres não apenas como
categoria sociológica, mas sobretudo teológica;
considera-os destinatários de sua missão e
evangelizadores. Não se trata de um tema da
catequese, mas de uma perspectiva geral, que
orienta concretamente objetivos, sujeitos e
destinatários, conteúdo, métodos, recursos e a
própria formação de catequistas.
II. Finalidade da Catequese
Temas e conteúdo (Projeto
Alicerce): Catequese Renovada descreveu em
sua terceira parte os temas fundamentais da
catequese. Trata-se de um conjunto de
mensagens a ser adaptado aos destinatários
quanto à seleção de temas, linguagem,
metodologia. Deseja-se principalmente que
esse conteúdo de mensagens seja vivido na
caminhada da comunidade.
m)
II. Finalidade da Catequese
O eixo central que permeia a
apresentação da mensagem é o da comunhãoparticipação num processo comunitário. A
quarta parte do documento descreve o
processo pelo qual interagem o conteúdo da fé
e a transformação da vida pessoal e social.
IV. Meta da Catequese
09. Jesus Cristo:
a) "No centro da Catequese, encontrase essencialmente uma Pessoa: é a Pessoa de
Jesus de Nazaré... É esse mesmo Jesus que é o
Caminho, Verdade e a Vida. A vida cristã
consiste em seguir Cristo".12 Aprender “cada vez
mais e melhor a pensar como Ele, a julgar como
Ele, a agir em conformidade com os seus
Mandamentos e a esperar como Ele nos exorta
a esperar".13
12 Catechesi Tradendae, n. 05
13 Catechesi Tradendae, n. 20
IV. Meta da Catequese
b) "Neste sentido, a finalidade
definitiva da Catequese é a de fazer com que
alguém se ponha, não apenas em contato, mas
em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo:
somente ele pode levar ao amor do Pai no
Espírito e fazer-nos participar da vida da
Santíssima Trindade".14
14 Catechesi Trandendae, n. 25
V. Conteúdo da Catequese
10. Pedagogia Catequética:
a) 0 "cristocentrismo" da Catequese não é
apenas a ideia central ou o princípio unificador dos
temas a serem estudados e ensinados. Muito mais
do que isso, a cada catequista e a cada
catequizando seja proporcionada a experiência de
que sem Ele nada se pode (Jo 15,5). Essa
experiência será vital para a catequese em nossa
Diocese. "A fé não é só adesão intelectual,
conhecimento da doutrina de Jesus. Ela é opção de
vida, adesão de toda a pessoa humana a Cristo, a
Deus e a seu projeto sobre o mundo".15
15 Documento CNBB, 26 – Catequese Renovada, n. 84
V. Conteúdo da Catequese
b) 0 "cristocentrismo" da Catequese não é
apenas a ideia central ou o princípio unificador dos
temas a serem estudados e ensinados. Muito mais
do que isso, a cada catequista e a cada
catequizando seja proporcionada a experiência de
que sem Ele nada se pode (Jo 15,5). Essa
experiência será vital para a catequese em nossa
Diocese. "A fé não é só adesão intelectual,
conhecimento da doutrina de Jesus. Ela é opção de
vida, adesão de toda a pessoa humana a Cristo, a
Deus e a seu projeto sobre o mundo".16
16 Documento CNBB, 26 – Catequese Renovada, n. 84
V. Conteúdo da Catequese
c) A Diocese de São José dos Campos quer
que o "cristocentrismo" seja
o "caminho" da
Catequese. Não um "caminho" a mais entre outros,
mas "O CAMINHO". Tudo terá de estar em íntima
relação com a Pessoa de Cristo. Desta forma, "a
Catequese, toda centrada em Cristo, há de lançar mão
de todos os meios a fim de os catequizandos não só
encontrarem a Cristo e n'Ele a síntese de todas as
verdades da fé, mas fazerem experiência de sua
presença na comunidade e chegarem a viver com Ele
um autêntico diálogo interpessoal pela oração.“17
17 Sínodo dos Bispos de 1977, L´Observatore Romano, 13/11/1977
V. Conteúdo da Catequese
d) Considerando a sugestão dos Delegados
Sinodais18 aos “Novos Tempos”: “mudar a mentalidade
de uma catequese sacramental para uma catequese
inspirada na iniciação à Vida Cristã. Aqui escutamos o
Episcopado da América Latina e do Caribe: "Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato
com Jesus Cristo e convidando-as para segui-lo, ou não
cumpriremos
nossa
missão
evangelizadora“.
Precisamos de um processo catequético que inclua o
querigma, que é ‘a maneira prática de colocar alguém
em contato com Jesus Cristo e introduzi-lo no
discipulado’.
18 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 127
V. Conteúdo da Catequese
e) Em Aparecida os Bispos afirmaram
que "no processo de formação de discípulos
missionários, destacamos cinco aspectos
fundamentais que aparecem de maneira diversa
em cada etapa do caminho, mas que se
complementam intimamente e se alimentam
entre si“19:
19 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 128
V. Conteúdo da Catequese
• O encontro com Jesus Cristo, que
deve ser o fio condutor de um processo que
culmina na maturidade do discípulo e "deve
renovar-se constantemente pelo testemunho
pessoal, pelo anúncio do querigma e pela ação
missionária da comunidade“20;
20 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 128a
V. Conteúdo da Catequese
• A conversão, resposta inicial de quem
crê em Jesus Cristo e busca segui-lo
conscientemente21;
• O discipulado como amadurecimento
constante no conhecimento, amor seguimento
de Jesus Mestre, quando também se aprofunda
o mistério de sua pessoa, de seu exemplo e de
sua doutrina, graças à catequese permanente e
à vida sacramental;
21 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 128b-c
V. Conteúdo da Catequese
• A comunhão, pois "não pode existir
vida cristã fora da comunidade: nas famílias, nas
paróquias, nas comunidades de vida
consagrada, nas comunidade de base, nas
outras
pequenas
comunidades
e
movimentos“22, tal como acontecia entre os
primeiros cristãos; a comunhão na fé, na
esperança e no amor de estender-se também
aos irmãos e irmãs de outras tradições cristãs;
22 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 128d
V. Conteúdo da Catequese
• A missão, que nasce do impulso de
compartilhar a própria experiência de salvação
com outros, a plenitude e alegria de ser enviado
por Jesus Cristo; a missão deve acompanhar
todo o processo de amadurecimento humano e
cristão de cada um, de acordo com a própria
vocação, tendo Maria como modelo perfeito do
discípulo missionário23.
23 Documento Conclusivo - Sínodo Diocesano 2008-2010, nº 128e
V. Conteúdo da Catequese
11. A Catequese deve, sobretudo realçar a
Igreja como Povo de Deus e como missionária. Ela
celebra e vive os sacramentos e se compromete
com a História dos homens, perpetuando os ideais
de Jesus Cristo. Procurará encarnar o Evangelho na
realidade concreta de nosso Povo. Não se falará de
Deus sem falar do homem com quem Deus quis
fazer aliança.24 Só assim se construirá uma
sociedade mais cristã e, portanto, mais humana.
Estamos atentos a que "todos os caminhos da Igreja
levem ao homem".25.
24 Cf. Doc. CNBB, 26. Catequese Renovada, n. 170.
25 Redemptor Hominis n. 19. Cf. Documento de Puebla, n. 304.
VI. Objetivo da Catequese
12. "A eficácia da Catequese dependerá,
em grande parte, desta sua capacidade de dar
sentido, o sentido cristão, a tudo aquilo que
constitui a vida do homem em seu tempo.
Homem entre os homens, cidadão entre os
cidadãos".26 Os cristãos serão capazes de
transformar suas dores e a de seus irmãos em
crescimento para uma sociedade de
participação e de fraternidade.
26 João Paulo II, Homilia em Porto Alegre, 05/07/1980
VI. Objetivo da Catequese
13. Em unidade com a Igreja no Brasil,
queremos: "Evangelizar com renovado ardor
missionário, testemunhando Jesus Cristo, em
comunhão, à luz da evangélica opção
preferencial pelos pobres, para formar o povo
de Deus e participar da construção de uma
sociedade justa e solidária a serviço da vida e da
esperança nas diferentes culturas, a caminho do
Reino Definitivo".27
27 Doc. CNBB, 81. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja no Brasil, n. 06.
VI. Objetivo da Catequese
14. Sabemos que a Liturgia é fonte e ápice
da ação e da força da Igreja.28 A formação
litúrgica constituirá parte importante da
iniciação das crianças, adolescentes, jovens e
adultos na vida da comunidade cristã. As
preparações para os diversos sacramentos
devem passar a ser momentos fortes dessa
iniciação, superando o caráter meramente
sacramentalista.29
28 Cf. SC, n. 10
29 Cf. Doc. CNBB, 26. Catequese Renovada, n. 136
VI. Objetivo da Catequese
1. Catequese e Evangelização:
15. A evangelização é uma realidade
rica, complexa e dinâmica, que compreende
momentos essenciais, e diferentes entre si
(cf. CT 18 e 20; DGC 63): o primeiro momento é
o anúncio de Jesus Cristo (querigma); a
catequese, um desses “momentos essenciais”, é
o segundo, dando-lhe continuidade. Sua
finalidade é aprofundar e amadurecer a fé,
educando o convertido para que se incorpore à
comunidade cristã.30
30 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 33
VI. Objetivo da Catequese
16. A catequese sempre supõe a primeira
evangelização. Por sua vez, à catequese seguese o terceiro momento: a ação pastoral para os
fiéis já iniciados na fé, no seio da comunidade
cristã (cf. DGC 49), através da formação
continuada. Catequese e ação pastoral se
impregnam do ardor missionário, visando à
adesão mais plena a Jesus Cristo. A atividade da
Igreja, de modo especial a catequese, traduz
sempre a mística missionária que animava os
primeiros cristãos. 31
31 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 33
VI. Objetivo da Catequese
17. A catequese exige conversão interior e
contínuo retorno ao núcleo do Evangelho
(querigma), ou seja, ao mistério de Jesus Cristo
em sua Páscoa libertadora, vivida e celebrada
continuamente na liturgia. Sem isso, ela deixa
de produzir os frutos desejados. Toda ação da
Igreja leva ao seguimento mais intenso de Jesus
(cf. CR 64) e ao compromisso com seu projeto
missionário. 32
32 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 33
VI. Objetivo da Catequese
2. Evangelização e Catequese:
18. No início do cristianismo, a
catequese era o período em que se estruturava
a conversão. Os já evangelizados eram iniciados
no mistério da Salvação e em um estilo
evangélico de ser: experiência de vida cristã,
ensinamento sistematizado, mudança de vida,
crescimento na comunidade, constância na
oração, alegre celebração da fé e engajamento
missionário. 33
33 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 35
VI. Objetivo da Catequese
19. Esse longo processo de iniciação,
chamado catecumenato, se concluía com a
imersão no mistério pascal através dos três
grandes sacramentos: Batismo, Confirmação e
Eucaristia. A catequese estava, pois, a serviço da
iniciação cristã. 34
34 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 35
VI. Objetivo da Catequese
20. A situação do mundo atual levou a
Igreja no Vaticano II a propor a restauração do
catecumenato (cf. SC 64; CD 14; cf. AG 14). O
Batismo de crianças, que as introduz na vida da
graça, exige uma continuação, uma iniciação
vivencial nos mistérios da fé (a pessoa de Jesus,
a Igreja, a liturgia, os sacramentos) através da
catequese. 35
35 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 36
VI. Objetivo da Catequese
21. Esse processo catequético possibilita
também aos já batizados (adultos, jovens,
crianças) assumir conscientemente a própria
vida cristã. Para os não-batizados, a catequese
se apresenta como processo catecumenal para
a vida cristã (cf. CR 65; DGC 64). 36
36 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 36
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
22. A Comissão Diocesana para a
Animação Biblíco-Catequética, que propõe um
caminho de formação sistemática e progressiva
da Fé, para que as pessoas possam fazer uma
experiência pessoal e comunitária de Jesus
Cristo, na sua Igreja, através da Palavra de Deus
e dos Sacramentos, é composta em nossa
Diocese pela Pastoral Catequética e Catequese
Crismal.37
37 Cf. Documento Conclusivo – Sínodo Diocesano 2008-2010, n. 124
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
23. "A coordenação da Catequese não é
um fato meramente estratégico, voltado para
uma mais incisiva eficácia da ação
evangelizadora, mas possui uma dimensão
teológica de fundo. A ação evangelizadora deve
ser bem coordenada porque ela visa à unidade
da fé, a qual, por sua vez, sustenta todas as
ações da Igreja.“38
38 Cf. Diretório Geral para a Catequese, n. 272
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
24. A Comissão Diocesana para Animação
Bíblico-Catequética, sob a responsabilidade do
Bispo Diocesano39, será eleita por um período de
três anos e composta por:
A- Assessor (um padre designado pelo Bispo).
B- Coordenador (um padre designado pelo Bispo).
C- Equipe Diocesana de Catequeses (Infantil, Crisma,
Adultos, Diversidade), indicado pela Comissão para Animação BíblicoCatequética e aprovadas pelo Bispo
D- Representantes de Regiões Pastorais, indicado pela
Comissão para Animação Bíblico-Catequética e aprovadas pelo Bispo;
E-Equipes Diocesanas: Escola Catequética, Projeto
Alicerce, Formação e Comunicação Social.
39 Cf. Diretório Geral para a Catequese, n. 272
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
25. As funções da Comissão para Animação
Bíblico-Catequética:40
A- Articular o contexto das catequeses conforme as
idades na diocese, região pastoral e paróquias;
B- Conhecer os objetivos e diretrizes catequese e
atualizá-las conforme as realidades paroquiais e regiões pastorais;
C- Agilizar as ações catequéticas a curto, médio e longo
prazo, por meio de eventos diocesanos e regiões pastorais;
D- Atualizar os Objetivos e Diretrizes da Catequese
em unidade com o Projeto Diocesano de Evangelização.
e) Anunciar e criar outras iniciativas fora dos Planos
e Diretrizes.
40 Cf. Diretório Geral para a Catequese, n. 272
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
26. Assessor da Comissão para Animação
Bíblico-Catequética:
a) Nomeado pelo Bispo Diocesano.
b) Acompanha as Catequeses (Infantil, Crisma, Adultos,
Diversidade), garantindo-lhes a unidade de ação e orientando-a com
base nos princípios da Igreja.
c) Atua como elo entre o clero e a Comissão para
Animação Bíblico-Catequética.
d) Informa e orienta a Comissão Diocesana para
Animação Bíblico-Catequética sobre os Documentos da Igreja, assuntos
e normas da Diocese;
e) Orienta a Comissão para Animação Bíblico-Catequética
na elaboração de temas para semanas e formações catequéticas,
retiros, assembléias, bem como da espiritualidade de seus membros.
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
27.
Coordenador
da
Animação Bíblico-Catequética:
Comissão
para
a) Nomeado pelo Bispo Diocesano.
b) Articula as Catequeses (Infantil, Crisma, Adultos,
Diversidade), garantindo-lhes unidade nas regiões pastorais e
paróquias;
c) Informa e orienta a Comissão Diocesana para
Animação Bíblico-Catequética sobre os Documentos da Igreja, assuntos
e normas da Diocese, bem a realidade das catequeses nas regiões
pastorais e paróquias;
d) Representará a Comissão para Animação BíblicoCatequética nos eventos catequéticos da CNBB, Regional Sul 1 e SubRegião de Aparecida.
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
28. Equipe Diocesana das Catequeses
(Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade):
a) Indicado pela Comissão Diocesana para Animação
Bíblico-Catequética e aprovado pelo Bispo;
b) Elabora, junto com a Comissão para Animação
Bíblico-Catequética, a pauta das reuniões;
c) Responsabiliza-se pelas reuniões ordinárias das
Catequeses (Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade);
d) Orienta a secretaria na elaboração da
correspondência e na divulgação de eventos das catequeses
(Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade).
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
29. Equipe de Secretaria da Comissão
para Animação Bíblico-Catequética:
a) Indicado pela Comissão Diocesana para Animação
Bíblico-Catequética e aprovado pelo Bispo;
b) Redige a pauta elaborada e participa das reuniões
da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética, das
formações, dos retiros, assembléias e encontros das lideranças
paroquiais, anotando os assuntos tratados, para transcrição em ata.
c) Mantém atualizada a listagem dos membros da
Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética, dos
párocos e paróquias, das lideranças paroquiais das catequeses
(Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade);
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
30. Equipe de Tesouraria da Comissão
para Animação Bíblico-Catequética:
a) Indicado pela Comissão Diocesana para Animação
Bíblico-Catequética e aprovado pelo Bispo;
b) Participa das reuniões e faz a prestação de contas
referentes às despesas e receitas, mediante apresentação de notas
fiscais com CNPJ recebidas para reembolso da Mitra Diocesana
e/ou da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética;
c) Recebe contribuições das paróquias e efetua
cobranças, através das lideranças paroquiais das catequeses
(Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade);
d) Mantém o livro-caixa atualizado.
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
31. Representantes das Regiões Pastorais
da Comissão Diocesana para Animação BíblicoCatequética:
a) Indicado pela Comissão Diocesana para Animação
Bíblico-Catequética e aprovado pelo Bispo;
b) Responsáveis pela articulação das catequeses
(Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade) da paróquias de sua região
pastoral ;
c) Recebe contribuições das sugestões da paróquias e
experiências das catequeses (Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade)
em sua região pastoral para planejamento da ação diocesana;
d) Forma a Comissão para Animação BíblicoCatequética de sua região pastoral entre as lideranças paroquiais;.
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
32. Equipe Alicerce:
a) Indicado pela Comissão Diocesana para
Animação Bíblico-Catequética e aprovado pelo Bispo;
b) Para cada uma das catequeses (Infantil,
Crisma, Adultos, Diversidade) teremos um grupo
específico com no máximo 03 pessoas, para trabalhar
as apostilas (impressas ou digitais) com especialistas
na linguagem a ser adotada conforme as idades:
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
• Processo Catequético Contínuo:
- Catequese Infantil:
07 a 10 anos (Crianças);
- Catequese Crismal:
10 a 12 anos (Adolescentes);
13 a 17 anos (Jovens)
- Perseverança Crismal:
12 a 17 anos (Adolescentes e Jovens)
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
• Processo Catequético de
Acolhimento:
- Iniciação à Vida Cristã:
10 a 12 anos (Adolescentes);
13 a 17 anos (Jovens)
18 anos (Adultos)
- Catequese na Diversidade:
Todas as idades para as diversas realidades
deste ambiente catequético;
VII. Comissão para Animação Bíblico-Catequética
c) Atualizar as apostilas impressas
para catequistas e catequizandos anualmente
para a Catequese Infantil e semestralmente as
apostilas digitais para os demais contextos de
catequeses (Iniciação à Vida Cristã e Diversidade).
VIII.Contextos da Catequese
1. A PESSOA DO(A) CATEQUIZANDO(A)
33. A catequese conforme as idades é uma
exigência essencial para a comunidade cristã. Leva
em conta os aspectos tanto antropológicos e
psicológicos como teológicos, para cada uma das
idades. É necessário integrar as diversas etapas do
caminho de fé. Essa integração possibilita uma
catequese que ajude cada um a crescer na fé, à
medida que vai crescendo em outras dimensões da
sua maturidade humana e tendo novos
questionamentos existenciais. 41
41 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 180
VIII.Contextos da Catequese
34. O adulto que precisa de catequese não é
só aquele que não a recebeu em outras faixas
etárias. Todos precisam continuar progredindo na fé
e no conhecimento do Senhor: “Sempre mais se
impõe uma educação permanente da fé que
acompanhe o ser humano por toda a vida e se
integre em seu crescimento global” (CR 129).42
42 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 180
VIII.Contextos da Catequese
35. Catequese Infantil (Etapa 1) 07 a 10 anos –
CRIANÇAS:
a- A infância se caracteriza pela descoberta
inicial do mundo, com uma visão ainda original,
embora dependente da assistência dos adultos.
Dela brotam possibilidades para a edificação da
Igreja e a humanização da sociedade. A criança tem
o direito ao pleno respeito e à ajuda para seu
crescimento humano e espiritual. Ela necessita de
uma catequese familiar, de uma iniciação na vida
comunitária e para realizar os primeiros gestos de
solidariedade.43
43 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 197
VIII.Contextos da Catequese
b- Essa catequese não poderá ser fragmentada
ou desencarnada da realidade, mas deverá favorecer
a experiência com Cristo na realidade em que a
criança vive. 44
c- As crianças de hoje são mais ativas, fazem
mais perguntas e não se deixam convencer
simplesmente com o argumento da autoridade de
quem fala. Com maior acesso aos meios de
comunicação, podem até ter mais informações sobre
a realidade do que o catequista, embora não
disponham da necessária maturidade para analisar
tudo que recebem.45
44 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 197
45 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 198
VIII.Contextos da Catequese
d- Por vezes trazem também dramas e
mágoas que exigem uma conversa diferente,
personalizada. O catequista precisa conhecer e
ouvir cada criança para descobrir o melhor modo
de cumprir sua missão. Também será bastante útil
ter familiaridade com o universo infantil:
brincadeiras, situação escolar e familiar, histórias
em quadrinhos e filmes que as crianças
preferem, literatura infantil de boa qualidade.46
46 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 198
VIII.Contextos da Catequese
O processo catequético terá em
consideração o desenvolvimento dos sentidos, a
contemplação, a confiança, a gratuidade, o dom
de si, a comunicação com Deus, a alegria da
participação.47
e-
47 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 198
VIII.Contextos da Catequese
A infância constitui o tempo da
primeira socialização, da educação humana e
cristã na família, na escola e na comunidade. É
preciso considerá-la como uma etapa decisiva
para o futuro da fé, pois nela, através do
Batismo e da educação familiar, a criança inicia
sua iniciação cristã.48
f-
48 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 199
VIII.Contextos da Catequese
No final da segunda infância (préadolescência), uma fase curta, mas efervescente
do desenvolvimento humano, ou até mais cedo
(primeira infância), começa-se em geral o
processo de iniciação eucarística. É nessa idade
que se atinge o maior número de catequizandos
e há o maior envolvimento de catequistas por
causa da Primeira Comunhão Eucarística, que
não deve ter caráter conclusivo do processo
catequético.49
g-
49 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 199
VIII.Contextos da Catequese
h- A educação para a oração (pessoal,
comunitária, litúrgica), a iniciação ao correto
uso da Sagrada Escritura, o acolhimento dentro
da comunidade e o despertar da consciência
missionária são aspectos centrais da formação
cristã dos pequenos.50
50 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 200
VIII.Contextos da Catequese
i- É preciso cuidar da apresentação dos
conteúdos, de forma adequada à sensibilidade
infantil. Embora a criança necessite de
adaptação de linguagem e simplificação de
conceitos, é importante não semear hoje o
problema de amanhã. Simplificar com
fidelidade e qualidade teológica exige boa
formação e criatividade.51
51 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 200
VIII.Contextos da Catequese
j- É necessário ter cuidado para que, em
nome da mentalidade infantil, não se
apresentem idéias teologicamente incorretas
que depois serão motivo de crise de fé.52
52 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 200
VIII.Contextos da Catequese
36. Catequese Crismal (Etapa 2) 10 a 17 anos –
ADOLESCENTES e JOVENS:
a- Para uma catequese atenta aos novos
tempos no qual constatamos no Sínodo Diocesano53
a Comissão Diocesana para Animação BíblicoCatequética propõe uma Catequese Crismal54, com
os temas do Projeto Alicerce Diocesano adaptados
a linguagem que a idade do catequizando tiver,
sejam eles:
- Adolescentes: 10 a 12 anos;
- Jovens: 13 a 17 anos;
53 Cf. Documento Conclusivo – Sínodo Diocesano 2008-2010,
n. 125 a 127
54 Relatório Conclusivo – Reunião Geral do Clero, 2012
VIII.Contextos da Catequese
b- Catequese Crismal para Adolescentes
(10 a 12 anos):
• A adolescência, bem orientada, é um
dos alicerces para o desenvolvimento de uma
personalidade equilibrada e segura. Nesse período
o adolescente cresce na consciência de si mesmo,
de suas potencialidades, sentimentos, dificuldades
e das transformações que estão acontecendo em
sua vida. Isso pode ocasionar desajustes emocionais
e comportamentais, com os quais nem sempre
saberá lidar.55
55 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 195
VIII.Contextos da Catequese
Atividades catequéticas para os
adolescentes:56
→ acolher o adolescente na
•
comunidade e favorecer o compromisso real e fiel
na mesma;
→ oferecer oportunidades para que,
na busca do seu universo, nas suas descobertas,
tendências e valores, o adolescente se sinta
estimulado para a vivência cristã;
56 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 196
VIII.Contextos da Catequese
→ criar grupos de catequese de
perseverança crismal, coroinhas, adolescência
missionária, animação, canto, teatro, cinefórum,
escotismo, acampamentos, missão de férias;
→ promover atividades artísticas,
danças, músicas;
→ realizar passeios, entrevistas,
romarias, excursões; refletir temas próprios da
idade, buscando auxílio das ciências, sobretudo a
psicologia;
VIII.Contextos da Catequese
→ organizar equipes de serviços
comunitários, tanto eclesiais quanto sociais;
→ alimentar a consciência de que o
crescimento na fé requer uma formação
continuada rumo à maturidade em Cristo
(cf. Ef 4,13).
VIII.Contextos da Catequese
c- Catequese
(13 a 17 anos):57
Crismal
para
Jovens
• A juventude é a fase das grandes
decisões. Os jovens passam a assumir seu
próprio destino e suas responsabilidades
pessoais e sociais. Buscam o verdadeiro
significado da vida, a solidariedade, o
compromisso social e a experiência de fé, pois é
uma sua característica ser altruísta e idealista.
57 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 189
VIII.Contextos da Catequese
• A juventude costuma enfrentar vários
desafios como: o desencanto e a falta de
perspectiva no campo profissional; experiências
negativas na família; exposição a uma sociedade
erotizada que lhes dificulta o desenvolvimento
sexual; insatisfação, angústia; em muitos casos,
experimentam marginalização e dependência
química. Pelo marcante significado e pelos riscos a
que estão expostos nessa fase da vida, os jovens
são interlocutores que merecem uma atenção
especial da catequese.58
58 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 189
VIII.Contextos da Catequese
Nessa fase, freqüentemente se
notam também o afastamento e a desconfiança
em relação à Igreja. Não é raro se constatar falta
de apoio espiritual e moral das famílias e a
precariedade da catequese recebida.
• Por outro lado, também é crescente o
número de jovens presentes na ação
catequética (principalmente na catequese da
Confirmação), nos eventos eclesiais e sociais,
frutos da catequese recebida.59
•
59 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 190
VIII.Contextos da Catequese
• Nossa responsabilidade com o
Evangelho e com os jovens inclui cuidar da
comunidade cristã para que ela seja de fato um
testemunho de coerência com o projeto de Jesus.
• No coração da catequese aos jovens está
a proposta explícita do seguimento de Cristo: “Se
queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o
dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu.
Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21).60
60 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 191
VIII.Contextos da Catequese
É uma proposta que faz deles
interlocutores, sujeitos ativos, protagonistas da
evangelização e construtores de uma nova
sociedade para todos. A catequese procure
adaptar-se aos jovens, sabendo traduzir a
mensagem de Jesus na linguagem deles.61
•
61 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 191
VIII.Contextos da Catequese
• A catequese aos jovens será mais
proveitosa se procurar colocar em prática uma
educação da fé orientada ao conjunto de
problemas que afetam suas vidas. Para isso, a
catequese integra a análise da situação atual,
ligando-se às ciências humanas, à educação, à
colaboração dos leigos e dos próprios jovens.62
62 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 193
VIII.Contextos da Catequese
• Catequese de Fé: É urgente propor aos
jovens uma catequese com itinerários novos,
abertos à sensibilidade e aos problemas dessa
idade que são de ordem teológica, ética, histórica
ou social. Em particular, é preciso uma catequese
que aprofunde a experiência da participação
litúrgica na comunidade, que dê importância à
educação para a verdade e a liberdade segundo o
Evangelho, à formação da consciência, à educação
ao amor, à descoberta vocacional, à oração alegre e
juvenil e ao compromisso cristão na sociedade.63
63 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 193
VIII.Contextos da Catequese
• Diz João Paulo II: que “nessa fase será
preciso uma catequese que denuncie o egoísmo
apelando para a generosidade, que apresente, sem
simplismo e sem esquematismos ilusórios, o
sentido cristão do trabalho, do bem comum, da
justiça e da caridade, uma catequese da paz entre
as nações e da dignidade humana, do
desenvolvimento e da libertação, tais como essas
coisas são apresentadas nos documentos recentes
da Igreja” (CT 39).64
64 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 193
VIII.Contextos da Catequese
• A Catequese Crismal com jovens,
levando em conta o seu protagonismo, realizase através de:65
→ participação em encontros,
celebrações, manhãs de espiritualidades para
integrar os jovens com as famílias;
→ pertença e participação nos
grupos do setor juventude paroquial e pastorais
afins;
65 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 194
VIII.Contextos da Catequese
→ acompanhamento personalizado
ao jovem, acentuando a direção espiritual ao
projeto de vida, incluindo a dimensão
vocacional;
→
auxílio
à
formação
da
personalidade do jovem, levando em conta as
diferentes situações sociais, econômicas,
religiosas e seu processo evolutivo e
amadurecimento;
VIII.Contextos da Catequese
→ estímulo e crescimento para a
vivência comunitária e eucarística;
→ preparação para os sacramentos da
iniciação cristã, principalmente para a Confirmação,
com duração prolongada e como tempo forte para
o amadurecimento da fé, vinculação com a Igreja
particular, engajamento na comunidade, envio
missionário, compromisso social e testemunho
cristão, dando destaque à esmerada celebração do
referido sacramento;
VIII.Contextos da Catequese
→ educação para o amor, a afetividade
e a sexualidade;
→ educação para a cidadania e para a
consciência participativa nas lutas sociais;
→ preparação para o sacramento do
Matrimônio;
→ orientação vocacional, em sentido
amplo,
que
apresente
possibilidades
de
engajamento na construção do Reino, dentro e fora
da Igreja, e a responsabilidade missionária no
mundo;
VIII.Contextos da Catequese
→ educação para a oração pessoal e
comunitária;
→ orientação para o estudo e leitura da
Sagrada Escritura;
→ experiência de serviços voluntários.
VIII.Contextos da Catequese
36. Iniciação à Vida Cristã
a) Catequese com Adolescentes (11 a 14
anos):
• Urge para os adolescentes um projeto de
crescimento na fé, do qual eles mesmos sejam
protagonistas na descoberta da própria personalidade,
no conhecimento e encantamento por Jesus Cristo, no
compromisso com a comunidade e na coerência de vida
cristã na sociedade.66
66 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 195
VIII.Contextos da Catequese
b) Catequese com Jovens (15 a 17 anos):
• A catequese para jovens leva em
consideração as diferentes situações religiosas,
emocionais e morais, entre as quais: jovens não
batizados, batizados que não realizaram um processo
catequético, nem completaram a iniciação cristã, jovens
que atravessam crise de fé, ao lado de outros, que
buscam aprofundar a sua opção de fé e esperam ser
ajudados. Há ainda jovens tão maltratados pela vida,
que estão em risco de perder a esperança e precisam de
um atendimento especial.67
67 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 192
VIII.Contextos da Catequese
36. Catequese com Adultos (18 anos):
• Os adultos são, no sentido mais
amplo, os interlocutores primeiros da
mensagem cristã.2 Deles depende a formação
de novas gerações cristãs, através do
testemunho da família, no mundo social e
político, no exercício da profissão e na prática
de vida e da comunidade.68
68 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 181
VIII.Contextos da Catequese
c) Catequese com Adultos (18 anos):
• Os adultos são, no sentido mais amplo,
os interlocutores primeiros da mensagem cristã. 68
Deles depende a formação de novas gerações
cristãs, através do testemunho da família, no
mundo social e político, no exercício da profissão e
na prática de vida e da comunidade.68
68 O tema da catequese com adultos foi amplamente tratado nos anos 2000-2002
particularmente com a realização da Segunda Semana Brasileira de Catequese
(de 8 a 12 de outubro de 2001), cujo tema foi justamente esse: “Com adultos
catequese adulta”. Foram publicados pela Dimensão Bíblico-Catequética, na
série Estudos da CNBB, três subsídios com muitas reflexões, experiências e
propostas: Com adultos catequese adulta (São Paulo, Paulus, 2001) = Estudos
da CNBB 80; O itinerário da fé na “iniciação cristã dos adultos” (São Paulo,
Paulus, 2001) = Estudos da CNBB 82; Segunda Semana Brasileira de
Catequese (São Paulo, Paulus, 2002) = Estudos da CNBB 84.
VIII.Contextos da Catequese
• “É na direção dos adultos que a
evangelização e a catequese devem orientar
seus melhores agentes. São os adultos os que
assumem mais diretamente, na sociedade e na
Igreja, as instâncias decisórias e mais favorecem
ou dificultam a vida comunitária, a justiça e a
fraternidade.69
69 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 181
VIII.Contextos da Catequese
• Urge que os adultos façam uma opção mais
decisiva e coerente pelo Senhor e sua causa,
ultrapassando a fé individualista, intimista e
desencarnada. Os adultos, num processo de
aprofundamento e vivência da fé em comunidade,
criarão, sem dúvida, fundamentais condições para a
educação da fé das crianças e jovens, na família, na
escola, nos meios de comunicação social e na própria
comunidade eclesial” (CR 130).70
70 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 181
VIII.Contextos da Catequese
• A catequese com adultos leva em
conta
as
experiências
vividas,
os
condicionamentos e os desafios que eles
encontram, como também suas interrogações e
necessidades em relação à fé. É preciso:71
→ distinguir entre os adultos que
vivem sua fé (praticantes), adultos apenas
batizados (não-praticantes ou afastados) e os
adultos não batizados;
71 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 182
VIII.Contextos da Catequese
→ levar em conta seus problemas e
experiências, capacidades espirituais e culturais;
→ motivá-los para a vivência da fé
em comunidade, para que ela seja lugar de
acolhida e ajuda;
→ fazer um projeto orgânico de
pastoral com os adultos que integre a
catequese, a liturgia e os serviços da caridade
(cf. DGC 174).
VIII.Contextos da Catequese
• A catequese com adultos tem como
missão:72
→ reforçar a opção pessoal por Jesus
Cristo;
→ promover uma sólida formação
dos leigos, levando em consideração o
amadurecimento da vida no Espírito do Cristo
Ressuscitado;
72 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 183
VIII.Contextos da Catequese
→ estimular e educar para a prática
da caridade, na solidariedade e na
transformação da realidade, julgando com
objetividade e à luz da fé as mudanças
socioculturais da sociedade;
→ ajudar a viver a vida da graça,
alimentada pelos sacramentos;
VIII.Contextos da Catequese
→ formar cada pessoa para cumprir os
deveres do próprio estado de vida, buscando a
santidade;
→ dar resposta às dúvidas religiosas e
morais de hoje;
→ desenvolver os fundamentos da fé,
que permitam dar razão da esperança;
→ educar para viver em comunidade e
assumir responsabilidades na missão da Igreja,
dando testemunho cristão na sociedade;
VIII.Contextos da Catequese
→ educar para o diálogo ecumênico e
inter-religioso, como instrumentos para a busca
da unidade cristã e da paz entre os filhos de
Deus;
→ ajudar na animação missionária
além fronteira.
VIII.Contextos da Catequese
• É necessário levar em conta as situações
e circunstâncias que exigem particular forma de
catequese: a catequese de iniciação cristã e o
catecumenato de adultos (RICA; cf. AS 129b); a
catequese ao Povo de Deus nas missões populares,
nas romarias; nos principais acontecimentos da vida
(Batismo,
primeira
Comunhão
Eucarística,
Confirmação, Matrimônio e Exéquias); catequese
para pessoas que vivem em situações
canonicamente irregulares ou para pessoas que
vêm de outras Igrejas e grupos religiosos.73
73 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 184
VIII.Contextos da Catequese
37. Catequese com as Pessoas Idosas:
• É preciso destacar o valor da pessoa
idosa como um dom de Deus à Igreja e à
sociedade, pela sua grande experiência de vida.
Muitas vezes os idosos estão até mais disponíveis
para servir à comunidade, dentro e fora da Igreja.
Descobrir talentos e possibilidades nessa situação
também é função da catequese, como também
agir em ação conjunta com outras pastorais e
movimentos em prol da dignidade das pessoas
idosas.74
74 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 185
VIII.Contextos da Catequese
→ São pessoas que merecem uma
catequese com adultos adequada. Possuem os
mesmos direitos e deveres dos demais cristãos.
A catequese com pessoas idosas deve estar
atenta aos aspectos particulares de sua situação
de fé.
VIII.Contextos da Catequese
→ De qualquer maneira, a condição
de idoso exige uma catequese de esperança,
que as leve a viver bem essa fase da própria
vida e a dar o testemunho às novas gerações e
assim se prepararem para o encontro definitivo
com Deus. Entre outras coisas, é necessária uma
catequese que as prepare para a Unção dos
Enfermos.
VIII.Contextos da Catequese
→ Importa motivar as pessoas e a
sociedade para que, iluminadas por valores
evangélicos, sejam construtoras de novos
relacionamentos, novas estruturas, que
assegurem às pessoas idosas respeito a seus
direitos e valorização integral de sua pessoa.
VIII.Contextos da Catequese
→ A catequese valoriza e incentiva a
redescobrir as ricas possibilidades que têm
dentro de si e assumir sua missão em relação
com o mundo e com as novas gerações. Para
isso é necessário favorecer o diálogo entre as
diferentes idades na família e na comunidade
(cf. DGC 188) e esclarecer sobre os preconceitos
em relação às pessoas idosas.
VIII.Contextos da Catequese
38. Catequese na Diversidade:
• Grupos indígenas, afro-brasileiros e
outros: Nossa realidade exige que a catequese
leve em conta os valores oriundos da cultura e
religiosidade indígena e afro-brasileira, sem
ignorar ambigüidades próprias de cada cultura
(cf. 1Cor 10,21). Ela não pode eliminar, ignorar,
nem abafar, nem silenciar essa realidade. É
importante considerar a globalidade e a
unidade da cultura e da religiosidade dos povos
VIII.Contextos da Catequese
e etnias, que se expressam na simbologia, mística,
ritos, dança, ritmo, cores, linguagem, expressão
corporal e teologia subjacente às suas práticas
religiosas. Somente assim se pode fazer uma
verdadeira
inculturação
do
Evangelho
e
compreender melhor, mediante a convivência e o
diálogo, as tradições religiosas de cada grupo, como
verdadeira busca do sagrado. Por isso, para uma
catequese com esses povos, são necessários
catequistas provindos dessas culturas.75
75 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 201
VIII.Contextos da Catequese
• Junto as Pessoas com Deficiência: É
grande, em nosso país, a quantidade de pessoas
com deficiências. Elas têm o mesmo direito à
catequese, à vida comunitária e sacramental.
Particularmente a partir do século XX em seus
documentos catequéticos, a Igreja vê a
necessidade de lhes dar a devida atenção e
fazer esforços para superar todo tipo de
discriminação.76
76 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 202
VIII.Contextos da Catequese
- Nas comunidades, muitas pessoas se
sentem chamadas para o trabalho junto às
pessoas com deficiência; há inclusive
catequistas e agentes de pastoral com algum
tipo de deficiência.77
77 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 202
VIII.Contextos da Catequese
- Toda pessoa tem necessidades, pois
ninguém se basta a si mesmo. Mas há algumas
pessoas que têm necessidades específicas. Estas
também precisam ser acolhidas na catequese. É
preciso oferecer uma catequese apropriada em
seus recursos e conteúdo, sem reducionismo e
simplismo que apontem para um descrédito das
capacidades da pessoa com deficiência.78
78 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 203
VIII.Contextos da Catequese
- Também não se pode deixar de
mencionar o número expressivo de irmãos que
possuem necessidades educacionais especiais,
sejam elas provisórias ou permanentes,
causadas por algum distúrbio ou outras
especificidades. A estes a catequese dispensea
atenção necessária.79
79 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 203
VIII.Contextos da Catequese
- Aumenta a cada dia o número de
voluntários para trabalhar com as pessoas com
deficiência. Há também maior consciência e
organização sobre essa catequese. Há
organismos e movimentos representativos na
luta pelo reconhecimento de suas necessidades.
Nota-se uma tendência à superação de idéias
preconceituosas e de atitudes caritativo
assistencialistas que dificultam o protagonismo
social e eclesial.80
80 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 204
VIII.Contextos da Catequese
- Como membros da Igreja, também
os deficientes mentais têm direito aos
sacramentos: não é uma concessão, é direito
que precisa ser garantido. Eles fazem parte da
comunidade e nela têm direito a serem
ajudados a fazer a experiência do mistério de
Deus na sua vida.81
81 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 204
VIII.Contextos da Catequese
-
Nesse itinerário da fé, a família
desempenha papel fundamental, pois é nela que
ocorre a primeira experiência de comunidade e
onde a pessoa deveria receber o primeiro anúncio
do mistério da Salvação. Por esse motivo, a
comunidade eclesial esteja atenta às suas
necessidades, conflitos, desejos e aspirações. A
comunidade cristã é convidada a assumir a
responsabilidade de catequizar as pessoas com
deficiência, criando condições para sua plena
participação comunitária e pastoral.82
82 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 205
VIII.Contextos da Catequese
- É importante que a participação das
pessoas com deficiência na catequese seja feita
em companhia dos demais catequizandos para
que se evitem grupos separados ou confinados
em locais sem a devida atenção e cuidados ou
distantes da comunidade. Essa atitude é
fundamental para que não se perpetue a idéia
de que as pessoas com deficiência necessitam
de uma catequese puramente especializada.83
83 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 206
VIII.Contextos da Catequese
- É necessário levar em consideração
as descobertas e avanços das ciências humanas
e pedagógicas e assumir a pedagogia do próprio
Jesus, que privilegiou os cegos, mudos, surdos,
coxos, aleijados (cf. Mc 8,23-25; Mt 15,30-31; Lc
7,22; Jo 1,8).84
84 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 206
VIII.Contextos da Catequese
Somos
imagem
de
Cristo
Ressuscitado e participamos dos sofrimentos,
da cruz, como também da alegria de ser
chamados à vida, testemunhando através dela a
ação do próprio Deus. Os locais para a
catequese junto às pessoas com deficiência
deverão ser adaptados, de acordo com a
legislação vigente,3 facilitando o acolhimento e
acesso aos mesmos em nossas comunidades.85
85 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 206
VIII.Contextos da Catequese
- A catequese junto às pessoas com
deficiência atinge todas as idades, em especial
os adultos, pois muitos deles, por diferentes
motivos, não tiveram a oportunidade de fazer a
experiência da fé na comunidade eclesial em
outras fases da vida, e agora manifestam esse
desejo.86
86 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 207
VIII.Contextos da Catequese
- É preciso perceber também quanto
essas pessoas podem ter a ensinar, com a sua
própria experiência e com o modo como lidam
com a sua situação. Com elas, como com os
catequizandos, há uma estrada de mão dupla
onde o catequista também aprende e se
enriquece.87
87 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 207
VIII.Contextos da Catequese
Essa catequese supõe uma
preparação específica dos catequistas, pois cada
necessidade diferente exige uma pedagogia
adequada. É bom contar com o apoio de
profissionais, como médicos, fonoaudiólogos,
professores, fisioterapeutas, psicólogos e
intérpretes em língua de sinais, sem que se
perca o objetivo da catequese. Nesse processo,
a família desempenha um papel importante
para o qual deve receber a devida ajuda.88
88 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 208
VIII.Contextos da Catequese
• Marginalizados e Excluídos: A Palavra
de Deus nos fala constantemente de órfãos, viúvas e
estrangeiros (cf. Ex 22,22; Dt 24,17; Sl 82,3; Is 1,17;
Tg 1,27). Através dessas figuras, ela nos lembra as
pessoas enfraquecidas e indefesas. Por elas Deus
tem um cuidado especial. A catequese irá ao
encontro dos marginalizados (pessoas prostituídas,
presos, soropositivos, toxico dependentes, sem-terra
e outros) e dos mais pobres, consciente de que o
bem que se faz aos irmãos mais pequeninos se faz a
Jesus (cf. Mt 25,31-46).89
89 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 209
VIII.Contextos da Catequese
- A catequese, à luz da Palavra de
Deus, compromete-se de maneira preferencial
pelos marginalizados e sofredores. Cabe à
catequese:90
→ levar os catequizandos ao estudo e
reflexão crítica sobre as causas e o processo de
empobrecimento;
→
incentivar
catequistas
e
catequizandos
para
a
comunhão,
a
solidariedade, a justiça e a paz;
90 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 210
VIII.Contextos da Catequese
→ encorajar nos catequizandos adultos
atitudes políticas favoráveis aos mais pobres;
→
incentivar
o
cooperativismo
(associações);
→ estar com os pobres e mais
necessitados, ajudando-os a crescer na fé e se
sentirem parte da comunidade cristã;
→ comunicar a força animadora do amor
de Deusa esses sofredores, inclusive através da
própria ternura com que os valoriza e acolhe.
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoas em situações canonicamente
irregulares: A catequese leve em conta também
as pessoas que vivem em situação familiar
canonicamente irregular. Partindo de sua
situação, podem-se abrir portas para o
engajamento, para a experiência de fé, para o
serviço na comunidade, ajudando-as a aceitar e
viver o amor em sua situação real. Na catequese
com essas pessoas, muito pode auxiliar a
pastoral familiar, no setor da segunda união.91
91 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 211
VIII.Contextos da Catequese
• Grupos diferenciados: Há pessoas que,
por sua profissão específica ou por sua situação
cultural, necessitam de um itinerário especial para
a catequese. É o caso de trabalhadores de turnos,
dos profissionais liberais, dos artistas, dos homens e
mulheres da ciência, dos grupos de poder político,
militar e econômico, da juventude universitária, dos
meios de comunicação social e dos migrantes (cf.
DGC 191), bem como os que habitam em ilhas e
lugares isolados.92
92 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 212
VIII.Contextos da Catequese
- Com esses grupos diferenciados, a
Igreja particular crie espaços de experiência de
fé, com propostas adequadas às inquietações e
possibilidades de cada grupo.
VIII.Contextos da Catequese
• Ambientes diversos (Catequese Rural e
A catequese leve em conta o
ambiente, pois este exerce influência sobre as
pessoas e estas sobre o ambiente. O ambiente
rural e o urbano exigem formas diferenciadas de
catequese. A catequese no mundo rural procure
refletir as necessidades que estão unidas à
pobreza e à miséria, aos medos e às
inseguranças.93
Urbana):
93 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 213
VIII.Contextos da Catequese
Também aproveitará os valores
típicos desse modo de vida, rico de experiências
de confiança, de vida, do sentido da
solidariedade, de fé em Deus e fidelidade às
tradições religiosas. Considerando tudo isso, a
catequese buscará despertar nos catequizandos
a consciência de seu valor, de seus direitos e
deveres de sua missão na construção de uma
sociedade mais participativa.94
-
94 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 213
VIII.Contextos da Catequese
A catequese no ambiente urbano
leva em conta uma ampla variedade de
situações, que vai desde o bem-estar à situação
de pobreza e marginalização. O ritmo de vida da
cidade, com seu próprio tipo de luta pela
sobrevivência, freqüentemente é estressante;
crescem situações de afastamento da Igreja,
desinteresse, anonimato e de solidão.95
-
95 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 214
VIII.Contextos da Catequese
O cristianismo nascente,
historicamente, desenvolveu-se nas grandes
cidades; hoje também o mundo urbano (com
seus conjuntos, condomínios, periferias e
favelas) merece atenção especial da Igreja, pois
a maioria da população concentra-se nas
cidades. Isso requer algo mais criativo, diferente
das nossas habituais rotinas pastorais, com
nova linguagem e uma dedicada disposição de ir
ao encontro desses interlocutores.96
-
96 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 214
VIII.Contextos da Catequese
2. A FAMÍLIA
39. Responsabilidades da Igreja e da
família
• O contexto atual, marcado por
mudanças culturais, perda de valores e crise de
paradigmas, atinge de maneira mais direta os
jovens, adolescentes e crianças. A Igreja os
prioriza como um importante desafio para o
presente e o futuro (cf. P 1166-1205; SD 30; AS
127d).97
97 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 187
VIII.Contextos da Catequese
• Durante muito tempo, a catequese se
limitou à infância, e mesmo assim no horizonte da
preparação imediata da Eucaristia, numa linha quase
exclusivamente doutrinária.98
• A consciência da missão dos pais e da
comunidade é ainda muito restrita, apesar de certo
esforço para uma visão mais ampla da catequese nas
primeiras idades. A missão principal dos pais e da
comunidade eclesial é criar ambiente e dar apoio
para que eles caminhem para a maturidade na fé
(cf. CR 131). 99
98 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 187
99 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 188
VIII.Contextos da Catequese
• Não se pode imaginar uma catequese
com jovens, adolescentes e crianças sem um
trabalho específico com os pais. “A catequese
familiar é de certo modo insubstituível, antes de
tudo, pelo ambiente positivo e acolhedor,
persuasivo pelo exemplo dos adultos e pela primeira
explícita sensibilização e prática da fé” (DGC 178).
Enquanto a família não for capaz de contribuir para
isso, o catequista e a comunidade têm uma tarefa
ainda mais delicada e urgente, a ser desenvolvida
com sensibilidade e carinho.100
100 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 188
VIII.Contextos da Catequese
• Além das celebrações catequéticas,
manhãs de espiritualidades, a Catequese
paroquial organize festas, faça visitas às famílias,
envie cartas, lembranças, bilhetes, enfim, lance
mão de tudo o que possa envolver os pais na
Catequese dos filhos. È imprescindível que os
pais participem dos trabalhos da Catequese,
juntamente com os catequistas.101
101 Cf. Objetivos e Diretrizes Diocesanas, 2003, n. 74
VIII.Contextos da Catequese
• A Catequese paroquial planeje, para
o ano todo, reuniões sistemáticas com os pais,
para refletir com eles e para orientá-los sobre a
caminhada Catequética de seus filhos. Além
disso, nessas reuniões sejam refletidos
catequeses de fé dos catequizandos juntamente
com seus pais, mediante sugestões dos
mesmos, podendo para isso contar com a
colaboração de outras pastorais. 102
102 Cf. Objetivos e Diretrizes Diocesanas, 2003, n. 75
VIII.Contextos da Catequese
• Conforme a realidade da família, o
catequista deverá orientá-la e encaminhá-la à
pastoral adequada.103
• Na proximidade do dia da Primeira
Eucaristia, é oportuno que se faça na
comunidade um momento mais forte de
espiritualidade com pais e catequizandos. Por
exemplo:
tríduo
eucarístico,
novena,
adoração.104
103 Cf. Objetivos e Diretrizes Diocesanas, 2003, n. 76
104 Cf. Objetivos e Diretrizes Diocesanas, 2003, n. 77
VIII.Contextos da Catequese
• Seja dada atenção especial às
famílias que tenham vida irregular no
Matrimônio. Por ocasião da Catequese dos
filhos, faça-se a santificação do Matrimônio dos
pais, quando isso for possível. 105
105 Cf. Objetivos e Diretrizes Diocesanas, 2003, n. 75
VIII.Contextos da Catequese
3. A COMUNIDADE
40. Toda a comunidade eclesial é catequética e
catequizadora. A Catequese se faz ao longo de toda a
caminhada da comunidade. Nela se aprofunda a
experiência do Deus Vivo, que caminha com seu povo e
o conduz à salvação.106
41. A Catequese, como ação prioritária, deve levar
o cristão a buscar uma formação progressiva e
permanente, pessoal, e comunitária, afim de uma
vivência comprometida e consciente na comunidade
cristã.107
106 Cf. Doc. CNBB, 26. Catequese Renovada, n. 310.
107 Cf. Projeto Diocesano de Evangelização, n. 27.
VIII.Contextos da Catequese
42. Suscitar a interação e a integração da
Catequese com outros agentes de pastorais nas
comunidades, afim de que a ação evangelizadora global
seja coerente, e o grupo de catequistas não fique
isolado, alheio à vida da comunidade eclesial. A unidade
deverá ser expressa pela mútua ajuda entre Catequese
e os grupos de ação pastoral, numa perene comunhão
de ideais, num espírito evangélico que transpareça a
ministerialidade da Igreja de Cristo, presente entre nós
e através de nós.108
108 Cf. Projeto Diocesano de Evangelização, n. 54.
VIII.Contextos da Catequese
43. Os tempos fortes da vivência eclesial e do ano
litúrgico como a Campanha da Fraternidade, Mês da
Bíblia, Novena de Natal, Semana Santa, Festa do
Padroeiro(a) e outros sejam de fato ocasiões para
intensificar a vivência catequética na comunidade.
44. "A Evangelização exige inculturação da fé e o
respeito pelos valores próprios de cada grupo humano.
Neste sentido, a religiosidade popular é um caminho
privilegiado de evangelização e nela os pobres
manifestam seu potencial evangelizador".109
109 Doc. CNBB, 61. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil, n. 27.
VIII.Contextos da Catequese
45. "O testemunho da comunhão eclesial tem
também uma dimensão missionária e evangelizadora,
como recorda a oração de Jesus: "Para que todos sejam
um... afim de que o mundo creia". (Jo 17,21). Ainda
antes, a evangelização se inicia quando um cristão ou
um grupo de cristãos manifesta através de sua
compreensão e acolhimento, em sua comunhão de vida
com os irmãos e em sua solidariedade com todos, a sua
fé e a sua esperança em algo que não vê.
VIII.Contextos da Catequese
46. Este testemunho é manifestado pela
comunidade cristã reunida para partilhar a sua fé,
celebrar o louvor do Senhor e viver a caridade; assim
aparecerá como lugar da adoração do verdadeiro Deus.
Até o incrédulo deve reconhecer: "Deus está realmente
no meio de vós!" (1 Cor 14,23-25)".
VIII.Contextos da Catequese
4. A PESSOA DO(A) CATEQUISTA
45. Formação do(a) Catequista Mistagogo(a):
• Temos necessidade urgente e constante de
novos catequistas, autênticos e renovados que
transmitam a fé muito mais pelo modo de ser e de viver,
que pelas palavras: alguém que, integrado na
comunidade, conhece bem sua história e suas
aspirações e sabe animar e coordenar a participação de
todos.110
110 Objetivos e Diretrizes Diocesanas 2003, nº 84
VIII.Contextos da Catequese
• Ao chamar Jesus de Rabi, Natanael o
reconhece como seu mestre e se declara disposto a
seguir seus ensinamentos. O entusiasmo de Natanael é
tão grande, que mesmo sendo um judeu, declara Jesus
como predileto d Deus, aquele que restaurará a
grandeza do povo e que implantará o regiri)' justo
prometido pêlos profetas.4 Jesus, no entanto, acalma o
entusiasme de Natanael, declarando que isso é pouco
diante da importância da sua missão messiânica. Assim
Jesus corrige uma concepção representada por
Natanael, de que o Messias seria exclusividade do
pequeno grupo de israelitas fiéis.111
111 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 25
VIII.Contextos da Catequese
• Aqui compreendemos algumas exigências
impostas para os iniciados. Seguindo a lógica professada
por Natanael e esclarecida por Jesus, o iniciado deve ter
profunda convicção que seu discipulado o impele a ser
missionário. Para que sua missão seja fecunda deve:
VIII.Contextos da Catequese
-
Primar por um relacionamento
franco e uma comunicação direta e positiva de
uns para com os outros;122
- Compreender a vida e a história pela
ótica do seguimento;
- Reler os acontecimentos e fatos da
vida em vista de uma transformação;
- Assumir a comunidade como ponto
de partida e de chegada de todo seu lazer.
112 Esquema desenvolvido pelo SCALA (Sociedade de Catequetas Latino-Americanas.
Formação Iniciática de Catequistas. Texto da Iv Assembléia. In. Revista de Catequese,
ano 31, nº 123, jul/set 2008, pág.68ss
VIII.Contextos da Catequese
• Desta forma destacamos alguns
pontos no processo da formação de catequistas
para uma catequese de Iniciação à Vida Cristã
que ajudarão compreender melhor a missão do
catequista mistagogo.113
- O Ser do(a) Catequista Mistagogo(a)
- O Conviver do(a) Catequista Mistagogo(a)
- O Saber do(a) Catequista Mistagogo(a)
113 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 26
VIII.Contextos da Catequese
• O Ser do(a) Catequista Mistagogo(a)
- A pessoa do catequista: o ser do
catequista é a base fundante de toda a
formação, inspirada no mistério da encarnação,
no qual Cristo assume nossa condição humana e
eleva-a à condição divina.
- A identidade do catequista: o
processo deve considerar as condições em que
vivem os catequistas e fazê-lo compreender-se
como pessoa.
VIII.Contextos da Catequese
•
O Ser do(a) Catequista
Mistagogo(a)
- "É alguém que se sentiu chamado
por Deus, fez a experiência de Jesus Cristo e se
tornou discípulo/a. É uma pessoa que
testemunha sua fé na comunidade cristã... esta
identidade vai se formando no grupo de
catequistas que assumem o ministério específico
dll iniciação na comunidade cristã".
VIII.Contextos da Catequese
• O Ser do(a) Catequista Mistagogo(a)
- A afetividade do catequista: a
formação deve ajudar o catequista ficar atento
as lacunas afetivas de sua vida, tornando-o
capaz de amar e ser amado. Buscar equilíbrio e
realização pessoal, tornar-se alegre no serviço
do Reino e capaz de acolher e contagiar.
VIII.Contextos da Catequese
• O Ser do(a) Catequista Mistagogo(a)
- O catequista e suas relações: sua
capacidade de relacionar-se deve convergir
sempre para a comunidade. A catequese é
projeto da Igreja e não pessoal, portanto, o
norte inspirador de sua luta pela unidade no
seu fazer eclesial.
VIII.Contextos da Catequese
• O Ser do(a) Catequista Mistagogo(a)
- Capacidade de discernimento: - os
momentos de avaliação (escrutínio) devem
ajudar o catequista a confrontar-se consigo
mesmo, descobrir suas fraquezas e lacunas e a
ajudá-lo a uma gradativa maturidade.
VIII.Contextos da Catequese
•
O Conviver do(a) Catequista
Mistagogo(a)114
→ A convivência se traduz em:
- Capaz de convivência e comunhão,
que presta atenção às pessoas, cultiva amizades
e alimenta relações positivas. "A delicadeza
diária, simples, também é um anúncio do amor
de Deus.
114 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 27
VIII.Contextos da Catequese
- Através da consideração do
sentimento das pessoas. A comunicação
autenticamente
evangélica
supõe
uma
experiência de vida na fé e de fé, capaz de
chegar ao coração daquele a quem catequiza"
(DNC 268)
VIII.Contextos da Catequese
- Estar inserido na comunidade eclesial,
pois é nela que se faz a experiência do
seguimento e do testemunho: "Nisto
conhecerão todos que sois os meus discípulos:
se vos amardes uns aos outros" (Jo 13,35).
VIII.Contextos da Catequese
- Formar comunidade seja no seu
grupo de catequistas, com os catequizandos,
suas famílias e em âmbito eclesial, com o povo
de Deus. Ainda mais hoje, diante do
individualismo, isso se torna um imperativo.
- Seguir o estilo de vida do Mestre,
que fez a opção pêlos últimos (pobres,
excluídos, marginalizados, minorias...).
VIII.Contextos da Catequese
- Assim sendo a formação de
catequistas deve passar de uma forma
académica, assentada em conteúdos, para uma
formação experiência!, comunitária, com os
conteúdos essenciais da fé, enraizados na
Palavra de Deus e Liturgia, com estreito vínculo
na oração e coerência moral e ética,
vislumbrando a fraternidade e a unidade
eelesial/comunitária.
VIII.Contextos da Catequese
•
O Saber do(a) Catequista
Mistagogo(a)115
→
No processo de formação
iniciática o catequista deve apropriar-se de
conteúdos que permitam conhecer seus
interlocutores, a realidade sócio-ambiental, a
mensagem a ser transmitida, bem como um
conhecimento das humanas e teológicas que o
possibilitem comunicar com maior propriedade
a mensagem.
115 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 28
VIII.Contextos da Catequese
→ Isto requer, não apenas o
conhecimento de teorias, mas também uma
aprendizagem pastoral e sapiencial ligada a
vida.
→ O saber deve exercitar o catequista
num aprendizado constante sobre a vida e seus
problemas, mantendo um olhar crítico sobre os
dramas da vida, tanto pessoal quanto familiar
ou social.
VIII.Contextos da Catequese
→ Isso o transforma num especialista
em humanidade, um comunicador de valores.
→ Como porta-voz da Igreja, deve ser
fiel a Tradição, ajudar seus catequizandos
superar e corrigir falsas imagens, ou
estereótipos que ao longo do se incrustaram em
sua maneira de perceber Deus ou Jesus Cristo
também da Igreja e sua história.
VIII.Contextos da Catequese
→ Este saber contempla o conhecimento:
- da mensagem cristã vivida na liturgia
por palavras, gestos, símbolos, sinais e ritos,
- bíblico, tanto da leitura orante quanto
da sua interpretação,
- das verdades da fé - Jesus Cristo visto à
partir do Mistério Pascal,
- da doutrina e documentos orientativos
da catequese,
VIII.Contextos da Catequese
- básico das ciências humanas,
- da realidade e visão crítica da
mesma,
- e visão dos problemas da ecologia e
do meio ambiente,
- da cultura, e
- coerência com a moral e a ética e a
dimensão social do fazer evangélico.
VIII.Contextos da Catequese
48.Perfil do(a) Catequista Mistagogo(a):
• O perfil do catequista é um ideal a ser
conquistado, olhando para Jesus, modelo de
Mestre, de servidor e de catequista. Sendo fiel a
esse modelo, é importante desenvolver as
diversas dimensões: ser, conviver, saber fazer
em comunidade (cf. DGC 238ss).116 Para isso o
catequista deve ser:
116 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 261
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa que ama viver e se sente
realizada: Assume seu chamado com entusiasmo e
como realização de sua vocação batismal.
Compromete sua vida em benefício de mais vida
para o seu próximo. “Ser catequista é assumir
corajosamente o Batismo e vivenciá-lo na
comunidade cristã. É mergulhar em Jesus e
proclamar o Reinado de Deus, convidando a uma
pertença filial à Igreja. O processo formativo
ajudará a amadurecer como pessoa, como cristão e
cristã e como apóstolo e apóstola” (cf. DGC 238).117
117 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 262
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa de maturidade humana e de
equilíbrio psicológico: “Com base numa inicial
maturidade humana, o exercício da catequese,
constantemente reconsiderado e avaliado,
possibilita o crescimento do catequista no
equilíbrio afetivo, no senso crítico, na unidade
interior, na capacidade de relações e de diálogo,
no espírito construtivo e no trabalho de grupo”
(DGC 239).118
118 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 263
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa de espiritualidade, que quer
crescer em santidade: O catequista coloca-se na
escola do Mestre e faz com Ele uma experiência
de vida e de fé. Alimenta-se das inspirações do
Espírito Santo para transmitir a mensagem com
coragem, entusiasmo e ardor. “Esta é a vida
eterna: que conheçam a ti, o Deus único e
verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que
enviaste” (Jo 17,3).119
119 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 264
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa que nutre-se: da Palavra, da
vida de oração, da Eucaristia e da devoção
mariana. Falará mais pelo exemplo do que pelas
palavras que profere (cf. CR 146). A verdadeira
formação alimenta a espiritualidade do próprio
catequista, de maneira que sua ação nasça do
testemunho de sua própria vida.120
120 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 264
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa que sabe ler a presença de
Deus nas atividades humanas: Descobre o rosto
de Deus nas pessoas, nos pobres, na
comunidade, no gesto de justiça e partilha e
nas realidades do mundo. “A fé, no seu
conjunto, deve enraizar-se na experiência
humana, sem permanecer na pessoa como algo
postiço ou isolado.121
121 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 265
VIII.Contextos da Catequese
• O conhecimento da fé é significativo,
ilumina a existência e dialoga com a cultura; na
liturgia, a vida pessoal é uma oferta espiritual; a
moral evangélica assume e eleva os valores
humanos; a oração é aberta aos problemas
pessoais e sociais” (DGC 87).
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa integrada no seu tempo e
identificada com sua gente: É aberta aos
problemas reais e com sensibilidade cultural,
social e política. Cada catequista assumirá
melhor sua missão à medida que conhecer e for
sensível à defesa da vida e às lutas do povo.
“Olha o mundo com os mesmos olhos com que
Jesus contemplava a sociedade de seu tempo”
(DGC 16).122
122 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 266
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa que busca, constantemente,
cultivar sua formação: Assumir a missão
catequética é cuidar com esmero de sua
autoformação. Somos pessoas em processo de
crescimento e de aprendizado, desde a infância
até a velhice. As ciências teológicas, humanas e
pedagógicas estão sempre em evolução e
progresso. Daí a necessidade de uma formação
permanente, assumida com responsabilidade e
com perseverança.123
123 Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 267
VIII.Contextos da Catequese
• A catequese, em qualquer ambiente,
“precisa de pessoas que buscam preparação e
estejam dispostas a aprender sempre mais, para
dar um testemunho convincente de fé. Não
basta boa vontade, é preciso uma atualização
dinâmica [...]. Requer, também, uma grande
intimidade com a Palavra de Deus, com a
doutrina e a reflexão da Igreja [...]” (CMM 38f).
VIII.Contextos da Catequese
• Pessoa de comunicação, capaz de
construir comunhão: O catequista cultiva
amizades, presta atenção nas pessoas, está atento
a
pequenos
gestos
que
alimentam
relacionamentos positivos. A delicadeza diária,
simples, também é um anúncio do amor de Deus,
através da consideração dos sentimentos das
pessoas. “A comunicação autenticamente
evangélica supõe uma experiência de vida na fé e
de fé, capaz de chegar ao coração daquele a
quem se catequiza” (CR 147).124
124Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 268
VIII.Contextos da Catequese
49.
Compromisso
do(a)
Catequista
Mistagogo(a): 125
• Comunicar a Palavra de Deus com o
testemunho (experiência de fé e vida).
• Dedicar-se, de modo específico, ao
serviço da Palavra.
• Anunciar a Palavra e denunciar o que
impede o homem de ser ele mesmo e de viver
sua vocação de filho de Deus.
125 Objetivos e Diretrizes Diocesanas 2003, n. 87
VIII.Contextos da Catequese
• Participar ativamente dos eventos
paroquiais: reuniões, formações, manhãs de
espiritualidade, retiros de Catequistas (núcleo
paroquial, Região Pastoral e Diocese);
• Leitura assídua de livros, revistas e
boletins.
• Leitura Orante da Bíblia;
• Elaborar antecipadamente, em equipe,
os encontros catequéticos e encontros para as
famílias dos catequizandos (pensar em gestos
concretos com os catequizandos nas famílias).
VIII.Contextos da Catequese
50.
Espiritualidade
do(a)
Catequista
Mistagogo(a): 126
• A espiritualidade do ser humano é o
conjunto de tudo o que ele é. "O espírito de
uma pessoa é o profundo e dinâmico de seu
próprio ser, suas motivações maiores e últimas,
seu ideal, sua utopia, sua paixão, a mística pela
qual vive e luta e com a qual contagia".127
126 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 30
127 CASALDÁLIGA, Pedro, Nossa Espiritualidade, São Paulo, Paulus, 1998. pág. 8
VIII.Contextos da Catequese
• A espiritualidade torna o ser humano
capaz de Deus, parceiro que dialoga em condições de reciprocidade. "Deus e a pessoa são
como cúmplices. Compromete e envolve todo
seu ser: atitudes, comportamentos, relações e
identidade. É cultivada pela escuta da Palavra,
abertura para a Igreja e atitude pedagógica".128
128 SILVA, Sérgio, A Missão do Catequista. São Paulo: Paulinas, 207, p. 69-70
Col. Pedagogia da Fé
VIII.Contextos da Catequese
•
O discipulado do catequista,
originado no batismo, o habilita a se colocar na
escola do Mestre, capacitando-o como portavoz (CT 6), selando uma profunda comunhão
(CT 9), inspirado pelo Espírito Santo, deixa-se
guiar por Ele (CT 72), é alegre na missão (CT 56),
entusiasmado e corajoso (CT 62), vive uma
intimidade com a Trindade, e participa da
plenitude do seu amor.
VIII.Contextos da Catequese
• Destacamos
a
seguir
algumas
dimensões que devem ser consideradas na vivência
de uma espiritualidade autêntica.
→ O catequista deve ser um protagonista
da fé, da esperança e do amor na sua comunidade.
Como chamado e enviado encarna a grande missão
de servir a comunidade a que pertence. É através
de uma consciência comunitária e eclesial que vai
capacitando outros para a construção do Reino de
Deus. O testemunho de seguimento se dá na
corresponsabilidade comunitária.129
129 Subsídio do VII Sulão de Catequese: Mistagogia – Novo Caminho
Formativo de Catequistas, pág. 30
VIII.Contextos da Catequese
→ O reconhecer-se membro de uma
comunidade desperta a necessidade de rezar,
pois, a oração, se torna uma necessidade e
capacita o catequista para:
- entender-se como pessoa humana
em relacionamento com Deus;
- entender a realidade que o rodeia,
a diversidade, as diferenças e os dons;
VIII.Contextos da Catequese
- compreender sua condição laical e
seu papel na Igreja, na família e no trabalho;
- transformar o cotidiano em espaço
para encontrar-se COM DEUS.
→ O cultivo de uma espiritualidade
autêntica capacita o catequista reconhecer que sua
catequese não é uma mera doutrina, nem mesmo
um passar de conhecimentos, mas um testemunho
de força transformadora que brota do amor
trinitário que se torna efetivo na vida dos
interlocutores pelo poder do Espírito Santo.
VIII.Contextos da Catequese
5. A PESSOA DA LIDERANÇA
51. Toda paróquia terá uma comissão paroquial
para Animação Bíblico-Catequética, sob a orientação
pastoral do pároco. Ela envolverá membros das
comunidades e catequistas dos vários contextos de
catequese. São tarefas dessa equipe:130
• estar integrada e presente no Conselho
Pastoral da Paróquia ou da comunidade;
• articular com todos os catequistas os
projetos e programas assumidos em conjunto;
• estar em sintonia e integrada com a
programação paroquial;
130 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 325.
VIII.Contextos da Catequese
• assumir as propostas da catequese em
nível diocesano e as orientações aprovadas pela
diocese;
• organizar equipes nos vários contextos de
catequese (Infantil, Crisma, Adultos, Diversidade);
• promover reuniões periódicas para
programar e avaliar; dar nova condução a trabalhos sem
eficiência, corrigindo as falhas;
• assegurar formação adequada e
permanente dos catequistas, em nível local,
sistematizando jornadas, semanas e escolas paroquiais
catequéticas;
VIII.Contextos da Catequese
• sistematizar uma catequese permanente
com os pais e promover ações referentes à formação
com adultos;
• suscitar a troca de experiências entre as
comunidades paroquiais.
VIII.Contextos da Catequese
5.1. LIDERANÇA
52. É missão do coordenador paroquial da
Comissão para Animação Bíblico-Catequética:131
• coordenar os representantes dos Contextos de
Catequeses na paróquia (Infantil, Crismal, Adultos,
Diversidade, Iniciação à Vida Cristã);
• orientar, animar e coordenar, em comunhão com
o pároco, a catequese paroquial nos diversos contextos de
catequese;
• elaborar em conjunto o planejamento paroquial,
levando em conta: necessidades locais, objetivos, princípios
orientadores, projetos, cronograma, responsabilidades e os
dados de um processo periódico de avaliação;
131 Cf. Doc. CNBB, 84. Diretório Nacional de Catequese, n. 326.
VIII.Contextos da Catequese
• facilitar a utilização de instrumentos e
recursos para o bom andamento da catequese;
• representar a paróquia nas instâncias
diocesanas;
• integrar a catequese com as demais
pastorais;
• preocupar-se com a formação sistemática e
permanente dos catequistas em todos os níveis;
• despertar entre os catequistas a
espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, inspirada
na Palavra de Deus e celebrada na liturgia;
VIII.Contextos da Catequese
• desenvolver qualidades necessárias para
um bom trabalho em equipe: capacidade de escuta e
diálogo, valorização do grupo, crescimento
na
consciência crítica, espírito de participação, firmeza no
compromisso, solidariedade nas dificuldades, nas
alegrias e espírito organizativo.
VIII.Contextos da Catequese
5.2. Equipes de Catequese
• Equipe Alicerce: A Equipe Diocesana do
Projeto Alicerce é composta por um grupo de pessoas
com objetivo de refletir sobre os contextos de
catequese, indicadas pela Comissão para Animação
Bíblico-Catequética:
- Coordenação Animação-Bíblico-Catequética;
- Representante da Catequese Infantil;
- Representante da Catequese Crismal;
- Representante da Catequese com Adultos;
- Representante da Catequese Diversidade;
- Representante da Catequese de Iniciação à Vida Cristã
- Representante do Setor Juventude;
- Representante da Vocacional;
- Técnico da Área da Pedagogia/Psicopedagogia
- Técnico da Area da Psicologia.
VIII.Contextos da Catequese
- Catequese Infantil – Etapa 1:
07/08 a 10 anos (Crianças);
- Catequese Crismal – Etapa 2:
11 e 12 anos (Adolescentes);
13 a 17 anos (Jovens)
- Perseverança Crismal ou Catequeses de Fé:
12 a 17 anos (Adolescentes e Jovens);
- Iniciação à Vida Cristã
(Batismo/Eucaristia/Crisma):
10 a 12 anos (Adolescentes);
13 a 17 anos (Jovens)
18 anos (Adultos)
- Catequese Diversidade: Todas as idades.
VIII.Contextos da Catequese
•
Equipe de Formação132:
A Equipe
Diocesana de Formação Catequética tem como objetivo
formar e capacitar os coordenadores e catequistas para
que assumam o compromisso de animar e evangelizar
dentro de cada realidade, com novo ardor, novos
métodos e novas expressões que exige a Catequese
Renovada. "A primeira tarefa da Igreja, anterior a
qualquer outra, é a formação do Povo de Deus e a
construção da própria unidade".133 Seu objetivo
específico é organizar e assessorar cursos e encontros
visando à formação teológica, mística, doutrinal e
prática pastoral dos coordenadores e catequistas.
132 Objetivos e Diretrizes Diocesanas 2003, n. 93-94.
133 Doc CNBB, 40. Igreja: Comunhão e Missão na Evangelização dos Povos, n. 44
VIII.Contextos da Catequese
→ A Equipe Diocesana de Formação
Catequética deverá contar com os catequistas dedicados
ao estudo, que se aprofundem na reflexão sobre a
Catequese. A formação será especializada, havendo,
ainda, o compromisso do contato permanente com os
catequistas.
VIII.Contextos da Catequese
5.3. Escola Catequética
• Será realizada no Seminário Diocesano
Santa Teresinha do Menino Jesus, com o nome Escola
Irmã Maria Desidéria, com duração de dois anos, com
estudos teológicos bíblico-catequéticos.
134 Objetivos e Diretrizes Diocesanas 2003, n. 95-96
135 Estudos da CNBB, 26. Catequese Renovada, n. 128
VIII.Contextos da Catequese
5.4. Meios de Comunicação Social:134
• A participação da Comissão para Animação
Bíblico-Catéquética nos Meios de Comunicação Social:
"Também é desejável maior presença nos meios de
comunicação social de massa, com vista à informação
religiosa e mesmo, quando oportuno, visando a formas
de Catequese em sentido lato".135 A participação da
Catequese Diocesana nos Meios de Comunicação Social
visa:
134 Objetivos e Diretrizes Diocesanas 2003, n. 95-96
135 Estudos da CNBB, 26. Catequese Renovada, n. 128
VIII.Contextos da Catequese
→ proporcionar oportunidade de atualização e
formação do catequista (educação permanente da fé);
→ propõe se também a ser meio de informação e
aprofundamento, levando, numa linguagem acessível, às
metas e significados da metodologia da Catequese Renovada.
→ A partir dos Meios de Comunicação Social fica
mais fácil evangelizar na modernidade, promovendo e
incentivando a participação e inserção das famílias e da
comunidade no processo de Catequese Renovada. Jornais,
rádios, tvs, internet, boletins e informativos paroquiais, entre
outros, são meios de comunicação pêlos quais a Catequese
deve-se fazer sempre mais presente.
BIBLIOGRAFIA
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01-Objetivos-Diretri.. - Animação Bíblico