Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA Curso de Biomedicina – T01 Disciplina: Informática Aplicada em Ciências Biológicas Professora: Ma.Liliane Luz Acadêmico: Natanael Calixto Roberto TIPAGEM SANGUÍNEA Índice • Introdução • História • Bioquímica do Sangue • Tipagem Sanguínea • Referências Bibliográficas Introdução A tipagem sanguínea é uma importante técnica usada para categorizar o tipo sanguíneo das pessoas, com o propósito de evitar fatalidades oriundas de transfusões sanguíneas feitas de maneira errada. Mesmo havendo várias formas de categorização sanguínea, os principais tipos sanguíneos são agrupados em dois grupos: -Sistema ABO -Sistema Rh História • • • • • • • • • Século XVII: Dr. Richard Lower faz os primeiros experimentos de transfusão sanguínea em animais de espécies diferentes (heterólogas). 1667: primeira transfusão feita em um ser humano, usando sangue de carneiro. Foi fatal. Século XVIII: Transfusões homólogas (em animais da mesma espécie) feitas com sucesso. 1818: James Blundell realiza com sucesso transfusões de sangue para mulheres com hemorragias pós-parto. Século XIX: Transfusão braço-a-braço, realizada diretamente transfundindo o sangue do doador no receptor. 1900: Descoberta do Sistema ABO pelo imunologista austríaco Karl Landsteiner, ao realizar experiências com o soro de algumas pessoas com o sangue de outras, constatando a coagulação de alguns, mas não de outros. 1932-1936: Criação dos primeiros bancos de sangue, em Leningrado-RU e Barcelona-ES 1940: Descoberta do Sistema Rh, nome esse proveniente de Rhesus, o gênero de macacos usados para tais experimentos. Atualidade: Pesquisas feitas para desenvolver sangue artificial e outros métodos de primeiros socorros para casos de hipovolemia sanguínea. Bioquímica do Sangue Em nossos eritrócitos, as células vermelhas do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio, podemos encontrar um tipo especial de proteínas, chamadas Aglutinogênios, em suas membranas, que servem como uma “impressão digital” na célula para a mesma ser reconhecida pelo organismo. Os principais tipos de aglutinogênios são o Aglutinogênio-A e Aglutinogênio-B. O sistema ABO categoriza as hemácias quanto à presença destas proteínas. -Se a pessoa possuir apenas Aglutinogênio-A em suas hemácias, seu sangue será tipo A. -Se possuir apenas Aglutinogênio-B, seu sangue será tipo B. -Se possuir os dois, seu sangue será tipo AB. -Caso não possua nenhum dos dois, seu sangue será tipo O. Continuação Já no plasma, possuímos anticorpos que reconhecem determinado aglutinogênio como sendo um corpo estranho. -Pessoas de sangue A possuem anticorpos Anti-B. -Pessoas de sangue B possuem anticorpos Anti-A. -Pessoas de sangue AB não possuem nenhum dos dois anticorpos. -Pessoas de sangue O possuem anticorpos Anti-A e Anti-B. Figura 1 – Esquematização didática da relação entre antigeno-anticorpo no sistema ABO. Fonte: Desconhecido. Continuação Quanto ao sistema Rh, o sangue pode ser dividido em dois tipos: Rh + (positivo) e Rh – (negativo). O sistema Rh se dá quanto à presença de uma proteína no plasma (parte líquida) sanguíneo, chamada Fator Rhesus, ou simplesmente Fator Rh. Pessoas de Rh + possuem a proteína Rhesus em seu plasma. Pessoas de Rh – não possuem a proteína Rhesus, mas possuem um anticorpo chamado Anti-D, ou Anti-Rh, que ataca a proteína Rh, pois a considera um ser invasor. Tipagem Sanguínea O método didático da tipagem sanguínea possui apenas 80% de precisão, devido a vários fatores que podem atrapalhar sua interpretação, sendo o maior destes o sangue “falso O”. Primeiramente, o soro de vários sangues diferentes é isolado, purificando-se os seus anticorpos, em três principais: Anti-A, Anti-B e Anti-D. Esses soros com anticorpos devem ser mantidos refrigerados. Após a higienização do dedo anelar da mão inábil com etanol a 70%, faz-se a punção lombar com lanceta descartável, aplicando-se 3 gotas de sangue em lâmina de microscopia. Aplica-se uma gota de cada um dos respectivos reagentes, Anti-A, Anti-B e Anti-D, em cada uma das três gotas. Com um palito de dentes partido ao meio, realiza-se a homogeneização de cada um dos reagentes com sua respectiva gota de sangue, sem usar a mesma ponta em duas gotas diferentes. Após alguns segundos, poderá ser feita a observação dos resultados: Continuação • Caso haja coagulação com o soro Anti-D, o sangue é Rh +. Caso não haja, o sangue é Rh -. • Caso haja coagulação apenas com o soro Anti-A, o sangue é tipo A. Caso haja apenas no soro Anti-B, o sangue é tipo B. Caso haja coagulação nas duas gotas, o sangue é tipo AB. Caso não haja coagulação em nenhuma das duas, o sangue é tipo O. Esse método é extremamente importante, pois é preciso saber o tipo sanguíneo da pessoa, tanto para a doação , tanto para a possível necessidade de transfusão sanguínea. Referências Bibliográficas • Site http://www.institutohoc.com.br/historia/historiadatransfusaodes angue acessado em 30/09/14