PSICOLOGIA DO DESENVOVIMENTO A 3 AN0S
• A Psicologia do Desenvolvimento é um campo da psicologia
que descreve as funções psicológicas do ser humano, em
especial da criança, como por exemplo: suas reações
intelectuais, sociais e emocionais em diferentes idades,
buscando descobrir como tais funções mudam com a idade.
•
• Objetivos: descobrir quando e como cada tipo de
comportamento vai aparecendo, o que tornam todos os
membros da espécie similares e o que nos individualiza e nos
torna diferentes uns dos outros
As principais áreas do
desenvolvimento
• cognitivo: mudanças nos processos de pensamento, memória e
capacidades para a linguagem, etc. Se compreendermos como o
desenvolvimento cognitivo se processa, pode-se evitar duas
questões: ensinar a criança antes que ela esteja pronta para
aprender e perder uma oportunidade preciosa por ensiná-la muito
tempo após o momento adequado.
• motor ou físico: mudanças na altura e peso, aquisição de
habilidades motoras, etc.
• perceptivo: mudanças na visão e na audição, etc.
• linguagem
• moral
• psicossexual
• comportameto sociale personalidade alterações no autoconceito,
identidade de gênero e relacionamentos interpessoais, etc.
• emocional
HEREDITARIEDADE E MEIO
AMBIENTE
• John Locke, no século XVII, acreditava que a mente de um
bebê recém-nascido era uma tábula rasa, uma “pedra lisa”,
uma “folha em branco”, ou seja, o que é escrito nesta pedra é
o que o bebê experiencia.
•
Charles Darwin (1859), que salienta a base biológica do
desenvolvimento humano, a perspectiva hereditária voltou a
ficar em voga.
• século XX, com o apogeu do behaviorismo, a posição
ambientalista novamente ganhou proeminência.
• Atualmente, a maioria dos psicólogos concordam não apenas
que tanto a natureza quanto a criação (ambiente) exercem
papéis importantes, mas que interagem continuamente para
orientar o desenvolvimento. Assim, o que faz uma pessoa ser
aquilo que é resulta da combinação dos fatores herdados e do
seu meio ambiente.
• No momento da concepção, as características pessoais já são
determinadas pela estrutura genética do óvulo fertilizado. Os
determinantes genéticos são expressados no desenvolvimento
por meio do processo de maturação.
• Nota -Maturação são sequências determinadas de forma
inata,(Inato é alguma habilidade que nasceu com a pessoa)de
crescimento e mudança, que são relativamente
independentes dos eventos ambientais
• Chamamos hereditariedade a transmissão biológica das
características dos pais aos filhos. Cada ser humano resulta de
um ovo inicial que contém um conjunto de genes fornecidos,
em partes iguais, por ambos os genitores. Somos, portanto,
constituídos por um conjunto de traços que vêm de uma
cadeia de nossos antepassados.
• Fatores relacionados com a aparência física são geralmente
considerados herdados a não ser que haja trauma cefálico ou
doença, o intelecto e a altura são determinados
biologicamente.
• Nota a genética é uma área da biologia responsável pelo
estudo do material hereditário, incluindo aí sua
transmissão ao longo das gerações
• hereditariedade se expressa a partir do conjunto de
todas as características contidas no núcleo das células
gaméticas, fusionado durante a fecundação.
Características ambientais:
Ao nascer, o ser humano já ingressa num meio ambiente social
(família) e físico (clima, alimentação, condições geográficas, etc).
INFLUÊENCIAS DO MEIO AMBIENTE
• O meio ambiente abrange muitas
influências, inclusive fatores
determinantes para a formação
do nosso repertório de
comportamentos (personalidade),
são adquiridos antes do
nascimento.
INFLUÊENCIAS DO MEIO
AMBIENTE
• O meio químico pré-natal: drogas, nutrição e hormônios
• O meio químico pós-natal: oxigênio e nutrição
• As experiências sensoriais constantes: os eventos processados
pelos sentidos inevitáveis a qualquer indivíduo como sons de
vozes humanas, contato físico com as pessoas, etc. Todos
passam por essas experiências.
• As experiências sensoriais variáveis: eventos processados
pelos sentidos e que diferem de um animal para outro da
mesma espécie, dependendo das circunstâncias particulares
de cada indivíduo. Nem todos passam por essas experiências.
Ex: todos ouvem a língua portuguesa, mas o significado que
cada pessoa dá a alguma palavra depende do contexto e de
como aprendeu a dar significado para aquela palavra
• Atualmente é mais sábio analisar que tanto a hereditariedade
quanto o meio ambiente são essenciais para a formação de
comportamentos do que a discussão a respeito se a
hereditariedade ou o meio é mais significativo na formação da
pessoa.
•
A hereditariedade e o meio interagem continuamente,
influenciando o desenvolvimento. A hereditariedade
programa as potencialidades humanas, o meio faz essas
potencialidades se desenvolverem ou não, para mais ou para
menos.
• Por outro lado, por vezes, o meio ambiente estimula a pessoa
para desenvolver algum comportamento, mas o organismo
não está “pronto” ex: a mãe quer estimular o filho a andar,
mas seus membros não estão ainda prontos para tanto. O que
acontece? A criança pode ficar com as “pernas de alicate”
(arqueadas).
CRIANÇA – UM ADULTO EM MINITURA
• Até o século XVII, filósofos e educadores consideravam a
criança um ser igual ao adulto, apenas menor que ele. A
criança era tida como um adulto em miniatura, um
homúnculo, de quem se esperavam comportamentos,
interesses e capacidade semelhantes aos do adulto.
• Hoje, a criança é considerada, não como simples redução do
adulto, mas como um ser que apresenta, em cada fase de sua
evolução, caracteres próprios e reações específicas que lhe
dão uma fisionomia psicológica particular
EVOLUÇÃO DO SER HUMANO
• Período pré-natal Na vida intra-uterina, o feto responde muito a
mudanças químicas e emocionais, como a ansiedade e alimentação
da mãe. O feto responde (respostas involuntárias), mas as
contingências não são aprendidas.
• Período do recém-nascidoOs bebês apresentam muitos reflexos ou
reações não aprendidas: espirro, tosse, sucção, movimentos de
cabeça, olhos, mãos, pés, etc.
• Primeira infância Começa com a queda do coto umbilical (mais ou
menos no 8º dia) e termina quando a criança aprende a falar e a
andar
CAPACIDADES SENSORIAIS DO BEBÊ
• Segundo STONE & CHURCH (1969), todos os organismos, está
equipada para sobreviver, crescer e funcionar. É importante
ver, entretanto, que estes realizam estas passagens em um
contexto ambiental do qual nunca pode ser inteiramente
separada.
•
Um organismo mantém sempre uma comunhão básica com o
meio que o cerca e sem este meio ele deixaria de existir como
organismo. O ambiente é importante tanto biológica como
psicologicamente.
Capacidades Sensórias Iniciais
• O cérebro em desenvolvimento permite que os recémnascidos entendam bastante bem o que tocam, enxergam,
cheiram,
• degustam e ouvem; seus sentidos desenvolvem-se
rapidamente nos primeiros
• meses de vida.
Tato e Dor
• O tato parece ser o primeiro sentido a se desenvolver e,
durante os primeiros meses
• de vida, é o sistema sensório mais maduro
• Olfato e Paladar
• Os sentidos do olfato e paladar também começam a
desenvolver-se no útero (ver Capítulo
• Os sabores e os aromas dos alimentos que a gestante
consome podem ser transmitidos
• para o feto através do líquido amniótico. Depois do
nascimento, uma transmissão
• semelhante ocorre pelo leite materno (Mennela e
Beauchamp, 199
• Audição
• A audição também está em funcionamento antes do
nascimento; os fetos respondem
• AoS sons e parecem aprender a reconhecê-los
• Visão
• A visão é o sentido menos desenvolvido no nascimento. Os
olhos de recém-nascidos
• são menores do que os dos adultos, as estruturas retinianas
estão incompletas, e o nervo
• ótico não está totalmente desenvolvido.
Desenvolvimento Motor
• Os bebês não precisam aprender habilidades motoras básicas
como agarrar, engatinhar e andar. Eles só precisam de espaço
para se movimentar e liberdade para ver o que podem
fazer. Quando o sistema nervoso central, os músculos e os ossos
estão preparados
e o ambiente oferece as devidas oportunidades de exploração e
prática, os bebês surpreendem
os adultos a seu redor com suas novas capacidades
Marcos do Desenvolvimento
Motor
O desenvolvimento motor é caracterizado por uma série de
"marcos": capacidades que a criança adquire antes de avançar
para outras, mais difíceis. Esses marcos não
são realizações isoladas; eles se desenvolvem sistematicamente,
e cada capacidade adquirida prepara o bebê para lidar com a
seguinte. Os bebês primeiramente adquirem habilidades simples
e depois as combinam em sistemas de ação cada vez mais
complexos, os quais permitem uma gama mais ampla ou mais
precisa de movimentos e um controle mais eficiente do
ambiente.
Marcos do Desenvolvimento
Motor
• Controle da Cabeça Ao nascer, a maioria dos bebês é capaz de
virar a cabeça de
um lado para o outro enquanto estão deitados de costas.
• Controle da Mão Os neonatos nascem com o reflexo de
preensão. Ao acariciarmos a palma da mão de um bebê, sua
mão fecha-se com força. Aproximadamente
aos 3 meses e meio, a maioria dos bebês consegue pegar um
objeto de tamanho moderado, como um chocalho, mas tem
dificuldade para segurar um objeto pequeno.
• Locomoção Depois dos 3 meses de idade, o bebê mediano
começa a revirar-se deliberadamente (e não acidentalmente,
como antes) - primeiro de bruços para ficar de
costas e depois de costas para ficar de bruços. Um bebê mediano
pode ficar sentado sem apoio aos 6 meses e consegue sentar-se
sozinho cerca de 2 meses e meio depois.
• Influências Culturais sobre o Desenvolvimento Motor
• Embora o desenvolvimento motor siga uma sequência quase
universal, seu ritmo parece
depender de certos fatores contextuais. Quando as crianças são bem
alimentadas e bem cuidadas e têm liberdade física e oportunidade de
explorar seu ambiente, seu desenvolvimento motor tende a ser
normal.
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