Episódio de Inês de Castro
Episódio de Inês de Castro
 Tipo de episódio: Lírico
 Canto: III
 Plano: História de Portugal
 Narrador: Vasco da Gama (omnisciente e subjectivo)
Episódio de Inês de Castro
Antes ainda de se centrar em Inês, o narrador
começa por chamar a nossa atenção, na estrofe 119,
para o cruel amor, que considera como principal
culpado da morte de Inês. O amor é descrito como
feroz e tirano, desejoso de sangue humano
Episódio de Inês de Castro
 Na estrofe 120, o narrador centra a sua atenção em
Inês, que descreve como uma jovem linda e alegre que
passeava despreocupadamente pelos campos do
Mondego (Coimbra) onde costumava encontrar-se
com o príncipe D. Pedro.
Episódio de Inês de Castro
 Alertado pelo murmurar do povo que não via com bons
olhos a recusa de D. Pedro em casar-se, o rei, D. Afonso
IV, acaba por, contra a sua vontade, ordenar a morte de
Inês. O rei é claramente desculpabilizado por Camões
que atribui culpas ora ao amor, ora ao destino, ora ao
povo.
Episódio de Inês de Castro
 Entre as estrofes 126 e 129, Inês desenvolve o seu
discurso, suplicando ao rei para que lhe poupe a vida e
argumenta relembrando-o de que até os animais mais
ferozes têm sentimentos e de que ela, como inocente
(pois o seu único crime foi o amor), merece pelo
menos a oportunidade de criar os seus filhos, ainda
que fosse condenada a um desterro em terras
longínquas apenas habitadas por animais selvagens.
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 O rei comove-se com as palavras de Inês, mas o seu
destino estava traçado e o rei acaba por seguir a
vontade cruel do povo.
Episódio de Inês de Castro
 Na estrofe 132, assistimos à morte de Inês levada a cabo
pelos carrascos que a matam sem piedade com as suas
espadas. A Natureza, outrora amiga e confidente de
Inês, chora a sua morte. As lágrimas das ninfas do
Mondego transformam-se na bela fonte que ainda hoje
podemos visitar na Quinta das Lágrimas em Coimbra a fonte dos amores.
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
Argumentos de Inês:
a) Oposição entre a crueldade dos homens e
piedade dos animais selvagens pelas crianças (126);
b) Não é humano matar uma donzela inocente
(127);
c) Invocação da sua fraqueza da sua inocência e da
orfandade dos seus filhos (127);
d) Pedido de clemência (128);
e) Sugestão de exílio na Cítia ou na Líbia ou entre
os leões e tigres (129);
Episódio de Inês de Castro
 Evolução psicológica de D. Afonso IV:
1º Determina matar Inês, por causa do murmurar do
povo e do filho que não se queria casar com outra (122-123);
2º Fica com piedade, porque viu Inês com as crianças
(124);
3º O Rei é persuadido pelo povo com falsas e ferozes
razões (124);
4º Queria perdoar-lhe por causa do seu discurso (130);
5º O povo convence o Rei a matá-la, porque assim estava
destinado (130);
Episódio de Inês de Castro
 Características da tragédia clássica presentes no episodio
de Inês:
a) Personagens de alta estirpe social – “Depois de ser morta
foi rainha”
b) Presença de sentimentos de piedade e horror:
“Já movido a piedade”;“horríficos algozes”;“ brutos
matadores”;”férvidos e irosos”; "olhos piedosos”.
c) Presença do destino que castiga personagens inocentes: “Que a fortuna não deixa durar muito…”;”E o seu destino (que
desta sorte o quis)”
d) Existência de um ponto culminante
Decisão de matar e morte de Inês (130-132)
Comentários do narrador: “contra uma dama, ó peitos
carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros?”
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Ines castro