“Cidades: expressão máxima do espaço artificial criado pelo próprio ser humano.” Profª Francine – 8ºs Anos 2011 Ser humano = SER SOCIAL Cidades: expressão máxima do espaço artificial criado pelo próprio ser humano. Relações (escolas, ambientes de trabalho, shoppings, festas...) Primeiras Cidades: período neolítico (3500 A.C.), fatores que impulsionaram datam do paleolítico (ser humano começa a se relacionar com maior estabilidade). Classificação das cidades: 1. Ser humano antes da cidade Cidade Natural (ou Espontânea) aumento progressivo de população e atividades econômicas, sem planos ou projetos; 2. Ser humano chega junto ao surgimento da cidade, construindo-a Cidade Planejada (Marcha do Café); 3. Ser humano depois da cidade Cidade Artificial ocupação apenas depois da cidade pronta Brasília. Fatores da Urbanização: Revolução Industrial e II Guerra Mundial Europa e EUA países subdesenvolvidos Urbanização Brasileira Recente após a década de 1940; até anos 1940: população rural era de 70%; anos 1960: igualam-se população rural e urbana; após 1960: população urbana ultrapassa a rural. Atualmente: população urbana é superior a 70%. Urbanização: fenômeno de crescimento populacional urbano em porcentagem superior ao crescimento populacional do país além do crescimento próprio da cidade, esta recebe população vinda da área rural. As megacidades são áreas urbanas com mais de 10 milhões de habitantes. Cidades Globais são aquelas que concentram perícia e conhecimento em serviços ligados a globalização, independente do tamanho de sua população. Para avaliar se uma cidade é global, considera-se: o número de escritórios das principais empresas (em contabilidade, publicidade e bancos e consultorias) a sua rede financeira/bancária, de telecomunicações etc. Megacidades diferem das cidades globais porque não concentram poder ( que é o que caracteriza as cidades globais). Ao contrário, a maioria das megacidades concentram pobreza e problemas. Com renda pequena essas cidades arrecadam pouco em impostos, investem pouco em infraestrutura e saneamento; aumentando os problemas ambientais e as questões sociais, principalmente saúde, educação e segurança. Os índices de violência tendem a ser crescentes. Algumas cidades são megacidades e cidades globais, simultaneamente. Nova York, por exemplo, uma das três principais cidades globais na atualidade tem uma renda per capita de 12mil e 420 dólares. São Paulo também é uma cidade global e uma megacidade. Segundo a ONU, as megacidades vão mudar de endereço. Em 2002 elas totalizavam 18 cidades e em 2025 serão 25. Elas são sede de poder e por meio delas que a economia global é administrada, coordenada e planejada. Elas formam uma rede onde transitam os trilhões que alimentam os mercados financeiros internacionais. Elas formam também uma teia que dissemina serviços especializados para a indústria e para o comércio, concentram as estruturas de comando das 47 mil empresas transnacionais atualmente existentes. São Paulo Megacidade e cidade global,simultaneamente Estudos recentes registram 55 cidades globais no mundo. O tamanho tem um pouco a ver com o nível de desenvolvimento da cidade. Zurique, na Suíça, é uma cidade global, enquanto Lagos, na Nigéria, com uma população 10 vezes maior não é. As projeções indicam que Lagos deverá ser a terceira maior cidade do mundo em 2015, mas atualmente sua renda per capita é de apenas 68 dólares. Nas cidades globais desenvolvem-se dois tipos de grupos sociais opostos: um composto por mão de obra extremamente qualificado para executar serviços financeiros, legais, técnicos, de consultoria; e outro, composto por trabalhadores pouco qualificados, para os serviços de limpeza e manutenção. Assim, a cidade globalizada entrecruza-se, como se não houvesse diferenças, hierarquias e desigualdades. No universo da cidade, as relações sociais transformam-se e reafirmam a diversidade como a desigualdade, manifestada pela tensão, pelo estranhamento, a intolerância, o preconceito, a discriminação e a segregação. Na hierarquização do sistema urbano está implícita a predominância de uma cidade sobre outras. Essa predominância nos “processos de valorização do capital de outra cidade é difícil de perceber [...] nem por isso deixa de ser a característica essencial do fenômeno de hierarquização nas sociedades capitalistas” (BENKO, p.72). Portanto, cada lugar “é ponto de encontro de lógicas que trabalham em diferentes escalas, reveladoras de níveis diversos”, e contrastantes, “na busca da eficácia e do lucro, no uso das tecnologias do capital e do trabalho” redefinindo “como ponto de encontro interesses longínquos e próximos, mundiais e locais...” (SANTOS, 1994, p. 18-19).