INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS POÇOS DE CALDAS SISTEMAS DE ESGOTO E DRENAGEM URBANA PROFESSOR – ALEXANDRE SILVEIRA ENGENHARIA AMBIENTAL- 8° SEMESTRE POÇOS DE CALDAS, 2014 SISTEMAS DE ESGOTOS Fonte: Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário Tsutyia, M. , Sobrinho, P. A. 2000. PHD/EP/USP VAZÕES DE ESGOTOS CONSIDERA-SE QUE TEM ACESSO À REDE COLETORA OS SEGUINTES TIPOS DE LÍQUIDOS RESIDUÁRIOS: ESGOTO DOMÉSTICO ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO RESÍDUOS LÍQUIDOS INDUSTRIAIS ESGOTO DOMÉSTICO A CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO DOMÉSTICO DEPENDE DOS SEGUINTES FATORES: POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA COEFICIENTE DE RETORNO ESGOTO/ÁGUA COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE VAZÃO • Esgoto doméstico A contribuição do esgoto doméstico depende dos seguintes fatores: • População → estudo de crescimento populacional • Consumo de água efetivo per capta: q • Coeficiente de retorno esgoto / água: C • Coeficiente de variação de vazão: - Coeficiente do dia de maior consumo: K1 - Coeficiente da hora de maior consumo: K2 ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS PARA O ESTUDO DEMOGRÁFICO MÉTODO DOS COMPONENTES DEMOGRÁFICOS MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO DE EXTRAPOLAÇÃO GRAFICA ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODO DOS COMPONENTES DEMOGRÁFICOS CONSIDERA A TENDÊNCIA PASSADA HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO FUTURO • FECUNDIDADE • MORTALIDADE • MIGRAÇÃO ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO ARITMÉTICO MÉTODO GEOMÉTRICO MÉTODO DA TAXA DE CRESCIMENTO DECRESCENTE METODO DA CURVA LOGÍSTICA ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO ARITMÉTICO PRESSUPÕE TAXA DE CRESCIMENTO CONSTANTE PARA OS ANOS QUE SE SEGUEM, A PARTIR DE DADOS CONHECIDOS POPULAÇÃO DO ÚLTIMO CENSO ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO ARITMÉTICO ADMITE A POPULAÇÃO VARIANDO LINEARMENTE COM O TEMPO 1 A 5 ANOS ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO GEOMÉTRICO PRESSUPÕE QUE O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO É PROPORCIONAL À POPULAÇÃO EXISTENTE EM UM DETERMINADO ANO 1 A 5 ANOS ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO DA TAXA DE CRESCIMENTO DECRESCENTE COM O CRESCIMENTO DA ÁREA URBANA A HIPÓTESE TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL TORNA-SE MENOR ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO DA CURVA LOGÍSTICA CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO OBEDECE HIPÓTESE RELAÇÃO MATEMÁTICA DO TIPO CURVA LOGÍSTICA POPULAÇÃO ASSINTOTICAMENTE EM FUNÇÃO DO TEMPO PARA UM LIMITE DE SATURAÇÃO População MÉTODO DA CURVA LOGÍSTICA Crescimento Assintótico População de saturação Ponto de inflexão Taxa decrescente de crescimento Taxa crescente de crescimento Ano ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO MÉTODOS MATEMÁTICOS MÉTODO DA EXTRAPOLAÇÃO GRÁFICA PLOTA-SE OS PONTOS RELATIVOS AOS DADOS CENSITÁRIOS, DEFININDOSE ASSIM UMA CURVA COM PREVISÕES FUTURAS PROLONGAMENTO DA CURVA SEGUNDO TENDÊNCIA GERAL VERIFICADA DETERMINADA TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO (JULGAMENTO PRÓPRIO) ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO POPULAÇÃO FLUTUANTE POPULAÇÃO QUE SE ESTABELECE POR CURTOS PERÍODOS DE TEMPO • MUNICÍPIOS DE VERANEIO • ESTÂNCIAS CLIMÁTICAS • ESTÂNCIAS HIDROMINERAIS ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO POPULAÇÃO FLUTUANTE USO DO CENSO PARA ESTIMAR PROPORÇÃO ENTRE DOMICÍLIOS DE USO OCASIONAL E RESIDENCIAL AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO CONSUMO DE ENERGIA FLUTUANTE CONSUMO DE ÁGUA CAPACIDADE DE ALOJAMENTO ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO DISTRIBUIÇÃO DEMOGRÁFICA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATUAL PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL AO LONGO DO PERÍODO DE PROJETO VER TABELA 3.1, pg 48 ADENSAMENTOS OCUPAÇÃO DE NOVAS ÁREAS ESGOTO DOMÉSTICO POPULAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO DISTRIBUIÇÃO DEMOGRÁFICA SETORES CENSITÁRIOS DENSIDADE ATUAL LIGAÇÕES DE ENERGIA E ÁGUA PESQUISAS DE CAMPO EXISTÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO ATUAL DENSIDADE FUTURA PLANOS E PROJETOS PÚBLICOS CARACTERÍSTICAS DA ÁREA ESGOTO DOMÉSTICO CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA E POR ECONOMIA DIRETAMENTE DEPENDENTE DO CONSUMO DE ÁGUA MULTIPLICADO POR UM COEFICIENTE DE RETORNO. VARIA MUITO DE REGIÃO PARA REGIÃO, DEPENDE: • • • • • • CLIMA PORTE DA COMUNIDADE CONDIÇÕES ECONÔMICAS GRAU DE INDUSTRIALIZAÇÃO MEDIÇÃO DO CONSUMO RESIDENCIAL CUSTO DA ÁGUA ESGOTO DOMÉSTICO CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA E POR ECONOMIA Valores típicos de consumo de água per capta (von Sperling, 1996) Comunidade População Consumo (l/hab.dia) Povoado rural < 5.000 90 – 140 Vila 5.000 – 10.000 100 – 160 Cidade pequena 10.000-50.000 110 – 180 Cidade média 50.000-250.000 120 – 220 Cidade grande > 250.000 150 – 300 RMSP = 242 l/ hab.d (sabesp) Florianópolis = 350 l /hab.d Porto Alegre = 300 l /hab.d Natal = 300 l/ hab.d Fortaleza = 200 l /hab.d ESGOTO DOMÉSTICO CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA E POR ECONOMIA Consumo típico de alguns estabelecimentos (von Sperling, 1996) Estabelecimento Unidade Vazão (l/unid.dia) Aeroporto Passageiro 8 – 15 Bar Freguês 5 – 15 Hotel Hóspede 100 – 200 Indústria (esg. Sanit.) Empregado 50 – 80 Escola Estudante 20 – 100 Hospital Leito 300 – 1000 ESGOTO DOMÉSTICO CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA E POR ECONOMIA Consumo de água per capita efetivo nas capitais brasileiras CONSUMO DE ÁGUA EFETIVO PER CAPITA E CONSUMO POR ECONOMIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO PARDO E GRANDE DA VICE PRESIDÊNCIA DO INTERIOR DA SABESP CONSUMO DE ÁGUA EFETIVO POR ECONOMIA PARA OS MUNICÍPIOS DA BAIXADA SANTISTA, ESTADO DE SÃO PAULO CONSUMO DE ÁGUA EFETIVO POR CATEGORIAS DE CONSUMIDORES DA REDE PÚBLICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO – MUNICÍPIO DE SÃO PAULO VALORES MEDIDOS DE CONTRIBUIÇÃO PER CAPITA DE ESGOTO SANITÁRIO ESGOTO DOMÉSTICO COEFICIENTE DE RETORNO – ESGOTO/ÁGUA RELAÇÃO ENTRE O VOLUME DE ESGOTO RECEBIDO NA ETE E O VOLUME DE ÁGUA EFETIVAMENTE FORNECIDO A POPULAÇÃO Varia de 0,5 a 0,9 Usual 0,8 Norma 9649 ABNT COEFICIENTE DE RETORNO OBTIDO POR MEDIÇÕES OU RECOMENDAÇÕES PARA PROJETO ESGOTO DOMÉSTICO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE VAZÃO Consumo (/hab.dia) COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE VAZÃO Consumo máximo Variação do consumo do ano Consumo médio J F Qmáx K1= Qméd M A M J J A S O N D Meses do ano Vazão máxima Vazão (/s) Variação do consumo diária K2= Vazão média 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 Horas do dia Qmáx Qméd CURVAS DE VARIAÇÃO HORÁRIA DE VAZÃO a) Cardoso b) Tatuí c) Região Metropolitana de São Paulo INFILTRAÇÕES CONTRIBUIÇÕES INDEVIDAS NA REDE DE ESGOTO ÁGUAS PLUVIAIS SUBSOLO NBR 9649 PROJETOS HIDRÁULICOSANITÁRIOS DE REDES COLETORAS DE ESGOTO NB 568 DIMENSIONAMENTO DOS EXTRAVASORES,DOS INTERCEPTORES DE ESGOTO SANITÁRIO INFILTRAÇÕES A infiltração na rede depende das condições locais, tais como: • NA do lençol freático • Tipo de solo • Material da tubulação • Tipo de junta • Qualidade de assentamento dos tubos NBR 9649 → Taxa de infiltração: TI = 0,05 a 1,0 L/s x km INFILTRAÇÕES DESPEJOS INDUSTRIAIS DEVE SER VERIFICADA A NATUREZA DOS EFLUENTES INDUSTRIAIS IN NATURA PRÉ-TRATAMENTO NÃO SÃO PERMITIDOS LANÇAMENTOS • • • • • NOCIVOS OU PREJUDICIAIS À SEGURANÇA DA REDE PROVOQUEM INTERFERÊNCIA NO SISTEMA DE TRATAMENTO OBSTRUAM EQUIPAMENTOS ATAQUEM TUBULAÇÕES POSSUAM TEMPERATURAS ACIMA DE 45°C DESPEJOS INDUSTRIAIS Ao projetar É necessário um prévio conhecimento das indústrias existentes, o numero de indústrias, seu porte e suas características. Consumo de água Relacionada diretamente à produção de despejos. Legislação de São Paulo Vazão máxima = 1,5 x a vazão média Equalização às vezes desejável DESPEJOS INDUSTRIAIS Vazão específica média de algumas indústria (von Sperling, 1996) Indústria Unidade Consumo de água (m3/unidade) Cervejaria 1000 l cerveja 5 – 20 Matadouro 1 boi ou 2,5 porcos 0,3 – 0,4 Conservas 1 ton. conserva 4 – 50 Lã 1 ton. produto 500 – 600 Curtume 1 ton. pele 20 – 40 Papel e celulose 1 ton. produto 200 – 250 Refinaria de petróleo 1 barril (117 l) 0,2 – 0,4 VAZÃO DE ESGOTOS SANITÁRIOS Q = Qd + Qinf + Qc onde: Q = vazão de esgoto sanitário, L/s Qd = vazão doméstica, L/s Qinf = vazão de infiltração, L/s Qc = vazão concentrada ou singular, L/s Métodos para cálculo das vazões: Quando não existirem medições de vazão utilizáveis no projeto Quando existirem hidrogramas utilizáveis no projeto Cálculo de vazão pelo processo das áreas edificadas Para o início do plano : Qi K2 Qd ,i Qinf,i Qc,i (Não inclui K1 pois não se refere ao dia de maior contribuição, e sim a um dia qualquer) Para o final do plano : Qf K1 K2 Qd , f Qinf, f Qc, f Qi , Qf = Vazão máxima inicial e final, L/s K1 = K2 = Coeficiente de máxima vazão diária Coeficiente de máxima vazão horária Qd ,i ; Qd , f vazãomédia iniciale finalde esgotodoméstico,L/s Qinf,i ; Qinf, f vazãode infiltração iniciale final L/s Qc,i ; Qc, f vazãoconcentrad a ou singular iniciale final L/s Qd.i = Contribuição média inicial de esgotos domésticos, L/s Qd ,i Qd.f = C Pi qi 86400 Qd ,i C ai d i qi 86400 Contribuição média final de esgotos domésticos, L/s Qd , f C Pf q f 86400 Qd , f C af d f qf 86400 C= coeficiente de retorno Pi; Pf = população inicial e final, habitantes ai; af = área esgotada inicial e final, ha di; df = densidade populacional inicial e final, hab/ha qi; qf = consumo de água efetivo per capita inicial e final, l/hab.dia Vazão inicial: Qi = Qi máx + Qci Vazão final: Qf = Qf máx + Qcf QUANDO EXISTIREM HIDROGRAMAS UTILIZÁVEIS NO PROJETO tc Qi max qmax tm qmax = vazão máxima do hidrograma medido; tc = valor do parâmetro adotado na bacia para a qual se avalia a vazão; tm = valor do parâmetro na bacia cujo hidrograma foi medido. O mesmo raciocínio para Qfmax Parâmetros: - População - Área edificada QUANDO EXISTIREM HIDROGRAMAS UTILIZÁVEIS NO PROJETO Exemplo: Calcular as vazões máxima e mínima para a cidade B, com população de 20.000 habitantes, conhecendo-se o hidrograma medido da cidade A que tem 5.000 habitantes e admitindo-se que as duas cidades têm características semelhantes. Autoria: Eng.ª Eugênio Macedo Pesquisa: Sistema de Esgotos Sanitários do Rio de Janeiro, durante 15 anos Resultado da Pesquisa: Para bacias de ocupação predominante residencial Qmáxi,f = 23 x 10-5 Ae i,f Para bacias de ocupação predominante industrial ou comercial Qmáx i,f = 16 x 10-5 Ae i,f Onde: Qmáx i,f = vazão máxima inicial e final, L/s Ae i,f = área edificada existente no início e fim do período de projeto, m2 Taxa por unidade de comprimento (L/s.m ou L/s.km) Taxa de contribuição linear para o início do plano K Q d.i Txi 2 Tinf Li Taxa de contribuição linear para o final do plano Txf K1K2 Q d.f Tinf Lf onde: Li, Lf = comprimento da rede de esgotos inicial e final, m ou km Tinf = taxa de contribuição de infiltração, L/s.m ou L/s.km Taxa por unidade de área (L/s ha) Taxa de contribuição inicial K Q d.i Tai 2 Tinf .a ai Taxa de contribuição final K K Q d.f Taf 1 2 Tinf .a af onde: ai, af = área abrangida pelo projeto, ha Tinf.a = taxa de contribuição de infiltração por unidade de área, L/s.ha Taxa de contribuição linear para o início do plano Txdi (L/s.m ou L/s.km) Txdi K2 Q d.i Tinf Ldi Taxa de contribuição linear para o final do plano Txdf (L/s.m ou L/s.km) __ Txdf K1K 2 Q d . f Ldf Tinf onde: Ldi, Ldf = comprimento da rede dupla inicial ou final, m ou km Cálculo do comprimento virtual da rede para a área de ocupação homogênea L vi,f Lsi,f onde: Lvi, f = comprimento virtual da rede inicial ou final, m ou km Lsi, f = comprimento da rede simples inicial ou final, m ou km Ldi, f = comprimento da rede dupla inicial ou final, m ou km Taxa de contribuição linear para rede simples – Início do plano - Txis (L/s.m ou L/s.km) – Final do plano - Txdf (L/s.m ou L/s.km) Txis K2 Q d.i Tinf L vi Txfs K1K 2 Q d.f Tinf L vf Taxa de contribuição linear para rede dupla – Início do plano - Txid (L/s.m ou L/s.km) Txid – Final do plano - Txfd (L/s.m ou L/s.km) K2 Q d.i Tinf 2L vi Txfd K1K 2 Q d.f Tinf 2L vf Ldi,f 2 CÁLCULO DAS TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO PARA REDES SIMPLES E DUPLA Exemplo: Calcular as taxas de contribuição linear para a rede coletora de esgoto da figura a seguir, considerando os seguintes dados: População de início de plano: 3.400 hab; População de final de plano: 13.000 hab; Consumo de água efetivo per capta: q = 200L/hab.dia; Coeficiente de retorno: C = 0,8; Coeficiente de máxima vazão diária: K1 = 1,2; Coeficiente de máxima vazão horária: K2 = 1,5; Taxa de contribuição de infiltração: Tinf = 0,1 L/s.km; Comprimento da rede simples: Ls = 791 m; Comprimento da rede dupla: Ld = 692 m (Avenidas F e G). Traçado da Rede Coletora Determinação das vazões de dimensionamento de cada trecho As vazões utilizadas para dimensionamento são: Vazão máxima final de plano, de jusante, do trecho do coletor Vazão máxima de início de plano, de jusante, do trecho do coletor Para calcular as vazões de dimensionamento de um trecho: Somar as contribuições que chegam a montante do trecho com a contribuição do trecho A contribuição do trecho é calculada multiplicando-se a taxa de contribuição linear pelo comprimento do trecho. Hidráulica dos coletores de esgoto A tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede do conduto pelo líquido escoado. F=gAL T = F sen a T = g A L sen a T s PL gALsen a s gRH sen a PL s = g RH I onde: s F T a g RH I = = = = = = = tensão trativa média, Pa; peso do líquido de um trecho L, N; componente tangencial de F, N; ângulo de inclinação da tubulação, grau; peso específico do líquido, 104 N/m3 para o esgoto; raio hidráulico, m; declividade da tubulação, m/m. TENSÃO TRATIVA CHÉZY s = g RHI Q CA R HI Q CA R HI C MANNING 1 1/ 6 RH n Combinando: nQ I 2 R 3 H g s C 1 1/ 6 RH n Ajuste para s = 1 e n = 0,013, para diâmetros variando de 100 mm a 400 mm e Y/D ≤ 0,75 Ajuste para s = 1 e n = 0,013, para diâmetros variando de 100 mm a 400 mm e Y/D ≤ 0,75 Declividade (m/m) 0,1 0,01 0,001 I = 0,0055Q-0,47 0,0001 1 10 Vazão (l/s) 100 DETERMINAÇÃO DAS EQUAÇÕES I EM FUNÇÃO DE Q PARA s ≥ 1 Pa E PARA DIVERSOS COEFICIENTES DE MANNING CONDIÇÕES ESPECÍFICAS - Projeto de Redes Coletoras de Esgoto 5.1 Dimensionamento Hidráulico 5.1.1 Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf ). 5.1.1.1 Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com qualidade estatística, recomenda-se como o menor valor de vazão, 1,5 L/s em qualquer trecho. 5.1.2 Os diâmetros a empregar devem ser previstos nas normas e especificações brasileiras relativas aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100. 5.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível calculada de acordo com 5.1.4 e nem superior à máxima calculada segundo o critério de 5.1.5. 5.1.4 Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo st = 1,0 Pa, calculada para a vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n=0,013. A declividade mínima que satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: Io mín.= 0,0055 Qi -0,47 sendo Io mín. em m/m e Qi em L/s. 5.1.4.1 Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e declividade mínima a adotar devem ser justificados. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS - Projeto de Redes Coletoras de Esgoto 5.1.5 A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha vf = 5 m/s. 5.1.5.1 Quando a velocidade final vf é superior a velocidade crítica Vc , a maior lâmina admissível deve ser 50% do diâmetro do coletor, assegurando-se ventilação do trecho; a velocidade crítica é definida por: Vc = 6 (g RH) 1/2 onde g = aceleração da gravidade 5.1.6 As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e permanente, sendo o valor máximo, para a vazão final (Qf), igual ou inferior a 75% do diâmetro do coletor. 5.1.7 Condição de controle de remanso. Sempre que a cota do nível de água de saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das cotas dos níveis d’água de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de montante. Dimensionamento Hidráulico: Vazão mínima: 1,5 L/s A norma recomenda que em qualquer trecho da rede coletora, o menor valor da vazão a ser utilizada, para fins de cálculos hidráulicos seja de 1,5 L/s Diâmetro mínimo: 100 mm Verificar as exigências das prefeituras, por exemplo São Paulo 150mm e Poços de Caldas 100mm Declividade mínima: Os coletores são projetados para ter a sua autolimpeza desde o início do plano. Para garantir isto, deve ocorrer pelo menos uma vez ao dia uma tensão trativa de 1,0Pa. A declividade mínima adotada, para cada trecho da rede, deverá proporcionar tensão trativa igual ou superior a 1,0Pa. A declividade mínima que satifaz esta condição é, para n=0,013: Imím = 0,0055 Qi-0,47 (I em m/m e Qi em L/s) Declividade máxima: A máxima declividade admissível é aquela que proporciona velocidade máxima de 5 m/s. Pode ser obtida, para n=0,013, pela expressão Imáx = 4,65 Qf-0,67 Lâmina d´água máxima 75% do diâmetro (Yo/D) – destinando-se a parte superior à ventilação do sistema e às imprevisões e flutuações excepcionais de nível de esgotos. Qf D 0,0463 I D= diâmetro em m Qf= vazão final em m3/s I = declividade em m/m 0 , 375 Lâmina d´água mínima Pelo critério da tensão trativa haverá autolimpeza pelo menos uma vez ao dia, portanto não se limita a lâmina de água mínima Velocidade crítica Se a velocidade final (Vf) é superior a velocidade crítica (Vc), a lâmina de água deve ser reduzida para 50% do diâmetro VC 6 g RH p = a + iL + h + hc Onde: p = profundidade mínima do coletor público, m a = distância entre a geratriz inferior interna do coletor público até a geratriz inferior interna do ramal predial, m i = declividade do rama predial, m/m L = distância entre o coletor público e a caixa de inspeção, m h = desnível entre a via pública e o aparelho sanitário mais desfavorável, m hc = altura da caixa de inspeção, m Valores de a e i para diferentes diâmetros do ramal predial e do coletor público Traçado dos coletores Distância entre singularidades Numeração dos trechos Cálculo da taxa de contribuição linear Cálculo das vazões no trecho do coletor Profundidade mínima dos coletores Diâmetro mínimo Vazão mínima de dimensionamento Determinação do diâmetro e declividade do trecho Verificação da lâmina, tensão trativa e velocidade crítica Preenchimento da planilha de cálculo Dimensionamento e verificação das tubulações de esgoto Determinação do raio hidráulico em função de Y/D Exemplo de Dimensionamento de uma rede coletora de esgoto População inicial: Pi = 2.000 hab; População final: Pf = 3.500 hab; Consumo de água efetivo per capta: q = 160 L/hab.dia; Coeficiente de retorno: C = 0,8; Coeficiente de máxima vazão diária: K1 = 1,2; Coeficiente de máxima vazão horária: K2 = 1,5; Taxa de contribuição de infiltração: Tinf = 0,1 L/s.km; Contribuição localizada: conforme indicado na planta, existem duas vazões de ponta, sendo Qp1 com Qi = Qf = 4,98 L/s e Qp2 com Qi = 0 L/s e Qf = 3,20 L/s. RUA 15 RUA 20 RUA 9 RUA 17 RUA 22 RUA 13 RUA 24 RUA 26 2 Qp RUA 5 RUA 28 RUA 30 RUA 11 RUA 7 Qp1 RUA 32 A RU 19 LEGENDA Bibliografia Notas de aula do Prof. Dr. Milton T. Tsutiya, referente à disciplina Saneamento do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da USP. TSUTIYA, M.T.; ALEM SOBRINHO, P. Coleta e transporte de esgoto sanitário. 2ª ed. São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2000.