MIGRAÇÕES, HIBERNAÇÃO E
ESTIVAÇÃO EM ALGUNS ANIMAIS
DIA 17 DE NOVEMBRO DE 2014
TRABALHO REALIZADO PARA A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS POR:
-Diogo dos Santos Lameirão nº4 8ºF
MIGRAR
• Migrar é Mudar (de local, país, cidade, Estado, região etc.) com regularidade e de maneira periódica:
durante o inverno certas espécies de pássaros migram para o norte; seus filhos migraram para a
Europa.
MIGRAÇÕES ANIMAIS
• Os estudiosos das migrações animais empregam técnicas muito aperfeiçoadas, como o rastreamento dos bandos com radar,
para desvendar os fatores que desencadeiam o impulso migrador e os mecanismos de orientação de que os animais se
valem para realizar suas viagens.
Migrações animais são os deslocamentos realizados, periodicamente ou não, em limites de espaço e tempo significativos em
relação ao tamanho e à duração da vida da espécie. Excluem-se, portanto, os movimentos como o do plâncton animal,
para cima e para baixo, que representam simples taxias sob influência da luz solar (fototaxia negativa, no caso), assim como
os que se fazem na busca cotidiana de abrigo. Alguns autores só reconhecem a migração quando existe periodicidade
regular, como, por exemplo, quando ocorre todos os anos.
São conhecidas as migrações sazonais determinadas pela modificação das condições alimentares ou climáticas. Servem de
exemplo os deslocamentos de alguns invertebrados, especialmente artrópodes, em intervalos de tempo relativamente curtos,
quando chega o inverno. Os animais que habitam regiões descampadas refugiam-se na floresta, ao surgir o frio do outono,
mas procuram um extrato de vegetação semelhante àquele em que normalmente vivem.
As migrações ligadas à reprodução não se confundem com os deslocamentos sazonais. Peixes marinhos, como o arenque,
procuram águas menos profundas, nas proximidades da costa, para a postura. Focas, pingüins e tartarugas do mar buscam
terra firme e aí permanecem durante o período da reprodução. Algumas espécies terrestres, como os caranguejos dos
coqueiros (Birgus latro), vão da terra para o mar.
Nas migrações entre mar e rios, distinguem-se as espécies anadrômicas, que sobem a correnteza, das catadrômicas, que a
descem. Podem-se observar migrações com periodicidade inferior a um ano, como as de muitas espécies de gafanhotos das
regiões quentes, que formam enxames migradores mais ou menos regularmente. Existem migrações sem retorno, como a dos
lemingues (Lemmus lemmus). As migrações erráticas, características de muitas aves, podem cobrir grandes distâncias,
somente interrompidas no período da postura. Às vezes, essas migrações, que provavelmente estão ligadas à alimentação,
coincidem com certa estação do ano. Entre os grandes mamíferos, como tigres e lobos, também se verificam migrações
erráticas.
Consideram-se migrações, embora não típicas, os deslocamentos dos limites de distribuição de uma população. Esses
deslocamentos se processam de forma mais lenta que as migrações propriamente ditas e em geral se relacionam a
alterações recentes do clima. Espécies que durante muito tempo permaneceram dentro de certos limites territoriais
repentinamente ultrapassam esses limites e entram em território ainda não colonizado. Exemplo típico é o da rola Streptopelia
decaocto, cujos limites ao norte da península balcânica começaram a estender-se para o noroeste da Europa na década de
1940 e atingiram os Países Baixos em 1950.
MIGRAÇÕES DOS PEIXES
• Os peixes migradores enquadram-se em duas categorias: (1) os que se deslocam
sem mudar de ambiente, como o arenque, a anchova, o bacalhau e o salmão
(exemplo mais típico); e (2) os que alternadamente se deslocam da água doce
para a salgada e vice-versa, como as enguias e robalos. O dourado é peixe de
água doce que, no tempo da desova, sobe às cabeceiras dos afluentes e se
detém junto aos grandes saltos para, antes de vencer o obstáculo, irromper
violentamente das águas e atingir vários metros de altura num só pulo.
Os salmões do Atlântico abandonam as águas do mar e procuram os rios para
desovar. Sobem até as cabeceiras, onde se dá a postura, a fecundação e o
nascimento dos filhotes (alevinos). Estes, ao atingirem certo grau de
desenvolvimento, descem o rio em direção ao mar, enquanto os pais permanecem
nas cabeceiras. Fato singular, os salmões migram em direção a seu rio natal.
Acredita-se que, beirando o litoral, chegam ao lugar em que desemboca esse rio,
atraídos quimiotacticamente por minúsculas partículas. Se tem obstruídas as fossas
nasais, o salmão não reconhece as águas pátrias. As enguias comportam-se de
maneira oposta: vivem nas águas salobras ou doces da Europa e da África, que
em certo momento abandonam em busca do mar de Sargaço. Essa migração
abrange a maior parte da vida larvária desses peixes.
MIGRAÇÕES DAS AVES
• As aves são os mais conhecidos viajantes do reino animal, embora nem sempre visíveis, pois em
geral se deslocam durante a noite. Com o estudo sistemático das migrações das aves, que inclui
o registro dos locais de partida e pouso, descobriu-se que, todos os outonos, bandos de
tarambolas-douradas (Charadrius pluvialis) se reúnem no litoral do Alasca, vindas das tundras
dessa região. Sobrevoam o estreito de Bering e as Aleutas, e dirigem-se então para o Havaí, mais
de dois mil quilômetros ao sul. Não menos interessante é o grande circuito percorrido pelas
tarambolas-douradas que se reproduzem no Ártico canadense. Elas sobrevoam o mar de
Labrador, a leste do Canadá, e voltam-se para o sul, por sobre o Atlântico, em direção à América
do Sul. Na primavera, retornam por via totalmente diversa, pela América Central e o vale do
Mississippi, viajando, no total, mais de quarenta mil quilômetros.
Nos casos mais simples, a ave realiza deslocamentos anuais no interior da mesma zona climática.
Os dois extremos de seu trajeto ficam em latitudes vizinhas, de clima semelhante. Observa-se que,
em muitos desses casos, o que a ave procura é uma formação vegetal diferente. Mais freqüentes,
porém, são as migrações associadas a mudança de clima, que se dão, geralmente, no sentido
norte-sul. Quando ocorrem êxodos em massa, as aves têm de encontrar, nos lugares distantes,
condições de alimentação favoráveis às quais possam adaptar-se e que sejam suficientes para
atender a toda a população que se desloca. Além disso, não pode haver competição muito
acirrada da fauna local.
Ao vôo das aves pode-se comparar o das borboletas Danais plexippus, que surgem na primavera,
no norte dos Estados Unidos e sul do Canadá, onde se reproduzem. No outono, reúnem-se em
grandes bandos que emigram para o sul e passam o inverno nos Estados Unidos, perto do golfo
do México. Na maioria dos outros lepidópteros migradores, só a geração seguinte retorna aos
locais de origem.
MECANISMO DA MIGRAÇÃO
• Alguns especialistas acreditam que o elemento deflagrador da migração, seja ela longa ou curta, é sempre direta ou
indiretamente alimentar. Se o animal vive em região bem provida, torna-se sedentário, mas se falta alimento,
empreende a migração. Outros argumentam, porém, que não se pode atribuir a migração a um único fator, seja ele a
alimentação, a redução do número das horas de luz no dia etc. Mais provável é a existência de uma combinação de
fatores externos (como alimentação e temperatura) e internos (como os ritmos de metabolismo) que em conjunto
determinariam a inquietação migradora. Mudanças hormonais são observáveis nesses períodos e a inquietação se dá
mesmo em animais em cativeiro, bem protegidos e alimentados. Peixes de aquário se comportam de modo
semelhante. Por manipulação fotoperiódica é possível mesmo induzir a inquietação.
A orientação dos animais na migração se dá, aparentemente, por referenciais diversos: algumas aves migradoras
utilizam reparos visuais, mas outras podem dispensá-los. Mantêm-se orientadas pelas estrelas ou, como indicam estudos
mais recentes, pelo campo magnético terrestre, o que ainda é objeto de debate.
A utilização do Sol como bússola por certas espécies migradoras é fato experimentalmente comprovado. A
capacidade de orientar-se pela luz solar pressupõe um relógio interno exato, para acertar o tempo nos grandes
percursos. As abelhas, por exemplo, se orientam pela bússola solar. Muito curiosa, também, é a orientação do saltãoda-praia, ou pulga-do-mar (Talitrus saltador), crustáceo que vive nas imediações da linha de maré. Quando deslocado
para a terra, ele corre para o mar usando por bússola o Sol. À noite, orienta-se pela Lua.
Algumas aves de migração noturna seguem as estrelas e se desorientam quando o céu está nublado. Se postas
experimentalmente num planetário, são capazes de manter a orientação. Parece certo que o luar, nesses casos,
perturba a orientação.
Bem mais complexo é o problema da verdadeira navegação, isto é, a capacidade que alguns animais apresentam de
reencontrar um ponto de partida situado em lugar desconhecido para eles. Supõe-se que os pombos-correios, por
exemplo, encontrem o lugar de onde foram soltos por algum mecanismo de comparação geográfica desse ponto
com o pombal onde vivem. É de se supor também que a navegação tenha por bússola o Sol.
É freqüente que os animais utilizem mais de um mecanismo de orientação. O salmão pode valer-se da bússola solar,
além dos estímulos quimiotácticos da corrente. As larvas de enguias chegam aos estuários dos rios com a maré
montante, e, quando a maré baixa, vão para o fundo, evitando serem varridas de novo para o mar. Como são
capazes de reagir ao cheiro de certas substâncias específicas das águas do rio, aguardam no fundo até que o olfato
lhes indique o momento de emergir e retornar ao mar
ALGUNS DOS ANIMAIS MAIS INCRÍVEIS
MIGRADORES SÃO:
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1.Águias
2. Gnus,
3. Pinguins
4. Borboletas
5. Morcegos
6. Renas
7. Tubarões
8. Flamingos
9. Caranguejos
10.Raias
11.Elefantes
12.Baleias
13.Tartarugas
14.Atuns
HIBERNAÇÃO
• Hibernação- é um estado letárgico pelo quais muitos animais de sangue quente passam durante o
inverno, principalmente em regiões temperadas e árticas.
• Alguns dos animais com capacidade de hibernação são:
• 1.Esquilos.
• 2.Morcegos.
• 3.Marmota.
• 4.Ratos-silvestres.
• 5.Hamsters.
• 6.Ouriços.
ESTIVAÇÃO
• Estivação – para algumas espécies que vivem em clima quente e árido, os períodos de seca e de calor
excessivos podem ser tão terríveis quanto os invernos rigorosos. Para se defender, muitos animais
entram em sono profundo ou em sono estival. Este fenómeno ocorre com molúsculos, artrópodes,
peixes répteis e mamíferos. Certos peixes pulmonados como por exemplo a piramboia, enterram-se
na lama quando os rios em que vivem secam, abrigando-se ali até a chegada das chuvas.
WEB GRAFIA
• -http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Fauna-e-Flora/content/Migradores-os-eternos-
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viajantes?bl=1&viewall=true consultado a 17 de novembro de 2014.
http://zoo-centro-pedagogico.blogspot.pt/2012/05/as-aves-viajantes.html consultado a 17 de novembro de 2014.
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-http://www.infoescola.com/etologia/estivacao/ consultado a 17 de novembro de 2014.
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