Edward Hallet Carr
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Nasceu em Londres – 1892
Formado em Estudo Clássicos em
Cambridge – 1916;
1916 – Ingresso no MRE da Inglaterra;
Trabalho ativo na I GM e na formulação da
Liga das Nações
Autor realista clássico das Relações
Internacionais
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“Vinte anos de crise (1919 – 1939)” ganha
notoriedade no estudo das RI;
Início do debate Idealistas X Realistas;
Contexto histórico: I Guerra Mundial;
Análise do pensamento político das grandes
potências
Realismo x Idealismo
“Surgimento do Realismo em reação ao idealismo
utópico.”
Primeiro importante realista político:
Maquiavel
Objetivo: “Procurar a verdade real.”
Três princípios fundamentais
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Ideia de causalidade na história;
A prática leva á teoria e não o contrário: “A
sabedoria do príncipe o leva a dar bons conselhos
e não os conselhos do príncipe lhe dão sabedoria;”
Ética como função da política : “Os homens
mantêm-se honestos pela coação.”
Moral:
“A moral é produto do poder.”
Desenvolvimento do Realismo:
Ideia de progresso intrínseco ao processo histórico.
Processo histórico era racional, determinador
da realidade.
“Não pode haver realidade alguma fora de
processo histórico.”
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Relatividade e pragmatismo do pensamento
“As circunstâncias criam a maioria das opiniões
dos homens.”
“As teorias intelectuais e os padrões éticos dos
utópicos, longe de serem a expressão de princípios
absolutos e apriorísticos, são historicamente
condicionados, sendo tanto frutos dos interesses e
circunstâncias, como armas forjadas para a defesa
de interesses.”
Restrição de Marx.
Direcionamento do pensamento:
“O império precede o Imperialismo.”
Opinião popular também é influenciada,
seja pela moda ou pela mídia:
“Poucas descobertas são mais irritantes do que
a origem das ideias.”
O pensamento é pragmático
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“O direito, dizia Woodrow Wilson ao Congresso
dos EUA em 1917, é mais precioso do que a paz.”
“A paz vem antes de tudo, declarava Briand dez
anos mais tarde, na Assembléia da Liga das
Nações; a paz vem antes até da justiça.”
Política internacional é interesseira e política
nacional é manipulada:
“Os princípios simplesmente refletiram
diferentes políticas nacionais, moldadas para
satisfazerem diferentes condições.”
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Não há um padrão absoluto para julgar a
política
Não há “Harmonia de Interesses”, para o
utópico o que é melhor para o mundo é
melhor seu país e o que é melhor seu país é
melhor para o mundo.
1.
Inglaterra
• Cecil Rhodes (colonizador e homem de
negócios inglês): "Eu sustento que somos a
primeira raça do mundo e que, quanto maior
for a parcela do mundo habitarmos, melhor
será para a raça humana'".
2. EUA
Woodrow Wilson
 Os EUA foram “fundados para o benefício da
humanidade”
• "Estes são princípios americanos, políticas
americanas... São os princípios da
humanidade, e devem prevalecer"
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Esses comentários, quando atingem os outros
países parecem aos estrangeiros forçados e não
convincente.
“As teorias da moral social são sempre produto
de um grupo dominante, que se identifica com a
comunidade como um todo, e que possui
facilidades, negadas aos grupos ou indivíduos
subordinados, para impor sua visão da vida na
comunidade. As teorias da moral internacional
são, pela mesma razão e em virtude do mesmo
processo, o produto das nações ou grupos de
nações dominantes.” (p.105)
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Teoria da Moral Internacional -> criada
por EUA e Inglaterra.
“os atuais cânones da virtude internacional
foram, por um processo natural e inevitável,
criados principalmente por eles” (p.105)
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“A doutrina da harmonia de interesses serve,
então, como um artifício moral engenhoso
invocado, com perfeita sinceridade, por
grupos privilegiados, para justificar e manter
sua posição dominante.” (p.106)
Algumas vezes, a dominação de um grupo é
tão grande que realmente seu interesse
confunde-se com o do todo, pois seu colapso
levaria ao colapso da sociedade.
Exemplos:
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1. ideia do livre comércio como interesse
universal.
“A prosperidade britânica fluía para outros
países, e um colapso econômico da Grã
Bretanha teria significado a ruína em escala
mundial.”(p.107)
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2. ideia da paz como interesse universal
“na medida em que a paz fosse mantida,
nenhuma mudança operar-se-ia no status
quo que fosse prejudicial à França ou à GrãBretanha.” (p.110)
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- “Assim como os apelos por ‘solidariedade nacional’,
em política externa, sempre partem de um grupo
dominante, que pode usar essa solidariedade para
fortalecer seu controle da nação como um todo, os
apelos por solidariedade internacional e união
mundial partem das nações dominantes, que têm
esperança de exercer controle sobre um mundo
unificado” (pg. 111).
“Ordem internaciona’ e ‘solidariedade internacional’
serão sempre slogans dos que se sentem
suficientemente fortes para se imporem sobre
outros” (pg. 114).
- “A falência da visão utópica reside não em seu
fracasso em viver segundo seus princípios, mas no
desmascaramento de sua inabilidade em criar
qualquer padrão absoluto e desinteressado para a
condução dos problemas internacionais” (pg. 115).
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Ausência do indivíduo;
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Questionamento da moral;
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Questionamento da verdade absoluta
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Vinte anos de crise 1919