IMMANUEL KANT
(1724-1804)
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS
COSTUMES
Prof. Ricardo Lima - Filosofia
Boa ideia…! Assim
já posso ir de férias.
O Homem deve
também
acreditar no Homem
Perguntas fundamentais:
O De que depende o valor moral de
uma ação?
O Qual o princípio que deve servir de
fundamento à ação, moralmente boa?
O Qual o critério que me é fornecido
para avaliar as ações morais? Em que
nos baseamos para essa avaliação?
Quais os principais anseios do ser
humano?
O Felicidade
O Será a felicidade uma coisa boa?
O Se for atingida por motivos menos positivos,
ela não é boa. Por exemplo: um sádico pode
alcançar felicidade se causar sofrimento às
pessoas.
O Acima de tudo a felicidade tem de ser
merecida.
Pode, então, a felicidade ser um
princípio moral?
O Isto é, a felicidade pode ser um critério de
avaliação e, simultaneamente, um princípio,
uma crença básica fundamental do ponto
de vista ético?
O Para tal, é necessário que a felicidade seja
um critério
universal.
Para ser universal um princípio
tem de:
O Tem de servir O Tem de se assumir
de igual modo como uma coisa
boa em si. Uma
para todo o
coisa boa em si
ser humano.
(fim em si mesmo)
corresponde à sua
boa intenção, e
não aos seus
resultados.
A felicidade possui estas
características?
O Para Kant,
NÃO!
O O conceito de felicidade não é universal:
para um assassino a felicidade é atingida
matando;
O Assim, a felicidade é contingente, depende
de vários fatores e de várias motivações.
O Logo, a felicidade não é uma coisa boa em
si.
O que há de mais universal?
boa
vontade.
O Só a
Qual o seu significado?
O A vontade corresponde à própria intenção.
Posso
ser
corajoso,
inteligente,
perseverante, se não houver uma boa
vontade, uma boa intenção, então todas
estas virtudes poderão tornar-se más.
O Se, pelo contrário, estas virtudes forem
executadas com boa vontade, então tornarse-ão também boas.
Qual a relação entre a boa vontade
e a relação com os outros?
O Age de tal forma que trates a humanidade,
na tua pessoa ou na pessoa de outrem,
sempre como um fim e nunca apenas como
um meio. (Imperativo categórico)
O Por que razão devemos tratar a
humanidade como um fim em si mesmo?
1
As coisas só têm valor se houver uma pessoa que lhe atribua
finalidade.
2
Os agentes têm valor intrínseco, isto é têm dignidade.
São agentes livres, racionais, capazes de tomar as suas
mesmas decisões, estabelecer objectivos e guiar a sua conduta
pela razão.
Como seres racionais,
devem ser respeitados
pela sua racionalidade
Logo, seu valor é absoluto
e não é comparável com o
valor de outra coisa.
É desejável mentir?
O O argumento de Kant:
1-Devemos fazer apenas aquelas acções que estejam
em conformidade com regras que possamos desejar
ver adoptadas universalmente.
2- Se mentíssemos, estaríamos a seguir a regra «é
permissível mentir».
3- Esta regra não poderia ser adoptada universalmente,
porque se derrotaria a si mesma: as pessoas
deixariam de acreditar umas nas outras, e então
deixaria de valer a pena viver.
4- Logo, não devemos mentir.
Críticas
O 1. No ponto dois do argumento, pode-se
questionar que regras poderiam ser essas.
Há situações em que mentir pode tornar-se
universal. É permissível mentir quando fazêlo salva a vida de uma pessoa.
Críticas (cont.)
O 2. Vejamos a seguinte situação:
O caso da pergunta do assassino
Suponhamos que alguém foge de um
assassino e lhe diz que vai para casa
esconder-se. O assassino chega e, fazendose passar por inocente, pergunta para onde
o homem foi. Se disser a verdade, o homem
morre. Suponha-se ainda que o assassino
está a dirigir-se para o sítio onde se esconde
o homem. O que fazer?
Críticas (cont.)
O Eis a resposta de Kant:
O Pensamos, por vezes, que as consequências de dizer a verdade seriam
más e as consequências da mentira seriam boas. Porém, nunca
podemos ter a certeza das consequências das nossas ações. Os
resultados de uma mentira podem ser inesperadamente maus. Logo, o
melhor a fazer é evitar o mal conhecido e arcar com as consequências.
Mesmo que as consequências sejam más, não serão culpa nossa.
Não somos responsáveis por quaisquer más
consequências de dizer a verdade?
Aspectos positivos
O Com Kant encontramos as razões para
acreditar que ninguém é especial em termos
éticos (não posso afirmar que é errado
alguém beber a minha cerveja e depois eu
beber a cerveja de alguém).
O A máxima universal afirma que qualquer
decisão se justifica se estivermos dispostos
a vê-la aceite por todos nas mesmas
circunstâncias.
Download

I. KANT - Webnode