CRESCIMENTO E
PERSPECTIVAS DA
PARTICIPAÇÃO DA
ENERGIA SOLAR NO
BRASIL
Dr. Rogers Demonti
Pesquisador do Instituto de
Tecnologia para o
Desenvolvimento - Lactec
Cenário atual
• Ao longo das três últimas décadas,
a energia solar fotovoltaica
apresentou um aumento
significativo da sua eficiência e
rentabilidade por meio de
inovações e experiências
adquiridas na sua produção.
• Entretanto, ainda possui um custo
maior em relação às principais
fontes de energia.
• No mundo:
• 95% Sistemas interligados à rede
comercial.
• 5% Sistemas isolados.
• No Brasil:
• 10% Sistemas interligados à rede
comercial.
• 90% Sistemas isolados.
• Espaço para expansão da
utilização.
Energia e tendências
• A região do Brasil menos
ensolarada tem 40% mais radiação
do que o local mais ensolarado da
Alemanha.
• Investidores e grandes empresas
têm sondado o mercado para
instalação de energia termosolar e
fotovoltaica.
O Brasil tem grandes reservas de
silício de alta qualidade;
Instalação de indústrias de
processamento, inclusive para
exportação.
A tendência observada é que estas
indústrias estão mais interessadas
em abastecer o mercado externo.
Prof. Roberto Zilles, USP
Revista GTD, 42ª Ed., Mar/Abr 2011. Lumière.
É viável?
• A participação da energia eólica cresceu no país nos últimos anos e a
opção mostra-se hoje como economicamente viável. Já o setor da energia
solar ainda é "tímido", e sua participação na matriz brasileira é hoje
considerada residual.
www.globo.com, 15/02/2011
Custo de produção
• Custo: R$ 400,00 a R$
600,00 para cada MWh
gerado.
• Porém a energia solar FV
compete com a tarifa da
energia entregue ao
consumidor final.
− São Paulo: R$ 350,00/MWh
− Belo Horizionte: R$
580,00/MWh.
Prof. Roberto Zilles, USP
Custos totais de produção, por MWh, para cada
tecnologia.
http://www.portal-energia.com
Regras para interconexão e comercialização
Não há regras, ainda!
•
•
•
•
Concessionárias (ponto de conexão) não conhecem a tecnologia;
Regulamentação inexistente;
Mercado está despertando interesse no Brasil;
Entidades começam a se organizar
− Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
− GT Leilão;
− GT Mercado;
− GT Inversores/Equipamentos;
− GT Tributário
− GT Normas
Aneel - Chamada nº 013 - Agosto /2011
• Projeto estratégico: “Arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração solar na
matriz energética brasileira”
• Objetivos
− Facilitar a inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira;
− Viabilizar a produção, instalação e monitoramento da geração solar;
− Incentivar o desenvolvimento no país de toda a cadeia produtiva da indústria solar
fotovoltaica;
− Fomentar o treinamento e a capacitação de técnicos especializados (universidades,
escolas técnicas e empresas. Propiciar a capacitação laboratorial.
− Identificar possibilidades de otimização dos recursos energéticos, considerando o
planejamento integrado dos recursos e a identificação de complementaridade
horossazonal e energética entre a fonte solar fotovoltaica e as fontes disponíveis;
− Estimular a redução de custos da geração solar fotovoltaica com vistas a promover a
sua competição com as demais fontes de energia;
− Propor e justificar aperfeiçoamentos regulatórios e/ou desoneramentos tributários
que favoreçam a viabilidade econômica da geração solar fotovoltaica.
Aneel - Chamada nº 013 - Agosto /2011
• Como?
O projeto deverá incluir:
Instalação de uma usina solar fotovoltaica, conectada direta ou
indiretamente por meio de unidades consumidoras à rede de distribuição
e/ou transmissão de energia elétrica, com capacidade instalada entre 0,5
MWp e 3,0 MWp;
Medições, impactos, intercâmbios, inventários de locais, análise de custos,
etc.
Fatores de aceleração
• Questões ambientais;
• Aumento da demanda de energia
elétrica;
• Copa do mundo de 2014;
• Estádios “verdes”
• Tecnologia Smart Grid
Energia solar térmica
• Hoje é utilizada em pequenas
quantidades, em residências,
hotéis e hospitais.
• Tendência de criação de grandes
projetos
• Exemplo
• Coremas – Paraíba – 50 MW.
• Espelhos parabólicos;
• Possíveis ampliações para até
300 MW;
Desafios
• Conceber um sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação.
(aproveitar as oportunidades geradas pela próxima onda de desenvolvimento de baixo
carbono).
• Estabelecer uma estratégia nacional de pesquisa e desenvolvimento que
tenha como objetivo a redução da dependência de transferências
tecnológicas dos países desenvolvidos.
(a ausência de ações efetivas já é capaz de comprometer uma maior capacitação da
indústria local para suprir de forma competitiva os componentes, sistemas e softwares
relacionados à tecnologia para produção de energia fotovoltaica).
• Não se basear no fato de já possuir uma matriz energética limpa.
(seria o pior cenário para a energia fotovoltaica no Brasil).
• Posicionar-se nesse movimento global.
(constituir as bases da transição tecnológica para uma economia de baixo carbono,
reduzindo externalidades negativas ao meio ambiente e proporcionando uma maior
sustentabilidade do desenvolvimento econômico).
Instituto de Tecnologia para o
Desenvolvimento - Lactec
FIM
Rogers Demonti
[email protected]
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