FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS COLETA SELETIVA: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE, TRABALHADORES E PODER PÚBLICO NA GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS SILVA, R. B. G.(1), VENTURINI FILHO, W. G.(2), PUPO, H. F.(3), FERREIRA, M. Z.(1), GAMBA, V. S.(1), BERTOZZO, F.(3), TONIATO, J.(3), ALVES, C. A.(4), MANSANO, A. R.(4). Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Campus de Botucatu, SP. PROEX/UNESP. (1)Pós-Graduando em Ciência Florestal, FCA/UNESP. (2)Prof. Dr. do Departamento de Horticultura, FCA/UNESP. (3)Pós-Graduando em Agronomia, FCA/UNESP. (4)Graduando em Ciências Biológicas, IBB/UNESP. INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a última pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo IBGE, 180.000 A articulação entre os agentes referidos resultou na implantação da coleta seletiva em todo o toneladas de resíduos sólidos foram produzidas, por dia, pelos 5.565 municípios brasileiros. Desses Campus Lageado e nas áreas norte e central da cidade. Com isso, estimou-se que, por ano, municípios, apenas 18% têm programas de coleta seletiva, ou seja, recolhem materiais passíveis de foram produzidos no Campus 3763 kg de papel; 1588 kg de plástico; 397,3 kg de vidro e 85,9 kg reciclagem. Com esta prática sustentável alguns benefícios podem ser verificados: redução da poluição e de metal, o que correspondem a 0,72; 1,72; 0,78 e 0,14%, respectivamente, do total de cada um do volume de resíduos encaminhado aos aterros sanitários e lixões, bem como economia de matérias desses materiais coletados no município. Essa articulação gerou trinta novos postos de trabalho primas, água e energia. Apesar disso, verifica-se atualmente que, infelizmente, a coleta seletiva é ainda para catadores, que obtém sua renda a partir da comercialização de cerca de 30.000 kg mês-1 de um sistema de recolhimento de materiais pouco empregado no país, fazendo-se necessária a criação de material reciclável. Além disso, a coleta regular de materiais não recicláveis passou a recolher novos mecanismos de gestão e popularização dessa prática na sociedade. menor quantidade de resíduos, provocando diminuição dos custos de todo o sistema de coleta e aterramento final dos resíduos produzidos na cidade. OBJETIVO Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência do Campus Lageado da UNESP de Botucatu na constituição de um sistema de coleta seletiva articulado com o poder público municipal e os catadores de materiais recicláveis para gestão sustentável de resíduos sólidos urbanos. MATERIAL E MÉTODOS Para integrar o sistema de coleta seletiva municipal, o Campus Lageado precisou, primeiramente, se estruturar internamente. Dessa forma, todas as ações necessárias para consecução desse objetivo foram realizadas através do projeto de extensão, apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão da UNESP, intitulado “Implantação de sistema de coleta seletiva no Campus Lageado de Botucatu e quantificação dos resíduos”, em funcionamento desde novembro de 2008. A estruturação da coleta seletiva no Campus foi dividida em três fases: 1) criação e distribuição de materiais de educação ambiental, impresso e digital, sobre o assunto, conscientizando a comunidade acadêmica; 2) instalação de lixeiras próprias e treinamento do setor de limpeza; 3) quantificação do material reciclável (plástico, papel, metal e vidro), por meio de balança eletrônica. A atuação do poder público municipal se deu através da coleta e transporte dos materiais recicláveis até a usina de triagem, por meio de caminhões especialmente adaptados. A usina, equipada com prensa e esteira rolante, foi o ambiente de trabalho dos catadores de materiais recicláveis, responsáveis pela triagem e comercialização dos recicláveis. CONCLUSÃO Desse modo, devido à crescente demanda por novas soluções na área ambiental, a articulação entre a universidade, o poder público local e os trabalhadores caracteriza-se como um modelo importante de gestão sustentável dos resíduos sólidos urbanos, proporcionando, dessa maneira, benefícios sociais (inclusão social de catadores e geração de emprego e renda), ambientais (aumento do tempo de vida útil do aterro sanitário municipal) e educativos (informação e sensibilização da comunidade sobre os problemas do desperdício dos recursos naturais e da poluição).