Técnicas de Remediação
Geólogo Claudio Benedito Baptista Leite
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT
Técnicas de Remediação
Meio Contaminado
Solo
Água
Solo e Água
Contaminante
Vapor
Líquido
Sólido
Tipo de tratamento
Tratamento in situ
Tratamento on site
Tratamento ex situ
Atenuação Natural Monitorada – MNA
Técnica de remediação passiva baseada no
entendimento e na documentação quantitativa
dos processos naturais que ocorrem em um
sitio, protegendo receptores humanos ou
ecológicos de riscos inaceitáveis de exposição.
É uma técnica de tratamento in situ que
aproveita processos naturais para a contenção
de contaminação causada por derrames de
produtos químicos e a redução da
concentração dos contaminantes nos locais
afetados.
Atenuação Natural Monitorada – MNA
MNA envolve o entendimento e a
documentação dos processos naturais que
ocorrem e que reduzem os riscos de exposição
para níveis aceitáveis.
A tecnologia da MNA se sustenta em
conhecimento científico.
Requer estudos pormenorizados das condições
do local, além de um rígido sistemático controle
(monitoramento)
A técnica MNA inclui uma variedade de
processos físicos, químicos ou biológicos
que sob condições favoráveis atuam sem a
intervenção humana na redução da massa,
toxicidade, mobilidade, volume ou
concentração de contaminantes no solo e
água subterrânea.
Incluem a biorremediação, dispersão,
diluição, sorção, volatilização, estabilização
química ou biológica, transformação ou
destruição do contaminante
Processos Naturais
Microorganismos que vivem no solo e
água subterrânea utilizam algumas
moléculas químicas como alimento. Após
a digestão completa da molécula ela
pode ter sido transformada em água e
gases menos perigosos.
Processos Naturais
A molécula química pode ficar
adsorvida ao solo, o que a mantem
presa no local. Este processo não
elimina a molécula, mas evita sua
propagação.
Processos Naturais
Os poluentes se movem através do
solo e água subterrânea, se
misturando com águas limpas,
reduzindo ou diluindo a poluição.
Processos Naturais
Alguns produtos químicos (óleos e
solventes) podem evaporar, mudando do
estado liquido para gasoso no solo. Estes
gases escapam para a atmosfera, se
diluindo ou destruídos pela ação da luz
solar.
Ressalva
A técnica MNA considera que a fonte
de poluição deva ser removida, e para
tanto, outros processos ou técnicas de
remediação podem estar envolvidos.
Vantagens da MNA
Gera volume menores de resíduos de remediação;
Reduz o potencial de transferência do contaminante intra
meios;
Reduz o risco de exposição ao contaminante, ao meio
contaminado e a outros perigos;
Reduz os impactos a outros receptores ambientais
Podem resultar em destruição de contaminantes in situ;
Requer menos intervenção no local;
Potencial para aplicação em todo ou em parte do sítio;
Pode ser aplicado em conjunto com outras técnicas;
Custos menores se comparados a técnicas ativas
Desvantagens
Longo período para atingir os objetivos de
remediação comparável com técnicas ativas;
Caracterização do sítio mais complexa e cara;
Toxicidade ou mobilidade dos produtos gerados
podem exceder a do produto original;
Longo período de monitoramento;
Necessidade de controle institucional devido ao
longo período para encerramento;
Condições hidrológicas e geoquímicas favoráveis
ao processo de atenuação natural podem mudar no
tempo, revertendo as previsões;
A MNA para os contaminantes BTEX o
decaimento ocorre em ambiente oxidante
com a participação de bactérias, tendo
como seqüência natural de consumo de
aceptores de elétrons:
O2  NO3  Mn(IV)  Fe(III)  SO4
Respiração Aeróbia, Redução do Oxigênio
CH2O + O2  CO2 + H2O
Denitrificação
5CH2O + 4NO3ˉ + 4H+  5CO2 + 2N2 + 7H2O
Redução do Manganês
CH2O + 2MnO2 + 4H+  CO2 + 2Mn2+ + 3H2O
Redução do Ferro
CH2O + 4Fe(OH)3 + 8H+  CO2 + 4Fe2+ + 11H2O
Redução do sulfato
2CH2O + SO42ˉ + H+  2CO2 + HSˉ + 11H2O
A experiência aponta que:
1mg de O2 pode degradar 0,32 mg de BTEX
1mg de NO3 pode degradar 0,21 mg BTEX
1mg de SO4 pode degradar 0,21 mg BTEX
1mg de BTEX produz 21,8mg de Fe(II)
1mg de BTEX produz 0,78mg CH4
Capacidade de Biodegradação - BC
BC = (AEi)/Fi
AEi – Concentração de um aceptor de elétrons ou
de um produto de biodegradação
Fi – Fator de utilização – quantidade de aceptor de
elétrons para biodegradação de 1mg de
contaminante orgânico.
Exemplo: Capacidade de biodegradação da
água
possui concentração de
O2 – 6,1mg/L
NO3 – 24,5mg/L
Fe(II) na pluma – 5,4mg/l
SO4 – 43,2mg/l
Dado Fi para O2 = 3,1, para NO3 e SO4 = 4,9,
para Fe(II) = 21,8
Solução:
BCO2 = 6,1/3,1 = 1,9
BCNO3 = 24,5/4,9 = 5,0
BCSO4 = 43,2/4,9 = 9,1
BCFe(II) = 5,4/21,8 = 0,25
BCTotal = 16,3 mg/l
Local clássico – Memidji – Minnesota USA
Zona I – Água referência, O2, pH 7,7, PCO2 baixa
Zona II – pouco O2, Ca, Mg e alcalinidade mais elevada
Zona III – sem O2, 1 mmol/L de ferre dissolvido, muito
Mn, pH<7,0
Zona IV – traços O2, aumenta pH e menor concentração
de Fe
Zona V – Valores parecidos aos da zona I, mas com
traços de Fe e Mn
Bioventing
Consiste na passagem de ar pelo interior da
zona não saturada do solo contaminado,
pelo introdução forçada do ar (extração ou
injeção de ar) para aumentar a concentração
de oxigênio e estimular a biodegradação.
Poços Monitoramento
Poços Monitoramento
Fluxo de ar
Poços Monitoramento
Compressor de ar
Poço de Injeção
Solo Contaminado
Bioventing é uma tecnologia que estimula a
biodegradação natural in situ para qualquer
composto aerobiamente degradável,
disponibilizando oxigênio adicional aos
microorganismos presentes no solo.
Diferentemente da técnica de extração de
vapor do solo, a Bioventing utiliza baixas
taxas de fluxo de ar, para disponibilizar
somente o oxigênio necessário à
sustentação da atividade microbiológica.
O oxigênio é normalmente disponibilizado
por meio da injeção direta do ar no interior
do solo contaminado.
A degradação da fase residual de
contaminantes se realiza pelo movimento
lento do vapor através do solo
biologicamente ativo
Bioventing é uma técnica de remediação
entre média a demorada. O processo de
limpeza do solo pode durar de alguns
meses a vários anos.
Aplicabilidade
A técnica Bioventing tem sido utilizada para
remediar solos contaminados por
hidrocarbonetos de petróleo, solventes não
clorados, alguns pesticidas, preservantes
de madeira, e outros químicos orgânicos.
Pode ser utilizada para alterar o estado de
valência dos contaminantes inorgânicos e
causar sua adsorção, incorporação,
acumulação, etc.
Esta técnica, apesar ainda da escala
experimental, tem mostrado ser promissora
na remoção de contaminantes inorgânicos.
Limitações
Nível d’água pouco profundo, lentes de solo
saturado ou solos pouco permeáveis
diminuem a eficácia da técnica Bioventing
Vapores podem escapar do solo dentro do
raio de influência do poço de injeção. Este
problema pode ser amenizado pela extração
de ar próximo a área alvo
Umidade muito baixa no solo pode limitar a
biodegradação e a eficácia da técnica
Limitações
Aconselhável o monitoramento da perda de
gases pela superfície do solo
Biodegradação aeróbia de muitos
compostos clorados pode não ser eficiente
a menos que haja um co-metabólito
presente, ou um ciclo anaeróbio
Baixas temperaturas podem retardar a
remediação, embora tenha tido sucesso
projetos realizados em climas extremamente
frios
Necessidades de Projeto
O ar precisa passar através de todo o solo
em quantidades adequadas para manter a
condição aeróbia
Precisa estar presente naturalmente no solo
microorganismo em quantidade suficiente
para se obter taxas razoáveis de
biodegradação
Testes pilotos para determinar tanto a
permeabilidade do solo ao ar como a taxa
de respiração microbiológica
Necessidades de Projeto
Granulometria e umidade do solo
influenciam significativamente a
permeabilidade do solo ao gás. Uma das
maiores limitações à permeabilidade do ar é
a umidade excessiva do solo. A combinação
entre nível d’água alto, umidade alta e solo
texturalmente fino tem inviabilizado a
técnica Bioventing em alguns sítios
contaminados nos EUA.
Necessidades de Projeto
Várias características do solo impactam a
atividade microbiológica (pH, umidade e
nutrientes – N e P)
Experimentações mostram que pHs ótimos
para a atividade microbiológica variam entre
6 e 8, entretanto respiração microbiológica
tem sido observada em todos os sítios,
mesmo para solos com pH fora deste range.
Necessidades de projeto
Umidade muito alta pode reduzir a
permeabilidade do solo ao ar e a capacidade de
transferência de oxigênio. Umidade muito baixa
pode inibir a atividade microbiológica.
Experiências americanas têm encontrado taxas
adequadas de biodegradação com umidade a
base de massa entre 2 a 5%.
Para climas extremamente áridos tem sido
possível aumentar a taxa de biodegradação
através da irrigação ou umidificação do ar
injetado.
Necessidades de projeto
As taxas de degradação de hidrocarbonetos
são quase sempre estimadas pela taxa de
utilização de oxigênio usando uma simples
relação estequiométrica com a assunção de
que todo oxigênio perdido se deve a
mineralização dos hidrocarbonetos pelos
microorganismos. Entretanto, a relação
estequiométrica não considera a produção de
biomassa e as reações de oxidação.
Necessidades de projeto
O oxigênio serve como aceptor final de elétrons
não somente na degradação da matéria
orgânica, mas também na oxidação de
compostos inorgânicos reduzidos pelos
microorganismos que obtém energia através da
oxidação química.
Medidas da utilização de oxigênio em áreas não
contaminadas próximas são utilizadas para
quantificar as reações de oxidação inorgânica.
Biorremediação Estimulada
Consiste na estimulação da atividade
natural dos microorganismos pela
introdução e circulação de uma solução
através do solo contaminado contendo
nutrientes e oxigênio ou ainda pela
introducao de microorganismos
especialistas.
Ambiente Aeróbio
Na presença de condições aeróbias (quantidade
suficiente de oxigênio) e demais nutrientes, os
microorganismos convertem quantidades
significativas de contaminantes orgânicos em
dióxido de carbono, água e massa celular.
A Biorremediação Forcada de solos envolve a
percolação ou injeção de uma mistura de
nutrientes e água não contaminada saturada em
oxigênio dissolvido.
Ambiente Aeróbio
Alguns microorganismos aclimatados e outras
fontes de oxigênio tais como peróxido de
hidrogênio podem ser adicionados.
Trincheiras ou aspersão são utilizadas em
locais com nível d’água rasos e poços de
injeção são utilizados para solo profundos
contaminados.
Ambiente Aeróbio
Embora a biorremediação in situ tenha
funcionado em climas frios, a baixa temperatura
reduz o processo de biorremediação.
Para sítios contaminados sob baixas
temperaturas, mantas aquecedoras podem ser
utilizadas para cobrir o solo, aumentar a
temperatura e a taxa de degradação.
Biorremediação Forcada pose ser classificada
como uma técnica demorada, que pode levar
vários anos para limpar uma pluma.
Meio Anaeróbio
Na ausência de oxigênio, o contaminante
orgânico será metabolizado a:
metano, quantidade limitada de dióxido de
carbono e quantidades traços do gás
hidrogênio.
Sob condições redutoras outros elementos
assumem o papel de aceptores de elétrons:
o sulfato é convertido a sulfito ou a enxofre,
o nitrato a gás nitrogênio.
Meio Anaeróbio
Alguns contaminantes podem ser
degradados a produtos intermediários ou
finais que podem ser menos, igual ou mais
perigosos que os produtos originais.
P. Ex o TCE anaerobiamente degradado a
Cloreto de Vinil, que é mais persistente e
tóxico.
O Cloreto de Vinil pode facilmente ser
quebrado em condições aeróbias.
Fitorremediação
Técnica que usa plantas para remover,
transferir, estabilizar ou destruir
contaminantes no solo.
A Fitorremediação se realiza pela
biodegradação na rizosfera, fitoextração,
fitodegradação e fitoestabilização.
Biodegradação na rizosfera
Substancias naturais liberadas pelas raízes das
plantas suprem a demanda de nutrientes pelos
microorganismos, potencializando suas
atividades biológicas.
Fitoacumulação
Absorção de contaminantes pelas raízes e sua
translocação ou acumulação na matéria seca
ou folhas.
Fitodegradação
Metabolize de contaminantes no interior dos
tecidos da planta por enzimas tais como
dehalogenase e oxigenase.
Investigações mostram que compostos
aromáticos e alifáticos clorados são
passiveis de fitodegradação.
Fitoestabilização
Fenômeno de produção de compostos
químicos pela planta para imobilizar
contaminantes na interface raízes/solo.
Aplicabilidade
Para remediação de metais, pesticidas,
solventes, explosivos, petróleo e chorume.
Algumas espécies tem capacidade de
armazenar metais em suas raízes. Como as
raízes se tornam saturadas com metais,
podem ser colhidas.
Plantas hiperacumuladoras podem remover
e armazenar quantidades significativa de
contaminantes metálicos.
Aplicabilidade
No momento se realizam pesquisas para
identificar plantas com capacidade de
remover compostos orgânicos da água
subterrânea.
Translocação, transpiração e metabólize
para dióxido de carbono ou tecido da planta.
Limitações
A profundidade da zona de tratamento é
determinada pela planta escolhida na
fitorremediação. Na maioria dos casos, é
limitada a solos rasos.
Altas concentrações de contaminantes perigos
podem ser tóxicos as plantas.
Dependendo do local pode apresentar
comportamento sazonal
Limitações
Pode transferir contaminante entre meios solo
para ar.
Não é eficaz para contaminantes fortemente
adsorvido (p.ex. PCBs)
Produtos podem ser mobilizados para a água
subterrânea ou bioacumulado em animais.
Encontra-se ainda em estágios experimentais
Não existem ainda referencias reguladoras
Necessidades de Projeto
Dados de meio físico
Qualidade agronômica do solo
Estudos da dinâmica da água em meio não
saturado
Concentração de oxigênio redutivo
Estudos relativos ao crescimento das raízes
e a estrutura do sistema radicular
Oxidação Química
Converte contaminantes perigosos a não
perigosos ou menos tóxicos mais estáveis,
menos moveis ou inertes.
Os agentes oxidantes mais utilizados são o
ozônio, permanganato, peróxido de
hidrogênio, hipocloritos, cloro, e dióxido de
cloro.
Caracteristicas dos Oxidantes
Capacidade de destruição química rápida e
completa de muitos orgânicos tóxicos
Degradação parcial de contaminantes,
auxiliar em processos de biorremediação
subseqüentes
Apresentam alta performance, p.ex. maior
que 90% para alifáticos insaturados (TCE) e
compostos aromaticos (Benzeno)
Taxa de reação muito rápida
Adição de Ozônio
Oxida contaminantes diretamente ou por
meio da formação de radicais hidroxila.
Como os peróxidos, é mais eficaz em
sistema com pH ácido.
As reações de oxidação são extremamente
rápidos.
Adição de Ozônio
Devido a a alta reatividade e instabilidade
do Ozônio, este é produzido on site, e
requer pontos de injeção muito próximo a
área de interesse (p. ex poços de
injeção).
A decomposição in situ do Ozônio é
benéfica pela oxigenação bioestimulação
Uso de Peróxido
O H2O2 líquido na presença de Feo nativo ou
ferro ferroso (Fe+2) produz o Reação Fenton,
que produz radical hidroxila livre (OH-).
Este oxidante não especifico forte pode
rapidamente degradar uma variedade de
compostos orgânicos.
Oxidação pela Reação de Fenton é muito
efetiva sob pHs muito ácido (pH 2 a 4)
São reações extremamente rápidas.
Permanganato
Reações estequiométricas complexas.
Múltiplos estados de valência
Pode participar de numerosas reações.
Dependendo do pH, a reação pode incluir a
destruição do contaminante.
As reações com permanganato são mais
eficazes em pHs entre 3,5 e 12
Aplicabilidade
A taxa e extensão da degradação do
contaminante são ditadas pelas
propriedades do composto e sua
suscetibilidade a degradação oxidativa
Depende das condições de pH, temperatura,
concentração de oxidantes, e da
concentração de outras substancias
consumidoras de oxidantes tais como
matéria orgânica natural e minerais
reduzidos assim como carbonatos, etc.
Aplicabilidade
Dada a rápida e indiscriminada taxa de
reação dos oxidantes com substancias
reduzidas, a técnica de aplicação em
subsuperfície é de fundamental
importância.
Sistemas de aplicação de oxidantes
normalmente utilizam poços de injeção
verticais ou horizontais com advecção
forcada para rapidamente mover o
oxidante em subsuperfície.
Aplicabilidade
O permanganato é relativamente mais
estável e mais persistente em
subsuperfície, e como resultado pode
migrar por processos difusivos. Deve se
considerado o efeito oxidante em todo o
sistema.
As reações de oxidação podem diminuir o
pH do sistema se não for barrado
eficientemente.
Aplicabilidade
Outros efeitos potenciais induzidos pela
oxidação
Formação de colóides com redução de
permeabilidade
Remobilização de metais adsorvidos por
meio de troca
Formação de outros produtos tóxicos
Perturbação biológica, etc.
Limitações
Manipulação de grandes quantidades de
químicos oxidantes perigosos
Alguns compostos orgânicos são
resistentes a oxidação
Existe um potencial de efeitos colaterais
induzidos cujo controle pode aumentar
custos.
Necessidades de Projeto
Controle das reações químicas
Controle do transporte dos químicos
Equipes treinadas para operação o sistema
Manipulação segura dos produtos
Gerenciamento da remediação
Testes expeditos, modelos matemáticos e
estudos em escala de laboratório e campo.
Remediação Eletrocinética
Processo que remove metais e compostos
orgânicos de solos com baixa
permeabilidade.
Utiliza processos eletroquímicos e
eletrocinéticos para liberar contaminantes
metálicos e orgânicos polares adsorvidos
Como Funciona
Aplicação direta de corrente elétrica de
baixa intensidade no solo por meio de
eletrodos com arranjo especifico
Este “choque” elétrico mobiliza espécies
eletronicamente carregadas que se
deslocam na forma de íons para os
eletrodos.
Como Funciona
Íons metálicos, íons amônio, e compostos
orgânicos positivamente carregados se
movem para o catodo.
Anions como cloreto, cianeto, fluoreto,
nitrato e compostos orgânicos
negativamente carregados se movem para o
anodo.
Como Funciona
Íons metálicos, íons amônio, e compostos
orgânicos positivamente carregados se
movem para o catodo.
Anions cloreto, cianeto, fluoreto, nitrato e
compostos orgânicos negativamente
carregados se movem para o anodo.
A corrente elétrica cria uma frente ácida no
anodo que ajuda a mobilizar contaminantes
metálicos adsorvidos para o catodo.
Os mecanismos de transporte envolvidos
no interior do solo para um ou outro
eletrodo são a eletromigração e a
eletroosmose.
Na eletromigração as partículas carregadas
são transportadas através do substrato
Na eletroosmose é o liquido contendo íons
que se desloca relativamente a uma
superfície estacionaria carregada.
Aplicabilidade
Os contaminantes alvos para a Remediação
Eletrocinética são metais, anions e
orgânicos polares em solo, sendo mais
aplicável para solos pouco permeáveis,
argilosos ou silto-argilosos mal drenados
Limitações
Umidade menor que 10%. A máxima
eficiência ocorre com umidade entre 14/18%
Sítios com alta condutividade elétrica reduz
a eficiência da técnica
Eletrodos metálicos podem ser dissolvidos
como resultado da eletrolise
É mais efetiva para solos argilosos
Reações de óxido-redução podem formar
produtos indesejáveis (p.ex. gás cloro)
Fraturamento do Solo
Aumento da permeabilidade em solos pouco
permeáveis pela abertura de fissuras,
aumentando a eficiência de muitos
processos in situ
É uma técnica auxiliar concebida para
aumentar a eficiência de outras tecnologias.
O fraturamento do solo estende, alarga
fissuras existentes e introduz novas
fraturas.
Após o processo de fraturamento, o solo e
submetido a técnicas adicionais de
remediação
Aplicabilidade
Utilizada para fraturamento de solos
consolidados e pouco permeáveis.
Independe do grupo de contaminantes.
Limitações
Inadequada para áreas com atividades
sísmicas.
Fraturas fecham em solos não argilosos
Potencial de abrir caminhos adicionais para
contaminantes que não ser quer
espalhamentos (DNAPL)
Necessidades de Projeto
Profundidade e área da contaminação
Concentração dos contaminantes
Tipo e propriedades do solo (estrutura,
conteúdo de matéria orgânica, textura,
permeabilidade, capacidade de retenção de
água e umidade)
Lavagem do Solo
Injeção ou aplicação de água ou água
contendo algum aditivo no solo para
melhorar a solubilidade de contaminantes,
que serão extraídos e tratados
Descrição
Lavagem do solo in situ, com água ou outra
solução aquosa especifica, para extração de
contaminantes.
O processo se realiza pela passagem da
água nos espaços porais do solo por meio
de infiltração ou poços de injeção. A
recuperação do fluído se faz por meio de
poços de extração.
Cossolvência
Consiste na injeção ou infiltração de uma
mistura solvente (p.ex. água e álcool) no
interior da zona vadosa, zona saturada ou
ambas objetivando a alteração de
propriedades dinâmicas do fluído, para
extração de contaminantes orgânicos
Pode ser aplicado tanto para movimentar o
contaminante como dissolver plumas
associadas a eles.
Os projetos utilizando a técnica de Lavagem
do Solo são moderadamente demorados
Aplicabilidade
O grupo alvo para a técnica de Lavagem do
Solo são principalmente os metais, podendo
também ser aplicado ao tratamento de
VOCs, SVOCs, combustíveis e pesticidas
Limitações
Solos pouco permeaveis e heterogeneos
Surfactantes podem aderir ao solo e reduzir
a porosidade efetiva.
Reações fluido de lavagem/solo podem
reduzir a mobilidade do contaminante.
Necessidade de controle dos contaminantes
carreados assim como o fluido utilizado
deve ser controlado e recapturado
Custo de tratamento em superfície pode
limitar o aplicação da técnica.
Necessidades do projeto
Testes de tratabilidade dos fluídos
recuperados
Propriedades físico-químicas do solo
(permeabilidade, estrutura e textura do solo,
porosidade, umidade, Carbono Orgânico,
CTC, pH e armazenamento
Características do contaminante
(solubilidade, coeficiente de partição,
produtos, potencial redox e constante de
estabilidade)
EXTRAÇÃO DE VAPORES DO SOLO
Processo para separação física de vapores
do solo. A técnica é relativamente sensível,
permitindo remoção de VOC e alguns semivoláteis da zona não-saturada do solo. São
utilizados poços de extração e poços de
injeção de ar
EXTRAÇÃO DE VAPORES DO SOLO
Poço para
injeção
de ar
Compostos orgânicos
voláteis
na forma gasosa
Bomba de
vácuo
Sistema de
tratamento
Respirador
Poço para extração
de vapores
Nível freático
Zona não
saturada
Zona
saturada
EXTRAÇÃO DE VAPORES DO SOLO
(Enhanced)
EXTRAÇÃO DE VAPORES DO SOLO
(Enhanced)
PRINCÍPIOS DA TÉCNICA




sistema de poços de extração de vapores e
poços de injeção de ar
os vapores extraídos são submetidos a
tratamento de adsorção por carvão ativado,
incineração, oxidação catalítica ou
condensação. O tratamento selecionado
dependerá do tipo e da concentração dos s
contaminantes presentes
a extração pode ser potencializada pela
injeção de ar aquecido
é possível a injeção de ar, para extração de
vapores da zona saturada
CONTEXTO




contaminantes são extraídos na forma de vapor
o oxigênio injetado no meio subsuperficial pode
estimular a biocorreção
é uma técnica muito usada
com a injeção de ar, estende-se a extração de
vapores para contaminantes presentes na água
Seqüência de Técnicas Comuns para Remediação
de VOCs não halogenados
Seqüência de Técnicas Comuns para Remediação
de VOCs halogenados
Seqüência de Técnicas Comuns para Remediação
de SVOCs não halogenados
Seqüência de Técnicas Comuns para Remediação
de SVOCs halogenados (ex situ)
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Técnicas de Remediação Geólogo Claudio