Grandes Navegações • A Centralização do poder nas mãos do rei absoluto facilitou a busca de novas terras para a nobreza e de novas rotas comerciais para a burguesia. Mas você lembra por que era importante para o mundo Europeu buscar novas rotas comerciais? • Grandes Navegações • O que está por trás das GRANDES NAVEGAÇÕES é uma série de transformações características da modernidade. (século XV ao XVIII) • Trata-se de um período posterior à chamada CRISE DO SÉCULO XIV, que acaba com o sistema feudal e inaugura um novo período na história humana. Grandes Navegações • Um dos MOTIVOS para a busca de novas rotas comerciais foi a tomada de Constantinopla em 1453 pelos Turcos. Constantinopla era o mais importante entreposto comercial na rota de comércio com o ORIENTE. Muralhas de Constantinopla. Eram consideradas invencíveis! Grandes Navegações • Os Turcos, que conquistaram Constantinopla, não impediram exatamente o comércio com o Oriente (China e Índia), mas começaram a cobrar altas taxas para a passagem das especiarias. • Você lembra o que eram as especiarias? Por que eram importantes para o mundo ocidental? Inovações • No século XIV, os navegantes italianos já traçavam mapas quase exatos das costas européias. Com a necessidade de impulsionar a navegação para além desses limites, retomavam-se os estudos de Ptolomeu sobre a esfericidade da Terra. Surge a caravela, equipada com velas triangulares, que permitiam navegar em alto-mar e junta à costa. Vários instrumentos náuticos foram inventados ou adaptados às novas necessidades. Foi o caso da bússola e do astrolábio, originários do Oriente. A invenção da imprensa, por sua vez, propiciou a divulgação das novas técnicas e o intercâmbio de informações. Grandes Navegações • O país pioneiro nas grande navegações foi Portugal. Entre os motivos do PIONEIRISMO PORTUGUÊS ESTÃO: • 1) Precoce centralização política pelas guerras de Reconquista; • 2) Localização privilegiada; • 3) História anterior de navegação; • 4) Domínio de novas técnicas de navegação (Ex: a bússola, a caravela). Portugal: o pioneiro • O mais importante fator do pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações foi o fato de Portugal ter um governo forte, centralizado na pessoa do rei, e cujo interesse fundamental eram as atividades comerciais. A partir da Revolução de Avis, a vida política portuguesa passou a girar em torno do rei. E os reis da dinastia de Avis, conduzida ao trono com o apoio dos comerciantes, empenharam-se principalmente em levar adiante empreendimentos de natureza essencialmente comercial. Vasco da Gama – navegador Português. Grandes Navegações • O segundo país a se lançar na expansão foi a Espanha depois que Isabel de Castela se casa com Fernando de Aragão em 1462. Ao lado o navegador genovês Cristóvão Colombo, que fez a mais importante viagem para os “reis católicos”. Grandes Navegações • Apenas Estados centralizados conseguiriam fazer as navegações. Sabe por quê? Observe as imagens acima. Mapa das Grandes Navegações Grandes Navegações • Alguns nomes importantes para a história da navegação: Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, Fernão Magalhães, Pedro Álvares Cabral. Portugal e Espanha chegam a terras desconhecidas pelos Europeus: o continente Americano • Pouco depois do retorno de Vasco da Gama a Portugal, o Rei Dom Manuel, o Venturoso, mandou organizar uma esquadra com o objetivo de garantir a supremacia portuguesa na Índia. Outra finalidade da expedição era difundir a religião cristã entre os pagãos. Nesse contexto das Grandes Navegações o navegador genovês Cristovão Colombo chega à América a mando dos reis Espanhóis em 1492 e Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil em 1500. Espanha • Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. • Partir Oceano adentro era uma tarefa muito difícil Grandes Navegações para as pessoas desse mundo. Ainda muito influenciados pelas crenças medievais (lembre-se estamos numa sociedade de transição, onde o velho e o novo coexistem). Muitos ainda não sabiam que o mundo é uma esfera, e todos acreditava em monstros nesse mar perigoso e desconhecido. Monstro do mar • DO OUTRO LADO DO MAR TENEBROSO • Águas fervilhantes, ares envenenados, animais fantásticos e canibais monstruosos espreitavam a imaginação dos que desciam o Atlântico em direção ao sul. • Quando o navegador da Ordem de Cristo Gil Eanes passou o Cabo Bojador, um pouco ao sul das ilhas Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico, estava desmontando uma mitologia milenar. Acreditava-se que depois do cabo começava o Mar Tenebroso, onde a água fumegava sob o sol, imensas serpentes comeriam os desgraçados que caíssem no oceano, o ar seria envenenado, os brancos virariam pretos, haveria cobras com rostos humanos, gigantes, dragões e canibais com a cabeça no ventre. • Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não havia nada de especial, Eanes abriu o caminho para o sul. • Adaptado de:"Super Interessante", fevereiro de 1998, p.39. • A grande expansão marítima de Portugal, em que tinha como principal concorrente a Espanha, levou a que os reis dos dois países Ibéricos assinassem o tratado de Tordesilhas pelo qual o mundo foi dividido em duas partes por uma linha de pólo a pólo que passava a 370 léguas a ocidente das Ilhas de Cabo Verde. Tratado de Tordesilhas • O Tratado de Tordesilhas permitiu a Portugal o domínio do comércio com o oriente asiático e a possessão do Brasil. Cartografia diferente • Iluminura de uma enciclopédia medieval de Barthélemy l'Anglais, "Livre des propriétés des choses" (Livro das Propriedades das Coisas), composta no século XV. Cartografia Mapa centrado no hemisfério Sul, concebido pelo cartógrafo al-Idrisi em 1154, Mapa feito por Martin Waldssmüller depois da viagem de Américo Vespúcio Mapa Mundi de Ptolomeu Mapa-múndi desenhado em 1482 a partir das tabelas do tratado Introdução à Geografia de Cláudio Ptolomeu. Os Lusíadas – Canto 1 As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram. E também as memórias gloriosas • Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. • Relacione o texto com a expansão e os descobrimentos