Predição de Relacionamentos Paulo Soares Roteiro • Introdução • Métricas • Abordagens – Não temporal – Temporal • Aplicações • Caso prático • Conclusão Introdução • Crescimento das redes sociais nos últimos anos • Disponibilidade das redes para estudo • Redes sociais são muito dinâmicas • Possuem ligações esparsas Introdução • Tipos de redes sociais – – – – Coautoria. Ex.: DBLP, arXiv Relacionamentos. Ex. Facebook, Orkut Citação. Ex. CiteSeer Atores. Ex. IMDb • Problema 1. Predizer, com certa precisão, que ligações irão ocorrer na rede em um determinado intervalo de tempo futuro. 2. Inferir relacionamentos “perdidos” em uma rede observada. Representação Alan Alice Bob ? V = {Alan, Alice, Bob} E = {(Alan, Alice),(Alan, Bob))} G = <V,E> Métricas • Similaridade entre dois nós de uma rede • Características relacionais – Áreas de pesquisa, gostos, comunidades... • Características topológicas – Baseadas na vizinhança • Preferential attachment, common neighbors... – Baseadas em distância • Katz, hitting time Métricas • Preferential Attachment 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = |Γ 𝑥 |. |Γ 𝑦 | e d a Γ 𝑎 =2 Γ 𝑏 =2 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 = 4 b c Prós: baseado no efeito “rich-get-richer” Contras: ainda que bem conectados, nós distantes na rede provavelmente nunca formarão links no futuro Métricas • Common Neighbors 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = |Γ 𝑥 ∩ Γ 𝑦 | Γ 𝑥 ∩ Γ 𝑦 = {𝑐, 𝑑} e 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 = 2 d a b c Prós: amizades tendem a se formar intermediadas por nós em comum Contras: os nós em comum podem ser hubs Métricas • Adamic/Adar 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = 𝑧 ∈ Γ 𝑥 ∩Γ 𝑦 Γ 𝑥 ∩ Γ 𝑦 = {𝑐, 𝑑} e 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 = d a 1 log(Γ 𝑧 ) 1 1 + log(2) log(3) b c Prós: minimiza efeitos dos hubs como vizinhos em comum Contras: análise da rede localmente = 5.42 Métricas • Katz ∞ β𝑙 . |𝑝𝑎𝑡ℎ𝑠 <𝑙> (𝑥, 𝑦)| 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = 𝑙=1 β = 0.05; e 𝑙 = 1; |𝑝𝑎𝑡ℎ𝑠 <1> 𝑎, 𝑏 | = 0 𝑙 = 2; |𝑝𝑎𝑡ℎ𝑠 <2> 𝑎, 𝑏 | = 2 d a b 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 = 0.05 ∗ 0 + 0.0025 ∗ 2 = 0.005 c Prós: minimiza efeitos da análise local Contras: alto custo computacional Métricas • Hitting Time 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = −(𝐻𝑥,𝑦 . 𝜋𝑦 + 𝐻𝑦,𝑥 . 𝜋𝑥 ) 𝐻𝑥,𝑦 = nº de passos até atingir “y” a partir de “x” com random walking. 𝜋𝑥 = probabilidade estacionária de “x”. Prós: métrica probabilista Contras: apresenta resultados inferiores a outros algoritmos baseados no mesmo princípio Abordagens • Não temporal – Usam um snapshot da rede no tempo t, para predizer novos relacionamentos no período entre t e um tempo futuro t’ 1. Ranqueamento 2. Aprendizagem de máquina Ranqueamento • Algoritmo 1. Computar scores para cada par de vértices que não formam links no conjunto de treinamento 2. Ranquear os scores em ordem decrescente 3. Determinar um limiar de corte 4. Classificar os pares acima desse limiar como positivos (formam ligações) e os abaixo como negativos (não formam ligações). • Não considera remoção de arestas (geralmente) Ranqueamento • Ex. Common Neighbors e d a b 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 𝑎, 𝑒 𝑏, 𝑒 𝑐, 𝑑 𝑐, 𝑒 =2 =1 =1 =2 =0 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑎, 𝑏 𝑐, 𝑑 𝑎, 𝑒 𝑏, 𝑒 𝑐, 𝑒 =2 =2 =1 =1 =0 e c Rede no tempo t d a b c Possível rede no tempo t’ Aprendizagem de Máquina • Algoritmo 1. Gerar feature vector para cada par de vértices que não formam links no conjunto de treinamento 2. Utilizar algum classificador (ex. SVM) para construir o modelo de predição • Classes – 0. Não possui ligação – 1. Possui ligação • Não considera remoção de arestas (geralmente) Aprendizagem de Máquina • Ex. Feature vector: (pa,cn,aa,classe) e d a b 𝑓𝑣 𝑓𝑣 𝑓𝑣 𝑓𝑣 𝑓𝑣 𝑎, 𝑏 𝑎, 𝑒 𝑏, 𝑒 𝑐, 𝑑 𝑐, 𝑒 = (4,2,5.42,1) = (2,1,2.09,0) = (2,1,2.09,0) = (4,2,6.64,1) = (2,0,0,0) c e d a b c Rede no tempo t Rede no tempo t’ SVM Modelo Abordagens • Temporal – Usam a evolução da rede até um tempo t para prever relacionamentos em um tempo entre t e um tempo futuro t’ 1. Graph evolution rules 2. Séries temporais Graph Evolution Rules • Objetivo: minerar o grafo para obter regras de evolução que melhor descrevam a dinamicidade da rede ao longo do tempo • Algoritmo [Berlingerio, M. et al., 2009] 1. Gerar regras de evolução a partir da mineração do grafo 2. Calcular scores, a partir das regras obtidas 3. Usar abordagem de ranqueamento para classificação Graph Evolution Rules GER 1 5 d 5 1 Head 1 Body b 6 2 0 0 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒1 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒2 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒3 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒4 GERM GER 2 a 6 c Rede no tempo t 0 Body = 𝑐𝑜𝑛𝑓 𝑅 = sup 𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑛𝑓 𝑅 = 𝑐𝑜𝑛𝑓 𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑢𝑛𝑡 𝑝𝑐 , 𝑅 = sup 𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑛𝑓 𝑅 ∗ 𝑐𝑜𝑢𝑛𝑡 𝑝𝑐 , 𝑅 1 0 0 𝑝𝑐 , 𝑅 𝑝𝑐 , 𝑅 𝑝𝑐 , 𝑅 𝑝𝑐 , 𝑅 0 Head 5 d b 7 5 7 7 a 6 6 6 Acumular scores, ranquear e predizer 6 c Possível rede no tempo t’ Séries Temporais • Objetivo: construir séries temporais para os relacionamentos, modelar e predizer comportamento futuro • Algoritmo [HUANG, Z.; LIN, D., 2009] 1. Para cada par de nós do grafo, gerar série temporal de ocorrência de ligações 2. Estimar modelo ARIMA* para cada série 3. Efetuar predições (probabilidades) 4. Para cada par de nós, combinar scores tradicionais (St) com predições da série (Ss) 𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 𝑥, 𝑦 = (𝑆𝑠 𝑥, 𝑦 + 𝑚𝑠 * Autoregressive integrated moving average 𝑎) ∗ (𝑆𝑡 𝑥, 𝑦 + 𝑚𝑡 𝑎) Aplicações • Redes de Relacionamentos Aplicações • Redes de Coautoria Rede de colaboração científica entre Duncan Wattz e Albert-László Barabási [NEWMAN, M. E. J., 2000] Aplicações • Redes de Atores Rede de atores do romance Les Misérables de Victor Hugo [NEWMAN, M. E. J.; GIRVAN, M., 2004] Aplicações • Emails Caso Prático Caso Prático • Detectar automaticamente grupos de contatos • Abordagens anteriores 1. Clustering 2. Análise de conteúdo (palavras chaves) • Interações entre usuários implicitamente agrupam contatos Caso Prático • Grafo Social Implícito Bob – Formado pela interação dos usuários Alice e seus Mom contatos Me e com peso – Hipergrafo direcionado – Egocêntrico • Para cada usuário, analisa apenas o subgrafo que contém suas interaçõesCarol diretas Bob Caso Prático • Interactions Rank (IR) 𝐼𝑔 = {𝐼𝑜𝑢𝑡𝑔𝑜𝑖𝑛𝑔 , 𝐼𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔 } 𝐼𝑅(𝑔) = 𝜔𝑜𝑢𝑡 𝑖 ∈ 𝐼𝑜𝑢𝑡 1 2 𝑡𝑛𝑜𝑤 −𝑡(𝑖) λ + 𝑖 ∈ 𝐼𝑖𝑛 1 2 𝑡𝑛𝑜𝑤 −𝑡(𝑖) λ 𝑡 𝑖 : Timestamp da interação i λ: Halflife. Velocidade de decaimento da importância da interação ωout: Importância da interação de saída com relação a interação de entrada Caso Prático • Se λ = 2 semanas e ωout = 4 IR(Alice,Bob) = ωout(1 + 0.5) + 1 = 7 Caso Prático • Algoritmo ExpandSeed – Entrada: usuário u e seed group S – Saída: sugestões de contatos relacionados aos que estão em S • G(u): conjunto de todos os grupos na rede egocêntrica de u e seus respectivos IRs Para cada grupo g em G: 1. Iterar sobre cada contato c do grupo g 2. Não analisar contatos que já estão em S 3. Computar suggestion score para o contato c, dado a similaridade entre g e S e os IRs do grupo g. • F(c): soma dos scores de c em todos os grupos implícitos a que c pertence • Retornar contatos com maiores scores em F Caso Prático • Suggestion score 1. Top Contact Não considera similaridade entre grupos 2. Intersecting Group Count Não considera Interactions Rank Caso Prático • Suggestion score 3. Intersecting Group Score Considera similaridade e IRs 4. Weighted Intersecting Group Score Caso Prático Caso Prático • Don’t forget Bob! Caso Prático • Got the wrong Bob? Caso Prático • Algoritmo WrongBob – – – – Entrada: usuário u e lista de destinatários L Saída: par de contatos (ci,cj) Ci: Contanto em L que provavelmente está errado Cj: Contato sugerido em substituição a ci • Para cada contato ci em L: 1. 2. 3. 4. Criar um seed group s removendo ci de L Gerar contatos sugeridos executando ExpandSeed(u,s) Se ci está no conjunto de contatos sugeridos, é improvável que tenha ocorrido um erro Senão, comparar ci aos contatos sugeridos: Se há um contato cj que é similar a ci e tem alto suggestion score, mantenha o par {ci, cj} como candidato • Retornar o par {ci, cj} com maior suggestion score Conclusão • Análise de Redes Sociais é uma área emergente de pesquisa • Link Prediction vem ganhando destaque na área • Técnicas de predição de relacionamentos podem ser aplicadas em diversos domínios • Abordagem temporal ainda é pouco explorada, mas tem ganho adeptos Referências • • • • • • • • LIBEN-NOWELL, D.; KLEINBERG, J. (2003). The link prediction problem for social networks, Proceedings of the twelfth international conference on information and knowledge management, New Orleans, LA, USA. GETOOR, L.; Diehl, C. P. (2005). Link mining: a survey, ACM SIGKDD Explorations Newsletter, v.7 n.2, p.312. BERLINGERIO, M. et al. (2009). Mining graph evolution rules, ECML PKDD, LCNS 5781, Springer, pp, 115130. BRINGMANN, B. et al. (2010). Learning and Predicting the Evolution of Social Networks. IEEE Intelligent Systems, 25(4), 26-35. HUANG, Z.; LIN, D. K. J. (2009). The Time-Series Link Prediction Problem with Applications in Communication Surveillance. INFORMS J. on Computing 21, 2, 286-303. NEWMAN, M. E. J. (2000). Who is the best connected scientist?: a study of scientific coauthorship networks. Santa Fé: The Santa Fé Institute. Paper 00-12-064. NEWMAN, M. E. J.; GIRVAN, M. (2004). Finding and evaluating community structure in networks. Physical Review E, 69(2), 26113. ROTH, M. (2010). Suggesting friends using the implicit social graph. In Proceedings of the 16th ACM SIGKDD international conference on Knowledge discovery and data mining (KDD '10). ACM, New York, NY, USA, 233-242