Administração de Materiais
Prof. Ms. Eloisa Paula de Oliveira
Introdução
O que é a ADM de Materiais?
Conceito de Administração de
Materiais
• “Administração de materiais consiste em ter os
materiais necessários na quantidade certa, no local
certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que
compõem o processo produtivo da empresa
• “É a totalidade dos fluxos de materiais da empresa,
desde a programação de materiais, compras,
recepção, armazenamento no almoxarifado,
movimentação de materiais, transporte interno e
armazenamento no depósito de produto acabado
• Chiavenato, pg 38
Programação
Compras
Recepção
Almoxarifado
Movimentação
e tráfego
Depósito de PA
3 subsistemas do sistema produção
Subsistemas
Função
principal
Almoxarifado
de matériasprimas
Recebe e
estoca
matériasprimas e as
fornece à
produção
Subsistema
de produção
Depósito de
produtos
acabados
Transforma as
matériasprimas em
produtos
acabados
Estoca os
produtos
acabados e os
fornece aos
clientes
Figura 2.2 – A interdependência entre os três subsistemas do sistema de produção
Fonte – CHIAVENATO, 2005, pg 16
Estrutura Organizacional da AM
 Cada empresa apresenta uma estrutura adequada às suas
necessidades
Administração
da produção e
operações
Administração
de Materiais
Programação
de Materiais
Compras
Almoxarifado
de MP
Transporte
Interno ou
Suprimento
Depósito de
PA
Prédios
Fábricas
Financeiros
Oficinas
Organização
Social
Humanos
Máquinas
Empresa
Utiliza recursos
Materiais
Equipamentos
Objetivos
Mercadológicos
Instalações
Administrativos
Matérias-primas
Ferramentas
1- Classificação de
Materiais
Classificação de Materiais
• Classificar materiais é
agrupá-los de acordo com
sua forma, dimensão, peso,
tipo, uso etc.
• Define o armazenamento
• Evita que materiais sejam
confundidos
• Classificar é ordenar
segundo critérios
Objetivo da Classificação de Materiais
Catalogação
Codificação
Simplificação
Objetivo da
Classificação
Padronização
Especificação
Normalização
Importância da Classificação de Materiais
Funcionamento
correto do
almoxarifado
Armazenagem
adequada
Controle
eficiente de
estoque
Critérios de Classificação
Estocáveis
Não-estocáveis
Quanto à
estocagem
Estocagem
permanente
Estocagem
temporária
Critérios de
Classificação
Consumo geral
Quanto à
aplicação
Manutenção
Quanto à
perecibilidade
Quanto à
periculosidade
Princípios da Classificação
Catalogação
• Ordenação, de forma lógica, de todo um conjunto de
dados relativos aos itens identificados, codificados e
cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas
diversas áreas da empresa.
Simplificação
• Reduzir a grande diversidade de um item empregado
para o mesmo fim.
• No caso de haver duas peças para uma finalidade
qualquer, aconselha-se a opção pelo uso de uma delas.
• Favorece sua normalização, reduz as despesas.
Especificação
• Descrição minuciosa para possibilitar melhor
entendimento entre consumidor e o
fornecedor quanto ao tipo de material a ser
requisitado.
Normalização
• A normalização se ocupa da maneira pela qual
devem ser utilizados os materiais em suas
diversas finalidades e da padronização e
identificação do material, de modo que tanto
o usuário como o almoxarifado possam
requisitar e atender os itens utilizando a
mesma terminologia.
• A normalização é aplicada também no caso de
peso, medida e formato.
Codificação
• Apresentação do item através de um código
de números e/ou letras.
• Facilita a identificação e localização quando o
número de itens é grande.
• Evita a confusão na identificação de um
material.
Objetivo da Codificação de Materiais
Identificar materiais
Definir instruções
de controle de
estoques e compras
Facilitar o controle
de estoque
Objetivo da
Codificação
Evitar duplicidade
de itens em
estoque
Gerenciar estoques
e compras
Facilitar as
comunicações internas
Sistema Alfabético
Utiliza um conjunto de letras. Por ser de difícil memorização
e limitar o número de itens, é pouco utilizado
Sistema Numérico
Também conhecido como sistema decimal, utiliza números
para codificar os itens
Sistema Alfanumérico
Combinação de letras e números. Abrange um maior número
de itens. As letras representam a classe e grupo do material e
os números indicam o item.
Método Alfanumérico
• As letras que antecedem os números podem
indicar lotes ou ser a inicial do material.
• Sistemas mecanizados não aceitam este
método.
A C
–
3721
Código indicador do material
Grupo de materiais
Classe de materiais
Método Decimal - Numérico
• É o mais utilizado.
• Chama-se decimal porque as informações básicas
são fornecidas por meio de vários conjuntos de
dois números.
1º grupo 00 – Classificador – agrupamentos dos
materiais
2º grupo 00 – Individualizador – identifica os
materiais do 1º grupo
3º grupo 000 – Caracterizador – descreve os
materiais do 2º grupo
Método Decimal – Numérico - Exemplo
• A primeira dezena classifica as classes de
materiais:
01 – matérias-primas;
02 – combustíveis, óleos e lubrificantes;
03 – produtos em processo;
04 – produtos acabados;
05 –materiais de escritório;
06 – materiais de limpeza;
Método Decimal – Numérico - Exemplo
• A segunda dezena classifica os principais
grupos de materiais em cada classe.
Considerando a classe 05 – materiais de
escritório:
05 – materiais de escritório
01 – lápis
02 – caneta esferográfica
03 – blocos pautados
04 – papel carta
Método Decimal – Numérico - Exemplo
• Devido ao fato de um escritório ter diversos tipos de
materiais, esta classificação torna-se necessária e chama-se
classificação individualizadora. Esta codificação ainda não é
suficiente, por faltar uma definição dos diversos tipos de
materiais. Por esta razão, cada título da classificação
individualizadora recebe uma nova codificação, por
exemplo, temos o título 02 - caneta esferográfica, da
classificação individualizadora, e suponhamos que seja
classificada da maneira seguinte:
06 – materiais de escritório
04 – caneta esferográfica
001 – marca alfa, escrita fina, cor azul
002 – marca alfa, escrita fina, cor preta
Método Decimal – Numérico - Exemplo
• Esta nova classificação é chamada de “codificação
definidora” e, quando necessitamos referir-nos a qualquer
material, basta que informemos os números das três
classificações que obedecem à seguinte ordem:
• Nº da classificação geral;
• Nº da classificação individualizadora;
• Nº da classificação definidora.
• Por exemplo, quando quisermos referir-nos a “caneta
esferográfica marca alfa, cor vermelha, escrita fina”, basta
que tomemos os números: 05 da classificação geral; 02 da
classificação individualizadora; e 003 da classificação
definidora, e escrevemos:
• 05 - 02- 003
Método Decimal – Numérico - Exemplo
• De acordo com a necessidade da empresa esta
classificação pode ser dividida em subgrupos e
subclasses.
TJ – AL – ANALISTA JUDICIÁRIO –
CESPE - 2012
• Um gestor de tribunal classificou os materiais de seu grande e complexo
almoxarifado em três grupos: 1.º – classificador: designa as grandes
classes ou agrupamentos de materiais em estoque; 2.º – individualizador:
identifica cada um dos materiais do 1.º grupo; e 3.º – caracterizador:
descreve os materiais pertencentes ao 2.º grupo, de forma definitiva, com
todas as suas características, a fim de torná-los inconfundíveis.
• Com base nessas informações, é correto afirmar que o tribunal está
adotando o método de codificação de materiais denominado
a) número sequencial.
b) método alfabético.
c) método alfanumérico.
d) método misto.
e) método decimal.
• Um gestor de tribunal classificou os materiais de seu grande e
complexo almoxarifado em três grupos: 1.º – classificador: designa
as grandes classes ou agrupamentos de materiais em estoque; 2.º –
individualizador: identifica cada um dos materiais do 1.º grupo; e
3.º – caracterizador: descreve os materiais pertencentes ao 2.º
grupo, de forma definitiva, com todas as suas características, a fim
de torná-los inconfundíveis.
• Com base nessas informações, é correto afirmar que o tribunal está
adotando o método de codificação de materiais denominado
a) número sequencial.
b) método alfabético.
c) método alfanumérico.
d) método misto.
e) método decimal.
Padronização
• Eliminação de variedades desnecessárias que
encarecem a compra
• Estabelecimento de medição, qualidade, peso,
dimensão etc.
• Organismos de padronização
–
–
–
–
–
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ISO – Internacional Organization for Standardization
ASTM – American Society for Testing and Materials
NEMA – National Eletrical Manufacturers Association
ANSI – American National Standards Institute
Objetivo da Padronização de Materiais
Eliminar variedades
Excluir
desperdícios
Excluir sobras
Objetivo da
Padronização
Economia de
dinheiro
Economia de
tempo
Economia de espaço
Vantagens da Padronização de Materiais
Permite a
obtenção de
preços
melhores
Reduz o
trabalho de
compras
Simplifica o
trabalho de
estocagem
Favorece a
diminuição
de itens
Diminui
custos de
estocagem
Vantagens da
Padronização
Agiliza a
compra e
substituição
de peças
Padronização de Materiais
• Desvantagens:
– Pode gerar confusão se não for desenvolvido de
maneira eficaz
• Recomendações para a padronização:
– Consulta de catálogos
– Informações dos fornecedores
– Análise dos estoques existentes
– Informações do setor usuário
Identificação de Materiais
• Conceito de item
– Conjunto de objetos que possuem as mesmas
características
– Pode ser vendido por unidade, a granel, em um
kit.
– A marca pode ser considerada um item em um
supermercado, mas em uma empresa a marca
pode não ser importante e apresentar um item só
para várias marcas.
Identificação de Materiais
• Conceito de número da parte
– Códigos de identificação
– No comércio podem ser conhecidos como código
do produto
– A identificação pode ser feita de acordo com o
setor que a utiliza:
•
•
•
•
•
•
Código interno
Código do fabricante
Número de catálogo
Protótipo
Modelo
Nome
Identificação de Materiais
• Conceito de número de série
– Itens que possuem garantia precisam de uma
identificação para cada peça. Para isto é utilizado
o número de série.
– É um detalhamento do número de parte
– Chassi do automóvel, por exemplo, na fábrica
todos os chassis com as mesmas características
correspondem ao mesmo item, mas possuem
números de série diferente.
– Individualiza o material
Identificação de Materiais
• Identificação de lotes
– Pode se encontrar no produto ou na embalagem
– Permite o rastreamento
– O controle de produção pode identificar
problemas no processamento
– Rastreabilidade
Identificação de Materiais
• Identificação pelos atributos
– O conjunto de descrições de materiais
– Padronização da nomenclatura.
– Uma nomenclatura padronizada é formada por uma
estrutura de nomes ou palavras-chaves (nome básico
e nomes modificadores), dimensões, características
físicas em geral (tensão, cor, etc.), embalagem,
aplicação, características químicas, etc.
– Conhecida, também, como “nomenclatura
estruturada”
Cadastramento de Materiais
• Registro dos materiais com todos os dados
identificadores
– Nome, código, unidade
• Permite que se tenha à mão as listagens de
materiais para consulta e análises econômicoadministrativas
Classificação
Catalogação
Simplificação
Classificação
Especificação
Normalização
Padronização
Codificação
Classificação de Materiais quanto à
aplicação
• No decorrer do processo produtivos os
materiais passam por diferentes classificações:
– Matérias-primas
– Materiais em processamento
– Materiais semi-acabados
– Materiais acabados ou componentes
– Produtos acabados
Matérias primas
• Insumos e materiais básicos necessários para a
produção
• Podem ser compradas ou fabricadas
• Verticalização: inclusão de um estágio do processo
produtivo anteriormente externo
• Exemplos:
Tecelagem
Fios
Tintas e pigmentos
Indústria de tintas
Produtos químicos e petroquímicos
Pigmentos
Latas para embalagem
Produção de TVs
Circuitos elétricos
Potenciômetros e resistores
Fios e conexões
Materiais na Tecelagem
Materiais na Tecelagem
Uma das características de um
estoque de matérias-primas é que
todos os seus itens são comprados
de fornecedores externos.
MJ – ADMINISTRADOR – CESPE –
2013
Uma das características de um
estoque de matérias-primas é que
todos os seus itens são comprados
de fornecedores externos.
ERRADA
PODEM SER FABRICADAS
Materiais em processamento
• Ou materiais em vias
• Estão sendo processados nas seções do processo
produtivo
• Não estão mais no almoxarifado (MP) e não estão
no depósito (PA)
• Entram como MP e serão transformados em PA
• Exemplos:
Tecelagem
Cônicas
Espumas
Indústria de tintas
Preparação e mistura da tinta
Produção de TVs
Resistores conectados
Potenciômetros conectados
Materiais na Tecelagem
Materiais semi-acabados
• Parcialmente acabados
• Em um estágio intermediário de acabamento nas
seções do processo produtivo
• Estão em um estágio mais avançado que os
materiais em processamento
• Exemplos:
Tecelagem
Meadas em tingimento
Produção de TVs
Seções e ligações concluídas
Chassis parafusados
Auto-falantes parafusados na caixa
Materiais na Tecelagem
Materiais acabados
•
•
•
•
Ou componentes
Peças isoladas que serão anexadas ao produto
Partes pré-prontas ou pré-montadas
Exemplos:
Tecelagem
Lotes de tecidos acabados em secagem
Indústria de tintas
Latas para embalagem preparadas
Tinta acabada
Produção de TVs
Chassis pré-montados
Tubo catódico conectado
Caixa de plástico pré-montada
Materiais na Tecelagem
Materiais na Tecelagem
Produtos acabados
•
•
•
•
Produto pronto
Processo produtivo completo
Estágio final do processo produtivo
Exemplos:
Tecelagem
Tecidos
Indústria de tintas
Tintas
Produção de TVs
Televisão
Materiais na Tecelagem
Classificação de materiais conforme o
fluxo de produção
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