Dra. Patricia Carla Zanelatto Gonçalves
COMO MONTAR UM RESUMO E UM
POSTER DE ARTIGO CIENTÍFICO
Resumo
1.
DEFINIÇÃO
 É uma apresentação concisa dos pontos
relevantes de um documento (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6028:2003)
Resumo
2. TIPOS DE RESUMO (NBR 6028:2003):
a - Resumo crítico: Resumo redigido por especialistas
com análise crítica de um documento. Também
chamado de resenha.
b- Resumo indicativo: Indica apenas os pontos
principais do documento, não apresentando dados
qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não
dispensa a consulta ao original.
c - Resumo informativo: Informa ao leitor finalidades,
metodologia, resultados e conclusões do
documento, de tal forma que este possa, inclusive,
dispensar a consulta ao original.
Resumo
3. ESTRUTURA DE UM RESUMO:
O resumo para artigos científicos e monografias é o
do tipo indicativo e deve conter:
 150 a 500 palavras (monografia, teses,
dissertações e relatórios científicos).
 100 a 250 palavras (artigo científico).
 50 a 100 palavras os destinados a indicações
breves.
 Os resumos críticos, por suas características
especiais, não estão sujeitos a limite de palavras.
Resumo
 O resumo deve ser precedido da referência do
documento, com exceção do resumo inserido no




próprio documento.
Frases concisas e afirmativas e não enumeração
de tópicos. Usar frases precisas e informativas;
Parágrafo único, em entrelinhamento menor,
sem recuo de parágrafo.
Escrito na 3ª pessoa do singular.
Expressar na primeira frase do resumo o assunto
tratado, situando-o no tempo e no espaço, caso
o título do artigo não seja suficientemente
explícito.
Resumo
 Objetivo/finalidades, metodologia, resultados e
conclusões.
 Verbo na voz ativa.
 Empregar termos geralmente aceitos e não
apenas os de uso particular.
 Logo após o resumo deve vir as palavras-chave
que são palavras representativas do conteúdo do
documento, escolhida, preferentemente, em
vocabulário controlado.
 As palavras-chave devem ser separadas entre si
por ponto e finalizadas também por ponto
(http://decs.bvs.br/).
Resumo
4. Evite :
 Símbolos e contrações que não sejam de uso
corrente;
 Fórmulas, equações, diagramas etc., que não
sejam absolutamente necessários; quando seu
emprego for imprescindível, defini-los na
primeira vez que aparecerem.
 Evitar termos redundantes: O autor trata neste
trabalho...;
 Evitar adjetivos, preferindo a substantivação;
 Não utilizar parágrafos.
Resumo
Lembre-se:
 As pessoas se baseiam no Resumo para
decidirem ler ou não o restante de um artigo.
 Assim, resuma de maneira precisa os tópicos
principais do artigo e as conclusões obtidas
através do seu trabalho. Limite o número de
tópicos para evitar confusão na identificação
da mensagem principal do artigo.
CBCM 2011
DAS REGRAS PARA A CONFECÇÃO E INSCRIÇÃO DOS RESUMOS
Somente serão analisados pela Comissão Julgadora dos Temas Livres os resumos que
estiverem de acordo com as seguintes regras e apresentarem os seguintes conteúdos
obrigatórios:
-
Fundamentação/Introdução: o(s) marco(s) teórico(s) que deflagrou (aram) a
realização do trabalho deverá(ão) ser claramente descrito(s) em uma ou duas frases.
Objetivos: enunciar claramente o(s) objetivo(s) do trabalho.
-
Delineamento e Métodos: OBRIGATORIAMENTE indicar o tipo de estudo
(quanti/quali, observacional/experimental, caso e controle, prospectivo/
retrospectivo, ensaio clinico, etc.). NÃO serão aceitos trabalhos de REVISÃO DE
LITERATURA. Os RELATOS DE CASO serão aceitos se comprovado seu interesse e
validade científicos, segundo o julgamento e critérios da Comissão Julgadora dos
Temas Livres. Descrever claramente a metodologia utilizada para a seleção da
população, as intervenções realizadas e instrumentos aplicados.
-
Resultados: devem ser apresentados com detalhes que possibilitem a interpretação
e justifiquem as conclusões. Não serão permitidos tabelas e gráficos nos resumos. Ao
apresentar resultados de testes estatísticos, apresentar somente os resultados
significativos.
-
Conclusões/Considerações finais: apresentar apenas as conclusões amparadas
pelos dados apresentados nos resultados, e coerentes com os objetivos propostos.
CBCM 2011
Formatação dos resumos
Os títulos devem ser em letras maiúsculas e em negrito;
Os nomes dos autores não precisam estar em ordem alfabética. O nome do autor
apresentador deverá estar sublinhado. Usar o modelo Sobrenome, Iniciais
(Souza, ABC; Silva, CDE);
Abaixo do nome dos autores deverá constar o nome da instituição onde o trabalho
foi realizado e, se possível, o email para contato;
O número máximo de caracteres por resumo é de 2500 (já incluídos os espaços),
excluídos o titulo e nome dos autores/afiliação institucional e palavras-chave. O
uso de abreviaturas somente será permitido se precedidos por uma menção
anterior no texto.
É obrigatória a presença e farão parte da contabilização do número total de
caracteres os textos “Introdução/Fundamentos”; “Objetivos”;
“Delineamento/Métodos”, “Resultados”, “Conclusões/Considerações finais”.
Usar fonte Arial, tamanho 12 em TODO o resumo, do titulo aos autores e corpo do
texto. Não usar negrito no texto, apenas no resumo.
Não utilize no resumo frases do tipo “os resultados serão mostrados”.
Não inclua agradecimentos e não mencione no resumo fontes financiadoras.
Sempre que possível, omita no corpo do texto o nome da instituição aonde o
trabalho foi desenvolvido.
AVALIAÇÃO DA ADESÃO DE MÉDICOS AO PROTOCOLO DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL DA SECRETARIA MUNICIPAL DA
SAÚDE DE CURITIBA

Introdução: Em Curitiba, Paraná-Brasil, a Hipertensão (HAS) é a segunda causa de
internamento hospitalar e a primeira causa de morte por doenças cardiovasculares.
Os protocolos de atendimento aos hipertensos sistematizam a atenção ao paciente
com o intuito de aprimorar a resolutividade e a qualidade dos serviços de saúde.
Objetivos: Avaliar a adesão dos profissionais médicos ao protocolo do programa de
hipertensos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba. Materiais e
métodos: Este é um estudo transversal, observacional. A coleta de dados referentes
ao trabalho foi realizada em quatro Unidades de Saúde de Curitiba. A amostra foi
constituída de 200 pacientes hipertensos cadastrados no programa de HAS. Os dados
coletados eram referentes às duas primeiras consultas. A fonte de dados foi o
prontuário eletrônico das Unidades de Saúde. O protocolo utilizado para análise
comparativa foi o da SMS de Curitiba. Resultados: A não conformidade entre a
prática clinica e o protocolo na primeira consulta foi de 56,8% quanto à classificação
de grau, 63,8% quanto ao risco cardiovascular e de 54% quanto ao tratamento. Na
segunda consulta em 67% não houve concordância com o protocolo quanto ao risco e
em 51,3% quanto ao tratamento. Conclusão: A não conformidade entre a prática
clínica e a adesão ao protocolo da SMS – Curitiba mostrou-se evidente na
classificação de grau, risco cardiovascular e tratamento do paciente hipertenso. O não
seguimento do protocolo pode representar uma baixa resolutividade do serviço de
saúde, o qual perde a oportunidade de reduzir a morbi-mortalidade por doenças
cardiovasculares na população.
Poster
Definição:
 Estratégia de divulgação da ciência.
Função:
 Traduzir os conceitos, informações e dados
mais relevantes da pesquisa;
 Indicar os dados da pesquisa; quem faz; quem
orientou; quem auxiliou e/ou patrocinou.
Poster
 O pôster possibilita, num evento, a comunicação
de trabalhos de um número grande de
pesquisadores a um vasto número de
interessados.
 As sessões de apresentação de pôsteres a
atenção do leitor é muito disputada por dezenas
ou centenas de trabalhos.
 Despertar rapidamenteo interesse do “público
passante”.
Poster
ESTRUTURA BÁSICA
● Título do trabalho, nome(s) do(s) bolsista(s),
dos demais autores, do orientador;
● Local onde o trabalho foi realizado;
● Metodologia utilizada;
● Resultados e conclusão;
● Discussão (opcional) ;
● Referências.
Poster
 Título: bom destaque e refletir conteúdo do trabalho.
 Use fontes grandes, como 20 pt para o texto, 30 pt para os
cabeçalhos e
60 pt para o título.
 Deve poder ser lido a 1,5 m de distância.
 Cuidado com fontes incomuns.
 Dê preferência a fontes sem ornamentos, tais como Arial,
Verdana ou Tahoma, pois elas facilitam a leitura à longa
distância. Evite misturar fontes muito diferentes.
Poster
 Separar bem as diferentes seções.
 Pode-se dividir o pôster em duas colunas,
para obter uma diagramação mais amigável à
leitura;
 Figuras : atraentes.
Poster
 Cuidado com o contraste do pôster, de modo
que o texto fique bem legível e o esquema de
cores esteja combinando.
 Evite usar figuras complexas como fundo.
 Prefira fundos lisos ou com texturas simples.
 Use cores quentes, como vermelho, amarelo
ou laranja para molduras, e cores frias, como
branco e bege, para os fundos de textos;
Poster
COMO FISGAR VISITANTES?
 1. Crie um título conciso, informativo e
intrigante, como uma boa manchete de jornal.
Use palavras que chamem a atenção e que
despertem curiosidade. Prefira os termos que
estão na moda na sua área de pesquisa. Use
fontes grandes no título e um fundo diferente do
resto do pôster, a fim de dar maior ênfase à sua
manchete. O título é a segunda isca, quase tão
importante quanto as figuras centrais;
Poster
 2. Ilustre seu trabalho com figuras
realmente bonitas, de preferência
coloridas, como fotos de alta qualidade
(alta resolução, boa nitidez e bom
enquadramento) e gráficos bem feitos.
 3. Use um esquema de cores que seja ao
mesmo tempo atraente, mas que não canse o
leitor.
Poster
É recomendável:
 Clareza - na exposição das idéias para evitar
excesso de formas e informações
desnecessárias;
 Coerência argumentativa, sabendo articular
forma e estrutura da escrita;
 Concisão - objetividade na construção do texto,
evitando prolixidades e repetições
desnecessárias.
Poster
TEXTO
 Tabelas e figuras: espaço entre as linhas deve
ser duplo e justificado ou alinhado à
esquerda.
 Deve-se empregar só um estilo de fonte em
todo o pôster. Para destacar palavras, devese usar negrito, sublinhado ou cores,
evitando-se itálico ou letras maiúsculas.
Poster
FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
 A cor das figuras ajuda a realçar o pôster: as
coloridas enfatizam o pôster com plano de
fundo neutro, enquanto as mais claras
destacam um plano de fundo de cor escura, e
vice-versa.
 O uso de setas, linhas e bordas coloridas
também ajuda a entender melhor a ilustração
e auxilia a destacá-la.

Poster
 Equivoco: “espaço reduzido” onde um texto
maior deve ser inserido.
 Ser “completo” no conteúdo.
 Elaboração do pôster: redação inicial de um
texto extenso, que vai sendo “recortado”
até “caber” no espaço delimitado (que
geralmente, considerando-se o tamanho da
fonte para a legibilidade do texto) inclui
algo entre 400 a 600 palavras.
CBCM 2011
 CONFECÇÃO DO PÔSTER E APRESENTAÇÃO ORAL
 Dimensões máximas do pôster: 0,9m (largura) x 1,00m (altura)
 O pôster deverá ser auto-explicativo. Sugere-se que seja
estruturado contemplando os seguintes subtítulos (quando
aplicáveis): Título, Autores e afiliações institucionais,
Introdução/Justificativa/ Fundamentação, Objetivos,
Delineamento/Métodos, Resultados, Discussão,
Conclusões/Considerações finais, Bibliografias (adotar as normas
da ABNT) e endereço eletrônico (ou postal) de contato do autor
principal. A montagem e retirada dos pôsteres é de exclusiva
obrigação e responsabilidade dos autores. Pôsteres não retirados
até o final do evento serão considerados abandonados, e serão
inutilizados sem aviso prévio ou ressarcimento aos autores. O
tempo máximo de apresentação dos pôsteres é de dez minutos.
 Trabalhos apoiados integral ou parcialmente por instituições de
fomento a pesquisa devem ter citadas a fonte de apoio. É
sugerido a todos os autores que DECLAREM se o estudo foi ou
não aprovado/analisado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com
Seres Humanos da instituição.
TÍTULO DO TRABALHO
SILVA, JOANA. B. 1; RAMOS, MARCOS P. 2; JUSTUS, TATIANE P. 2;
1.Professor da
Introdução:
Universidade Positivo; 2,Acadêmico(a) do Curso de Medicina da Universidade Positivo
[email protected]
Discussão:
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Objetivo:
Conclusão:
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Descrição:
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Referências:
1 Wild
S, Roglic G, Green A, Sicree R, Hilary K: Global Prevalence of Diabetes. Diabetes Care, 2004; 27:
1047-1053
2 SILVA, T. R e col. Controle de diabetes Mellitus e hipertensão arterial com grupos de intervenção
educacional e terapêutica em seguimento ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde. Saúde soc.,
v.15, n.3, 2006
3 WHITLEY, H. P. e col. Assessment of patient knowledge of diabetic goals, self-reported medication
adherence, and goal attainment. Pharmacy pract, v.4, n.4, 2006.
4 PÉRES, D. S. e col. Dificuldades dos pacientes diabéticos para o controle da doença: sentimentos e
comportamentos. Rev. Latino-Am. De Enfermagem, v.15, n.6, 2007.
AVALIAÇÃO DA ADESÃO DE MÉDICOS AO PROTOCOLO DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL DA SECRETARIA MUNICIPAL DA
SAÚDE DE CURITIBA
SILVA, JOANA. B. 1; RAMOS, MARCOS P. 2; JUSTUS, TATIANE P. 2;
1.Professor da
Introdução:
Universidade Positivo; 2,Acadêmico(a) do Curso de Medicina da Universidade Positivo
[email protected]
Discussão:
Em Curitiba, Paraná-Brasil, a Hipertensão (HAS) é a segunda causa de internamento hospitalar e a
primeira causa de morte por doenças cardiovasculares. Os protocolos de atendimento aos hipertensos
sistematizam a atenção ao paciente com o intuito de aprimorar a resolutividade e a qualidade dos
serviços de saúde.
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Objetivo:
Conclusão:
Avaliar a adesão dos profissionais médicos ao protocolo do programa de hipertensos da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba.
A não conformidade entre a prática clínica e a adesão ao protocolo da SMS – Curitiba mostrou-se
evidente na classificação de grau, risco cardiovascular e tratamento do paciente hipertenso. O não
seguimento do protocolo pode representar uma baixa resolutividade do serviço de saúde, o qual perde
a oportunidade de reduzir a morbi-mortalidade por doenças cardiovasculares na população.
Descrição:
Este é um estudo transversal, observacional. A coleta de dados referentes ao trabalho foi realizada em
quatro Unidades de Saúde de Curitiba. A amostra foi constituída de 200 pacientes hipertensos
cadastrados no programa de HAS. Os dados coletados eram referentes às duas primeiras consultas. A
fonte de dados foi o prontuário eletrônico das Unidades de Saúde. O protocolo utilizado para análise
comparativa foi o da SMS de Curitiba.
Resultados: A não conformidade entre a prática clinica e o protocolo na primeira consulta foi de 56,8%
quanto à classificação de grau, 63,8% quanto ao risco cardiovascular e de 54% quanto ao tratamento.
Na segunda consulta em 67% não houve concordância com o protocolo quanto ao risco e em 51,3%
quanto ao tratamento.
Referências:
1 Wild
S, Roglic G, Green A, Sicree R, Hilary K: Global Prevalence of Diabetes. Diabetes Care, 2004; 27:
1047-1053
2 SILVA, T. R e col. Controle de diabetes Mellitus e hipertensão arterial com grupos de intervenção
educacional e terapêutica em seguimento ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde. Saúde soc.,
v.15, n.3, 2006
3 WHITLEY, H. P. e col. Assessment of patient knowledge of diabetic goals, self-reported medication
adherence, and goal attainment. Pharmacy pract, v.4, n.4, 2006.
4 PÉRES, D. S. e col. Dificuldades dos pacientes diabéticos para o controle da doença: sentimentos e
comportamentos. Rev. Latino-Am. De Enfermagem, v.15, n.6, 2007.
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