CICLO III -KSSF MEDIUNIDADE E PSICOLOGIA 2011-2-2 ROSANA DEROSA [email protected] MEDIUNIDADE & PSICOLOGIA • As análises feitas na mediunidade apenas raramente foram realizadas por pesquisadores com formação psicológica. Foram sobretudo os antropólogos e sociólogos que ofereceram interpretações psicológicas ou psicossociais para esse fenômeno. • O termo Psiquismo para psicologia significa mente ou aparelho psíquico. Referese ao conjunto das funções psíquicas. • Em termos Espíritas . psiquê é uma estrutura perispiritual de que se serve o Espírito para atuar no mundo material e espiritual, que tem a função de ordenar as emoções, pensamentos e idéias • A mediunidade é a faculdade que permite a comunicação interdimensional que se servem os espíritos encarnados e desencarnados. • A mediunidade decorre da existência do psiquismo - através da mente que se dão os fenômenos. • O conhecimento do funcionamento da mente humana proporciona melhor compreensão da mediunidade. A subjetividade do Mediúnico • O mediúnico é subjetivo, pois psicologicamente a captação mediúnica se processa através das camadas do inconsciente. • Não pertence à consciência muito embora deva tornar-se consciente para o crescimento humano. • Por mais que sejamos preconceituosos com a mediunidade, considerando-a produto religioso, ela interfere intensamente no estado psíquico e emocional do ser humano. • A mediunidade não é adquirida exclusivamente no exercício de práticas transcendentes e místicas, é uma aquisição evolutiva do espírito em face de seu refinamento, possibilitando-o perceber uma dimensão energética acima da vibração típica do corpo físico. • Ela permite uma comunicação entre seres através do Perispírito em freqüências que superam aquela que ocorre com os sentidos físicos e por meio dos centros cerebrais. A subjetividade do Mediúnico • A mediunidade é uma faculdade e o psiquismo é o aparelho. • O psiquismo é a base para que o fenômeno mediúnico exteriorize. • O exercício da mediunidade permite a flexibilidade desse psiquismo. Tornando-se melhor aprimorado para a exteriorização das capacidades do Espírito. • • O Perispírito é a sede dos processos psicológicos e mediúnicos do ser humano. • Não se pode isolar o mediúnico do anímico-psicológico. Eles estão intimamente ligados numa feliz interdependência. Mediunidade e Aparelho Psíquico • A mediunidade é uma faculdade psíquica, não há incompatibilidade entre a mediunidade e o psiquismo. • O que pode ser incompatível é a comunicação entre seres distintos, por conta das afinidades e de condições vibratórias inadequadas. • É o estado psíquico e não o aparelho psíquico que determinara a possibilidade da comunicação. • O estado psíquico é resultante das condições intimas do Espírito e de seu nível de evolução. Sua Percepção • Foi possível graças à evolução de seu aparelho cerebral, pois quando este se mostrou maduro e com o córtex desenvolvido, a faculdade tornou-se perceptível. • A medida que o ser evolui seu aparelho Perispiritual também evolui. Mediunidade ou problema Psicológico? • O Ser ainda usa a mediunidade como instrumento para conseguir favores e vantagens das forcas espirituais. • Atribuindo aos Espíritos poderes divinatórios para que os ajudem, tornando-se eternos pedintes. • Se faz necessário a percepção do Ser quanto a sua participação psíquica neste mecanismo para sua realização e diferencial quando dos problemas psicológicos ou mediúnicos. SEU USO • Seu desenvolvimento o desatrelara de forma transcendente da matéria bruta, para o seu desenvolvimento psicológico. • Através da consciência mediúnica contribuirá para uma permanente ligação espiritual, possibilitando educá-la a serviço de sua realização pessoal. • A mediunidade flexibiliza a penetração do ego no inconsciente favorecendo um grau maior de auto descobrimento dos conteúdos simbólicos lá existentes. Comunicação mediúnica processo que se realiza pelo inconsciente • É através do inconsciente do médium, onde os sentimentos, idéias e emoções do comunicante são absorvidos pelas camadas da psique que não estão sob o comando do ego. • Quando a mediunidade se torna mais ostensiva seus sintomas assumem a consciência, pois o inconsciente se abre de forma mais intensa. O indivíduo se torna mais suscetível às influências diretas do próprio inconsciente. • Há uma espécie de alquimia entre os conteúdos conscientes e os inconscientes, promovendo certa confusão mental. O estado de perturbação é compreensível, merecendo atenção do encarnado. • Costuma provocar uma certa excitação agradável. Parece ao encarnado que ele está possuído por uma força interior que o anima e o estimula com idéias diferentes e inusitadas. Comunicação mediúnica processo que se realiza pelo inconsciente • A distinção entre os pensamentos e idéias próprias daquelas oriundas de outras mentes, dá-se na medida em que a pessoa se conhece e percebe a ocorrência. • São idéias intrusivas, inusitadas e, que surgem como um relâmpago em sua consciência. • Inicialmente a distinção é difícil, mas, com a freqüência da ocorrência e a atenção voltada para o fenômeno, torna-se mais fácil. • O estudo da mediunidade será de extrema importância e utilidade para que a distinção possa ser feita. Fenômenos Psíquicos Resultantes • • • • A maioria dos sintomas nas psicoses e noutros transtornos psíquicos, os quais alteram o curso e o conteúdo do pensamento, é acentuada pela existência da faculdade mediúnica, ainda embrionária no ser humano e, portanto, sem a devida educação. A penetração de pensamentos de um desencarnado na mente de um encarnado pode provocar uma série de transtornos naquele que recebe a interferência, principalmente quando há uma forte ligação vividas anteriormente. O transtorno é mais sério e tende a alterar o curso das idéias e sua presença no campo psíquico deste promove sensações e emoções que se assemelham às que tiveram no passado. O desencarnado tende a sensibilizar conteúdos psíquicos arquivados no inconsciente evocando-os à consciência ou alterando seu campo. Aquela presença provocará várias alterações no estado psíquico e emocional do encarnado de forma inconsciente. Quanto mais consciente o médium seja de sua faculdade e quanto mais ele se conheça interiormente, menos perturbação ela lhe trará. Fenômeno Mediúnico • Todo indivíduo que exerce a mediunidade ostensivamente e por muito tempo flexibiliza naturalmente a relação entre a consciência e o inconsciente de tal forma que as portas deste último ficam por demais abertas. • É natural que corra o risco de assimilar os símbolos existentes no inconsciente, vivenciando-os novamente. • A identificação do ego com uma persona do passado reencarnatório pode ocorrer sempre que uma experiência emocionalmente forte tenha sido vivida pelo espírito sem que ele tenha conseguido dela desligar-se. • A mediunidade exercida com equilíbrio exige um ego maduro e estruturado a fim de que essa possibilidade seja reduzida. • Quando ela ocorre dá-se uma espécie de cisão no ego que fica dividido entre a realidade atual e os conteúdos inconscientes. • Um ego maduro e estruturado é aquele que, dentre outras qualidades, é autodeterminado, sabe evitar identificar-se com a psiquê coletiva, bem como separa sua vida privada de sua tarefa mediúnica., não se auto-intitula missionário nem aceita tal condição. Invasões psíquicas • A faculdade mediúnica, permite uma alteração na fronteira entre o inconsciente e a consciência. • Favorece a permeabilidade de conteúdos até então inconscientes em direção à consciência, sem o controle do ego. Essa invasão psíquica facilita associações automáticas de conteúdos aversivos existentes tanto na consciência quanto no próprio inconsciente. • Esses conteúdos aversivos se relacionam aos aspectos admitidos como sobrenaturais , resultando em associações que interferem no estado psíquico geral promovendo transtornos que, muitas vezes, se assemelham aos das psicoses. • Qualquer ser humano está sujeito a essas invasões, porém nem em todos, que felizmente representam a grande maioria, este fato evolui para uma patologia psíquica. Invasões psíquicas • Essa espécie de invasão psíquica, quando ocorre, parece uma falha no curso do pensamento sobre o qual se perde o controle, passando-se a ter outra ordem de idéias, que, se não for percebida, determina a vivência num plano fantasioso. • É exatamente essa mistura de pensamentos que provoca perturbações psíquicas e desarrumação no psiquismo do encarnado, podendo evoluir para uma psicopatologia . Alterações somáticas • A doença mental apresenta um variado de causas e de manifestações. Existem aquelas que, mesmo provocadas por obsessão espiritual, contém sua psicogênese no psiquismo do encarnado. • A mediunidade não provoca doenças, nem tampouco seu uso será a causa delas. Ela é apenas uma porta semi-aberta ao espiritual que deve ser educadamente fechada e aberta nos momentos adequados. • Nos casos em que a interferência espiritual é causa ou conseqüência, a mediunidade estará sendo um meio facilitador. • A mediunidade, na doença mental, pode ser prejudicial, pois tende a facilitar o acesso ao inconsciente. Melhor seria bloqueála, até que haja equilíbrio psíquico para educá-la. • O psiquismo em desarmonia significa o espírito em desequilíbrio, portanto a causa estará sempre na personalidade e não necessariamente no aparelho psíquico. A desarmonia do aparelho psíquico é conseqüência e não causa. Alterações somáticas • Podem ser provocadas numa ligação muito próxima ou demorada, entre perispíritos, podendo haver transferência de sintomas físicos. • O uso da mediunidade flexibiliza o contato com seu inconsciente, o que favorece a absorção pelo corpo físico de sensações e emoções nele guardadas na forma de complexos densamente carregados. • Podendo ocorrer por fatores diversos: Complexos existentes no inconsciente, Tipo de indivíduo desencarnado e suas intenções, Grau de sensibilidade do médium,Processos cármicos expiatórios do médium,Descuido moral do médium. Alterações somáticas • Há doenças provocadas pelo mau funcionamento orgânico, há aquelas psicossomáticas e outras provocadas por desencarnados. • As de mau funcionamento orgânico, assimiladas pelo corpo físico, que se localizam no perispírito do próprio indivíduo, por conta de suas atitudes no passado. São seus próprios processos cármicos em curso. • As psicossomáticas são conseqüência do nosso modo de sentir, pensar e agir na vida e que, por ativar complexos inconscientes, promovem alterações no corpo físico. • O campo psíquico de um médium promove a assimilação de perispírito a perispírito de freqüências típicas aversivas de ambos. O perispírito de um pode evocar freqüências aversivas no outro. Não só o desencarnado transmite fluidos ao encarnado como o contrário. Uma pessoa pode ter uma doença cujo processo se inicie ou se acelere por um desencarnado em seu campo psíquico. • A mediunidade não provoca doenças, nem tampouco seu não uso será a causa delas. Ela é apenas uma porta semi-aberta ao espiritual que deve ser educadamente fechada e aberta nos momentos adequados. HARMONIZAR O PSIQUISMO E A MEDIUNIDADE • A mediunidade é um poderoso mecanismo de comunicação com o universo espiritual a nossa volta. • Usá-la em benefício da própria evolução e no auxílio a terceiros, é a melhor maneira de contribuir para a harmonia interior. BIBLIOGRAFIA • Livro dos Espíritos Allan Kardec • Mediunidade e Psicologia Adenauer Novaes • As Faculdades Espirituais do Ser Djalma Argollo • Nos domínios da Mediunidade Andre Luiz THANK YOU ROSANA DE ROSA