Aplicações para TV Digital Interativa
Lucas Augusto Scotta Merlo
[email protected]
Artigo: Um framework para o desenvolvimento de
aplicações interativas para a Televisão Digital

Adriano Simioni, Valter Roesler.

Monografia de conclusão, 2006.

Uma das bases da implantação da TV Digital no Brasil é a
interatividade, pois o objetivo do governo é obter inclusão
social através da inclusão digital, e isso é obtido através
da inserção da população à rede via canal de
interatividade. O framework desenvolvido permite a
criação de interfaces interativas para as aplicações de
televisão digital, sem perder as funcionalidades desejadas
pelo programador.
2
1. Introdução


Segundo o IBGE (2005), 90,3% da população possui
acesso à televisão, enquanto que apenas 13,2% possui
acesso à internet.
A TV Digital interativa (TVDI) representa a possibilidade de
acesso a um mundo virtual de informações e serviços. Ela
pode liberar as pessoas da necessidade de possuir um
computador em casa e de saber operá-lo, pois a TV Digital
interativa encapsula em si um sistema informatizado que é
operado como uma TV, por meio de um controle remoto!
3
... Introdução (cont)



A proposta é montar e validar um framework que agilize o
desenvolvimento de aplicações interativas.
Middleware é responsável por abstrair a complexidade do
hardware:
É nele que se encontram os componentes responsáveis por executar
as aplicações, desenhá-las na tela do televisor, gerenciar os eventos
captados pelas mesmas, bem como controlar todas as fases de seu
ciclo de vida.
4
... Introdução (cont)

Dentre os padrões abertos de middleware temos:




MHP (Multimedia Home Platform), utilizado no padrão Europeu.
DVB - Digital Video Broadcasting Project .
DASE (DTV Application Software Environment), utilizado no
padrão americano ATSC - Advanced Television Systems
Committee.
ARIB (Association of Radio Industries and Businesses), utilizado no
sistema Japonês ISDB - Integrated Services Digital Broadcasting.
MHP é o padrão mais aceito no mercado. É tido como
referência mundial e gerou demanda para estender a
interoperabilidade que oferece a outras plataformas de
televisão digital.
5
... Introdução (cont)
Esta demanda originou a GEM (Globally Executable MHP),
uma estrutura que permite a outras organizações
definirem especificações baseadas na MHP.
 Na prática, a GEM estabelece um conjunto de funções
(API) comum aos diferentes middlewares, permitindo a
interoperabilidade
entre os terminais de
acesso desenvolvidos
ao redor do mundo.

6
2. Descrição do framework desenvolvido


Algumas aplicações não podem ser executas e/ou
desenvolvidas por depender de recursos que não estão tão
acessíveis, como memória e processamento.
Portanto o framework é responsável por:


Comprimir dos dados transmitidos visando economia de banda;
Controlar e gerenciar as informações recebidas no Terminal de
Acesso.
7
...Descrição do framework desenvolvido (cont).
Monta a interface da aplicação.
Gerencia a base de dados.
8
2.1 Exemplo de utilização
Para a criação desta interface, o desenvolvedor deverá efetuar duas chamadas ao
método que irá criar o catálogo. Uma delas informando parâmetros para a criação da
tabela contida no círculo vermelho e outra para a que está no círculo azul.
9
2.2 Classes da camada Catálogo
Contém o nome do arquivo e
índice com as refs. do arquivo.
Articula o processo de colab. entre
as outras classes.
Armazena os
Capaz de restaurar sob
atributos que irão
demanda os arquivos
contidos no arq. compactado compor cada item a
ser exibido
Ler XML
Possuem um método estático que fornece a referência a
um objeto das respectivas classes.
Agrupa todos os atributos
referentes a cada item que
será exibido. Prop. de exib.
e comportamento.
10
3. Aplicativo desenvolvido
A entrada dos dados cadastrais do usuário, exige uma
comunicação segura com o provedor de serviços,
e está sendo desenvolvido em paralelo um framework de
segurança, resolvendo essa situação através de
11
TLS (Transport Layer Security), também
disponível na MHP.
4. Considerações finais

O framework foi implementado em linguagem Java, sendo
compatível com a especificação GEM, permitindo que os
aplicativos desenvolvidos com o framework sejam
disponíveis mundialmente, em qualquer Terminal de
Acesso compatível com a GEM ao redor do mundo.
12
13
Artigo: Utilizando o framework AppTV no
desenvolvimento de aplicações para TV Digital Interativa



Lile Palma Hattori, Sylvio Siqueira Silva,Tatiana Aires Tavares, Manoel
Carvalho Marques, Neto, Celso Saibel
Em: Symposium on Computer Graphics and Image Processing,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, páginas1-5.
Desenvolvimento de aplicações interativas para televisão
com padrão de transmissão digital, utilizando um
framework ( AppTV) desenvolvido em JAVA.
14
1. Introdução



TV Digital no Brasil: aumento da interatividade entre o
telespectador.
Dificuldade da adaptação do desenvolvimento de
aplicações antes para computadores agora para TV.
AppTV:



framework desenvolvido em JAVA.
Abstrai e encapsula parte dos conceitos da TV Digital que o
desenvolvedor necessitaria assimilar para produzir software.
Possibilita que editores de TV “criem” aplicativos através
da edição de documentos XML.

tags intuitivas e de simples manipulação.
15
2. Framework AppTV



Middlewares já padronizados como DVB, ATSC e ISDB
adotam suporte a JAVA.
O AppTV tem o propósito de que não especialistas em DTV
produzam conteúdo, exemplo editor de TV.
Características:



Flexível – uso pelos middlewares que suportem JavaTV.
Extensível – admite que classes sejam criadas, aumentando as
funcionalidades.
Componentizado – possuem componentes , inacabados ou default,
que representam a estrutura de um aplicativo específico.
16
...Framework AppTV (cont.)
A base é a camada de apoio à criação de aplicativos,
desenvolvida com o objetivo de fornecer os elementos
essenciais à existência de uma aplicação. É formada
por classes abstratas e interfaces
17
Ler o documento XML e exibir na Aplicação
Implementa Xlet. Contém particularidades do MHP.
Informações modificações na I.U.
18
3. Utilizando o AppTV

INFO de futebol :


Obter informações sobre os jogadores e técnicos envolvidos na
partida, bem como verificar a classificação atual no campeonato.
QUIZ:

Oferecer um jogo de perguntas e respostas que possa ser
associado a um programa de televisão.
19
3.1 INFO de futebol
Mapeamento das
propriedades das tags
“main”
acessada
diretamente
pelo
gerenciador de
aplicativos do
STB
Ler
propriedade
visuais no
arquivo XML.
Armazena informações
lidas
Responsável por chamar a
classe para ler informações
que aplicação mostrará.
Classes que
contém as
informações
20
3.1.1 Documento XML: edição prop. visuais.
<CONFIGURE>
<CONTAINER NAME="MAIN">
<COMPONENT NAME="TITLE" LABEL="INFO">
<FONT NAME="VERDANA" SIZE="16"
STYLE="PLAIN"> </FONT>
<BACKGROUND COLOR="RED"> </BACKGROUND>
<FOREGROUND COLOR="BLACK"></FOREGROUND>
</COMPONENT>
....
</COMPONENT>
</CONTAINER>
...
</CONFIGURE>
21
3.1.2 Documento XML: inf. a serem mostradas.
<INFO NAME="FUTEBOL">
<CHAMPIONSHIP NAME="COPA DO MUNDO">
<CLASSIFICATION
TEAMNAME="BRASIL"></CLASSIFICATION>
<CLASSIFICATION TEAMNAME="ALEMANHA">
</CLASSIFICATION>
<CLASSIFICATION TEAMNAME="FRANCA">
</CLASSIFICATION>
...
</CHAMPIONSHIP>
<TEAM NAME="BRASIL">
<COACH NAME="PARREIRA">
<COACHDETAIL NAME="Idade: 58">
</COACHDETAIL>
...
</COACH>
<PLAYER NAME="RONALDO">
<DETAIL NAME="GOLS: 0">
</DETAIL>
</PLAYER>
...
</TEAM>
...
</INFO>
22
3.1.2 Documentos XML

O objetivo do uso de documentos XML para a edição das
informações de uma aplicação é possibilitar a uma pessoa
da área de televisão, que não entende sobre programação,
editar e modificar as aplicações pré-concebidas para de
atender aos requisitos específicos de um contexto
23
3.1.3 Interface com o usuário.
24
3.2 QUIZ.
25
3.2.1 Interface com o usuário
26
4. Conclusão

Intenção é atender, especificamente, dois grupos
envolvidos da produção de conteúdo digital,
programadores e editores de televisão. É importante frisar
que o AppTV, apesar de prever, inicialmente, a criação de
aplicativos que não necessitam de canal de retorno,
também suporta a construção de aplicações mais
robustas.
27
28
End-user Editing of Interactive Multimedia Documents




Maria da Graça C. Pimentel, Renan G. Cattelan, Erick L. Melo e Cesar
A. C. Teixeira
Em: ACM Symposium on Document Engineering, 2008, São Paulo.
Proceeding of the eighth ACM symposium on Document engineering,
2008. v. 1. p. 298-301.
Controle centrado no usuário.
Investigar o problema no contexto do usuário final, na
edição em tempo-real de programas de vídeos interativos.
29
1. Introdução


O paradigma Watch-and-Comment (WaC) permite aos
usuários uma autoria transparente em documentos
multimídia interativos enquanto vêem os vídeos e fazem
comentários.
WaCTool é uma ferramenta que permite ao usuário assistir
um vídeo adicionar comentários de voz e marcar com tinta
digital frames de vídeos individuais, ou gestos via tinta
digital que indicam que cenas devem ser “puladas” em um
segmento de vídeo. Como resultado dessa interatividade
multimídia, um documento XML é automaticamente criado.
Resultando em imediatas alterações na apresentação.
30
...Introdução (cont)


Uma das principais motivações para edição no lado do
cliente, é permitir que o usuário altere um sub-conjunto
desse contéudo e, em seguida, compartilhe com um ou
mais membros de um grupo.
Outra motivação do trabalho é permitir ao usuário
modificar o documento multimídia em tempo real, o que
nos remete que alterações podem ser propagas a partes
do programa ainda não apresentas. Alterações estas que
não foram criadas pelo autor, mas que podem ser muito
úteis para um grupo de usuários.
31
2. Trabalhos Relacionados


Bulterman discute que a interação ainda é limitada na
maioria dos sistemas, e que não são centradas no controle
do usuário final.
Propõe algumas alternativas para se incluir no contexto do
usuário:


Permitir a ele controlar a interação sobre alternativas fornecidas
antecipadamente pelos autores (por exemplo, selecionar o canal
de áudio para escolher os idiomas para áudio e / ou legendas), e
fornecer um modelo de camadas para acréscimo e personalização.
32
...Trabalhos Relacionados (cont.)

Bulterman afirma ainda, que fornecendo ao usuário um
maior controle para a apresentação, ele pode torná-la
mais enriquecida, já que o autor pode não ter permitido
certos controles dos pontos estruturais.

Esta oportunidade é mais importante no contexto dos programas
de televisão ao vivo, que parte da mídia tem conteúdo com
porções de interesse, a partir da perspectiva do usuário final, a um
menor nível de granularidade do que incorporados na estrutura do
documento (via broadcast).
33
...Trabalhos Relacionados (cont.)

Existe a necessidade de considerar as composições de
objetos dentro do seu contexto original. Uma diferença é
que, no trabalho, assume-se:



(a) que o documento pode ser editado sem uma interface de
aplicação separada quando a linguagem declarativa apóia a edição
de construtores (NCL), e
(b) que o documento pode ser alterado apenas uma vez .
No que diz respeito aos direitos de autor, ambos os
trabalhos são semelhantes, considerando que um
documento separado é gerado com as anotações
34
...Trabalhos Relacionados (cont.)

O trabalho de Costa é também suportar a edição ao vivo,
porém sua solução envolve a adição de comandos e
inserção de códigos NCL, que poderiam ser enviados ao
set-top-box do cliente via broadcast. Já no lado do cliente
há um modulo responsável por receber o NCL e armazenálo no sistemas local.


Outros componentes trabalham como listeners para detectar
eventos de comandos de edição, interpretar esses comandos e
alterar o documento original.
Uma diferença é que no artigo é suportado a edição ao
vivo, sem a necessidade de se criar um novo documento,
já que os efeitos ocorrem na máquina do cliente.
35
3. Questões do documento

Considerando o cenário de televisão interativa, a fim de
permitir a um espectador editar um programa recebido via
broadcast e observar as conseqüências da edição durante
a sua apresentação, é necessário prever algum tipo de
edição ao vivo facilidade que afeta o correspondente
documento estruturado.


Uma alternativa para permitir a edição ao vivo é a utilização dos
comando de edição ao vivo do NCL para apoiar as edições até o
usuário final.
Uma solução seria enviar tal possibilidade de edição em conjunto
com o programa.
36
... Questões do documento(cont)


No padrão brasileiro entretanto não é permitido embutir
nas aplicações tais códigos, já que ela mesmo não pode se
modificar.
A proposta então é incorporar no middleware um
componente para edição do usuário, a User Edit
Component (UEC), com privilégios de alterações com
infra-estrutura, oferecendo APIs que permita essa edição
extra.


O proposto UEC tem uma interface direta com o gerenciador da
base privada para manipular as apresentações dos documentos.
Conseqüentemente, não haveria uma alteração no documento, e o
usuário poderia restaurá-lo a qualquer tempo.
37
4. Documentos para exemplos
38
5. Interface com o usuário final.

Quando a nova geração de controle remoto para a TV
interativa estiver disponível, uma intenção mais complexa
do usuário deve ocorrer. Essa seleção ilustra o uso de
dispositivos de tinta digital ou controle remoto para
anotações em NCL.
39
6. Considerações Finais


Considerando a necessidade do usuário final estar no
controle da edição em apresentações multimídia. O artigo
discutiu a edição em tempo real dos documentos que
estão sendo apresentados e também para aqueles que
ainda não foram mais que já estão no set-top-box.
A abordagem permite que os cenários em que o usuário
possam interagir de muitas formas inéditas com o
conteúdo de vídeo interativo.
40
Referências extras






Tv digital e produção interativa - a comunidade recebe e manda notícias. Fernando
Antonio Crocomo. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia de
Produção da Universidade Federal de Santa Catarina .
Proposição de um Novo Paradigma de Conteúdo para TV Interativa. Cesar Tadeu Pozzer
e Bruno Feijó - PUC-RIO / Angelo Ernani Maia Ciarlini - UNIRIO
Watch-and-comment as a paradigm toward ubiquitous interactive video editing. Maria
da Graça C. Pimentel, Renan G. Cattelan, Erick L. Melo e Cesar A. C. Teixeira
FlexTV — Uma Proposta de Arquitetura de Middleware para o Sistema Brasileiro de TV
Digital. Luiz Eduardo Cunha Leite, Carlos Eduardo Coelho Freire Batista, Guido Lemos de
Souza Filho, Raoni Kulesza, Luiz Gustavo Pacola Alves, Graça Bressan, Rogerio Ferreira
Rodrigues, Luiz Fernando Gomes Soares
Edição de Documentos Hipermídia em Tempo de Exibição. Marcio Ferreira Moreno,
Romualdo Monteiro de Resende Costa, Rogério Ferreira Rodrigues, Luiz Fernando
Gomes Soares
Aplicativos para Televisão Digital Interativa. Douglas Dal Pozzo. Universidade Federal de
Santa Catarina
41
Obrigado!!!
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Aplicações para TV Digital Interativa
Lucas Augusto Scotta Merlo
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Ginga-NCL: the Declarative Environment of the Brazilian Digital TV