Microbiologia Teórica 32 2º Ano 2011/2012 Sumário Capítulo XXX. A microbiologia como pilar das ciências biomédicas Expectativas dos alunos. Análise de resposta à pergunta para que serve a microbiologia em Ciências Biomédicas? Exemplos das análises clínicas Exemplos da Indústria Farmacêutica Exemplos da Indústria Agroalimentar Investigação em Ciências Biomédicas 2 Controlo de Qualidade Produção de medicamentos por microrganismos Microbiologia e diagnóstico Microbiologia e desenvolvimento de novas formas de terapêutica Microbiologia e conhecimento de novas vias etiológicas e terapêuticas T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia e análises clínicas Microbiologia e Parasitologia Médicas São função exclusiva dos biomédicos nalguns países com UK. O Cientista Biomédico tem de ser capaz de: 3 Fazer diagnóstico microbiológico de amostras médicas. Por cultura Por coloração Por testes bioquímicos Por testes moleculares Fazer o diagnóstico da imunidade serológica Análise de anticorpos ou antigénios presentes no soro dos pacientes T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia e Indústria Agroalimentar Controlo de qualidade microbiológicas: Matérias primas Processos Produtos finais Monitorização de fermentadores ou bioreactores onde existe a produção de alimentos ou aditivos por bactérias: 4 Produção de proteínas recombinantes ou nativas Isolamento e purificação desses produtos T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia Investigação em Ciências Biomédicas Microbiologia e diagnóstico Desenvolvimento e aprefeiçoamento de novas formas de diagnóstico Microbiologia e desenvolvimento de novas formas de terapêutica Utilização dos microrganismos em novas formas de terapêutica ou produção de conhecimento que leve ao desenvolvimento de novas formas terapêuticas Microbiologia e conhecimento de novas vias etiológicas 5 Associação de agentes microbianos a patologias e/ou caracterização de novoas agentes etiológicos de patologias infecciosas. T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia Investigação em Ciências Biomédicas Técnicas que é necessário o cientista biomédico dominar: Cultura de células microbianas Observação ao microscópio de lâminas preparadas e preparação de lâminas para observação ao microscópio. Identificação de microrganismos pelas várias técnicas 6 Bioquímicas Moleculares T32-34 MJC 3-01-2012 Bibliografia 7 T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia Teórica 33 2º Ano 2011/2012 Sumário Capítulo XXX. Exemplos das análises clinicas Análise de um artigo que faz o teste de um método de diagnóstico microbiológico da doença periodontal A pergunta Os métodos utilizados Os resultados As conclusões. Em que passos deverá intervir o Biomédico? 9 T32-34 MJC 3-01-2012 Diagnóstico Microbiológico da Doença Periodontal É possível? É útil? Está disponível? 10 Que métodos de investigação? Que testes? T32-34 MJC 3-01-2012 Artigo ”Comparison between polymerase chain reaction-based and checkerboard DNA hybridization techniques for microbial assessment of subgingival plaque samples.” Que técnicas existem para detectar/quantificar MO periodontopatogénicos? 12 Cultura Teste BANA Benzoyl-DL-arginine-naphthylamide (BANA) test (Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, e Bacteroides forsythus) Observação directa T32-34 MJC 3-01-2012 Que técnicas existem para detectar/quantificar MO periodontopatogénicos? Métodos moleculares 13 PCR RT-PCR DNA-DNA hibridization T32-34 MJC 3-01-2012 Qual o objectivo da investigação presente? Compara os resultados obtidos por dois métodos moleculares. PCR e aplicação dos testes Micro-Ident 14 Hibridação DNA-DNA (sem PCR) Para as mesmas amostras de pacientes saudáveis e de pacientes com periodontite. T32-34 MJC 3-01-2012 Caracterização da população estudada. Todos com mais de 20 anos Saudáveis sem ser a periodontite Sem tratamento periodontal ou antibiótico sistémicos há pelo menos 3 meses 25 pessoas Grupo com patologia periodontal Grupo saudáveis 15 Pelo menos 24 dentes Sem locais com PD acima de 4 mm Com pelo menos 20 dentes Mais de 5% de dentes com PD acima de 4mm T32-34 MJC 3-01-2012 Como foi feita a avaliação microbiológica? Tiradas amostras de 6 locais nos doentes com periodontite: Nas amostras para o Microident (Fotos slide 2): Extração de DNA PCR hibridização com membrana com 13 sondas específicas. Verificação do sinal e classificação por comparação com escala em 0,5 ate 3 de abundância Nas amostras de DNA-DNA hibridization (Fotos slide 6) 16 2 em bolsas com menos de 4mm 2 em bolsas com 4-6 mm 2 em bolsas com mais de 6 mm Paper points for the Micro ID test Cureta para DNA-DNA Extração de DNA hibridização com os chips de DNA T32-34 MJC 3-01-2012 Teste MicroIDent Este é o resultado que o médico dentista recebe como relatório não o resultado laboratórial. No laboratório o resultado é lido por hibridização com uma membrana de nitrocelulose. 17 T32-34 MJC 3-01-2012 DNA-DNA Checker Board 18 T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 19 T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 20 Ambos os métodos têm “perfis” diferentes para indivíduos com doença periodontal e sem. Num há 11 espécies com diferenças significativas estatisticamente entre saúde e doença. Noutro há 10 espécies estatisticamente diferentes entre saúde e doença. T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 21 T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 22 Há alguma concordância na especificidade e na sensibilidade dos testes T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 23 T32-34 MJC 3-01-2012 Quais os resultados da investigação? 24 Para a maioria das espécies é indiferente usar um ou outro teste que os resultados estatisticamente não diferem mesmo quando se consideram as quantificações. T32-34 MJC 3-01-2012 Conclusões gerais 25 Para algumas das espécies os resultados são muito semelhantes. Para outras há maiores diferenças O facto de para os agentes mais associados à periodontite os resultados serem muito semelhantes leva a supor que os dois tipos de teste podem ser usados alternativamente. T32-34 MJC 3-01-2012 Microbiologia Teórica 34 2º Ano 2011/2012 Sumário Capítulo XXX. 27 Exemplos das análises clinicas. Procedimentos normais num consultório de Análises clínicas Análise de uma amostra de urina Análise preliminar Cultivo Antibiograma Análise serológica de marcadores da hepatite Testes serológicos T32-34 MJC 3-01-2012 Num laboratório de análises clínicas... Cultivo de bactérias e fungos em placas Exame directo de amostas de esfregações, urina ou fezes. Preparação, fixação, coloração e exame de lâminas de sputum, esfregações, fezes, fluído encefalo raquidiano e organismos de cultura. As colorações incluem coloração de gram mas também outras colorações específicas para algumas amostras. Inoculação e leitura de testes bioquímicos para identificação de Microrganismos Determinação de sensibilidade a antibióticos por antibiogramas. Testes serológios para fetecção de antigénios ou anticorpos. 28 T32-34 MJC 3-01-2012 Análise microbiológica de uma amostra de urina Análise preliminar: Tiras de detecção de: Leucócitos Proteínas Glicémia Permitem a despistagem rápida de infecção urinária. http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/pro dutos/equipamentos-dediagnostico/products/near-patienttesting/combur/ 29 T32-34 MJC 3-01-2012 Análise microbiológica de uma amostra de urina Análise cultural: Análise de crescimento, quantificação. Esta é feita pois a inoculação é feita usando um volume determinado de urina 0.01 ou 0.001ml. A cultura é feita em agar de sangue, MacConkey ou Colistin-nalidixic ácid Agar (CNA). Antibiograma Em meio Mueller-Hinton é feita a cultura dos isolados onde são testados alguns antibióticos passíveis de ser utilizados. http://www.youtube.com/watch?v=FOimwWEV6vU&feature=player_e mbedded 30 T32-34 MJC 3-01-2012 Análise serológica de marcadores de HBV Marcadores: 31 HBSag (Antigénio de superfícies de vírus da hepatite B) HB anti-core (anticoprpo para o antigénio core do vírus da hepatite B). HBeAg (Antigénio e do vírus da hepatite B) Anti-HBe (anticorpo contra o antigénio e do vírus). T32-34 MJC 3-01-2012 Procedimento para detecção de antigénios 32 T32-34 MJC 3-01-2012 Em todos os testes de ELISA há: Replicados da amostra Um contolo positivo em que há uma concentração conhecida do antigénio a detectar. Um contolo negativo em que não há o antigénio a detectar. A leitura é feita por espectofotometria que mede a intensidade da cor gerada da reação da enzima com o substratos presentes. 33 T32-34 MJC 3-01-2012 Sumário Capítulo XXX. Risco associado ao trabalho em laboratórios de análises clínicas. 34 Risco biológico Risco quimico Risco físico Risco eléctrico Risco ambiental T32-34 MJC 3-01-2012 Risco Biológico Todas as amostras são potencialmente perigosas! Usar o equipamento de segurança pessoal adequado: Luvas Batas Óculos quando necessário Respeitar as normas de segurança dos níveis de risco biológico: Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 35 Todos os níveis pressupõem a adopção das medidas do nível anterior. T32-34 MJC 3-01-2012 Nível 1 Nível 1: Bactérias e vírus Bacillus subtilis, canine hepatitis, Escherichia coli, varicella (chicken pox),e algumas culturas celulares não infecciosas. Na manipulação deste material pode apenas usar-se luvas. A descontaminação deste nível é feita por lavagem das mãos e descontaminação por autoclavagem de todo o material contaminado. 36 T32-34 MJC 3-01-2012 Nível 2 Bactérias e vírus que causam doenças pouco graves em humanos ou que dificilmente podem ser contraídos por aerossois. Hepatitis A, B, e C, influenza A, Lyme disease, salmonella, papeira, rubeola, febre de Dengue e HIV. Têm de ser usadas câmaras de segurança biológica nível 2. Acesso limitado ao laboratório Avisos de perigo biológico Descontaminação de todo o material antes de ser deitado no lixo. 37 T32-34 MJC 3-01-2012 Nível 3 Bactérias e vírus que podem causar patologias fatais em humanos mas para as quais há vacinas e outros tratamentos. anthrax,West Nile virus,encefalite equina Venezuelana , SARS, variola , tuberculose, tifo, Febre Rift Valley fever, Febre Rocky Mountain spotted fever, Febre amarela e malaria. Trabalho obrigatório em câmaras de segurança biológica 3 Acesso controlado ao laboratório Descontaminação da roupa antes de lavar. Descontaminação de todo o equipamento 38 T32-34 MJC 3-01-2012 Nível 4 Víruses e bactérias que causam patologias severas e fatais em humanos para as quais não há tratamentos nem vacinas disponíveis. Febres hemorrágicas Trabalho não autorizado na maior parte dos laboratórios. Controlo de entrada e saída de todas as pessoas e materiais. 39 T32-34 MJC 3-01-2012 Risco Químico Algumas das substâncias usadas para preparar as amostras têm vários riscos associados. É preciso saber a sinalética e respeitar as normas de segurança de cada substância Não cheirar Não pipetar com a boca Ter cuidados especiais com a chama Cuidados com o contacto com a pela de substâncias carcinogénicas 40 T32-34 MJC 3-01-2012 Risco Eléctrico Além das precauções normais de senso comum ... Necessário asseurar que os equipamentos são mantidos em condições ao longo dos anos. 41 T32-34 MJC 3-01-2012 Risco Físico Cuidado esqpecial com a arrumação do laboratório Evitar gavetas e portas dos armários abertas Evitar caixas ou obstáculos no chão que possam promover quedas. Cuidado com a abertura brusca de portas especialmente as que abrem para os dois lados! 42 T32-34 MJC 3-01-2012 Risco Ambiental Cuidados na separação dos lixos Eliminação responsável de substâncias como mercúrio, chu,bo ou outras susbtâncias químicas nocivas para o ambiente Manutenção do ar do laboratório com qualidade 43 Monitorização da qualidade do ar Manutenção dos filtros e condutas de ar condicionado. T32-34 MJC 3-01-2012 Recursos http://www.cdc.gov/niosh/topics/healthcare/#c 44 Capítulo 5. Secção 5.4 Capítulo 6. Secção 6.5 T32-34 MJC 3-01-2012