CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA REDE
Informação Para Sensibilização
Objetivos
Apresentar material estratégico para:
•Informação, para sensibilização de gestores e profissionais no processo de
implantação de PIC
•Formação para gestores e profissionais no processo de implementação de PIC
•Transformação dos serviços da rede de saúde com a introdução de PIC
INFORMAÇÃO SOBRE AS PIC PARA
SENSIBILIZAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS
Da invisibilidade à visibilidade
O uso Práticas Integrativas e Complementares (PIC) têm crescido significativamente em
todo o mundo, por pacientes e profissionais.
Consequentemente a pesquisa sobre diferentes aspectos das PIC também tem se
desenvolvido muito na últimas décadas.
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Da invisibilidade à visibilidade
O aumento do uso e da pesquisa sobre as PIC tornou visível duas importantes
contradições do campo da saúde na contemporaneidade:
a)jamais tivemos tanta tecnologia, informação e acesso à biomedicina, no
entanto jamais as pessoas buscaram com tanta intensidade outras práticas de
cuidado e cura;
a)um dos princípios fundamentais da prática clínica atualmente é a decisão
baseada em evidências, no entanto, boa parte das RM-PIC tem evidências
laboratoriais restritas, evidências clínicas significativas, pouca regulação e grande
confiança de usuários e profissionais.
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Da invisibilidade à visibilidade
Existem duas redes de atores sociais ligados as PIC:
a) rede formada na academia, desde os anos de 1980, composta por educadores,
pesquisadores e estudantes de PIC;
b) rede formada no SUS, principalmente a partir de 2006, configurada por gestores,
profissionais e usuários de PIC
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Da invisibilidade à visibilidade
Entre as PIC há não só muitas diferentes práticas, como também, um rico
processo histórico que construiu os conceitos de:
–MEDICINA TRADICIONAL
–MEDICINA ALTERNATIVA
–MEDICINA COMPLEMENTAR
–MEDICINA INTEGRATIVA
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MT – Medicina Tradicional
Definição
“É a soma total do conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas
teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, e
usadas ​na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico,
tratamento ou melhoria de doenças físicas e mentais”. (WHO, 2000)
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MA – Medicina Alternativa
Definição
“Nos países onde o sistema de saúde dominante é baseado na medicina alopática ou
onde a Medicina Tradicional não foi incorporada no sistema de saúde nacional, muitas
vezes estas Medicinas são chamadas de “alternativa“”. (WHO, 2002)
“Medicina Alternativa" refere-se ao uso de uma abordagem não-convencional,
tradicional ou não, no lugar da medicina convencional. (NCCAM, 2013)
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MC – Medicina Complementar
Definição
“Medicina Complementar" geralmente refere-se ao uso de uma abordagem nãoconvencional em conjunto com a medicina convencional”. (NCCAM, 2013)
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MI – Medicina Integrativa
Definição
“Medicina Integrativa está associada a uma mudança de paradigma e para exercêla é necessário reorientar as crenças, práticas e experiências em relação à saúde;
ou seja, é preciso reorientar os conceitos, as formas de intervenção e o modelo de
atenção à saúde e abordagem do processo saúde-doença-cuidado”. (Otani e
Barros, 2011)
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Da invisibilidade à visibilidade
RESEARCH COUNCIL FOR COMPLEMENTARY MEDICINE <http://www.rccm.org.uk/>;
Criado em 1983 no Reino Unido com os seguintes objetivos:
–Divulgar resultados de pesquisa: coletar, analisar e divulgar informações baseadas em
pesquisas sobre a medicina alternativa e complementar (MAC);
–Facilitar a investigação: promover uma rede de pesquisadores e promover, realizar e facilitar a
investigação e diálogo sobre metodologias de investigação adequadas as MAC;
–Explorar a relação entre MAC e medicina convencional: cooperação entre os profissionais,
estimulando a exploração dos princípios fundamentais MAC e medicina convencional.
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Da invisibilidade à visibilidade
NATIONAL CENTER FOR COMPLEMENTARY AND ALTERNATIVE MEDICINE
http://nccam.nih.gov/
Criado em 1998 nos Estados Unidos da América com os seguintes objetivos:
–Avançar a investigação sobre intervenções mente e corpo, práticas e
disciplinas não convencionais;
–Avançar a investigação sobre MAC e produtos naturais;
–Aumentar a compreensão dos padrões e consequências do uso de MAC e
sua integração nos cuidados de saúde e promoção da saúde;
–Melhorar a capacidade para realizar pesquisa rigorosa;
–Desenvolver e divulgar informações objetivas baseadas em evidências
sobre as intervenções com MAC;
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Da invisibilidade à visibilidade
Periódicos indexados no Pubmed/Medline especializados em temáticas de PIC:
–Journal of evidence based complementary & alternative medicine;
–Journal of the Society for Integrative Oncology;
–Complementary therapies in clinical practice;
–Journal of complementary & integrative medicine;
–African journal of traditional, complementary, and alternative medicines:
–AJTCAM/African Networks on Ethnomedicines;
–Evidence-based complementary and alternative medicine : eCAM;
–BMC complementary and alternative medicine;
–Complementary health practice review;
–Research in complementary and natural classical medicine;
–Integrative medicine: integrating conventional and alternative medicine;
–Alternative medicine review: a journal of clinical therapeutic;
–Complementary therapies in nursing & midwifery;
–Alternative therapies in health and medicine;
–Complementary therapies in medicine;
–Alternative therapies in women's health.
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Da invisibilidade à visibilidade – NO BRASIL
RACIONALIDADES MÉDICAS E PRÁTICAS DE SAÚDE http://racionalidadesmedicas.pro.br/
Criado em 1991, no Instituto de Medicina Social, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e
atualmente sediado na Universidade Federal Fluminense, Centro de Ciências Médicas, Instituto de
Saúde da Comunidade, com os objetivos:
–Na primeira fase desenvolveu estudo teórico comparativo de quatro racionalidades médicas,
ocidental, homeopática, ayurvédica e chinesa (1991-1993);
–Na segunda comparou práticas e representações de profissionais de saúde e seus pacientes
em serviços públicos de saúde do Rio de Janeiro, referentes a essas racionalidades, com exceção
da medicina ayurvédica (1994-1997);
–Na terceira, em andamento, trabalha tanto com estudos teóricos comparativos das
racionalidades médicas quanto com práticas de saúde desenvolvidas na sociedade civil e em
instituições.
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Da invisibilidade à visibilidade – NO BRASIL
GRUPO DE ESTUDOS PRÁTICAS ALTERNATIVAS E COMPLEMENTARES DE
SAÚDE http://www.ee.usp.br/pesquisa/grupo/praticas_alternativas/
A partir de trabalhos iniciados na década de 1990 foi criado em 2006, na
Escola de Enfermagem, da Universidade de São Paulo, com o objetivo:
– Desenvolver pesquisas na área de práticas complementares de saúde para que
haja maior respaldo teórico/acadêmico aos profissionais que utilizam e desejam
implantar as técnicas complementares no ambiente de trabalho e de ensino
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Da invisibilidade à visibilidade – NO BRASIL LABORATÓRIO DE PRÁTICAS
ALTERNATIVAS, COMPLEMENTARES E INTEGRATIVAS EM SAÚDE (LAPACIS)
Criado em 2006, no Departamento de Saúde Coletiva, da Faculdade de Ciências
Médicas, da Unicamp, com o objetivo:
- Desenvolver a cultura das Práticas Alternativas, Complementares em Integrativas
no campo do ensino e dos serviço de saúde, por meio de pesquisas sócioantropológicas.
–Formar pesquisadores e desenvolver a pesquisa sócio-antropológica sobre as
Práticas Alternativas, Complementares em Integrativas em Saúde.
–Explorar as relações entre as Práticas Alternativas, Complementares em
Integrativas, Racionalidades em Saúde e medicina convencional.
–Apoiar a formação de uma rede de pesquisadores nacionais e internacionais sobre
as Práticas Alternativas, Complementares em Integrativas, Racionalidades em Saúde
e medicina convencional.
–Apoiar ações governamentais de implantação e implementação das Práticas
Alternativas, Complementares em Integrativas e Racionalidades em Saúde, no
Sistema Único de Saúde.
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SENSIBILIZAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS
Serviços de PIC na Rede de Atenção
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SENSIBILIZAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS
Estabelecimentos que ofertam PIC
Prática Integrativa
Dez/08
Dez/09
Dez/10
Dez/11
Dez/12
Acupuntura
204
302
422
484
Fitoterapia
15
16
22
Outras técnicas em MTC
146
226
Práticas corporais/
atividades físicas
630
Homeopatia
Privado
Nov/13
Nov-13
554
751
390
61
120
158
13
347
376
433
518
39
1013
1485
2064
2272
2561
219
64
74
89
96
100
116
73
Termalismo/ crenoterapia
4
3
20
21
7
10
7
Medicina Antroposófica
7
5
7
10
10
16
8
Total
1070
1639
2392
3112
3496
4130
749
MTC= Medicina Tradicional Chinesa
Fonte: Ministério da Saúde- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde- CNES
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Estabelecimentos de PIC registrados no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS)
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INFORMAÇÃO SOBRE AS PIC PARA
SENSIBILIZAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS
Fonte: Ministério da Saúde- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde- CNES
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Referências Bibliográficas
Galahardi, Wania Maria Papile; BARROS, Nelson Filice de e LEITE-MOR, Ana Cláudia Moraes
Barros. O conhecimento de gestores municipais de saúde sobre a Política Nacional de Prática
Integrativa e Complementar e sua influência para a oferta de homeopatia no Sistema Único de
Saúde local. Ciênc. saúde coletiva. 2013, vol.18, n.1, pp. 213-220
LUZ, M. T. Racionalidades Médicas e Terapêuticas Alternativas. In: CAMARGO Jr., K. R. de
Racionalidades Médicas: A Medicina Ocidental Contemporânea, Série Estudos em Saúde Coletiva
– Rio de Janeiro: UERJ/Instituto de Medicina Social, 1993. p. 01 – 32.
LUZ, M. T. A arte de curar versus a ciência das doenças : história social da homeopatia no BrasilSão Paulo : Dynamis Editorial, 1996. p. 332.
LUZ, M. T. Medicina e racionalidades médicas: estudo comparativo da medicina ocidental,
contemporânea, homeopática, tradicional chinesa e ayurvédica. In: CANESQUI, A. M. Ciências
Sociais e Saúde para o Ensino Médico, São Paulo: Editora Hucitec, 2000. p. 181-200.
Referências Bibliográficas
NASCIMENTO, Marilene Cabral do; BARROS, Nelson Filice de; NOGUEIRA, Maria Inês e LUZ, Madel
Therezinha. A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Ciênc. saúde
coletiva [online]. 2013, vol.18, n.12 [citado 2013-12-10], pp. 3595-3604
SANTOS, Melissa Costa e TESSER, Charles Dalcanale. Um método para a implantação e promoção de
acesso às Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde. Ciênc. saúde coletiva.
2012, vol.17, n.11, pp. 3011-3024.
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Coordenadoria da Práticas Integrativas e
Complementares. (CPIC/SAS-SES-MG). Orientação para gestores para implantação das Práticas
Integrativas e Complementares. Outubro, 2013.
World Health Organization (WHO). Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2002-2005.
Geneva: WHO; 2002.
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