O período republicano marca o fim da
monarquia, com o golpe político encabeçado
pelos senadores romanos. Pertencentes à classe
patrícia, esses senadores foram os responsáveis
por uma reforma política que centralizou o
poder político nas mãos da aristocracia romana.
Porém, ao longo do tempo, com a deflagração
das revoltas plebeias, as instituições políticas
de Roma foram obrigadas a acolherem esse
grupo social.
 Os
magistrados foram um novo grupo que
auxiliava o Senado no desempenho das
tarefas político-administrativas de Roma. Os
magistrados tinham grandes atribuições e
podiam ter cargos que diferiam em função
da tarefa desempenhada. No topo das
magistraturas estavam os cônsules. Eram
dois magistrados que tinham por obrigação
presidir
as
sessões
senatoriais
e
assembleias. Eles também comandavam os
exércitos e conduziam os cultos públicos.
 Os
pretores eram os magistrados que
tratavam das questões jurídicas. Esses eram
divididos
em
pretores
urbanos,
responsáveis pela justiça na cidade, e os
pretores peregrinos, que tratavam da justiça
no meio rural e entre os estrangeiros.
Exercendo um cargo temporário (5 anos),
os censores deviam contar a população e
classificá-la de acordo com seu nível de
renda. Além disso, podiam conduzir
trabalhos públicos e vigiar os cidadãos
romanos.
O
edis tinham funções diversas. Podiam ser
responsáveis pela preservação da cidade de
Roma, pelo abastecimento e o policiamento da
população. Os questores eram uma classe de
magistrados que tratava das finanças de Roma.
Cuidavam
dos
recursos
financeiros
depositados no Templo de Saturno e eram
consultados pelos cônsules na administração
das verbas públicas e no gasto com campanhas
militares. Uma última magistratura criada em
Roma foi a dos Tribunos da Plebe. Eles podiam
vetar qualquer lei que ferisse os interesses dos
plebeus, exceto em tempo de guerra ou na
vigência de uma ditadura.
 Ao
logo dos séculos V e III a.C., o problema do
sistema político excludente concebido pelos
patrícios foi alvo de intensa recriminação por
parte dos plebeus. Sendo uma classe social de
composição mista, a condição do plebeu podia
variar desde a de um rico comerciante, indo
até a um simples trabalhador livre. Em uma
série de revoltas que aconteceram nesse
período, os plebeus conseguiram direito de
participação política dentro de Roma. Com o
advento das revoltas plebeias acabaram
conseguindo a aprovação de várias reformas
em forma de lei.

Durante o período republicano, alguns dos direitos conquistados
pelos plebeus foram:
• Leis das Doze Tábuas (450 A.C.) – juízes especiais
(decênviros) decretariam leis escritas válidos para patrícios e
plebeus. Embora o conteúdo dessas leis fosse favorável aos
patrícios, o código escrito serviu para dar clareza às normas,
evitando arbitrariedades.
• Lei Canuléia (445 A.C.) – autorizava o casamento entre
patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus ricos
conseguiam casar-se com os patrícios.
• Lei Licínia (387 A.C.) – Aboliu a escravidão por dívidas e
ainda concedeu aos plebeus a participação no consulado.
Assembleia da Plebe (287 A.C.) (Comitia Plebis) tivessem
validade para todo o Estado. Essas decisões foram chamadas de
plebiscito, o que significa "a plebe aceita".
 Embora
os progressos alcançado pelas
conquistas da plebe tivessem sido
grandes, essas
leis, na
prática,
continuaram a beneficiar apenas os
plebeus
ricos,
principalmente
os
comerciantes que, por casamento,
podiam almejar os melhores cargos da
república. A exploração dos pobres, no
entanto, continuou, não havendo a
mínima condição de alcançarem o poder.
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Roma: Período Republicano 509 * 27 a.C.