Plantas Alógamas Plantas alógamas são aquelas que realizam preferencialmente polinização cruzada (acima de 95%). Neste caso, a fertilização ocorre quando o pólen de uma planta fertiliza o estigma da flor de outra planta. As espécies alógamas são caracterizadas pela heterozigose, endogamia. apresentando heterose e Nas alógamas, as plantas não transmitem seus genótipos para a geração seguinte como ocorre em espécies autógamas, mas sim os seus alelos. Portanto, a cada geração surgirão novos indivíduos que apresentarão constituição alélicas diferentes dos seus pais. Nas alógamas, o que tem maior importância não é a constituição genética do indivíduo (genótipo), mas sim o conjunto gênico dessa população (pool gênico). Este é um grande desafio no melhoramento de alógamas, pois os genótipos superiores não são mantidos nos filhos, já que estes apresentarão segregação. EQUILÍBRIO DE HARD-WEINBERG Definição: um conjunto de indivíduos da mesma espécie, que ocupam o mesmo local, apresentam uma continuidade no tempo e possuem a capacidade de se intercasalar ao acaso, e portanto, de trocar genes entre si. O princípio de Hardy-Weinberg estabelece um padrão teórico para o comportamento gênico ao longo das gerações. Na prática, ele nos ajuda a perceber se uma população se encontra ou não em equilíbrio, chamando a atenção para os possíveis fatores evolutivos que estão atuando. Duas propriedades importantes das populações são: Freqüência genotípica: é a proporção que um determinando genótipo está presente na população. Freqüência alélica: é a proporção que um determinado alelo está presente na população. Lei do Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Em uma população grande que se reproduz por acasalamentos ao acaso e onde não há migração, mutação ou seleção, pois todos os indivíduos são igualmente férteis e viáveis, tanto as frequências alélicas como as genotípicas se mantêm constantes ao longo das gerações. Vamos usar como exemplo uma característica com dois alelos (A e a) para explicar essa Lei. A freqüência do alelo A é identificada por p e a freqüência do alelo a é identificada por q, sendo p + q = 1. Assim na próxima geração teríamos as seguintes freqüências alélicas e genotípicas para o cruzamento Aa x Aa f(A)=p f(a)=q f(A)=p f(a)=q f(AA)= p2 f(Aa)= p.q f(Aa)= p.q f(aa)= q2 Nesta população, as freqüências genotípicas são representadas por: D (dominantes), H (heterozigotos) R (recessivos). A soma D + H + R = 1. Então (p+q)2= p2+ 2pq + q2= D + H + R = 1. Outras propriedades importantes são: Frequências Alélicas f(A) = p = (p2+ pq)/N = (D + 1⁄2H)/N f(a) = q = (q2+ pq)/N = (R + 1⁄2H)/N Onde N= Total da população Frequências Genotípicas Esperadas f (AA) = p2 f (Aa) = 2pq f (aa) = q2 EX: Considerando uma população de 100 indivíduos, onde tenham sido identificados 50 genótipos do tipo AA, 20 do tipo Aa e 30 do tipo aa, tem-se que: AA = 50; Aa= 20 e aa = 30 A freqüência alélica será: f (A) = (50 + 1⁄2 x 20)/100 = 0,60 f (a) = (30 + 1⁄2 x20)/100 = 0,40 Será que esta população está em equilíbrio de Hardy-Weinberg? Frequência genotípica Esperadas f (AA) = (0,60)2= 0,36 f (Aa) = 2pq = 2 x 0,6 x 0,4 = 0,48 f (aa) = (0,40)2 = 0,16 Os valores observados devem ser testados através do teste de Qui-quadrado para se concluir se os valores diferem dos valores esperados. Se a população não estiver em equilíbrio, é necessária somente uma geração de cruzamentos ao acaso para que ela volte ao equilíbrio Teste de Equilíbrio de Hardy-Weinberg -Usa-se o χ2 - Se χ2 for significativo: a população não está em equilíbrio - Se χ2 não significativo: a população está em equilíbrio e os desvios e as frequências genotípicas observadas não diferem significativamente das frequências de uma população em equilíbrio. Hipóteses a serem testadas O pesquisador trabalha com duas hipóteses: •Hipótese nula: As frequências observadas não são diferentes das frequências esperadas. Não existe diferença entre as frequências (contagens) dos grupos. Portanto, não há associação entre os grupos •Hipótese alternativa: As frequências observadas são diferentes da frequências esperadas, portanto existe diferença entre as frequências. Portanto, há associação entre os grupos Já o χ2 tabelado depende do número de graus de liberdade e do nível de significância adotado. A tomada de decisão é feita comparando-se os dois valores de χ2: •Se χ2 calculado > ou = χ2 tabelado: Rejeita-se Ho. •Se χ2 calculado < χ2 tabelado: Aceita-se Ho Para dados didáticos será utilizado χ2 tab = 2,36 EFEITO DA SELEÇÃO NAS FREQÜÊNCIAS ALÉLICAS A seleção pode ser definida como a eliminação de determinados genótipos da população. A seleção pode ser natural ou artificial. Devido a esta eliminação, há alterações nas freqüências alélicas e genotípicas, e em conseqüência, a população afasta-se do equilíbrio. O efeito da seleção nas freqüências alélicas depende do tipo de interação alélica e do coeficiente de seleção. Vamos ver um exemplo de seleção quando há dominância completa, sendo desvantajoso o alelo recessivo. Exemplo 1 Ex.1: Altura de milho onde o alelo Br (planta normal) tem freqüência de 0,3 e br (planta anã) de 0,7. Pergunta: qual a freqüência dos alelos Br e br e dos genótipos normal e anã após um ciclo de seleção?* Se a freqüência do alelo Br = p = 0,3 e br = q = 0,7, as freqüências genotípicas na população original serão (0,3)2BrBr + 2x0,3x0,7Brbr + (0,7)2brbr = 0,09 BrBr + 0,42 Brbr + 0,49 brbr. Então nesta população teremos uma freqüência de 0,51de plantas altas (BrBr e Brbr) e 0,49 de plantas anãs (brbr) Se fizermos seleção eliminando as plantas baixas, a população selecionada terá 100% de plantas altas. Através de uma regra de três simples, podem ser obtidas as freqüências genotípicas corrigidas: 0,51 ..... 1,0 (BrBr) 0,09 ..... x = 0,18 (Brbr) 0,42 ..... y = 0,82 Então, após um ciclo de seleção, as frequências alélicas serão f(Br) = (D + 1⁄2H)/N = 0,18 + (0,82/2)/1 = 0,59 f(br) = (R + 1⁄2H)/N = 0 + (0,82/2)/1 = 0,41 Se as plantas selecionadas forem cruzadas ao acaso, na próxima geração teremos (0,59)2BrBr + 2x0,59x0,41 Brbr + (0,41)2brbr = 0,35 BrBr + 0,48 Brbr + 0,17 brbr. Isto significa uma freqüência de plantas altas de 0,83 e de plantas baixas de 0,17. Podemos observar neste exemplo que a seleção altera a frequência alélica e genotípica, e podemos usá-la para melhorar nossas populações. Melhoramento de Plantas Alógamas I- Antes da Polinização II- Depois da Polinização I- Antes da Polinização -EX: Suponha que p= 0,2 e q= 0,8 (Frequências gênicas). Faz-se a seleção contra o gene recessivo População original: p2= (0,2)2= 0,04 2pq= 2x0,2x0,8= 0,32 q2= (0,8)2= 0,64 (elimina) p= (p2+pq)/p2 +2pq (total sem o recessivo) p= (0,04+0,16)/0,36= p= 0,56, portanto q= 0,44 Frequências alélicas: p= 0,56 e q= 0,44 -Estas frequências gênicas serão as frequências da 1ª geração, faz-se, então Frequências Genotípicas p2= (0,56)2= 0,31 2pq= 2x(0,56)x(0,44)= 0,50 q2= (0,44)2= 0,19 o cálculo das II- Depois da Polinização Suponha que: p=0,2, portanto q=0,8 (Frequências gênicas). Faz-se seleção contra o recessivo. População original: p2= (0,2)2= 0,04 2pq= 2x0,2x0,8= 0,32 q2= (0,8)2= 0,64 (elimina) Porém eliminou-se as plantas com características recessivas somente após a polinização permitindo assim, a polinização por pólen recessivo. O que resulta no seguinte cálculo, as fêmeas possuem a frequência modificada pela seleção, mas os machos possuem a mesma frequência da pop. original. p= (p2+pq)/p2 +2pq (total sem o recessivo) p= (0,04+0,16)/0,36= p= 0,56, portanto q= 0,44 p= 0,56 q= 0,44 (Frequências alélicas da Fêmea) OBS: o macho polinizou normal A fêmea eliminou a planta inteira, então vai ter redução na frequência alélica. Fêmea 0,56 (p) 0,44 (q) EX: Macho 0,20 (p) 0,80 (q) 0,11 0,45 Portanto: p2= 0,11 D 2pq= 0,54 H q2= 0,35 R As Frequências gênicas da pop. F1 são: p= 0,11+ 0,54/2= 0,38 e q= 0,62 0,09 0,35 Seleção de Plantas Alógamas contra o gene dominante Seleção causa basicamente mudanças na frequência de genes e consequentemente de genótipos. Para um par de genes, a intensidade de seleção é dada por “s”, que é chamado de coeficiente de seleção. A frequência do genótipo a ser reduzido da população (selecionado contra) deverá ser multiplicada por 1-s. - Assim, se s=0,2, 80% dos genótipos em questão serão permitidos e deixados reproduzir. EX: Seleção contra A em situação de dominância completa, sendo p= 0,6. EX: Seleção contra A em situação de dominância completa, sendo p= 0,6. Portanto, q=0,4 Freq. Genotípica AA Aa 0,36 0,48 0,16 1-s 1 Taxa Reprodutiva 1-s aa Se s= 0,2, temos: 0,36x 0,8= 0,29= 0,29/0,83= 0,35 0,48x0,8= 0,38= 0,38/0,83= 0,46 0,16x1 = 0,16 = 0,16/0,83= 0,19 0,83 Após a seleção, as novas frequências gênicas serão: p= 0,35+ 0,46/2= 0,58 q= 1-p= 1- 0,58= 0,42 As novas frequências genotípicas para a próxima geração serão: p2= (0,58)2= 0,34 2pq= 2(0,58)(0,42)= 0,49 q2= (0,42)2= 0,17 Exercício de reforço** Características Gerais de uma População de Plantas Alógamas - Não pode utilizar seleção em uma única plantas devido á depressão por endogâmica. - Deve-se maximizar interações gênicas e genotípicas visando manter a maior variabilidade genética possível - A obtenção de plantas superiores está ligada à heterose ou vigor híbrido. Heterose e endogamia Endogamia: Processo de incremento homozigose a de auto-fecundações partir da consecutivas. Heterose: é o acréscimo do desempenho em determinado caráter dos indivíduos híbridos com relação aos pais. Métodos de seleção em alógamas Métodos de seleção em alógamas 1- Métodos de seleção sem teste progênie . Seleção massal . Seleção massal estratificada 2- Métodos de seleção com teste de progênie Híbridos Variedades sintéticas Seleção espiga por fileira Seleção recorrente Seleção recorrente fenotípica Seleção recorrente para CGC Seleção recorrente para CEC O que é teste de progênie ? Allard (1971): refere-se à avaliação do genótipo dos progenitores com base no fenótipo de seus descendentes. - Após a avaliação das progênies, identificam-se os progenitores desejáveis para intercruzar e produzir a geração seguinte. Tem a vantagem das plantas mães permanecerem na população enquanto o teste de progênie se realiza. Teste de progênie Beterraba açucareira (Beta vulgaris) CULTIVADA NA EUROPA POR MUITOS ANOS (7,5% de sacarose) Seleções feitas com base no tamanho , forma e cor 8,8% de sacarose em 1838 ganho 14% em 30 anos (0,46% ano) 10,1% de sacarose em 1868 14% de sacarose em 1888 16% de sacarose em 1912 Seleção com teste de progênie- Louis Vilmorin -58% em 44 anos - (1,32% ano ano 1- Métodos de seleção sem teste progênie . Seleção massal Características gerais: maternal; fenotípica e útil para características de alta herdabilidade. Método -forma-se uma população através de cruzamentos múltiplos ou utiliza-se populações nativas. - plantas superiores são selecionadas na população - Sementes em BULK para formar a próxima geração. Vantagens: -Mantém a variabilidade genética -Fácil de conduzir a população -Melhora a população como um todo. Desvantagens -Redução do tamanho da população (base genética) -Redução da variabilidade genética devido á seleção natural -Depressão por endogamia. Seleção Massal Estratificada Semelhante à Fenotípica, porém, com seleções em locais estratificados (Ex: diferentes faixas de solo ou ambientes, etc) 2- Métodos de seleção com teste de progênie 2.1 Seleção espiga por fileira a) Forma-se uma população através de cruzamentos b) Seleciona-se os indivíduos superiores (fenotípica) c) Utiliza-se parte (1/2) das sementes de uma espiga da planta selecionada e planta em linhas de progênie (uma única linha de progênie). Guarda as sementes restantes de cada espiga separadamente. d) faz-se o teste de progênie através de cruzamentos das progênies (linhas) com uma população de polinização aberta e) Verifica as melhores linhas e retorna às sementes guardadas correspondentes àquelas linhas, mistura as sementes selecionadas pelo teste (BULK) e planta para formar a nova geração ou população. Variedade de milho é um conjunto de plantas com características comuns, sendo um material geneticamente estável e que, por esta razão, com os devidos cuidados em sua multiplicação, pode ser reutilizada por várias safras sem nenhuma perda de seu potencial produtivo. Variedades Híbridas Heterose: fenômeno no qual progênies de cruzamentos entre linhagens endogâmicas (ou puras) e geneticamente diversas, são superiores aos pais, excedendo ambos no desempenho ou vigor. Heterose= F1- (P1+P2)/2 Qual o valor da heterose? P1= 5 ton. ; P2= 7 ton. ; F1= 12 ton. Heterose= F1- (P1+P2)/2 H= 12 – (5+7)/2= 6 toneladas Milho Híbrido OBS: Em milho o nível de heterose é de 20 a 30%. Desenvolvimento de Variedades Híbridas 1- Seleciona as melhores plantas de uma população através dos vários métodos de seleção (massal, pedigree, etc) 2- Faz-se a auto-polinização até alcançar a homozigose (INBREDS) 3- Cruza INBREDS de Elite para produzir os híbridos. Obtenção de Linhagens: são obtidas após sucessivas autofecundações •Fixação de genótipos em alógamas •Seleção de características de interesse •Obtidas de populações melhoradas por seleção recorrente. Obtenção de linhagens • Populações escolhidas são submetidas à endogamia Material S0 n Linhas Endogâmicas Após 6 a 8 gerações de autofecundações com seleção para características de alta herdabilidade Obtenção de linhagens •Problemas – Depressão por endogamia muito acentuada para características como produtividade. – A linhagem deve ter uma performance aceitável – Não há associação entre o comportamento da linhagem e de seus híbridos. Os métodos mais utilizados para a obtenção de linhagens são: -Método Padrão, - Método da Cova Única - Método Genealógico -Método Padrão, 1º ano – Autofecundação de centenas de plantas selecionadas das populações. 2oano – Planta-se em linha 20 a 30 plantas de cada progênie autofecundada. Selecionam-se 5 plantas de cada progênie para fazer nova autofecundação. Faz-se seleção entre progênies, eliminando-se as que apresentam defeitos graves em função da autofecundação. Após a colheita faz-se seleção das espigas descartando as que apresentam problemas. 3º ano – semeia-se uma linha para cada planta autofecundada, praticando-se seleção e autofecundação nos moldes anteriores. O processo é repetido até que as plantas atinjam alto grau de homozigose o que ocorre entre 5 a 8 ciclos de autofecundação. Método da Cova Única É um método que pode ser comparado com o SSD ou SHD, utilizados no melhoramento de plantas autógamas. - Neste método, cada progênie é representada por uma única cova com três plantas, em vez de uma linha com várias plantas. A principal vantagem deste método é a redução de área, permitindo trabalhar com número maior de progênies, e aumentando a possibilidade de seleção entre progênies. Método Genealógico Consiste na obtenção de novas linhagens partindo-se de um F2 resultante do cruzamento entre duas linhagens que se combinem bem. O esquema de autofecundação é semelhante ao do Método Padrão OBS: A progênie de uma planta autofecundada é chamada de S1, a progênie autofecundada desta é chamada de S2 e assim por diante. Os tipos de sementes de milho são identificados como híbridos ou variedades, sendo que os híbridos podem ser simples, triplos ou duplos. -Híbridos simples são o resultado do cruzamento de duas linhagens puras e indicados para sistemas de produção que utilizam alta tecnologia, pois possuem o maior potencial produtivo. - São também os mais caros. -Híbrido triplo é o cruzamento entre uma linha pura e um híbrido simples e é indicado para média a alta tecnologia -Híbrido duplo é o resultado do cruzamento entre dois híbridos simples, sendo indicado também para média tecnologia. Híbridos Simples HS= A x B Híbrido Triplo HT= (AxB) x C Híbrido Duplo HD= (AxB) x (CxD) Existem ainda no mercado Híbridos Simples Modificados - HSm - (neste caso, é utilizado como progenitor feminino um híbrido entre duas progênies afins da mesma linhagem e, como progenitor masculino, uma outra linhagem); Híbridos Triplos Modificados - HTm – (a terceira linhagem é substituída por um híbrido formado por duas progênies afins de uma mesma linhagem); Híbrido Intervarietal (HIV), que é o resultado do cruzamento entre duas variedades; e o top cross, que é o cruzamento de uma linhagem com uma variedade Desenvolvimento de Linhagens Endogâmicas ou INBREDS a) Forma-se uma população segregante (natural ou artificial) e seleciona as melhores plantas b) Faz-se a autopolinização das plantas selecionadas até atingir a homozigose c) Avaliar as linhagens INBREDS (resistência) d) Avaliar a produtividade entre cruzamentos: HCG e HCE e) Multiplicação da semente genética Habilidade Combinatória Habilidade Combinatória Geral (HCG) É o desempenho médio de uma linhagem em cruzamentos com outros progenitores Habilidade Combinatória Específica (HCE) É o desempenho de uma linhagem em cruzamento específico com uma outra. Avaliação da HCG: a) Teste Preliminar- TOPCROSS é o cruzamento de todas as linhagens com uma variedade comum (sintética, ou população de polinização aberta)- mais aplicável para o mercado, para um programa de produção de híbridos. - No de cruzamentos necessários é igual ao no de linhagens b) Cruzamento Dialélico: todas as combinações possíveis entre as várias linhagens em teste. N= no de cruzamentos necessários N= n(n+1)/2, onde n= no de linhagens envolvidas EX: 20 linhagens N= 20 (20+1)/2= 190 cruzamentos Então, para os vários híbridos, o no de cruzamentos necessário seriam: HS= n(n-1)/2= 190 HT= n(n-1)(n-2)/3= 3.240 HD= n(n-1) (n-2) (n-3)/8= 14.535 Estimativa do Desempenho de um Híbrido Duplo (P1xP2)x(P3xP4)= P1xP3)+(P1xP4)+(P2xP3)+(P2xP4) 4 Avaliação da HCE - Não tem diferença entre o TOPCROSS da HCG e HCE. - A variedade teste ou testador é uma variedade de ELITE superior, podendo ser um INBRED ou mesmo um Híbrido comercial. Exercícios: Considere o cruzamento dialélico completo entre as 5 linhagens e calcule a HCE e HCG A B C D E A 3,0 6,5 7,0 7,5 7,0 B 6,5 2,5 8,0 7,5 9,5 C 7,0 8,0 4,0 10,0 8,5 D 7,5 7,5 10 2,0 11,5 HCE E 7,0 9,5 8,5 11,5 1,5 Calculo da HCG L.A= 6,5+7+7,5+7/4= 7 L.B= 6,5+ 8+7,5+9,5/4= 7,88 L.C= 7+8+10+8,5/4= 8,38 L.D= 7,5+7,5+10+11,5/4= 9,13 L.E= 7+9,5+8,5+11,5= 9,13 Geralmente as melhores linhagens dão os melhores híbridos Qual o melhor Híbrido Duplo? HD1= (BxC) (DxE)= (BD+BE+CD+CE)/4 = 7,5+ 9,5+10+8,5/4 = 8,88 HD2= (CxD) (BXE)/4= (CB+CE+DB+DE)/4 = 8+8,5+7,5+11,5/4= 8,88 HD3= (DXB) (CXE)/4= (DC+DE+BC+BE)/4 = 10+ 11,5+ 8+ 9,5/4= 9,75 O HD3 é o mais produtivo. Produção de sementes de híbridos -Isolamento Espacial: 300 a 500 m -Isolamento Temporal: 20 –25 dias Multiplicação de linhagens elite – Pequena quantidade (autofecundada manualmente) – Grandes quantidades (isolamento) Produção comercial de sementes de HS •Campos de cruzamento com boa fertilidade •Isolamento •Relação 1:3 entre linhas masculinas e femininas •Emasculação da linha feminina •Destruição da linha masculina antes da colheita Campo de manutenção da linhagem A Campo X de manutenção da linhagem B Campo de Produção HSAB Emasculação das plantas Fêmeas (obtém sementes híbridas) Uso da macho esterilidade •Não há necessidade de emasculação – Redução da mão de obra. •Macho esterilidade genético – citoplasmática. •Macho esterilidade genético-citoplasmática – Presença de genes restauradores. DEPRESSÃO ENDOGÂMICA: é o declínio da expressão de uma característica devido á diminuição da heterozigose. Geralmente, como consequência de acasalamento entre indivíduos relacionados. um Melhoramento de Linhagens Endogâmicas 1- Pedigree 2- Retrocuzamento 3- Massal- populações S1 e S2 Objetivos: -Aumentar a produtividade dos INBREDS -Incorporar genes de resistência para favorecer o híbrido -Aumentar a habilidade combinatória com outras linhagens visando a produção de híbridos superiores Leitura Complementar: Macho Esterelidade: é a incapacidade de uma planta em produzir pólen funcional. Tem sido usada com sucesso em: trigo, beterraba, cenoura, cebola, girassol, milho, etc. (PRODUÇÃO DE HÍBRIDOS) Tem por base a herança ou origem, pode ser dividida em: Machoesterilidade nuclear; Machoesterilidade citoplasmática; Machoesterilidade núcleo citoplasmática. A macho-esterilidade é uma característica que pode ser empregada como valiosa ferramenta para a produção comercial de sementes. -Foi identificada em muitas espécies vegetais, sendo um componente estratégico para a produção comercial de híbridos (sorgo, arroz, soja e girassol). Empregado para evitar que ocorram autofecundações nas linhas onde estão sendo produzidas as sementes (linhas fêmeas). Em geral, um genótipo restaurador homozigoto é empregado como o parental masculino do híbrido. -Além disso, a garantia da pureza genética das linhagens parentais e dos próprios híbridos é um pré-requisito fundamental para a expressão de todo o potencial deste tipo de cultivar. - Portanto, a utilização da esterilidade masculina na produção de sementes híbridas apresenta importância econômica, além de assegurar a pureza das sementes genéticas. Macho Esterilidade na Produção de Híbridos -utiliza-se da Macho Citoplasmática (CMS)- Esterilidade interação de Gênicagenes nucleares com genes citoplasmáticos que conferem a macho esterilidade. - deve-se produzir linhagens A (macho estéril), B (de manutenção da CMS) e R(restauradora) -Linhagem A = Linhagem B, diferindo em um gene do citoplasma. A linhagem B é fértil (sem o CMS), porém possui os mesmos genes nucleares -Útil na produção de híbridos de sorgo A macho-esterilidade T foi praticamente extinta da produção de híbridos comerciais em consequência de uma epidemia causada pelo patógeno Bipolaris maydis raça T, causador da mancha de Bipolaris maydis. Entre 1969 e 1970, a incidência desta doença foi extremamente forte nas cultivares que apresentavam citoplasma T, e afetou drasticamente a produção de milho em função da susceptibilidade deste tipo de genótipo à toxina produzida por este fungo. A partir de então, passou-se a empregar o citoplasma normal ou o do tipo C ou S, mas com ressalvas, pois estes tipos citoplasmáticos não são tão estáveis quanto o T, podendo ocorrer a reversão espontânea da fertilidade. A esterilidade masculina condicionada pelo citoplasma C em milho mostra-se mais estável que aquela observada pelo citoplasma S e não está associada a doença alguma. Desta forma, atualmente o citoplasma C tem sido o mais utilizado para geração de linhagens machoestéreis em programas de melhoramento de milho. Para a produção de sementes básicas no sistema que emprega a macho-esterilidade citoplasmática é necessária a utilização de linhagens mantenedoras, que são férteis por possuírem citoplasma normal, mas sem genes rf, para serem as polinizadoras de suas versões macho-estéreis. Como as linhagens macho-estéreis e mantenedoras são isogênicas do ponto de vista nuclear, não é possível distinguir entre elas até a época do florescimento. A pureza dos lotes de sementes das linhagens parentais e dos híbridos comerciais normalmente é avaliada por meio de grow-out, em uma amostra representativa. grow-out: envolve o crescimento das plantas até que atinjam a maturidade e a avaliação das características fenotípicas dos materiais sob avaliação. É caro e o resultado está sujeito à interação genótipo x ambiente. Fim da Leitura Complementar Estimativa do Desempenho da geração F2 F2= F1 – (F1- P) /n Onde, F2= produção média estimada F1= Produção do Híbrido P= produção média dos pais n= no de linhagens F2= F1 – (F1- P) /n P1= 5ton ; P2= 7 ton. F1= 12 ton. F2? F2= 12- (12-6)/2 F2= 12 -3 F2= 9 toneladas Por que é necessário a compra de sementes a cada safra? 12 ton_______ 100% 9 ton ________ X X= 75% (De uma safra para outra houve redução de 25%) Variedades Sintéticas Definição: é variedade mantida por polinização aberta, com ou sem seleção, após a síntese por hibridação, em todas as combinações, de linhagens endogâmicas selecionadas com alta habilidade combinatória. Uma variedade que é mantida por meio de sementes de polinização livre após a sua síntese por hibridação envolvendo todas as combinações entre um certo número de genótipos selecionados. - Sendo estes genótipos selecionados podendo serem obtidos por linhagens, clones, populações obtidas por seleção massal ou vários materiais. -Difere da Seleção Massal porque as linhagens tem teste de progênie para avaliar a habilidade combinatória entre elas. - Utilizada onde o custo de produção de variedades híbridas é alto. Vantagem - utilização da heterose de plantas alógamas em que as estruturas florais dificultam a polinização controlada, isto tem sido amplamente utilizado no melhoramento de forrageiras. Metodologia 1- Identificar genótipos de ELITE (linhagens endogâmicas) que se combinam bem quando cruzados entre si e com características altamente desejáveis numa população 2- Intercruzar habilidade as linhagens combinatória) parentais em todas (boa as combinações possíveis formando a população Sin1 3- Acasalamento ao acaso por mais de duas gerações (SIn2 – Sin3). - Faz-se a seleção massal nas gerações Sin2 e Sin3 visando a melhoria da população e, libera como variedade sintética. Como a estimativa de produção da geração F2 (acima) utiliza-se a mesma fórmula para a estimativa de produção da geração Sin2 de uma variedade sintética: Sin2 = Sin1 – (Sin1- Sin0)/n Onde: Sin2= Média Estimada da Geração F2 Sin1= Média da Geração F1 (entre os vários híbridos) Sin0= Média dos Progenitores n= No de linhagens envolvidas Vantagens -Mais variabilidade e flexibilidade para adaptação - Custo reduzido - Ótimo desempenho devido á genes aditivos - O produtor pode utilizar a própria semente por várias gerações sem que haja perda de heterose - Adaptação fácil Desvantagens -A heterose não é máxima como no Sin1 (híbrido), devido á polinização não controlada. Exercícios de Fixação Calcule a estimativa de produção da geração SIN2 de uma variedade sintética a partir do HD mais produtivo ((DxC)x (CxE) A B C D E A 3,0 B 6,5 2,5 C 7,0 8,0 4,0 D 7,5 7,5 10,0 2,0 E 7,0 9,5 8,5 11,5 1,5 Exercícios de Fixação Calcule a estimativa de produção da geração SIN2 de uma variedade sintética a partir do HD mais produtivo ((DxB)x (CxE)= DC+DE+BC+BE/4 Progenitores Híbridos D= 2,0 ton DC= 10 ton B= 2,5 ton DE= 11,5 ton C= 4,0 ton BC= 8,0 ton E= 1,5 ton DB= 7,5 ton ∑XSIN0= 2,5 ton CE= 8,5 ton BE= 9,5 ton ∑Sin1= 55/6= 9,17 ∑SIN0= 2,5 ton ∑Sin1= 55/6= 9,17 Sin2 = Sin1 – (Sin1- Sin0)/n Sin2= 9,17 – (9,17 – 2,5)/ 4 Sin2= 7,5 ton Sendo: (DxB)x(CxE)= DC+DE+BC+BE/4= 9,75 ton O HD – Sin2= 2,25 ton (mostra que nestas condições o Sin2 produz menos que o HD).