As revoltas nativistas foram um conjunto de movimentos locais que geraram conflitos entre o Brasil Colônia e Portugal. O termo nativista provém da ideia de “nativismo”, que é o sentimento de apego e defesa pela terra em que nasceu. Esses movimentos expressavam o descontentamento da aristocracia rural da colônia, incluindo donos de terras e escravos, perante a Coroa Portuguesa. UNIÃO IBÉRICA (1580-1640) – PORTUGAL FOI GOVERNADO PELO REI ESPANHOL FELIPE II. FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS E CRISE NO ABASTECIMENTO DE ESCRAVOS AFRICANOS PARA O BRASIL. OS BANDEIRANTES PAULISTAS PASSAM A APRISIONAR ESCRAVOS INDÍGENAS E A FAZER CONTATO COM OS COLONIZADORES ESPANHOIS NA REGIÃO DO RIO DA PRATA. COM O FIM DA UNIÃO IBÉRICA, EM 1640, PORTUGAL PROIBIU A ESCRAVIZAÇÃO DE ÍNDIOS PARA TER LUCROS COM O TRÁFICO DE ESCRAVOS AFRICANOS. SENTINDO-SE PREJUDICADOS, UM GRUPO DE BANDEIRANTES PAULISTAS EXPULSOU OS JESUÍTAS DE SÃO PAULO ACLAMARAM O BANDEIRANTE AMADOR BUENO COMO REI DA PROVÍNCIA. AMADOR BUENO NÃO ADERIU AO MOVIMENTO E JUROU FIDELIDADE À COROA, REFUGIANDO-SE NO MOSTEIRO DE SÃO BENTO. O MARANHÃO PASSAVA POR UMA CRISE ECONÔMICA DESDE A EXPULSÃO DOS HOLANDESES E DA CRISE DO AÇÚCAR. PORTUGAL CRIA A COMPANHIA GERAL DO COMÉRCIO DO ESTADO DO MARANHÃO EM 1682. A COMPANHIA DEVERIA COMPRAR OS GÊNEROS AGRÍCOLAS DA REGIÃO, VENDER PRODUTOS MANUFATURADOS E ENVIAR 500 ESCRAVOS POR ANO. O FORNECIMENTO DE ESCRAVOS ACABARIA COM A BRIGA ENTRE COLONOS E JESUÍTAS POR CAUSA DA ESCRAVIZAÇÃO INDÍGENA. MAS A COMPANHIA NÃO CUMPRIU SUA PROMESSA: NÃO COMPRAVA TODOS OS PRODUTOS DOS BRASILEIROS, TRAZIA MANUFATURAS DE MÁ QUALIDADE E NEM FORNECIA OS ESCRAVOS. LIDERADOS POR TOMÁS E MANUEL BECKMAN, OS MARANHENSES TOMARAM O PODER O GOVERNADOR QUE ESTAVA VIAJANDO EM 1684. OS REVOLTOSOS INVADIRAM OS COLÉGIOS JESUÍTAS E SAQUEARAM OS GALPÕES DA COMPANHIA DE COMÉRCIO. TOMÁS BECKMAN FOI À PORTUGAL FAZER UM ACORDO, MAS OS PORTUGUESES ENVIARAM TROPAS, NOMEARAM UM NOVO GOVERNADOR E EXTINGUIRAM A COMPANHIA. OS IRMÃOS BECKMAN FORAM ENFORCADOS. SITUAÇÃO DE MINAS GERAIS: - EM 1674, O REI DE PORTUGAL, PEDRO II, ENCORAJOU BANDEIRANTES PAULISTAS A PROCUREM OURO DEVIDO À CRISE ECONÔMICA DA METRÓPOLE. - BORBA GATO FOI O PRIMEIRO A ENCONTRAR OURO, MAS MATOU UM ESPECIALISTA ESPANHOL QUE CHEGAVA À MINAS GERAIS E, COMO PUNIÇÃO, FOI OBRIGADO A SE ESCONDER EM MATOS REMOTOS. - EM 1695, BARTOLOMEU BUENO DE SIQUEIRA INFORMOU AO GOVERNADOR DO RIO SOBRE “A GRANDEZA DAS LAVRAS”. ENTRE 1697 E 1698, HOUVE MUITA FOME NA REGIÃO MINEIRA. EM 1700, 6 MIL PESSOAS FORAM PARA LÁ; EM 1701, A POPULAÇÃO CHEGAVA A 30 MIL PESSOAS. “FORAM DEVORADOS SAPOS, IÇÁS, COBRAS E BICHOS MUI ALVOS CRIADOS EM PAUS POBRES.” FORMIGAS TOSTADAS VIRARAM UMA IGUARIA COMPARADA À MELHOR MANTEIGA DE FLANDRES”. FOI UM CONFRONTO ENTRE OS PAULISTAS – DESCOBRIDORES DAS MINAS – E OS “FORASTEIROS” (ESPECIALMENTE PORTUGUESES), QUE CHEGARAM DEPOIS E SE APODERARAM (PELA FORÇA DAS ARMAS OU DO DINHEIRO) DE ALGUMAS DAS MELHORES LAVRAS. OS PAULISTAS QUERIAM EXCLUSIVIDADE NA MINERAÇÃO. O PRIMEIRO CONFRONTO DEU-SE EM MAIO DE 1707, QUANDO UM PAULISTA MATOU O PORTUGUÊS DONO DE UMA ESTALAGEM EM PONTA DO MORRO (VILAREJO PRÓXIMO A SÃO JOÃO DEL REI). O ÚLTIMO COMBATE OCORREU EM 22 DE NOVEMBRO DE 1709, QUANDO, DEPOIS DE OITO DIAS DE LUTA, OS PAULISTAS DESISTIRAM DE TENTAR TOMAR O ARRAIAL ONDE OS EMBOABAS ESTAVAM. DEPOIS DO INCIDENTE EM PONTA DO MORRO, TRÊS EPISÓDIOS SEMELHANTES OCORRERAM EM MENOS DE UM SEMESTRE. EM 1708, MANUEL NUNES VIANA, LÍDER DOS EMBOABAS, INCENDIOU SABARÁ E EXPULSOU BOA PARTE DOS PAULISTAS DA ZONA DAS MINAS. NA PRÁTICA, OS PAULISTAS PERDERAM O CONTROLE DAS MINAS, MAS, EM 1710, SÃO PAULO ACABARIA SE TORNANDO UMA CAPITANIA INDEPENDENTE. FOI LIDERADO PELOS PODEROSOS DO LUGAR: FELIPE DOS SANTOS, FAZENDEIRO E TROPEIRO COMANDOU OS REBELDES. ACOMPANHADO POR VÁRIOS MINEIROS E POR UM BANDO DE ESCRAVOS, ARMADOS, DOMINARAM VILA RICA POR QUASE 20 DIAS. ENTREGARAM UM DOCUMENTO AO GOVERNADOR REIVINDICANDO, ENTRE OUTRAS COISAS, O ABANDONO DO PROJETO DE ABERTURA DAS CASAS DE FUNDIÇÃO. O GOVERNADOR PROMETEU-LHES ESTUDAR A SITUAÇÃO. PORÉM, ORDENOU VIOLENTA REPRESSÃO CONTRA OS REBELDES, COMO A QUEIMA DE SUAS CASAS E A PRISÃO DE SEUS LÍDERES. ELE CONSEGUIU FUGIR DA PRISÃO, MAS FOI RECAPTURADO. PARA SERVIR DE EXEMPLO À POPULAÇÃO, FOI ENFORCADO E ESQUARTEJADO. A DEFINITIVA EXPULSÃO DOS HOLANDESES EM 1654 HAVIA DEIXADO PERNAMBUCO EM UMA GRAVE SITUAÇÃO ECONÔMICA, POIS TODO O INVESTIMENTO NA EXTRAÇÃO DO AÇÚCAR FOI ABALADO COM A BAIXA DO PRODUTO NO CENÁRIO INTERNACIONAL. OS OLINDENSES, QUE CONTROLAVAM O PRODUTO, PERDERAM SEUS LUCROS COM O DOMÍNIO HOLANDÊS DO AÇÚCAR DAS ANTILHAS, FAZENDO COM QUE AUMENTASSE A CONCORRÊNCIA E QUEBRASSE O MONOPÓLIO PERNAMBUCANO. RECIFE, QUE ATÉ ENTÃO ERA UMA CIDADE QUE VIVIA ÀS SOMBRAS DE OLINDA, ESTAVA SE TORNANDO UM IMPORTANTE POLO URBANO GRAÇAS AO SEU EXTENSO PORTO E AO ESTÍMULO À PRÁTICA COMERCIAL. DURANTE A ESTADIA DOS HOLANDESES, A ATUAL CAPITAL PERNAMBUCANA ERA O PRINCIPAL CENTRO ADMINISTRATIVO, CONTRIBUINDO PARA SEU GRADUAL CRESCIMENTO ECONÔMICO E INDEPENDÊNCIA DO SETOR AÇUCAREIRO DE OLINDA. COM A CRISE DO AÇÚCAR, OS SENHORES DE ENGENHO OLINDENSES PEDIRAM EMPRÉSTIMOS AOS COMERCIANTES DE RECIFE PARA TENTAR ALAVANCAR NOVAMENTE A VENDA DO PRODUTO. VENDO A ECONOMIA DE SUA CIDADE IR POR ÁGUA ABAIXO, A CÂMARA MUNICIPAL DE OLINDA, QUE VIA RECIFE COMO “POVOADO”, DECIDIU ELEVAR O PREÇO DOS IMPOSTOS DE SEUS CONTRIBUINTES MERCADORES. EM 1709, OS COMERCIANTES PORTUGUESES CONHECIDOS COMO “MASCATES” TIRAM RECIFE DA CONDIÇÃO DE “POVOADO” PARA SE TORNÁ-LO UMA “VILA”, DANDO-LHE DIREITO A TER SUA PRÓPRIA CÂMARA MUNICIPAL E TORNAR-SE INDEPENDENTE DA ELITE AGRÁRIA DE OLINDA. OS OLINDENSES FICARAM ABALADOS COM A SITUAÇÃO, POIS TEMIAM SER COBRADOS PELOS EMPRÉSTIMOS QUE PEDIRAM. SENDO ASSIM, EM 1710 OS OLINDENSES INVADEM RECIFE E CONSEGUEM DOMINAR TEMPORARIAMENTE A CÂMARA DA CIDADE. ENTRETANTO, UMA INVESTIDA MILITAR ARTICULADA PELOS PORTUGUESES REAGIU CONTRA OS SENHORES DE ENGENHO, CONTANDO COM O APOIO DE POLÍTICOS DE CAPITANIAS PRÓXIMAS. NO ANO SEGUINTE, AINDA COM A GUERRA ENTRE RECIFENSES E OLINDENSES, A COROA PORTUGUESA EXIGIU QUE A SITUAÇÃO FOSSE NORMALIZADA ENTRE ELES E NOMEOU FÉLIX JOSÉ DE MENDONÇA, QUE HAVIA APOIADO OS MASCATES, PARA GOVERNAR O LOCAL. EM 1714, O REI D. JOÃO V, RESOLVEU ANISTIAR TODOS OS ENVOLVIDOS NESSA DISPUTA, MANTEVE AS PRERROGATIVAS POLÍTICO- ADMINISTRATIVAS DE RECIFE E PROMOVEU A CIDADE AO POSTO DE CAPITAL DO PERNAMBUCO.