Aula 1 – Futurismo e Cubismo Prof. Michel Nascimento BLOG: www.educacaoadventista.org.br/blog/michel Toda expressão artística do século XIX. Vanguarda europeia é o conjunto de movimentos que tinham em comum a recusa, a negação de todos os valores tradicionais. Neste período, nós temos um grande turbilhão de informações e novidades. Por que mudança? O início do século XX é marcado por grandes manifestações e transformações, principalmente na área tecnológica. É a era da energia elétrica, do automóvel, do avião, da velocidade e literalmente da velocidade, pois tudo nesse período andava muito rápido. Vejamos agora uma imagem símbolo dessa época marcada pela velocidade: Aqui se vê uma sátira de Chaplin a todas essas mudanças e principalmente ao processo de desumanização do ser humano provocado pelas máquinas. FUTURISMO O futurismo foi o primeiro grande movimento desse período. Ele trazia em si a própria velocidade. Falar em futurismo é falar em velocidade. “Dinamismo de um automóvel" de Luigi Russolo (1912/13); óleo sobre tela Neste quadro chamado Dinamismo de um automóvel, encontramos características marcantes do futurismo como: *Velocidade *movimento *força das máquinas, representada nas fortes cores e traçado. O principal representante do futurismo é o escritor italiano Marinetti. Na literatura, Marinetti pregava a destruição da sintaxe, qualquer ordem para ele era mal vista, bem como também, não simpatizava com a pontuação. Ele queria frase solta, ou seja, as palavras da maneira como vinham, no fluxo, numa grande velocidade. Vejamos um dos manifestos centrais do futurismo escrito pelo próprio Marinetti. 1. Queremos cantar o amor ao perigo, o hábito de energia r da temeridade. 2. A coragem, a audácia, a rebelião, serão elementos essenciais da nossa poesia. 3. Até hoje, a literatura exaltou a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, a bofetada e o sopapo. 4. Declaramos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida com a carroçaria enfeitada por grandes tubos de escape como serpentes de respiração explosiva...um carro tonitruante que parece correr entre a metralha é mais belo do que Vitória de Samotrácia. 5. Queremos cantar o homem que segura o volante, cuja a haste ideal atravessava a terra, lançada, por sua vez, em corrida no circuito da sua órbita. 6. O poeta terá de se prodigalizar, com ardor, refulgência e prodigalidade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais. 7. Não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha caráter agressivo pode ser considerada obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas, para reduzi-las a prostrar-se perante o homem. 8. Estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que deveremos olhar para detrás das costas se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós vivemos já no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade. 9. Nós queremos glorificar a guerra, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias por que se morre e o desprezo da mulher. 10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo o tipo e combater o moralismo, o feminismo e todas as vilezas oportunistas e utilitárias. 11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas: as gulosas estações de caminho de ferro engolindo serpentes fumegantes; as fábricas suspensas das nuvens pelas fitas do seu fumo; as pontes que saltam como atletas por sobre a diabólica cutelaria dos rios ensolarados; os aventureiros navios a vapor que farejam o horizonte; as locomotivas de vasto peito, galgando os carris como grandes cavalos de ferro curvados por longos tubos e o deslizante voo dos aviões cujos motores drapejam ao vento como aplauso de uma multidão entusiástica. Les demoiselles d’Avignon, de Pablo Picasso, 1907 É considerada por muitos estudiosos o marco inicial do cubismo e da arte moderna. Perceba que as formas são geometrizadas, com cores duras e chapadas. Picasso conseguiu romper com séculos de tradição artística. As formas geométricas e o objeto visto sobre vários ângulos simultaneamente caracterizam o cubismo na pintura. Vejamos quais são as características do cubismo na Literatura: Linguagem caótica - como não há uma lógica, as palavras são soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória. Tempo presente – para o escritor cubista, ansioso para viver o seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema da poesia, como viagens, paisagens e visões exóticas. Ilogismo – os textos cubistas são marcados pela supressão da lógica formal. Humor – Muito comum nos textos cubistas, provocado não só pelas ironias, como também pela própria disposição gráfica das palavras. X X X X X X X X X X (UFSM) No período de 1909 a 1924, foram publicados, na Europa, diversos manifestos para apresentar propostas dos movimentos de vanguarda. O esforço de reflexão sobre a realidade brasileira, associado ao conhecimento de ideias desses movimentos, motivou a realização da Semana de Arte Moderna no Brasil. Os movimentos de Vanguarda do início do século XX representaram uma: a) Consolidação das formas realista de arte. b) Negação do valor da originalidade, através de sustentação de elementos da cultura burguesa do século XIX. c) Confirmação dos valores clássicos, em especial a ordem e a simetria. d) Autoritarismo a qualquer expressão artística. e) Ruptura com a tradição, trazendo mudanças nos modos de representação da realidade SINTAXE DEFINIÇÃO A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações A Vitória de Samotrácia, também conhecida como Nice de Samotrácia, é uma escultura que representa a deusa grega Nice (em grego Νίκη, Níkē ou Niké – "Vitória"), cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do Santuário dos grandes deuses de Samotrácia. Em grego, o seu nome é Níkē tes Samothrakes (Νίκη της Σαμοθράκης). Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcação, em pedra calcárea, doada ao santuário provavelmente pela cidade de Rodes. Actualmente está em lugar de destaque numa escadaria do Museu do Louvre, em Paris. Estudaremos o Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo.