Atualmente, muitas pessoas estão frequentando academias e centros de treinamento em busca do padrão físico considerado como adequado pela sociedade e de uma melhor qualidade de vida. Para alcançar seus objetivos, muitos praticantes de atividade física passam a utilizar os populares “suplementos alimentares” (nome técnico: Recursos Ergogênicos Nutricionais). Entretanto, se a alimentação não for equilibrada com o programa de exercícios, os resultados obtidos serão pouco expressivos. Portanto, ao iniciar um esporte, o primeiro passo a ser dado é procurar um nutricionista para uma avaliação nutricional e um planejamento dietético individualizado. E, caso haja necessidade de auxílio dos Recursos Ergogênicos, esses deverão ser prescritos e orientados por este profissional capacitado. • O uso de suplementos cresce no mercado e milhares de pessoas buscam esse tipo de produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As promessas de resultados feitas pelos fabricantes geralmente não possuem qualquer respaldo científico ou são embasadas em pesquisas encomendadas. • O uso de substâncias que melhorem o rendimento é uma prática antiga no meio esportivo, mas o que é um suplemento? Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos. Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividade, podem servir como auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de CHO, os multivitamínicos, vitamínicos, suplementos minerais, refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio. Por eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar a alimentação seria considerado auxiliador ergogênico. Os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se em atividade mais tempo, por exemplo. Já o auxiliador ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance, fornecendo substâncias que fisiologicamente não fariam parte da demanda nutricional. INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA DE VITAMINAS E MINERAIS NUTRIENTES IDR Proteínas 50 g Vitamina A 800 mcg RE Vitamina D 5 mcg Vitamina B1 (Tiamina) 1,4 mg Vitamina B2 (Riboflavina) 1,6 mg Vitamina C 60 mg Cálcio 800 mg Fósforo 800 mg Ferro 14 mg Cromo 200 mcg Os suplementos podem e devem ser utilizados em treinos ou competições quando: - há uma dificuldade em ingerir as calorias suficientes para repor o que o atleta gasta durante o treino ou competição; - deseja-se diminuir o bolo fecal para evitar evacuação durante a competição; - pretende-se fazer uma supercompensação com CHO e não existe abundância de alimentos ricos em CHO ou as condições de higiene e preparo não são favoráveis; - existe a necessidade de recuperação pós-esforço combinada com situações de falta de apetite; - o indivíduo passa por uma situação temporária de restrição alimentar; - competições e treinos longos que necessitam do consumo de CHO para serem mantidos em níveis de volume e intensidade aceitáveis. Suplementos mais conhecidos: Cafeína: como a cafeína tem ação lipolítica, supôs-se que a suplementação auxiliaria na lipólise e pouparia glicogênio muscular. Mas os resultados foram contraditórios e apesar de ser também um forte estimulante, a cafeína é um diurético, aumentando a perda líquida em atividade, um fator indesejável. A quantidade de cafeína para ter um efeito significativo como estimulante é muito grande e seria considerada doping. Além disso, o consumo cotidiano de cafeína interfere na sua sensibilidade – pessoas que nunca consomem café são mais sensíveis aos seus efeitos. Essa variação pessoal seria mais um complicador caso se faça uma prescrição individual de uso. Carnitina: atua como transportadora de lipídios intracelulares e pensou-se que o uso poderia facilitar a utilização de AGL circulantes. Mas os estudos mostraram que esse tipo de suplementação não traz melhorias ao rendimento e que na verdade o que pode acelerar o processo é uma aceleração do funcionamento enzimático intracelular, o que só ocorre com o treinamento. Mesmo assim, a carnitina é vendida mundialmente sob o pretexto de ser um “queimador de gordura”. Aminoácidos isolados: o consumo de aminoácidos isolados como suplemento iniciou com a suplementação de pessoas doentes e os defensores desta prática para atletas alegam que poderiam estimular a secreção de hormônio do crescimento (GH), mas isso não foi provado. Existem indicações de que estes aminoácidos poderiam influenciar a absorção de outros aminoácidos, causar falha renal e lesões teciduais. A suplementação por longos períodos com aminoácidos não tem qualquer benefício comprovado sobre o rendimento, podendo ainda induzir um quadro de resistência periférica à insulina. Não há, portanto evidências apontando o uso de aminoácidos como sendo benéfico para o atleta ou para o seu rendimento. BCAA (Branched-chain amino acids): aminoácidos de cadeia ramificada, valina, leucina e isoleucina. A maior quantidade de estudos com BCAA deve-se ao quadro da fadiga central. As estratégias para utilização do BCAA em relação à fadiga central procuram estabelecer que sua suplementação realmente atrase o início da fadiga. Atualmente existem três manobras nutricionais para evitar a fadiga central: a) suplementação de CHO durante o exercício, o que diminuiria o uso de BCAA, e consequentemente sua queda no sangue; b) suplementação com BCAA para manter seus níveis no sangue; c) uma mistura de BCAA e CHO durante o exercício. O poder anabólico e anticatabólico dos BCAA também vêm sendo estudado. O consumo de BCAA estimularia a liberação de hormônios anabólicos como o GH, insulina e testosterona. Vários estudos já mostraram que altas doses de BCAA podem afetar negativamente o rendimento, reduzindo a absorção de água, causando distúrbios gastrointestinais e aumentando a produção de amônia. Necessidades diárias de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) BCAA Necessidades (mg/kg/dia) Isoleucina 10 Leucina 14 Valina 10 Beta-hidroxi metil butirato: quando associado ao treino de força parece induzir aumentos na massa magra e na força, no entanto a quantidade dos estudos e as populações estudadas não permitem fazer qualquer tipo de prescrição confiável. Glutamina: é o aminoácido mais comum em nosso plasma e é muito queimado em exercício. Este aminoácido é fonte energética para as células do sistema imunológico e as quedas da glutamina baixam a resistência contra infecções oportunistas, um dos motivos para gripes e resfriados próximos à competições ou treinos fortes. A glutamina não pode ser suplementada eficientemente porque as células intestinais são altas consumidoras de glutamina e não permitem que ela passe para o sangue. Além do efeito sobre o sistema imunológico, a glutamina poderia ter um efeito anabolizante e de estimular a síntese de glicogênio. Creatina: a capacidade máxima do sistema anaeróbico em produzir energia é regulada pela degradação do fosfato de creatina e dura em média 10 segundos. A concentração de fosfato de creatina intramuscular é importante para a realização de exercício anaeróbico, intermitente ou de apenas um esforço único que dure no máximo 30 segundos. A creatina que usamos pode ser fornecida diretamente pela alimentação (carnes) ou ser produzida de forma endógena pelo fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Os efeitos da creatina suplementada são mais bem percebidos em: - testes de sprint na natação - produção de força máxima em cicloergômetro; - tiros de até 700 metros em corrida; - velocidade final em tiros de 60 m em corrida; - tempo até a exaustão em testes de alta intensidade em bicicleta; - capacidade de força e na composição corporal de levantadores de peso; - performance em saltos. "Cresce o número de pessoas que adere ao uso de esteróides anabolizantes para moldar o corpo e ganhar força, resistência e velocidade. Sem qualquer controle, o medicamento, apesar de ser proibido, é oferecido principalmente em academias de ginástica. Os danos causados por seu uso, entretanto, podem ser irreversíveis. O problema já está sendo visto como um caso de saúde pública". A busca de corpos esculpidos à base de remédio está levando jovens de aparência saudável a um vício muitas vezes sem volta. O motivo é o uso dos chamados esteróides anabolizantes. Apesar de não haver estatísticas, sabe-se que vem crescendo o número de consumidores da droga. E não são apenas os atletas em busca de mais força, velocidade, e resistência dos músculos os únicos a usá-lo. Homens, jovens e mulheres que querem apenas ganhar massa corporal em pouco tempo também se deixam seduzir pelos efeitos da droga. O abuso desse medicamento não é novidade. O maior problema, atualmente, segundo especialistas, é a adesão às drogas nas academias convencionais. O que são Esteroides Anabolizantes? Os anabolizantes são substâncias sintéticas similares aos hormônios sexuais masculinos e promovem, portanto, um aumento da massa muscular (efeito anabolizante) e o desenvolvimento de caracteres masculinizantes. A massa corporal aumenta porque eles aumentam a capacidade do corpo de absorver proteína, além de reter líquido provocando o inchaço dos músculos. Geralmente, os anabolizantes, ou "bombas", como também são chamados, são tomados oralmente em cápsulas/tabletes, ou injetados no músculo. Muitas vezes, as drogas são usadas em associação de até três tipos diferentes e em doses 100 vezes maiores que as preconizadas por tratamento médico. Anadrol, Oxadrin e Durabolin são alguns exemplos de esteróides. Embora muita gente não saiba, o anabolizante tem uso na medicina, para casos de osteoporose, deficiência de crescimento, problemas hormonais masculinos, como o hipogonadismo. Entretanto, só é ministrado em doses terapêuticas e necessitam sempre de prescrição médica para serem adquiridos. "Os médicos receitam doses de, no máximo, 15 mg enquanto que os fisiculturistas chegam a tomar até 300 mg. EFEITOS COLATERIAS: O efeito de um corpo saudável com os anabolizantes é apenas aparente. Está provado que seu uso só gera danos à saúde. Os efeitos colaterais das superdosagens são muitos. A pessoa pode desenvolver problemas no fígado, inclusive câncer, redução da função sexual, derrame cerebral, alterações de comportamento com aumento da agressividade e nervosismo, aparecimento de acne. Ao todo, 69 efeitos colaterais já foram documentados. Em garotos e homens existe a diminuição da produção de esperma, retração dos testículos, impotência sexual, dificuldade ou dor ao urinar, calvície, desenvolvimento irreversível de mamas. Em adolescentes de ambos os sexos, também pode ocorrer parada prematura do crescimento, tornado-os mais baixos que outros, não usuários de anabolizantes. A parada brusca do uso de anabolizantes também pode produzir sintomas como depressão, fadiga, insônia, diminuição da libido, dores de cabeça, dores musculares e desejo de tomar mais anabolizantes. O uso compartilhado de esteróides por seringas e agulhas não esterilizadas é comum e pode expor o indivíduo a doenças como Aids, hepatites B e C e endocardite bacteriana. ONDE ENCONTRAR? - Em diversas farmácias (sem* uso de receita e, muitas vezes, com aplicação no local); - Em academias (com outros alunos e, até mesmo, com alguns “instrutores”); - Na internet (em sites nacionais e internacionais); - E muitos outros. VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS DE ANABOLIZANTES ENCONTRADOS NO COMÉRCIO: Anadrol: Também conhecido pelo nome de Andriol 50, disponível em tabletes de 50 e 100 mg. Trata-se de um esteroide oral cujas propriedades androgênicas só ficam aquém da testosterona. Os ganhos em massa e força são impressionantes com este esteróide. No entanto, sendo um 17 alfa alcalino, é extremamente tóxico para o físico, estando ligado a inúmeros casos de cancro do fígado. Causa também grande retenção de fluidos, o que pode resultar numa pressão arterial muito elevada. Acne e queda de cabelo são também sintomas "normais" nos utilizadores deste esteróide. Bolasterona: Dado ter funções semelhantes ao Dianabol, este esteroide começou por ser muito popular na Europa, mas a sua produção foi descontinuada há muitos anos. Em 1986 os principais "criadores" desta droga foram presos, mas apesar disso, ainda existem três produtos à venda com este nome. Esta droga é ineficaz e muito perigosa pelo que deve ser evitada. Deca Durabolin: Esteroide injetável, 200 mg em 1 ou 2 cc . Tem um baixo nível androgênico e um alto nível anabólico, sendo tóxico para o fígado, afetando as funções hormonais. Uma das suas propriedades mais conhecidas é o fato de melhorar bastante as dores de articulações. Dianabol: Esteroide oral ou injetável, o primeiro disponível em cápsulas de 5 mg. Raro, uma vez que o laboratório que o produzia ( CIBA ) deixou de o fazer há cerca de 5 anos , daí existirem inúmeras falsificações . É extremamente tóxico para o fígado. Drive: Novo esteróide veterinário proveniente da Austrália ( Laboratórios RWR ). Altamente anabólico, moderadamente androgênico. É tóxico para o fígado, não aromatizando com facilidade. Equipoise: Esteroide de uso veterinário de origem Australiana , derivado de testosterona. Alta propriedade anabólica, com propriedades androgênicas moderadas. Nível de toxicidade médio. Disponível em 10 cc e 50 cc, com 50 mg por cc. Finajet: Esteroide veterinário fabricado na Europa, com efeitos semelhantes à Equipoise, mas cujo nível tóxico é mais elevado. Completamente desaconselhado a mulheres devido aos elevados níveis androgênicos. Halotestin: Extremamente androgênico. Muitos atletas usam este esteroide para obter um aspecto mais "duro", ou para aumentos de força, não sendo utilizado quando se pretende aumento de massa. É um dos poucos esteroides que está ligado a alterações de comportamento, causando grande agressividade. Disponível em tabletes de 10 mg , fabricado pelos laboratórios Upjoh. Nandrabolin: Esteroide veterinário, encontrado principalmente no Canadá e na Europa. Em termos de efeitos, pode se pensar como sendo uma versão de Deca que dura mais tempo (3 a 4 semanas , ao contrário das 2 do Deca). Oreton: Esteroide em emulsão de óleo. Semelhante ao Depotestosterona com exceção de ser eficaz apenas nos primeiros 5 dias. Assim, é normal doses bi-semanais. Tal como outras testosteronas, o Oreton é eficaz em aumentos de força e massa. No entanto, os seus efeitos secundários também se comparam. Aumento de agressividade, ginecomastia, grande retenção de água são alguns deles. Parabolan: Esteroide francês, um dos favoritos para muitos . Efeitos muito semelhantes ao Deca Durabolin , mas com menos efeitos secundários uma vez que os seus níveis de toxicidade são baixos, inclusive para o fígado. Também não causa grande retenção de água. Permastril: Esteroide injetável em emulsão de óleo, originário da França. É exatamente igual ao Masteron, vendido e fabricado na Espanha. Considerada mais como uma droga pré-competição dado não se obterem grandes ganhos de força e massa, servindo sobretudo para um aspecto mais seco e duro. Os seus efeitos secundários não são muito sensíveis, dado ser pouco tóxico para o fígado e aparentemente não suprimir a produção hormonal do corpo. Parece ter bons efeitos em termos de aumento de resistência física, pelo que é utilizado por atletas de provas de endurance. Disponível em ampolas de 100 mg. Difícil de detectar em testes anti-doping. Primobolan Depot: Esteroide fabricado pelos laboratórios Schering, disponível em venda livre no México. Baixo nível androgênico, combinado com alto nível anabólico e baixo nível de toxicidade, fazem dele um dos esteróides preferidos por muitos. Proviron: Disponível em tabletes de 25 mg. Esteroide oral, utilizado mais como anti-estrogéneo. Em si, o Proviron não aromatiza, sendo tóxico para o fígado. Doses de 2 a 4 tabletes por dia para os homens, e metade disso para as mulheres. Sten: Esteroide mexicano que começa a ganhar popularidade na Europa. Cada ampola contém 2cc desta droga, em emulsão de óleo. As ampolas são de vidro transparente com impressão a vermelho. Consiste numa mistura de alguns tipos de testosterona. Efeitos nocivos consideráveis com incidência na aromatização e retenção de água. Stromba: Este esteroide parece não ser fabricado por nenhum laboratório, assim a sua presença no mercado é de produtos falsos. No entanto, este "falso" quer dizer apenas que os níveis de qualidade com que foi fabricado são no mínimo duvidosos. Não obstante, este é um dos esteroides a que mais atletas recorrem quando querem ganhar massa e força. Altamente anabólico, com baixos níveis androgênicos, tem a vantagem de não aromatizar. Níveis de toxicidade médios. Sustanon: Também conhecido pelos nomes Dura Testin e Sostenon, é uma mistura de 4 esteroides que demonstram interagir bem uns com os outros. É um esteroide que age depressa e mantém-se durante bastante tempo no sangue. Foi durante muito tempo o esteroide mais popular entre os Europeus. No entanto, para se obterem resultados progressivamente positivos, as doses têm de ser sempre aumentadas. Efeitos secundários moderados, mas onde se incluem agressividade e retenção de água. Testoviron: Esteroide injetável de ação prolongada. Como as restantes testosteronas, é altamente androgênico e altamente anabólico. Os seus efeitos secundários também são bastante acentuados. Aromatiza facilmente e é tóxico para o fígado. VAI TOMAR????? ...a vida é feita de escolhas!!!!