1T15 - O Pentateuco III Levítico / Números / Deuteronômio Estudo 03 – Deus escolhe um povo para a adoração Texto bíblico - Gênesis 1,3,6,11,12,24,28 Texto áureo - Gênesis 12.1,2 “Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção” Introdução I “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Gn 1.1 Como mencionamos no domingo passado, não poderíamos começar o estudo desse trio final de livros do Pentateuco sem passar pelos Salmos que os exaltam (Lição 2), nem por alguns trechos dos seus dois primeiros livros, para que possamos nos situar objetivamente sobre aquilo que Levítico, Números e Deuteronômio vão nos apontar. Sem dúvida, temos que ir ao princípio de tudo, ao “Bereshith” divino para então entrarmos no âmago do Pentateuco. Como já estudamos há dois anos atrás, Gênesis é o livro da Bíblia que trata das origens. Introdução II Os capítulos 1 e 2 da origem do universo e da vida! O capítulo 3, da origem do pecado! Os capítulos 4 a 11 da origem e formação das raças humanas! O capítulo 12, da eleição de um povo em especial para ser o foco da sua revelação ao homem! Todo o restante do livro se concentra na forma como este povo vai ser moldado para o futuro com a descendência de Abraão até José. “...Deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar.” Gn 22.17 Introdução III Gênesis nos mostrará então como Deus formou o homem e como elegeu particularmente uma nação para, dela, edificar um povo de adoradores. “O desejo físico, a curiosidade intelectual e a reivindicação de direitos, quando desvinculada de uma vida de dependência do Espírito Santo, serão sempre portas abertas para o caos. Assim, o homem, criado para ser adorador, para o louvor da glória de Deus, passa a agir em dissonância com os propósitos do Pai”. “Levantando Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele.” Gn 18.2 Estes sentimentos retratam então a história da humanidade do pós Éden até aos dias de hoje. Em toda a trajetória humana, de Abraão a José, seu bisneto, passando por Isaque, filho e Jacó, neto, vamos observar o dedo de Deus procurando monitorar o desenvolvimento da vida humana sob o diapasão divino em plena identidade com o propósito de sua criação. Infelizmente, isto não vai ocorrer, e os deslizes se tornarão terríveis a começar com a expulsão do Éden, o dilúvio, a torre de Babel, Sodoma e Gomorra, a fome e a escassez que virão a tornar este povo escolhido num povo escravo e servil por cerca de 400 anos. Introdução IV Abraão Isaque Jacó José “E disse Deus a Jacó... Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.” Gn 46.3 Introdução V Observem que o final de Gênesis, prenuncia o que vai acontecer 430 anos depois, quando finalmente a promessa de José vai se cumprir. O livro de Êxodo vai nos contar esta história. “José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu 110 anos. E viu José os filhos de Efraim... Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar daqui os meus ossos." Gn 50.22,23,25. E, durante a jornada do povo de Deus de volta a Canaã, os livros de Levítico, Números e Deuteronômio se tornarão necessários para que o propósito da revelação de Deus ao ser humano se fizesse de forma sólida e consistente ainda que sujeita às falhas e fracassos de sua criatura. Textos áureos do livro de Gênesis: A criação perfeita de Deus: “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” – Gn 1.31 O senso de responsabilidade dado ao homem: “Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden, para o lavrar e guardar” – Gn 2.15 A consciência entre o certo e o errado: “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal” – Gn 3.22 O sentimento divino em face do livre arbítrio: “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” – Gn 6.6 O viver ético e moral de sua criatura: “Quando Abrão tinha 99 anos, o Senhor lhe disse: Eu sou Deus TodoPoderoso; anda em minha presença, e sê perfeito” – Gn 17.1 O reconhecimento do pecado como ofensa a Deus: “Eis que o meu Senhor... Nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher. Como posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus” – Gn 39.8,9 Conclusão Este andar na presença dele... Este ser perfeito diante dele... É o que ele espera daquele que nele crê: Vida moral escorreita! Vida social inatacável! Vida espiritual crescente! Será que temos vivido assim? Quando Miguel Ângelo no início dos anos 1500, no princípio do Renascimento europeu, retratou no cimo da cumeeira da Capela Sistina, a célebre imagem do toque divino na pessoa de Adão, ele conseguiu de forma artística inolvidável, evidenciar para o mundo moderno, a expectativa do Deus Criador na sua criatura por excelência. Sim, como lemos em Gênesis 17.1, ele almejava para o único ser criado de forma diferenciada, o perfil exigido de Abraão: Eu sou Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito”