PROFISSÃO E MERCADO DE
TRABALHO PARA ESTATÍSTICOS
Prof. Dr. João Agnaldo do Nascimento
UFPB/Campus IV – Rio Tinto
[email protected]
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A profissão de Estatístico
Profissional versátil que pode trabalhar em diversas
áreas do conhecimento, interagindo com várias
equipes multidisciplinares. A sólida formação em
teoria e técnicas estatísticas, probabilidade,
computação e métodos quantitativos permite ao
Estatístico a construção de modelos, o controle e o
estudo adequado de fenômenos que envolvam
incerteza,
além
do
desenvolvimento
e
aperfeiçoamento de novas técnicas estatísticas de
obtenção e análise de informações
http://www.famat.ufu.br/node/173
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1. Indústria: nas atividades de desenvolvimento de novos produtos, controle de
qualidade, pesquisa de mercado, etc.;
2. Hospitais e instituições de pesquisa na área de medicina: em ensaios clínicos,
pesquisa de novos medicamentos, determinação de fatores de risco de doenças, etc.;
3. Instituições públicas: em todos os órgãos que lidam com coleta, análise e
processamento de dados tais como EMBRAPA, FIOCRUZ, PETROBRAS, Ministérios
Públicos, etc.;
4. Bancos e seguradoras: em planejamento econômico, aplicações financeiras, seguros,
comércio exterior, otimização de procedimentos de atendimento ao público, etc.;
5. Mercado financeiro: na avaliação dos riscos financeiros, estratégia de investimentos,
etc.;
6. Universidades e outros centros de pesquisa: no ensino de graduação e pósgraduação, e na pesquisa de novos métodos estatísticos, etc.
7. Ensino: Concursos públicos para professor de IES; Universidades particupares.
8. Pesca: Condução de experimentos para determinar curvas de crescimento ;
9. Consultoria: Assessoria de monografias, dissertações , tese de doutrado e projetos
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pesquisa.
Vaga urgente para Analista Estatístico
Quantidade: 1 vaga
Descrição: Construir modelos estatísticos e garantir aplicabilidade no negócio,
identificando padrões, tendências e outras informações que possam revelar
movimentações no ambiente de negócio. Elaborar relatórios e medir
resultados para tomada de decisões. Atuar com análise em base de dados SQL.
Experiência na rotina de análise do banco de dados, extraindo informações e
gerando estudos estatísticos. Ensino Superior completo em Estatística.
Domínio em Excel e Access. Conhecimento em modelos estatísticos.
Conhecimento dos sistemas SAS e SPSS.
Observações: Benefícios: Assistência Médica / Medicina em grupo, Assistência
Odontológica, Estacionamento, Seguro de vida em grupo, Tíquete-refeição,
Vale-transporte. Regime de contratação: CLT (Efetivo). Horário: De segunda a
quinta, das 9h às 18h15 e de sexta, das 9h às 17h.
Faixa Salarial: Entre R$4000,00 e R$5000,00.
Cidade: São Paulo/SP
www.abe.com.br
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1. Empresa disponibiliza 1 vaga para profissional estatístico
para atuar na área de planejar e dirigir a execução de
pesquisas de opinião em Goiânia. Remuneração a
combinar. Contato: Fernando Ferreira Rodrigues email:[email protected] - fone: (62) 32418652/8141.
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PRIMEIROS PASSOS DO ESTATÍSTICO
1. Só alegria - Passou no vestibular para Estatística.
2. Os inimigos – Também, com uma concorrência dessa, até eu
passava!
3. O dia seguinte – Com notas não muito razoáveis.
4. O Fantasma – Deficiência de Língua Portuguesa. Alguns
mesmos saudáveis sem o mal Alsheimer não conseguem
escrever uma boa redação e ainda com forte deficiência de
Matemática. Otimismo! Nada que o trabalho dedicado não
supere deficiências de anos de primeiro e segundo grau.
5. Queimadura de Terceiro grau: Começa engarrafamento nas
disciplinas de Cálculo e Física por conta de deficiência em
Matemática herdada de anos, em especial pela decadência do
ensino público nos últimos 40 anos. Fortes críticas ao
programa de segundo grau com excessivo conteúdo das três
grandes áreas: Social, Saúde e Tecnológica.
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QUALIDADES DESEJADAS PARA O
ESTATÍSTICO - 1
1) Bom comunicador: Uma vez que trabalha-se com
informações muito técnicas, é preciso torná-las
claras para o leigo.
Exemplo: O comandante, o sargento e teste de
hipótese.
2) Bom ouvinte: Esta é a parte mais difícil. Raramente
um problema estatístico é repassado de forma clara
numa linguagem que permita ao Estatístico perceber
que modelo deverá aplicar. Geralmente existe um
conjunto de modelos possíveis e um deles pode ser o
melhor.
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QUALIDADES DESEJADAS PARA
ESTATÍSTICO - 2
3) Aprimoramento contínuo: A conclusão do curso leva
à cerimônia da formatura, que só é festa, mas no
sentido de completar um profissional hábil para
resolver problemas com a aplicação dos Métodos
Estatísticos, está longe. Estamos em constante
formação. Todo dia é um bom dia para se aprender
algo novo. E sempre que aprender um novo método,
procurar a sua implementação computacional. Fugir do
cálculo manual. Seja amigo do Prof. 0800.
4) Conhecimentos Computacionais: (a) Pacotes
estatísticos (R, SPSS, SAS – implantar questionários e
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análisar dados com estes softwares)
CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO
DESEJADOS PARA O ESTATÍSTICO - 3
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(b) Planilha eletrônica EXCEL e OPENOFFICE
(c) Linguagem SQL
(d) Sistemas Windows e Linux
(e) Capacidade para trabalhar em grupo (integração
social que favoreça um bom clima no trabalho)
• (Tem um problema aqui para compartilhar com você.
“Procure Deus que eu já estou cheio de problema”. “Eu
não respondo porque todo dia é igual, basta dizer uma
vez no ano”. Mau humor, agressividade e respostas secas
não combinam com um bom clima organizacional.
•
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QUALIDADES DESEJADAS PARA
ESTATÍSTICO - 4
• 5) Saber escrever um relatório técnico: Sem erros
de português, na linguagem científica (evitar a
primeira pessoa) e em uma linguagem
perceptível para um leigo.
• 6) Não ter vícios ou manias que tirem sua
concentração no trabalho
• 7) Preparar-se para a entrevista: Procurar saber
sobre a empresa (metas, missão, etc). Nada que
chame muita atenção: tatuagens excessivas,
roupas extravagantes, não fale excessivamente
evite falar gírias, etc.
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A PROFISSÃO EM DEBATE
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29 DE MAIO DE 2007 - Auditório do CRECI/SP
DEBATE PATROCINADO PELO CONRE-3/SP e ABE
Prof. Dr. José de Carvalho
Prof. Dr. Carlos Alberto de Bragança Pereira
Prof. Dr. Wilton de Oliveira Bussab (Mediador)
Profa. Dra. Lúcia Pereira Barroso
Doris Satie M Fontes
(http://www.conre3.org.br/forum/viewtopic.php?t=657)
• QUESTIONAMENTOS:
• 1) As leis que regulamentam a profissão de estatístico
são adequadas para os dias de hoje?
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A PROFISSÃO
• 2) Como definir, em termos de capacidade de executar um trabalho
profissional, "qualificação", "habilitação" e "suficiência"?
• 3) Como definir claramente as responsabilidades pelas etapas
estatísticas principalmente diante de questões que envolvem o
setor público?
• 4) Quais regras podem ser realmente eficientes e que deverão ser
seguidas pelas comunidades estatísticas?
5)Para que serve o sistema CONFE/CONRE? MISSÃO IMPOSSÍVEL
FISCALIZAR A ESTATÍSTICA!
• “A demanda por estatísticos, embora crescente, não vê
correspondente aumento na oferta de profissionais, seja pelo
desinteresse do aluno em optar pela carreira, seja pelo desinteresse
do ingressante em concluí-la (alta taxa de evasão). A mídia usa (e
abusa) das estatísticas todos os dias, muitas vezes de forma errada,
mas raros são os estatísticos que se manifestam escrevendo para a
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imprensa”. (Dóris Satie)
A PROFISSÃO
• “Ao indagar por que na sociedade hoje é muito mais fácil
contratar um físico, um engenheiro ou agrônomo para fazer
análises estatísticas, ele mesmo conclui que é por falta de
divulgação do que nós fazemos e somos capazes de fazer. Por
causa da difícil tarefa de definir o que fazemos, o prof.
Carlinhos diz que, para ele, o trabalho do estatístico é
"adivinhar o invisível": buscamos entender e falar sobre algo
que não estamos vendo. Para ele, o estatístico é, hoje, o
profissional que vai colaborar com a sociedade na definição
de limites: por exemplo, qual o limite de segurança para o
paciente de exposição a raios-x? ao monitorar índice de
poluição, em que ponto recomendamos que o tráfego seja
parado? Quais são os limites que suportamos?
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A PROFISSÃO
• Ainda afirmando que não é fácil julgar um
profissional, afirma que o bom estatístico não é
aquele conhecedor de centenas de métodos, mas
sim aquele que conhece profundamente os
conceitos estatísticos. Diz que os CONREs devem
continuar existindo como controle da sociedade,
mas principalmente para divulgar nossa
capacidade profissional. ” . (Dr. Carlos Pereira
Bragança).
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•
A PROFISSÃO
Para o prof. Carvalho, a formação mínima para que o profissional seja
chamado de estatístico ocorre no mestrado. Diz como, juntamente
com o prof. Carlinhos, trabalhou para a que houvesse
regulamentação da nossa profissão nos anos 60, mas lamenta que
hoje não seja mais necessário para a sociedade, sendo contra esta
regulamentação.
Na leitura do PL, diz que o ex-deputado José Divino não conseguiu
definir quem é o "estatístico". A dificuldade, diz, não é só do Sr.
Divino, dele ou do prof. Carlinhos, e desafia qualquer um de nós a
dizer quem é o estatístico. Da mesma forma que invadimos a
medicina, a medicina invade a nossa área. Estatísticos colaboram em
pesquisas médicas, assim como alguns médicos, como o médico Dr.
Euclides (Custódio de Lima Filho) que foi orientador de muitos de
nós, estatísticos. Em sua vida profissional de mais de 30 anos na
universidade, diz que sempre viu outros profissionais com profundos
conhecimentos técnicos estatísticos, até mais do que nós, estatísticos, sobretudo alguns engenheiros.
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A PROFISSÃO
Cita, como exemplo, o Filtro de Kalman, desenvolvido pelo matemático
e engenheiro elétrico Rudolf publicado numa revista de engenharia
pela primeira vez. Fisher era um biólogo. Não é possível cercar as
técnicas estatísticas e impedir que outros profissionais as utilizem.
As atuais leis não são adequadas porque são de difícil aplicação; a
sociedade anda de acordo com a situação de fato, e a situação de
direito é inexistente porque a lei é letra morta. Se seguíssemos um
princípio americano que diz "Lei que não se aplica não deveria existir",
esta lei não existiria.
Qualificação é a capacidade técnica, é que o adquirimos na escola e na
vida profissional; habilitação é aquela que é dada por lei; no mercado,
(opinião do Prof. Dr. José Carvalho)
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A PROFISSÃO
entre um "qualificado" e um "habilitado", prefere-se o primeiro;
O sistema CONFE/CONRE serve para fiscalizar a profissão; proteger a
sociedade contra maus estatísticos; não deve trabalhar para divulgar a
profissão ou a área porque caracterizaria conflito de interesse; num
certo sentido grosseiro, o CONRE é "contra nós"; não é sua função
promover a defesa da classe, que é atribuição de sindicatos e outros
órgãos de classe.
O setor público tem mecanismos específicos que garantem a
contratação de "profissionais de carteirinha", o que não ocorre no setor
privado. Afirma que se aparecesse na empresa dele uma economista
que conhecesse muita estatística, da forma que ele necessita, não
hesitaria em contratá-la.
(opinião do Prof. José Carvalho)
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A PROFISSÃO
Comentando ainda o PL do ex-deputado Divino, destaca a
tentativa de dar ao estatístico a função de reconhecer
padrões estatísticos, ou seja, realizar data-mining. Afirma
que data-mining não é estatística, e sim uso de algoritmos
oriundos da engenharia, além disso, grandes empresas
não hesitariam contratar engenheiros que sabem
mineração.
O estatístico deve conhecer a matéria da área em que
trabalha: se atua junto a médicos, deve conhecer
medicina; entender de finanças para trabalhar num
banco.
(Dr. José Carvalho)
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A PROFISSÃO
• Considerações do mediador
Prof. Dr. Wilton de Oliveira Bussab (In Memorian)
O prof. Bussab defende a regulamentação da profissão de
estatístico e acredita que certas áreas devem ter regras a
serem seguidas. Certas situações exigem a presença de um
profissional habilitado como, por exemplo, para dar um
parecer jurídico. Algumas exigências, no entanto, considera
um absurdo, como a de que o ensino de estatística seja
privativo do profissional da estatística.
Mesmo o julgamento de erros estatísticos seria muito difícil já
que não somos detentores da verdade. Há, certamente,
alguns erros grosseiros, ou má aplicação de técnicas, mas,
muitas vezes, julgar o erro é quase impossível.
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A PROFISSÃO
Doris: Afirma que o mercado ainda não tem este discernimento para
saber quem é o bom estatístico por ainda não conhecer este
profissional.
6)Como melhorar a relação entre o Profissional e a Sociedade?
Prof. Carvalho: A lei existe e todos os estatísticos devem ter registro. A
função principal do CONRE é fiscalizar o nosso desempenho sob o ponto
de vista da sociedade, embora agora tenha se dedicado à divulgação da
profissão...
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A PROFISSÃO
7)Como unificar forças em prol da boa formação do
profissional em estatística e a melhoria da área no país?
Prof. Bussab: como determinar a qualificação do estatístico para determinadas funções? Será que não seria
interessante pensar num exame de qualificação, a
exemplo da OAB, que ateste de fato o seu
conhecimento para certas situações, como no caso de
pareceres jurídicos? Na Inglaterra há exames que
qualificam o profissional da estatística. Não bastaria ter
somente um diploma de bacharel, mas ter um preparo
específico e ter passado por um exame que lhe
ourtogará um selo de qualificação
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ONDE ESTÃO AS OPORTUNIDADES DA
PROFISSÃO
• 1) Ensino
• 2) Empresas privadas
• 3) Empresas públicas (Concurso público). O site
http://www.questoesdeconcursos.com.br/pesquisa
r/disciplina/estatistica
apresenta mais de 1000 questões de concursos
públicos.
• 4) Consultorias
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QUE FAZER AGORA
• 1) A escolha da profissão é como a do casamento. Uma vez realizada a
escolha, trabalhe para que tudo dê certo.
• 2) Para que tudo dê certo no futuro, escolha ser um bom aluno hoje e
você será o bom profissional do amanhã. Não espere que as questões da
lista de exercícios caia em suas mãos de graça: corra e procure soluções
sem esperar por terceiros. Faça sua parte, quem trabalha Deus ajuda.
• 3) A diferença entre um bom profissional e um profissional comum é a
quantidade de leitura.
• 4) Considerando que um Estatístico irá conviver com diversas áreas do
conhecimento, é recomendável que leia sempre a parte metodológica dos
trabalhos científico (em www.capes.gv.br procure o ícone periódicos e terá
à sua disposição 1 milhão de artigos nas diversas áreas. Faça isso e terá 1
milhão de amigos, sedentos pelo seu conhecimento adquirido, até
mesmo dispostos a pagar por isso).
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MERCADO DE TRABALHO PARA ESTATÍSTICOS