De Fernando Pessoa Na obra Mensagem, a única em língua portuguesa publicada em vida, Fernando Pessoa : Expressa um forte sentimento nacionalista Tenta reerguer os portugueses, a nação Fernando Pessoa evoca : Os períodos de formação de Portugal As grandes navegações D. Sebastião Assim tenta celebrar a grandiosidade do seu país. ... pois enaltece um ideal, em grande escala, uma nação e os seus heróis. D.Sebastião, uma das grandes figuras da história portuguesa, traduz o símbolo da loucura pela grandeza. A faceta lírica da obra encontra-se no “eu” poético, podendo representar tanto o poeta como uma das suas personagens. É composta por 44 Poemas • Nacionalistas • Sebastianistas Foi publicada em 1934 • Um ano antes da morte do autor Foi o primeiro livro que o autor queria publicar •Foi o primeiro que conseguiu completar O título original do livro era “Portugal” •Posteriormente Mens Ag(itat Mol)em Cria uma mitologia do passado heróico de Portugal Encontra-se repleto de símbolos É sebastanista e funciona à base do ocultismo e do estoicismo Glorifica o estilo Camoniano Enaltece os Descobrimentos Enfatiza mitos Através do: Saudosismo Português O Poeta encontrou: Motivação, um sonho Que o Impulsionou a: Recuperar a imagem de Portugal, que morrera no passado Pessoa enaltece a heroicidade do ser humano, através da espiritualização progressiva derivada do sebastianismo, em prol da criação de um império perfeito e espiritual que teria como finalidade construir a paz universal “Mensagem” Brasão Mar Português O Encoberto Nascimento Realização Morte Ressureição Esta tripartição é simbólica e corresponde à evolução do Império Português que como o ciclo da vida passa pelo: Nascimento Realização Morte Mas esta Morte não é definitiva, e conduz a um recomeço, a uma: Ressurreição Essa ressurreição culmina no aparecimento de um novo : Império Espiritual e Cultural 19 poemas Origem da nossa nacionalidade destacando-se figuras míticas e históricas: ◦ “Ulisses” ◦ “D. Dinis” ◦ “D. Sebastião, Rei de Portugal” Nascimento “O Mito é o nada que é tudo” I. 1ª PARTE - BRASÃO Os Campos “O Dos Castelos” “O Das Quinas” II. Os Castelos “Ulisses” “Viriato” “O Conde D. Henrique” “D. Tareja” “D. Afonso Henriques” “D. Dinis” “D. João O Primeiro” “D. Filipa de Lencastre” III. As Quinas “D. Duarte – Rei de Portugal” “D. Fernando – Infante de Portugal” “D. Pedro – Regente de Portugal” “D. João – Infante de Portugal” “D. Sebastião – Rei de Portugal” IV. A Coroa “Nuno Álvares” V. O Timbre “A Cabeça Do Grifo – O Infante D. Henrique” “A Asa Do Grifo – D. João O Segundo” “A Outra Asa do Grifo – Afonso de Albuquerque” 12 poemas Apogeu dos Portugueses, conseguido pelas descobertas: ◦ “O Infante” ◦ “O Mostrengo” ◦ “Mar Português” Realização “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce” 2ª Parte – MAR PORTUGUÊS “MAR PORTUGUÊS I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. “O Infante” “Horizonte” “Padrão” “O Mostrengo” “Epitáfio de Bartolomeu Dias” “Os Colombos” “Ocidente” “Fernão de Magalhães” “Ascensão de Vasco da Gama” “Mar Português” “A Última Nau” “Prece” Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. “ Fim das energias, simbolizado pelo nevoeiro envolve Portugal 13 poemas Vinca-se o mito Sebastianista com a figura do Encoberto Esperança e impaciência do poeta na vinda do Messias, para construção do Quinto Império Morte /Ressurreição “Ó Portugal, hoje és nevoeiro…É a Hora” 3ª PARTE – O ENCOBERTO I. II. III. Os Simbolos D. Sebastião O Quinto Império O Desejado As Ilhas Afortunadas O Encoberto Os Avisos O Bandarra António Vieira (Terceiro) Os Tempos Noite Tormenta Calma Antemanhã Nevoeiro “Os Tempos NEVOEIRO Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer – Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!” A Mensagem termina com a expressão latina Valete Fratres, um grito de felicidade e um apelo para que todos lutem por um novo Portugal