Modelo OSI: Camada de Aplicação - Bárbara Fava da Costa - Marcos - Maicon Natiel de Oliveira O modelo OSI Quando as redes de computadores surgiram, as soluções eram, na maioria das vezes, proprietárias, isto é uma determinada tecnologia só era suportada por seu fabricante. Não havia a possibilidade de se misturar soluções de fabricantes diferentes. Dessa forma um mesmo fabricante era responsável por construir praticamente tudo na rede. Para facilitar a interconexão de sistemas de computadores a ISO (International Standards Organization) desenvolveu um modelo de referência chamado OSI (Open Systems Interconnection), para que os fabricantes pudessem criar protocolos a partir desse modelo. Interessante notar que a maioria dos protocolos existentes (como o TCP/IP) tomam o modelo OSI como referência, mas não o segue ao pé da letra. Protocolo é uma “linguagem” usada para transmitir dados pela rede. Para que dois computadores possam se comunicar, eles devem usar o mesmo protocolo(ou seja, a mesma linguagem). Todavia, o estudo deste modelo é extremamente didático, pois através dele há como entender como deveria ser um protocolo ideal, bem como facilita enormemente a comparação do funcionamento de protocolos criados por diferentes fabricantes. O modelo de protocolos OSI é um modelo de sete camadas, apresentadas na figura a seguir. Cada camada se comunica apenas com a camada imediatamente acima e/ou abaixo dela. Quando seu computador está transmitindo dados, o fluxo da informação é do programa para a rede (isto é, o caminho de dados é de cima para baixo) Na transmissão de dados, cada camada pega as informações passadas pela camada superior, acrescenta informações de controle e passa os dados para a camada imediatamente inferior. Na recepção de dados o processo inverso acontece: cada camada remove informações de controle e passa para a camada imediatamente superior. Dessa forma, na transmissão de dados para a rede a camada 7 pega os dados enviados pelo programa e adiciona informações de controle e envia este novo pacote formado pelo dado original mais suas informações de controle para a camada inferior. A camada 6 adicionará suas próprias informações de controle ao pacote recebido da camada superior e envia o novo pacote para a camada 5, agora contendo o dado original, informações de controle adicionadas pela camada 7 mais informações de controle adicionadas pela camada 6 e assim por diante. Na recepção dos dados o processo inverso é feito: cada camada removerá as informações de controle de sua responsabilidade. A CAMADA DE APLICACÃO • Funcionalidades da Camada de Aplicação A camada de aplicação do modelo OSI define protocolos (e entidades que os implementam) utilizados por aplicativos denominados APs (Application Processes ou Processos de Aplicação). Por exemplo, um AP que implementa um serviço de mensagens (via caixa postal, por exemplo) quando operando em um ambiente OSI utilizaria o protocolo MHS (Message Handling System) definido na camada de aplicação. A camada de aplicação tem por finalidade prover os seguintes serviços aos AP’s que dela se utilizam: Identificar elementos remotos de aplicação, verificando sua disponibilidades (servidores, por exemplo); Negociar com estes elementos uma qualidade de serviços apropriada; Negociar contextos de apresentação para troca de informação; Negociar serviços de sessão; Transportar dados entre aplicativos; Autenticar as entidades comunicantes. Estruturação da Camada de Aplicação A camada de aplicação agrega entidades de aplicação responsáveis pelo provimento de serviços aos APs. Estes serviços podem ser de propósito geral ou específico. Os serviços de propósito geral são providos por entidades denominadas CASE (Common Application Service Elements), enquanto os de propósito específicos são providos pelas entidades SASE (Specific Application Service Elements). Em linhas gerais, APs usam serviços oferecidos por SASEs que por sua vez usam serviços oferecidos pelos CASEs conforme ilustrado na figura CASEs ACSE(Association Control Service Element) Cada tipo diferente de aplicação demanda uma combinação diferente de elemento do serviço de aplicação para formar o protocolo de aplicação específico. O ACSE é o elemento de serviço que gerencia as associações, estando presente na grande maioria das aplicações OSI. Embora as aplicações estabeleçam associações com diferentes objetivos, algumas operações básicas têm de ser sempre executadas. O ACSE padroniza essas operações. ROSE (Remote Operations Service Element) O ROSE foi elaborado para facilitar o desenvolvimento de aplicações distribuídas interativas. O principal serviço fornecido pelo ROSE é a solicitação de execução de uma operação em um sistema aberto remoto. A entidade de aplicação envia uma solicitação de execução para outra entidade de aplicação, especificando uma operação a ser executada. A função do ROSE é coordenar as interações solicitação/ resposta entre as entidades de aplicação, que acontecem no contexto de uma associação de aplicação. CCR (Commitment, Concurrency and Recovery) O CCR fornece mecanismos que permitem que duas entidades de aplicação distintas coordenem seu processamento, no sentido de garantir que a execução de determinadas operações só ocorra quando ambas as entidades estiverem prontas para executá-las. O CCR provê também mecanismos que permitem a recuperação dos dados processados para um estado consistente, quando ocorre alguma falha durante a execução do procedimento. SASE Serviço de Tratamento de Mensagens X.400 No X.400, como em outros sistemas de correio eletrônico baseados em computadores, os usuários trocam informações na forma de mensagens, podendo o sistema, opcionalmente, avisar ao remetente da entrega ou do recebimento da mensagem. Serviço de Diretório X.500 Um diretório é um banco de dados, mantido conjuntamente por uma coleção de sistemas abertos distribuídos, com informações sobre um conjunto de objetos reais (instâncias de entidades de aplicação, usuários, máquinas, etc.) desses sistemas. Os usuários do diretório, que podem ser pessoas ou processos de aplicação, podem ler ou modificar a informação nele armazenada, caso tenham permissão para tal. FTAM (File Transfer, Access and Management) O FTAM permite que seus usuários tenham acesso a arquivos em sistemas remotos. O FTAM permite que os arquivos sejam transferidos como uma unidade, ou que tenham acesso por partes em operações de leitura e escrita, e que operações de criação, remoção e manipulação dos atributos de arquivos remotos possam ser realizadas. Nível de Aplicação TCP/IP PROTOCOLOS Domain Name System (DNS) O DNS (Sistema de Nomes de Domínios) é um sistema de gerenciamento de nomes hierárquico e distribuído operando segundo duas definições: Examinar e atualizar seu banco de dados. Resolver nomes de domínios em endereços de rede (IPs). Hypertext Transfer Protocol (HTTP) O Hypertext Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Hipertexto) é um protocolo de comunicação (na camada de aplicação segundo o Modelo OSI) utilizado para sistemas de informação de hipermedia distribuídos e colaborativos. Seu uso para a obtenção de recursos interligados levou ao estabelecimento da World Wide Web. File Transfer Protocol (FTP) O FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos), é uma forma bastante rápida e versátil de transferir arquivos (também conhecidos como ficheiros), sendo uma das mais usadas na internet. Pode referir-se tanto ao protocolo quanto ao programa que implementa este protocolo Exercícios 1- Como a camada de aplicação é estruturada? a) Em entidades de aplicação de uso geral e de uso específico b) Em aplicação, apresentação e transmissão c) Em ACSE e ROSE d) O modelo OSI não possui uma camada de aplicação 2- A função da camada de aplicação, dentre outras, é: a) Fornecer aplicativos b) Ser responsável pela parte gráfica dos programas c) Transportar dados entre aplicativos d) Transportar dados através da rede 3- As entidades de aplicação de uso geral: a) Realizam trabalho apenas para aplicações específicas b) Formam o protocolo TCP/IP c) São divididas em CASE e SASE d) Realizam funções básicas na camada de aplicação 4- Dentre os protocolos do nível de aplicação do TCP/IP, podemos citar: a) DNS e FTAM; b) CCR e Serviço de Diretório X.500 c) HTTP e ROSE d) FTP e DNS 5- As entidades de aplicação de uso específico: a) Realizam trabalho apenas para protocolos de mensagem de texto b) Fornecem serviços específicos c) Relacionam o usuário com os protocolos da internet d) Realizam funções básicas na camada de aplicação Respostas: 1- a) 2- c) 3- d) 4- d) 5- b)