Processos Hidrológicos CST 318 / SER 456 Tema 6 โ Água no Solo ANO 2015 Camilo Daleles Rennó Laura De Simone Borma http://www.dpi.inpe.br/~camilo/prochidr/ Fluxo de água no solo A água se desloca em resposta a uma diferença de potencial, isto é, sempre que houver diferença de potencial entre dois pontos de um sistema, a água estará se movendo do ponto onde o potencial total é maior para o ponto onde ele é menor. A A A B B B ๐๐ด > ๐๐ต ๐๐ด < ๐๐ต ๐๐ด = ๐๐ต Mas há como medir a velocidade deste deslocamento? Fluxo de água no meio saturado Darcy (em 1856) estudou o escoamento da água em meios porosos saturados (colunas de areia), verificando que a vazão de saída (๐, m3h-1) era diretamente proporcional à perda de carga (ฮโ, m) e à seção transversal da coluna da amostra (๐ด, m2) e inversamente proporcional ao comprimento desta mesma coluna (๐ฟ, m). ๐ = ๐พ๐ ๐ด ๐ฟ ฮโ โ1 ๐ด ๐ Nível de Referência โ2 ฮโ ๐ฟ ๐พ๐ é condutividade hidráulica num meio saturado (mh-1) ฮโ ๐ = ๐พ๐ ๐ฟ ๐ ๐ฃ= ๐ velocidade do fluxo laminar (mh-1 = m3m-2h-1) velocidade de percolação (considera apenas os poros) Lei de Darcy A lei de Darcy pode ser aplicada para o cálculo do fluxo de água em meios saturados considerando qualquer direção. Em sua forma mais geral, considerando qualquer ponto da zona saturada do solo, a lei de Darcy pode ser reescrita como: ๐ = โ๐พ๐ ๐๐๐ก ๐๐ Sendo ๐๐๐ก /๐๐ a variação do potencial total ๐๐ก ao longo da direção d. Em estudos tridimensionais, este fluxo pode ser decomposto segundo 3 eixos: ๐๐ฅ = โ๐พ๐ ๐๐๐ก ๐๐ฅ ๐๐ฆ = โ๐พ๐ ๐๐๐ก ๐๐ฆ ๐๐ง = โ๐พ๐ ๐๐๐ก ๐๐ง (meio isotrópico) Considerando um meio saturado, o potencial total é formado por dois componentes: o potencial gravitacional, que é determinado pela altura relativa ao plano de referência no qual uma partícula de água se encontra; e o potencial de pressão, que é determinado pela altura da coluna de água acima desta partícula. Condutividade Hidráulica (meio saturado) A condutividade hidráulica ๐พ๐ expressa a facilidade com que um fluido é transportado através de um meio poroso e combina as propriedades do fluido e do meio: ๐พ๐ = ๐๐๐ ๐ Sendo ๐ a permeabilidade intrínseca (m2) que depende apenas do material poroso (granulometria e disposição estrutural), ๐ é a densidade do fluido (kg m-3), ๐ é a aceleração gravitacional (m s-2) e ๐ é a viscosidade dinâmica do fluido (N s m-2). Neste caso, Ks é dado em m s-1. Condutividade Hidráulica (meio saturado) A condutividade hidráulica (meio saturado) é afetada pela estrutura e textura do solo, sendo maior em solos porosos (poros grandes), fraturados e bem estruturados (formação de agregados). Ou seja, não depende apenas da quantidade de poros, mas também do tamanho e da geometria desses poros (tortuosidade) por onde o fluido irá ser conduzido. Por isso, em geral, solos arenosos apresentam condutividade hidráulica maior que solos argilosos quando saturados. Fluxo de água no meio não saturado O movimento da água no solo no meio saturado é controlado por potenciais de pressão sempre positivos. Já, num meio não saturado, o potencial de pressão é negativo (potencial matricial). Neste caso, a água tende a se deslocar dos poros onde a película tem maior espessura em direção aos poros cuja película é mais fina. Quando o solo não está saturado, alguns poros estão preenchidos também pelo ar, e a capacidade de transmitir água desse poro diminui. A medida que a quantidade de água no solo se reduz, os poros maiores começam a se esvaziar, fazendo com que a água só possa fluir pelos poros menores. Fluxo de água no meio não saturado Na saturação, os poros maiores conduzem a maior parte da água. Por isso, solos de textura grossa apresentam maior condutividade hidráulica na saturação. O contrário ocorre no fluxo não saturado: os solos de textura fina tem maior quantidade de poros menores, os quais são capazes de reter e conduzir mais água que os solos de textura grossa quando submetidos à mesma tensão. ๐พ๐ (๐๐๐๐๐) ๐พ๐ (๐๐๐๐๐๐) ๐พ argila areia ๐ ๐พ๐ (๐๐๐๐๐) > ๐พ๐ (๐๐๐๐๐๐) ๐พ(๐๐๐๐๐) < ๐พ(๐๐๐๐๐๐) ๐๐ Condutividade Hidráulica Em meio não saturado, a lei de Darcy ainda continua válida, mas a condutividade hidráulica ๐พ diminui rapidamente com a diminuição da umidade. A condutividade hidráulica é máxima em condições de saturação (๐พ๐ ). Campbell (1974) formulou uma relação bastante prática para o cálculo da condutividade hidráulica: ๐พ ๐ = ๐พ๐ ๐ ๐๐ 2๐+3 (1978) determinaram valores do coeficiente ๐ para solos com diferentes texturas, chegando a uma relação muito forte entre o coeficiente ๐ e o Coeficiente b onde ๐ é um coeficiente empírico. Clapp e Hornberger teor de argila do solo. Campbell, G.S. A simple method for determining unsaturated conductivity from moisture retention data. Soil Sci., 117(6):311-314, 1974. Clapp, R.B.; Hornberger, G.M. Empirical equations for some soil hydraulic properties. Water Resour. Res., 14(4):601-604, 1978. teor de argila Condutividade Hidráulica Modelo de Mualem (1976) ๐๐ 1/2 ๐พ ๐๐ = ๐พ๐ ๐๐ 0 1 ๐๐ ๐(๐) 1 0 2 1 ๐๐ ๐(๐) ๐๐ = ๐ โ ๐๐ ๐๐ โ ๐๐ Substituindo em Brooks-Corey: ๐๐ ๐๐ = ๐๐ ๐๐ ๐ ๐พ ๐๐ = 1 2+ +2/๐ ๐พ๐ ๐๐ 2 ๐พ ๐๐ = 1/2 ๐พ๐ ๐๐ ๐พ/๐พ๐ Substituindo em van Genuchten: ๐๐ = 1 1 + ๐ผ ๐๐ 1 ๐ 1โ๐ 1โ 1โ 2 1/๐ ๐ ๐๐ ๐ = 1 โ 1/๐ Mualem Y. A new model for predicting the hydraulic conductivity of unsaturated porous media. Water Resour. Res.,12(3):513โ522, 1976. |๐๐ | (๐๐๐) Fluxo de água no meio não saturado A lei de Darcy (que considerava condições de fluxo saturado) foi generalizada por Richards para as condições não saturadas, levando-se em conta que a condutividade hidráulica ๐พ é função do potencial matricial do solo, ou seja ๐พ ๐๐ . Considerando-se apenas o fluxo unidimensional vertical tem-se, pela lei de Darcy, que: ๐๐ง = โ๐พ(๐๐ ) ๐(๐๐ + ๐๐ ) ๐๐๐ก ๐๐๐ = โ๐พ(๐๐ ) = โ๐พ(๐๐ ) +1 ๐๐ง ๐๐ง ๐๐ง ๐๐๐ ๐๐ ๐๐๐ = โ ๐พ(๐ ) + ๐พ(๐๐ ) = โ ๐พ(๐๐ ) + ๐พ(๐๐ ) ๐ ๐๐ ๐๐ง ๐๐ง ๐๐ = โ ๐ท(๐) + ๐พ(๐) ๐๐ง ๐ท(๐) = ๐พ(๐๐ ) ๐๐๐ ๐๐ (Difusividade hidráulica) Fluxo de água no meio não saturado Para se entender como a umidade do solo varia ao longo do tempo, deve-se considerar a equação de continuidade: ๐๐ง ๐๐ ๐๐๐ง =โ ๐๐ก ๐๐ง ๐๐ง ๐๐ง + ๐๐๐ง ๐๐ง Combinando-se a equação de continuidade com a de Darcy, tem-se as duas formas da equação de Richards: ๐๐ ๐ ๐๐ = ๐ท(๐) + ๐พ(๐) ๐๐ก ๐๐ง ๐๐ง ๐ถ(๐๐ ) ๐๐๐ ๐ ๐๐๐ = ๐พ(๐๐ ) +1 ๐๐ก ๐๐ง ๐๐ง ๐ถ(๐๐ ) = ๐๐ (Capacidade específica) ๐๐๐ derivada da curva de retenção Considerações importantes O tamanho dos poros é um dos fatores que mais afetam o movimento da água no solo. Quando considerado um solo em condições de saturação, poros maiores (areias) conduzem mais água que poros menores (argilas), ou seja, ๐พ๐ ๐๐๐๐๐ > ๐พ๐ ๐๐๐๐๐๐ Considerações importantes O tamanho dos poros é um dos fatores que mais afetam o movimento da água no solo. Quando considerado um solo em condições de saturação, poros maiores (areias) conduzem mais água que poros menores (argilas), ou seja, ๐พ๐ ๐๐๐๐๐ > ๐พ๐ ๐๐๐๐๐๐ Em condições não saturadas, os caminhos que a água deve percorrer se tornam tortuosos. Quanto mais tortuosos, menor a condutividade hidráulica. Nestas condições, os solos arenosos têm menor capacidade de conduzir água que os solos argilosos, ou seja, ๐พ(๐๐๐๐๐) < ๐พ ๐๐๐๐๐๐ . Considerações importantes Em geral, solos arenosos têm poros maiores que os solos argilosos, mas têm porosidade (espaço poroso) menor e por isso armazenam menos água por unidade de volume que solos argilosos. ๐๐ (๐๐๐๐๐) < ๐๐ (๐๐๐๐๐๐) Considerações importantes Em geral, solos arenosos têm poros maiores que os solos argilosos, mas têm porosidade (espaço poroso) menor e por isso armazenam menos água por unidade de volume que solos argilosos. ๐๐ (๐๐๐๐๐) < ๐๐ (๐๐๐๐๐๐) Mudanças no tamanho e na distribuição de poros afetam o movimento de água no solo: compactação, canais de raízes deixados por raízes mortas, túneis de minhocas e de outros animais, fendas, etc. Considerações importantes Em geral, solos arenosos têm poros maiores que os solos argilosos, mas têm porosidade (espaço poroso) menor e por isso armazenam menos água por unidade de volume que solos argilosos. ๐๐ (๐๐๐๐๐) < ๐๐ (๐๐๐๐๐๐) Mudanças no tamanho e na distribuição de poros afetam o movimento de água no solo: compactação, canais de raízes deixados por raízes mortas, túneis de minhocas e de outros animais, fendas, etc. Em alguns casos, uma camada do solo pode ter condutância hidráulica inferior que camadas superiores, o que provocará o retardamento da percolação, podendo inclusive formar uma zona saturada suspensa intermitente. P P Horizonte 1 Horizonte 2 Limitações das Equações Clássicas โข As equações de Richards envolvem cálculos diferenciais altamente não- lineares, o que dificulta a solução numérica (processos iterativos sem garantia total de convergência). ๐๐ง ๐๐ง1 ๐๐ง + ๐๐๐ง1 = ๐๐ง1 ๐๐ง1 ๐๐ง2 ๐๐ง1 + ๐๐๐ง2 ๐๐ง2 Limitações das Equações Clássicas โข As equações de Richards envolvem cálculos diferenciais altamente nãolineares, o que dificulta a solução numérica (processos iterativos sem garantia total de convergência). โข Grandes restrições quanto à representatividade espacial de amostras. โข A existência de fluxos preferenciais no solo (macroporos e canais) não obedecem a lei de Darcy. โข Os perfis do solo são, em geral, anisotrópicos causando uma irregularidade nas frentes de umedecimento de difícil modelagem. Exemplo Dois tensiômetros (A e B) foram instalados na zona não saturada de um solo franco- arenoso. A distância entre a cápsula porosa (bulbo) e medidor de pressão é de 61 cm. O tensiômetro A mede a tensão 61 cm matricial a 20 cm e o B a 50 cm. Qual o sentido e velocidade do fluxo laminar vertical ๐๐ง entre os pontos A e B, sabendo 20 cm 61 cm que pressão medida pelos tensiômetros A e B foram -151 cm e -117 cm, respectivamente? Calcule também a 50 cm A umidade volumétrica ๐ nos pontos. B Exemplo Primeiramente, calcula-se o potencial matricial no bulbo somando-se 61 cm de cada leitura. Isto porque a leitura feita no sensor considera não apenas o potencial matricial no bulbo, mas também o peso da coluna de água acima do bulbo, assim: ๐๐(๐ด) = โ151 + 61 = โ90 cm ๐๐(๐ต) = โ117 + 61 = โ56 cm Como os pontos estão em profundidades diferentes, é necessário também considerar o potencial gravitacional em cada ponto. Para tanto, é necessário adotar um nível de referência. Considerando como referência a 61 cm superfície, o potencial gravitacional nos pontos A e B é: 20 cm 61 cm ๐๐(๐ด) = โzA = โ20 cm ๐๐(๐ต) = โzB = โ50 cm 50 cm A B B ๐๐ (cm) -90 -56 ๐๐ (cm) -20 -50 ๐๐ก (cm) -110 -106 0,1333 ๐๐๐ก /๐๐ง ๐๐ 0,6618 0,7918 ๐ (cm3/cm3) 0,3137 0,3672 ๐พ (cm/h) 0,1039 0,4202 ๐๐ง (cm/h) ๐๐๐ก ๐๐ง = โ๐พ(๐๐ ) ๐๐ง ๐๐ก(๐ด) < ๐๐ก(๐ต) Rawls et al. (1982) A -0,0349 ๐ โ ๐๐ ๐๐ = ๐๐ โ ๐๐ Usando a equação BC ๐๐ ๐๐ = ๐๐ ๐ โ30,20 = โ90 0,378 = 0,6618 (fluxo ascendente) 1 2+ +2/๐ ๐พ ๐๐ = ๐พ๐ ๐๐ 2 ๐ = ๐๐ โ ๐๐ ๐๐ + ๐๐ = 2,59 0,6618 61 cm 2,5+2/0,378 = 0,1039 20 cm 61 cm 50 cm = 0,453 โ 0,041 0,6618 + 0,041 = 0,3137 ๐๐ง = โ 0,1039 + 0,4202 0,1333 = โ0,0349 2 A B Rawls, W.J.; Brakensiek, D.L.; Saxton, K.E. (1982). Estimation of soil water properties. Transaction of the ASAE, 25(5):1316-1320. Exemplo Infiltração e Percolação chuva escoamento superficial infiltração Zona de Aeração (não saturada) Zona de Saturação a โ condição inicial b, c โ infiltração d, e - percolação lençol freático rocha percolação lençol freático Baseado em Hewlett (1982) rocha Infiltração é o processo de passagem da água pela superfície do solo. Percolação é o avanço descendente da água na zona não saturada. Perfil de umidade durante a infiltração umidade ๐๐ zona de saturação profundidade do solo Zona de Aeração (não saturada) A umidade varia com a profundidade a zona de transmissão zona de umedecimento frente de umedecimento medida que a água vai preenchendo os espaços porosos do solo. A medida que o tempo passa, aumenta-se a zona de transmissão e portanto a profundidade da área de umedecimento. Frente de Umedecimento Frente uniforme Frente heterogênea Solos permeáveis bem agregados Solos heterogêneos Frente lateral em macroporos com pouca interação Frente lateral em macroporos com alta interação Solo com macroporos com pouca permeabilidade Solos com macroporos com muita permeabilidade Etapas da Infiltração Considerando-se uma condição inicial não saturada, a infiltração é função dos potenciais matricial e gravitacional. Inicialmente, o potencial matricial domina o processo succionando a água para dentro do perfil. Com a redistribuição da água ao longo do perfil do solo, a umidade tende a aumentar e este potencial perde progressivamente sua importância. Próximo à saturação, o potencial gravitacional torna-se predominante. Caso a intensidade de chuva ultrapasse a capacidade de infiltração, ocorre o escoamento superficial por excesso de precipitação. O empoçamento da água cria uma lâmina de água à superfície que passa a exercer uma pressão adicional (potencial de carga) importante no processo de infiltração. Fatores que afetam a Infiltração Textura e estrutura do solo: porosidade, densidade e compactação do solo maior quantidade de poros grandes ๏ฎ maior infiltração maior compactação ๏ฎ maior densidade ๏ฎ menor infiltração Condição antecedente de umidade do solo mais úmido ๏ฎ menor infiltração Atividade biológica e matéria orgânica mais matéria orgânica ๏ฎ melhor estruturado é o solo ๏ฎ maior infiltração Presença de cobertura morta e vegetação menor cobertura ๏ฎ maior desagregação das partículas ๏ฎ menor infiltração Outros: hidrofobia do solo, congelamento superficial Taxa e Capacidade de Infiltração Taxa de infiltração: é a taxa na qual a água penetra no solo, expressa em termos de lâmina, ou seja, mm/h (correspondente ao volume de água que penetra no perfil do solo expresso por unidade de área, por unidade de tempo). Esta taxa é limitada pela capacidade de infiltração do solo e pela intensidade da chuva. Capacidade de infiltração: é a taxa máxima na qual a água consegue se infiltrar no solo sob condições ideais. ๐พ๐ Infiltração sem encharcamento umidade ะค=ฮธs taxa profundidade do solo ฮธ0 ๐พ๐ ๐ 0 tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é menor do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ). Infiltração sem encharcamento umidade ฮธ0 t1 ฮธf t2 ะค=ฮธs taxa profundidade do solo t3 ๐พ๐ ๐ 0 ๐ tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é menor do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ). Infiltração sem encharcamento umidade t1 ฮธf t2 t4 t5 ะค=ฮธs t3 taxa profundidade do solo ฮธ0 ๐พ๐ ๐=๐ ๐ 0 tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é menor do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ). A umidade final não atinge a condição de saturação (๐๐ < ๐๐ ) e a infiltração (i) será igual a precipitação. Infiltração com encharcamento (Horton) umidade ะค=ฮธs ๐ taxa profundidade do solo ฮธ0 ๐พ๐ 0 tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é maior do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ), mas inferior a capacidade (taxa máxima) de infiltração. Infiltração com encharcamento (Horton) umidade t1 t2 t3=tp ะค=ฮธs ๐ ๐ taxa profundidade do solo ฮธ0 ๐พ๐ 0 tp tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é maior do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ), mas inferior a capacidade (taxa máxima) de infiltração. A umidade final atinge a condição de saturação no tempo tp e a infiltração (i) começa a decair. Infiltração com encharcamento (Horton) umidade t1 t2 t3=tp ะค=ฮธs ๐ t4 t5 taxa profundidade do solo ฮธ0 t6 ๐ ๐พ๐ 0 tp tempo Ocorre quando a intensidade da precipitação (๐) é maior do que a condutividade hidráulica considerando uma condição de saturação (๐พ๐ ), mas inferior a capacidade (taxa máxima) de infiltração. A umidade final atinge a condição de saturação no tempo tp e a infiltração (i) começa a decair. A taxa de infiltração decai até atingir valores próximos a ๐พ๐ Infiltração x Escoamento Superficial umidade t1 t2 profundidade do solo ฮธ0 ะค=ฮธs t3 t4 Considerando um solo cuja superfície está seca (condição inicial โ t0) e uma chuva cuja intensidade é constante p: O potencial matricial (sucção) é muito negativo na superfície gerando gradientes de potencial total muito baixos t5 A capacidade de infiltração é alta Toda a precipitação transforma-se em infiltração precipitação ๐ taxa infiltração ๐พ๐ escoamento superficial 0 t4 = tp tempo A medida que a água se distribui ao longo do perfil: O potencial matricial torna-se menos negativo e a taxa de infiltração diminui Há saturação da camada superficial A precipitação em excesso origina escoamento superficial (Horton) Infiltração x Escoamento Superficial umidade ฮธ0 t1 t4 ะค=ฮธs t2 profundidade do solo t3 Com o lençol freático próximo a superfície: t4 t3 t ๏ฃ t2 Um pequeno volume de água infiltra e rapidamente o solo se torna completamente saturado (elevação do lençol freático) Com a saturação, a infiltração é interrompida taxa Toda a precipitação transforma-se em escoamento direto (Dunne) precipitação infiltração escoamento superficial ๐พ๐ Está relacionado com o conceito de área de contribuição variável (áreas de escoamento direto) ๐ 0 Ocorre geralmente nas áreas de várzea e áreas com topografia convergente (โgrotasโ) t5 = tp tempo Modelos de Infiltração A estimativa da infiltração é feita através de equações baseadas em modelos físicos ou em relações empíricas. Em geral baseiamโse em algumas das propriedades do solo e permitem a estimativa de infiltração a partir de poucas observações. Green โ Ampt (1911) Equação de infiltração desenvolvida a partir de um modelo aproximado que se baseia na lei de Darcy Foi desenvolvido quando há o empoçamento da água em solos profundos e homogêneos com conteúdo inicial de água com distribuição uniforme. Horton (1940) e Philip (1957) Equações de infiltração baseadas em soluções aproximadas da equação de Richards Equação de Horton (1940) Este modelo é aplicável somente quando a intensidade de precipitação (๐) é superior a condutividade hidráulica em condição de saturação (๐พ๐ ) Foi deduzido a partir da equação de Richards considerando constantes os valores de difusividade hidráulica e a condutividade hidráulica, chegando-se a seguinte relação: ๐(๐ก) é a taxa de infiltração no tempo ๐ก ๐(๐ก) = ๐๐ + ๐0 โ ๐๐ ๐ โ๐๐ก ๐0 é a capacidade de infiltração inicial ๐๐ é a capacidade de infiltração final (~๐พ๐ ) ๐ é a constante de recessão ๐ก๐ é o tempo para o início do empoçamento taxa ๐ ๐ ๐น๐ = ๐ ๐ก๐ ๐พ๐ 0 tp ๐น๐ é a infiltração acumulada até o empoçamento tempo ๐น(๐ก) é a infiltração acumulada no tempo ๐ก após o empoçamento ๐ก ๐น(๐ก) = ๐ ๐ก ๐๐ก = ๐๐ ๐ก โ ๐ก๐ + ๐ก๐ ๐0 โ ๐๐ 1 โ ๐ โ๐ ๐ ๐กโ๐ก๐ Particionamento de Fluxo (Horton) Suponha que o processo de empoçamento inicia-se no tempo ๐ก๐ ๐(๐ก) = ๐๐ + ๐0 โ ๐๐ ๐ โ๐๐ก taxa de infiltração taxa de precipitação A lâmina de água infiltrada até este momento corresponde a área cinza (๐น๐ ) Como esta área é menor do que a área sobre a curva de capacidade de infiltração (๐), esta função não pode ser diretamente empregada ๐น๐ ๐ก๐ tempo Particionamento de Fluxo (Horton) ๐กโ๐ก0 taxa de infiltração taxa de precipitação ๐(๐ก โ ๐ก0 ) = ๐๐ + ๐0 โ ๐๐ ๐ โ๐ ๐ก0 ๐ก๐ tempo Suponha que o processo de empoçamento inicia-se no tempo ๐ก๐ A lâmina de água infiltrada até este momento corresponde a área cinza (๐น๐ ) Como esta área é menor do que a área sobre a curva de capacidade de infiltração (๐), esta função não pode ser diretamente empregada Para contornar este problema, a curva ๐(๐ก) é deslocada no tempo de maneira a que a infiltração acumulada entre ๐ก0 e ๐ก๐ (área hachurada) seja igual a ๐น๐ . O escoamento está representado pela área entre ๐(๐ก โ ๐ก0 ) e a precipitação (área azul). Medição da Infiltração โข Infiltrômetros Simples Duplo Anel โข Infiltrômetro de carga constante โข Infiltrômetros de tensão โข Infiltrômetros em parcelas de escoamento