PROF. MSC. CHRISTIAN LAMEIRA
Farmacêutico-Bioquímico
AULA III
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A secagem é um beneficiamento à planta medicinal
que visa durabilidade da droga vegetal.
Alguns procedimentos devem tomados antes da
secagem para manter a boa qualidade:
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Não lavar as plantas previamente antes da secagem, exceto no
caso de raízes e rizomas que devem ser lavados;

As partes colhidas não devem receber raios solares;

Separar as plantas de espécies diferentes para secagem;

Fazer a eliminação de impurezas e das partes da planta que
estejam em condições inadequadas.

Nas plantas colhidas inteiras, cada parte deve ser
colocada para secar separadamente.

Raízes volumosas podem ser cortadas em pedaços.
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A secagem de folhas deve ser feita com os talos.
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A secagem deve começar de imediato após a
colheita;
O local de secagem deve ser ventilado e protegido;
A temperatura de secagem varia de 30-35°C para
folhas aromáticas, 40°C para não aromáticas e 6070°C para cascas, raízes e sementes;
As camadas de folhas devem ser de 3-5 cm de
espessura;
Secar cada espécie em separado, principalmente as
aromáticas;
Espaçamento mínimo de 30cm entre as prateleiras.
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Uma boa secagem é importante para se obter um
produto de qualidade.
Uma secagem rápida, pode provocar o
endurecimento da camada superficial das células
do tecido (retenção de água) além de volatilização
de PA.
Já uma secagem lenta, pode produzir alterações no
interior do órgão vegetal.
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A secagem ideal é aquela que não é rápida e nem
lenta demais.
O tempo de secagem depende das características
da
planta,
das
condições
climáticas
e
principalmente das instalações de secagem.
Uma secagem bem conduzida, consegue manter os
maiores teores de PA ou aromáticos e preservar os
aspectos e a coloração natural das plantas
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Iniciar imediatamente após a colheita;
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Efetuar em recinto sombreado;
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Boa circulação de ar por entre órgãos vegetais que
estão secando;
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Deve haver circulação de ar quente (umidade);
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Dispor de instalações adequadas;
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O processo de secagem é finalizado quando após
um tempo de secagem o peso do material se torna
constante.
Este processo ocorre entre 3 e 10 dias. Já as raízes
podem levar 15 dias.
A perda de peso do material colhido varia entre
2/3 e ¾ do peso inicial colhido.
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Consiste em colocar as partes colhidas para secar a
sombra.
O material pode ser colocado em estrados,
peneiras, bandejas com fundo de tela plástica
perfurada, sobre lonas, entre outros.
O local deve ser ventilado e protegido.
Hoje uma ótima região para secagem natural é a
Centro-Oeste.
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Consiste em aquecer o ar com uma circulação
forçada para o interior do secador, retirando a
umidade dos órgãos colhidos.
A secagem artificial bem feita proporciona um
material de melhor qualidade.
A escolha do tipo de secagem mais adequado
depende da espécie e da composição química
desta.
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Após a secagem, as plantas devem ser
acondicionadas de forma apropriada e depois
armazenadas.
A armazenagem pode ter a finalidade de alcançar
melhores preços nos meses subseqüentes à colheita.
A droga vegetal deve ser armazenada em menor
período possível.
O local de armazenagem deve ser seco, arejado,
escuro e protegido.
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O tipo de recipiente para armazenagem depende
do volume de amostra seca e do tempo de
armazenagem, podendo ser feita em:
Tonéis de madeira não-aromática (conserva por longo
período);
 Caixa, caixotes, barricas de madeira não-aromática;
 Potes de vidro (pequeno volume e longo período);
 Sacos de polietileno ou polipropileno (pequeno volume e
longo período);
 Saco de juta (em um curto prazo);
 Saco de armazenagem com papel kraft por fora e plástico
atóxico por dentro.
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Cada espécie deve ser armazenada em embalagem
própria, identificada com nome científico e comum,
nome do órgão colhido, data de colheita, tempo de
secagem e nome do produtor. As embalagens
devem ser colocadas sobre estrados.
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Predadores e Microorganismos  danificam as
plantas, sendo os principais:
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Insetos;

Fungos;

Roedores;

Traças.
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Ar  devido ao oxigênio, predispõe a fermentação
e formação de bolores.
Luz  descolora as flores e folhas, e
acompanhadas de calor, volatiliza os óleos
essenciais.
Umidade  Predispõe a putrefação.
Poeira  Sua presença prejudica a aparência e
demonstra a falta de asseio.
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Limpar bem o recinto e vedar bem as frestas no
chão, paredes e teto;
Remover os resíduos de colheitas anteriores,
inclusive embalagens vazias;
Eliminar os ninhos e impedir o ingresso de
pássaros e roedores;
Aplicar nas janelas molduras com tela à prova de
insetos;
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Impedir a entrada de animais, domésticos ou não;
Efetuar limpeza permanente na área externa do
armazém;
Desinfetar periodicamente os veículos que se
aproximam ou entrem no armazém;
Retirar do recinto do armazém caixas, sacos,
utensílios, móveis que não são utilizados na
armazenagem;
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Retirar e não usar embalagens velhas cuja madeira
se encontre atacada por insetos;
Quando necessário, aplicar inseticida antes da
armazenagem, no chão, teto e paredes, levando em
consideração os seguintes aspectos:
O inseticida deve ser autorizado pelo governo;
 O inseticida deve ser totalmente inodoro;
 O inseticida não deve alterar a composição, a cor, o odor
e o sabor das plantas;
 O inseticida só deverá ser aplicado por pessoal habilitado
e com equipamento apropriado.
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Aspectos práticos:
Proteção do produto;
 Fácil manuseio e transporte;
 Economia;
 Identificação clara do conteúdo e do produto.
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Aspectos técnicos:
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Preservação das características da planta;
Reaproveitamento de embalagens;
Embalagem usual: sacos de polietileno trançado (saco de
feijão);
Embalagem ideal: papel kraft + polietileno.
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Aspectos práticos:
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Flexibilidade na comercialização;
Disponibilidade de local adequado, que deve ser seco,
arejado e escuro;
Proteção contra insetos, roedores e outros animais
domésticos;
Estrados.
Aspectos técnicos:


Observação do prazo de validade;
Prevenção da presença de fungos;
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