A Ásia Industrializada
Grupo VIII, Cap. 12
Índia
• Capital: Nova Déli;
• Línguas oficiais: Hindi, Inglês, mais 21 línguas
nacionais e outros 1600 dialetos regionais;
• Área total: 3.287.590 Km2 (7° território do
mundo);
• População: 1.210.193.422 hab. (2° no mundo);
• Densidade demográfica: 329 hab./Km2.
Histórico
• No século XVI sofreu um “colonialismo às
avessas” de Portugal, uma vez que fornecia
especiarias comercializadas na Europa. Nessa
época estava dividida em mais de 500 rajanatos e
marajanatos (principados autônomos);
• A partir da década de 1850 a Inglaterra inicia uma
colonização efetiva da região;
• A independência foi obtida em 1947, graças à
resistência pacífica de Mahatma Gandhi.
Quadro social
• Sistema de Castas: o
mito da criação hindu
afirma que o deus
Brahma
criou
a
humanidade a partir
das partes de seu
corpo.
Inicialmente
usado para diferenciar
as
profissões
familiares, tornou-se
um
sistema
de
discriminação oficial,
inspirado
em
princípios religiosos;
• O sistema de castas, associado a fatores de
ordem histórica e econômica, configurou uma
sociedade extremamente desigual (36,8 no
índice GINI e um IDH de 0,586 – 135º no
mundo):
– Expectativa de vida: 65,8 anos;
– Analfabetismo: 31,7%;
– Acesso à rede sanitária: 34%;
– Subnutrição: 17,5%;
• O sistema de castas foi oficialmente abolido em
1950. Contudo, a tradição milenar prevalece nos
costumes e contribui para a desigualdade.
• Agravando o quadro social indiano, a grande
diversidade religiosa gera constantes conflitos
entre as populações dos estados indianos:
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Hindus: 75%;
Muçulmanos (concentrados no norte): 12%;
Cristãos: 6%;
Sikhis: 2,2%;
Budistas: 0,7%;
Outros: 4,1%.
Explosão demográfica
• É o segundo país mais populoso do planeta,
compondo, juntamente com Paquistão e Bangladesh,
uma região conhecida como “formigueiro humano”,
devido às elevadas densidades demográficas;
• Possui três das maiores megacidades do mundo:
– Bombaim (ou Mumbai), com 13.922.125 habitantes e uma
densidade demográfica de 31.806,7 hab./Km2;
– Déli, com 11.007.835 habitantes e uma densidade
demográfica de 7.422,7 hab./Km2;
– Calcutá, com 4.486.679 habitantes e uma densidade
demográfica de 3.031,5 hab./Km2.
– *os dados acima não consideram as populações das
regiões metropolitanas no entorno!
• Em razão do elevado crescimento demográfico
do país, o governo indiano deu início às
campanhas de controle de natalidade. As
principais medidas foram: intensa propaganda
dos métodos anticoncepcionais, esterilização
em massa de mulheres e de homens pobres e
a proibição às famílias pobres de terem mais
de dois filhos. Apesar das medidas para a
redução das taxas de natalidade, no país,
ainda persistem condições socioeconômicas
precárias.
Crescimento Econômico
• Após a independência (1947): Investimentos estatais, com
o objetivo de promover a substituição de importações;
• Décadas de 1960-1980: Estagnação econômica
• Anos 1980-atualidade: retomada do crescimento
econômico:
– Abertura a investimentos externos;
– Investimentos em ciência e tecnologia (tecnopolos);
– Mão de obra relativamente barata;
Os principais setores industriais são: telecomunicações,
informática, alimentícia, armamentos, têxtil, mecânica, química
e siderúrgica;
• O país forneceu e fornece grande quantidade
de mão de obra qualificada para outros países
(“fuga de cérebros”);
• O país e membro dos BRICS;
Movimentos separatistas
• Ocorrem devido à grande diversidade cultural e,
sobretudo, religiosa no país.
– Punjab: os sikhs dessa região lutam pela autonomia
de seu território, onde pretendem fundar um país
independente, o Calistão;
– Caxemira: Região de maioria muçulmana, cerca de 2/3
do território são controlados pela Índia. O território
também é reivindicado pelo Paquistão. A disputa
levou os dois países a desenvolverem tecnologia
bélica nuclear.
República Popular da China
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Capital: Pequim;
Língua oficial: Mandarim;
Área total: 9.596.961 Km2 (3º do mundo);
População: 1.338.612.968 habitantes;
Densidade demográfica: 139, 6 hab./Km2;
Cronologia recente:
• 1912: Proclamação da República;
• 1949: Revolução comunista. Mao Tsé-tung proclama a República
Popular da China;
– Chiang Kai-shek, líder dos nacionalistas (capitalistas) foge para Taiwan,
onde funda uma república independente;
• Anos 1950-1960: “Grande Salto para Frente”: tentativa de
modernização econômica que fracassa, causando a “Grande Fome”,
que provica a morte de cerca de 45 milhões de pessoas;
• Anos 1960-1970: “Revolução Cultural”: Campanha ideológica contra
os opositores de Mao;
• 1976: Morte de Mao. Deng Xiaopoing inicia a abertura econômica
do país, criando a “China moderna” – “Um país, dois sistemas”.
“Não importa a cor do gato, importa
que cace o rato” – Deng Xiaoping
• Gradual abertura econômica, a partir da
criação das Zonas Econômicas Especiais:
– Apoio estatal;
– Mão de obra barata;
– Sindicatos frágeis;
– Políticas ambientais flexíveis;
– Intermodalidade de transportes;
– Políticas de transferência de tecnologia;
• Essa política de abertura permitiu que a China
crescesse a níveis superiores a 10% ao ano ao longo da
primeira década dos anos 2000;
• Contudo, esse crescimento está ligado a algumas
falhas:
– Altas taxas de poluição do ar, devido ao uso de energia
termelétrica (o governo chinês vem investindo em fontes
renováveis e pouco poluentes de energia;
– Concentração industrial no litoral, o que acentua o êxodo
rural;
– Manutenção da ditadura de partido único, apesar da
abertura econômica ao capitalsmo;
A China mantém boas relações, tanto econômicas quanto
diplomáticas, com o Brasil, do qual é um dos principais
compradores de soja e minério de ferro e ao qual exporta
grande quantidade de manufaturados.
Tigres Asiáticos
• Países que, a partir da década de 1960,
passaram por um rápido processo de
industrialização, graças aos investimentos
estrangeiros:
– Taiwan;
– Hong Kong;
– Coreia do Sul;
– Cingapura;
Tigres Asiáticos tradicionais
ou “Velhos Tigres
Asiáticos”
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Tailândia;
Indonésia;
Malásia;
Vietnã;
Filipinas;
“Novos Tigres Asiáticos”, que
despontaram na economia
mundial a partir das décadas
de 1970 e 1980.
Causas da expansão econômica
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Intervenção estatal (incentivos fiscais, etc);
Mão de obra barata e altamente qualificada;
Incentivo à educação, ciência e tecnologia;
Políticas agressivas de exportação (por
exemplo, a desvalorização da moeda local);
Essas políticas acabaram atraindo indústrias
transnacionais, interessadas nos incentivos
governamentais.
Crise dos Tigres Asiáticos – 1997
• Crescimento da China, que “abocanhou”
mercados tradicionalmente pertencentes aos
“Tigres”;
• Com a redução das exportações, os “Tigres”
passaram a sofrer sucessivos déficts na balança
comercial, ocasionando a fuga de investimentos;
• A queda dos investimentos forçou os governos
destes países a desvalorizarem ainda mais as suas
moedas, desencadeando uma crise em grande
escala;