Formandos: António Pinto; Patrícia Pinto & Patrícia Teixeira Formadora: Dr. Márcia Gonçalves Domínio: Cidadania e Mundo Actual Lixa, 04 de Novembro de 2009 A Índia tem um dos menores índices de nascimento de mulheres do mundo. Segundo o censo de 2001, nascem apenas 927 mulheres para cada 1000 homens. Para cada 100 mil nascimentos, morrem 540 mulheres indianas no parto ou em consequência de complicações da gravidez. As mulheres recebem menos cuidados de saúde que os homens, muitas vezes são forçadas a ter vários filhos, até um ser homem, não recebem cuidados adequados durante a gestação e saúde reprodutiva. As roupas delas são bem típicas, muito coloridas, usam muita bijutarias, pulseiras com purpurinas, colares, cordoes, anéis com pedras coloridas, usam tanta coisa, que quando andam fazem barulho!!! O sári é um traje nacional das mulheres indianas, constituído de uma longa peça de pano que envolve e cobre todo o corpo. São utilizados cerca de 6 metros de tecido. Fora o uso tradicional como vestimenta (vestia) este tecido também pode ser usado na decoração, como na fabricação de cortinas, almofadas, toalhas de mesa, travesseiros, etc. A mulher indiana não mostra nem ombros nem pernas. Ela conquista com o sári, as jóias, imitando a deusa Lakshmi, com muitos adereços, kajal nos olhos, henna nos cabelos, brincos, anéis... No casamento, a mulher não ganha liquidificador ou batedeira, recebe jóias. Muitas jóias. O sári é uma roupa típica indiana para mulheres. A palavra 'sári' vem do sânscrito e significa roupa. As suas cores são fortes, os tecidos cuidadosamente trabalhados e o resultado chama a atenção. O tecido pode ser rico em bordados, de seda, de algodão, com lantejoulas, ou pode ser simples, daqueles confortáveis para ficar em casa. O tecido utilizado varia de 4 metros a 9 metros (que dá bastante pano para a manga) por 1.5m de largura. A forma de amarrar o sári não é complicada. O sári na verdade não é uma vestimenta, pois não se veste; ele é simplesmente um tecido enrolado no corpo, sem costuras, botões, zíperes, colchetes ou velcros. O tecido deve ser sempre enrolado no corpo no sentido anti-horário. O sári não deve arrastar no chão, para não sujar, mas deve cobrir os pés e a anágua. Para isso, aconselha-se utilizar uma sandália de salto alto. A dança mais popular da Índia é a Bharathanatyam. Ela é clássica tradicional, onde os dançarinos fazem lindos e suaves movimentos e poses. As letras deste tipo musical falam das grandes realizações de deuses e heróis da mitologia. Esta dança surgiu há mais de 5 mil anos no sul da Índia e influenciou outros estilos de dança em várias regiões da Índia e do continente asiático. A música tradicional indiana é resultado da fusão musical dos diversos grupos étnicos e linguísticos da região. As letras seguem um carácter emotivo e descritivo. Um dos instrumentos musicais mais utilizados na musica tradicional indiana é a tambura (instrumento de cordas). Na arquitectura histórica destacam-se os tempos (locais das cerimonias religiosas). Estes chamam a atenção pela beleza dos detalhes e riqueza na decoração. O Taj Mahal, situado na cidade de Agra, é uma das obras de arquitectura mais conhecidas deste país. Com influência islâmica, este mausoléu é considerado pela UNESCO como um Património da Humanidade. O casamento, na Índia, não é visto como uma atitude de dois indivíduos, mas uma acção em família, que compromete a reputação das pessoas envolvidas por gerações e deve ser muito bem planejado, porque o divórcio, apesar de legal é extremamente estigmatizado. Para a sociedade indiana, a mulher representa um pesado encargo financeiro, uma vez que, aquando do casamento, a família da noiva terá de efectuar o pagamento do dote. Na verdade, o sistema tradicional do casamento indiano determina que O ritual do casamento dura de três a “as raparigas deixam a casa dos seus sete dias. Na noite anterior ao pais permanentemente no dia do seu casamento, acontece a cerimonia casamento” para integrar o núcleo chamada de Sangeet. Durante a festa, a familiar do seu marido, acompanhadas por um “montante significativo”. família e os amigos dos noivos fazem uma apresentação e depois um DJ indiano comanda a comemoração, com músicas dos famosos filmes de Bollywood e a Bhangra Dance. Em termos de quantidade, a Índia tem um dos maiores índices de participação da mulher no mercado de trabalho As mulheres trabalham mais horas e em tarefas mais árduas que os homens. Ainda que existam leis que protegem a mulher, elas não são devidamente cumpridas. Ainda assim, o seu trabalho não é reconhecido. Dos 15 milhões de meninas nascidas anualmente na Índia, cerca de 25% não vai sobreviver até seu aniversário de 15 anos. A prática de infanticídio ainda existe em algumas regiões da Índia. Bebés do sexo feminino são mortos através do consumo de arroz e leite envenenados, geralmente oferecidos pelo homem mais velho da família. Quando as meninas escapam de ser assassinadas, no primeiro ano de vida, são vítimas de um assassinato gradual. Não são enviadas à escola, trabalham duro em casa e morrem de desnutrição ou total abandono de cuidados de saúde. Os índices de suicídio, entre as meninas, são assustadoramente maior que entre os meninos. Estudo publicado no reconhecido jornal científico britânico “The Lancet” mostrou que o índice de suicídio entre as meninas, entre 10 e 19 anos é de 148 para cada 100.000 enquanto que entre os meninos esse número cai para 58 em cada 100.000. Se a menina sobreviver a tudo isso, e conseguir que a família arranje um casamento, ela ainda estará correndo risco de ser queimada viva, no que se convencionou chamar de “bride-burning”, e que poderia ser traduzido por “queima da noiva”. Mulheres Viúvas na Índia! † Segundo o censo (recenseamento) de 1991, 8% de todas as mulheres da Índia são viúvas, o que significa cerca de 34 milhões de pessoas. † Como o costume é o casamento das meninas muito novinhas, 50% das viúvas têm menos de 50 anos de idade. † No grupo acima de 60 anos, 64% das mulheres são viúvas, enquanto que apenas 6% dos homens são viúvos. œ Essa diferença brutal de género existe por causa da alta incidência de viúvos que se casam novamente, enquanto que um novo casamento, na prática, continua a ser uma opção bastante improvável para as mulheres. œ Apesar dos números, sabe-se pouco sobre a vida dessas mulheres, na Índia. A marginalização tornas invisíveis. O que sabemos é que elas vivem em completa pobreza, desemprego, sem acesso aos meios de produção, sem educação formal e a sofrer por superstições que ainda estão bastante fixadas na cultura indiana. Já em 1956, um ato hindu estabeleceu que as viúvas devem ser consideradas iguais a todas as mulheres, mas a tradição fala mais alto. # Por causa de todas privações que passam, as viúvas têm um índice de mortalidade 85% maior que as mulheres casadas. Apesar das péssimas condições das Casas de Viúvas, muitas preferem viver nelas do que ficar com a família do ex-marido, sendo constantemente abusadas sexualmente e fisicamente. O Sati, ou a queima da viúva viva numa fogueira, junto com o corpo do marido morto, ainda que raríssimo e tenha sido banido do país desde 1829, foi noticiado um caso em 2002, quando uma viúva de 68 anos cometeu suicídio, queimando-se viva com o marido. Desde os anos 40, vinte e cinco casos de Sati ainda foram registados na Índia, inclusive meninas de 18 anos de idade. Grupos feministas mobilizam – se para evitar a adoração a mulheres que cometeram esse sacrifício, como forma de evitar um ressurgimento (renascimento) dessa prática.